The Wits Game escrita por Mei chan


Capítulo 4
De repente viro mãe.




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              Eu fui acordado por chutes do Caeruleatus

 - Acorda seu merda !
-Ai, ai, calma já acordei. - Ele continuava me chutando.
- Só porque você acordou não significa que eu vou parar de te chutar.
- Ai para, para ei - Finalmente eu levantei e ele parou de chutar, eu tentei chuta-lo também mas incrivelmente ele segurou a minha perna e eu caí sentado.
- Como você ...
- Sinta-se agradecido. - Ele jogou um pacote branco em cima de mim, eu abri e tinha meio  hamburger, uma garrafa que parecia ter suco de groselha e provavelmente o resto de um tacco.
- Nossa onde arrumou esse café da manhã tão saudável senhor mendigo ?
- Cala a boba e come, temos muito o que resolver hoje.   

Eu olhei para fora pela "janela" ( não tinha janela era só um buraco na parede ) e ainda chovia, já tinha me acostumado com o barulho e o cheiro de terra molhada, ( eu sempre me perguntei porque na maioria das vezes o cheiro é tão perceptível se 99,9% do chão é coberto por concreto ) mas hoje era diferente, o cheiro não era apenas de terra, mas acabei deixando pra lá.

- Então, aonde vamos encontrar o meu ajudante ?
- Vamos ao cinema falar com o juiz, não é como se ele viesse em uma caixinha de presentes, você tem que solicita-lo.
- E como você pretende falar com o juiz ?
- Eu não sei mas é VOCÊ  quem tem que se preocupar, o ajudante é seu e não meu. - Ele deu ênfase na última parte, o que fez reacender a curiosidade sobre seu ajudante não existente, mas aquela não era a hora de perguntar. 

Quando saímos do prédio a rua estava coberta por flores rosas, o mesmo rosa da cor da roupa do Steg. Era das flores o outro cheiro, e era um cheiro realmente estranho, sei lá, parecia algo como tuti-frut, fiquei pensando se quando eu "morrer" vão ter flores pretas nas ruas, talvez o cheiro seria de pneu queimado, se isso era uma homenagem eu preferia não te-la quando chegasse a minha vez.   
Caminhamos muitos por ruas floridas até chegar no cinema, entramos na sala onde eu falei com o juiz pela 1º vez, o Caeruleatus sentou em uma das poltronas confortáveis e colocou os pés em uma da fileira da frente, ele ficou olhando para mim como se esperasse alguma coisa.

- O que ?
- Tenta falar com ele.
- Tá né. EI SEU FILHO DA P*TA, SERÁ QUE DÁ PRA APARECER ?! 
- Com mais respeito idiota, chame-o de senhor Wit, ou então morra sem um ajudante.
- SENHOR SUPREMO DO UNIVERSO WIT, PODERIA APARECER POR FAVOR ? -  O barulho do projetor começou e um borrão branco apareceu na tela, com a mesma voz calma e assustadora da última vez
- Senhor Schwarz, vi que fez um novo amigo, será que não entendeu o verdadeiro objetivo do jogo ?
- Na verdade eu não entendi nada de tudo isso.
- Bom isso é realmente um problema. Mas temo que esteja procurando pelo seu ajudante, apesar de já ter um provisório.
- Ha sim, isso mesmo - Eu dei um sorriso forçado.
- Bom será que o senhor lembra daquela bolsa que jogou na calçada naquele dia ?
 - Bolsa ? Há sim uma bolsa, aquela que você disse que tinha ... tudo o que eu... pre...cisava - Nessa hora o Caeruleatus me olhou severamente e falou " Eu te mato " de um jeito que eu pude ler seus lábios.
- Essa bolsa está de baixo da poltrona do senhor Caeruleatus agora. - Eu rapidamente peguei a bolsa para evitar um golpe do meu querido ajudante provisório.
- Obrigado senhor. - E antes que eu pudesse abrir a bolsa ele disse.- Não abra até chegar no prédio onde estavam, durmam por lá essa noite.
- Sim, mas e o meu ajudante ?
- Ele está aí. Por muitos motivos tive que " puni-lo ", e como disse que sempre quis um cachorrinho ... bem você irá descobrir, boa sorte. - Consegui sentir um sorriso em sua voz quando disse "puni-lo", então eu disse baixinho : masoquista do inferno. 

 O barulho parou a tela ficou escura e logo depois saímos do cinema.
- Parabéns, o juiz te dá uma bolsa dizendo que dento tem tudo o que você precisa e você a joga fora.
- Olha, a minha cabeça estava doendo e eu achei que tinha sido sequestrado ... 
- Eu não quero saber o motivo de você ter se mijado nas calças, então vê se pelo menos essa você não perde. Se você tiver sorte deve ter só os restos mortais do seu ajudante. 

 Eu fiquei com raiva e quase bati nele, mas me lembrei do que tinha acontecido mais cedo então fiquei na minha. Nessa hora eu pensei que ele poderia facilmente acabar comigo, ainda bem que por enquanto ele ficaria do meu lado (eu acho ). Tentei reparar nele, seu rosto ficava mais sombrio com as gotas de chuva, era fácil ver sua cicatriz, agora olhando de perto parecia ser bem profunda. 
  Fiquei tão distraído que nem percebi que as flores já tinham sumido e o sol já estava se pondo. Depois de um tempo chegamos ao prédio abandonado. 

Quando abi a bolsa havia uma caixinha de presentes, e já com um sorriso no rosto olhei para o Caeruleatus .

- Nem uma palavra !
- Eu acho que o senhor nãomeconteste estava errado. 

 Antes que ele viesse para me bater eu abri a caixa, ele parou no meio do caminho, e dentro tinha um

- Um ovo ! Um ovo gigante.
- Você fez algo realmente ruim para que sua punição fosse ter um avestruz como ajudante.
- Cala boca, pelo menos eu tenho um.
- Eu não deveria ter dito aquilo.
- Muleque. - Ele fechou as mãos fechando os olhos e respirou por uns 5 segundos - Você pelo menos sabe o que um ovo precisa para chocar ?
- Hããããããããn, calor ?!
- A+ para você gênio, mas como pretende dar calor para ele ?
- Há sei lá, como as galinhas fazem
- Então de sacanagem eu sentem no ovo.
- Olha eu desisto de você! Levanta daí e me dá essa droga ! 

 Ele pegou o ovo gigante das minhas mãos e tirou a roupa fazendo com elas um ninho em um dos seus braços colocando o ovo ali. Ele sentou em um canto e eu sentei ao seu lado, não sei o que estávamos esperando mas depois de uns 5 minutos escutamos um "crak"

- O que você fez ? Você quebrou ?
- Eu ? Você que está segurando ele, e eu fiquei aqui do seu ... la...do.   

Toda a casca já havia se quebrado, e incrivelmente dentro do ovo tinha um filhote de cachorro ?! Ele era muito peludo, parecia uma bolhinha ( tá a parte menininha de 5 anos dizia WON porque ele realmente era fofo ).
O Caeruleatus começou a rir da minha cara, eu parecia um pai que viu o seu 1º filho nascer , e era incrível como o cachorrinho dormia como se nada tivesse acontecido. 
 Depois de me zuar, fizemos uma cama para ele, e eu nem tinha percebido já era noite.

- Então, o que nós faremos amanhã ?
- Não sei, por em quanto vamos só seguir o fluxo, só não serei babá do seu "filhinho".
- Você só está com inveja.
- De que, da sua bola de pelos ?!
- Você sabe. Porque insiste em não me contar.
- E porque você insiste em saber ?
 -...
- Se você quer mesmo saber... mas já vou avisando que não é uma história feliz.


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