The Wits Game escrita por Mei chan


Capítulo 10
Um nome para o meu filho


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse é o capítulo mais louco que eu já escrevi



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Só por hoje vou te dar uma folga, mas não se acostume, vamos andando porque alguém te espera.
- Alguém me espera? Como assim?
- Será que a mamãe esqueceu do seu filhote?
- É verdade, aquele safado da quele cachorro, ele fugiu na primeira oportunidade!
- Você deveria ter cuidado com o que diz, foi ele que veio até mim para eu poder te ajudar.
- Ha... eu... mas eu não sabia... - Eu senti uma pequena dor no coração por ter sentido raiva dele. - Sabe... nós precisamos dar um nome a ele.
- Tipo o que? Rex?
- Não, é muito clichê. Eu quero um nome criativo tipo Gutenberg, Fahrenheit ou Darwin.
- Acho que nós já temos muita presença de nomes estranhos.
- Você que o diga né? Eu quero o nome de alguém importante, que tenha feito algo de bom para a humanidade.
- Jesus Cristo.
- Não cara, ( risos infinitos ), para de zuar, como eu poderia chamar o meu cachorro de Jesus Cristo?
- Do mesmo jeito que poderia chama-lo de Gutenberg ou sei lá quem. Então coloca... Shake more.
- O que deu em você?! Porque raios eu colocaria o nome dele de shake more? você é idiota?
- Faz o que você quis dizer então, o cachorro é seu. - Ele disse num tom de irritação.
- Então uma sigla: CSN
- E o que significa ?
 - Cachorro sem nome.
- Sou mais CSNJC. - ele falou com uma cara estranha.
- E o que é?
- Cachorro Sem Nome Jesus Cristo.
- Você bebeu ou oque? Já está decidido, vais ser CSN mesmo.
   Depois dessa discussão sem nexo seguimos andando, eu fui seguindo o Caeruleatus porque não fazia a menor ideia para onde iríamos apesar de conhecer todos os lugares que passamos até agora. Eu me pergunto se está tudo bem em sair por ai na rua com esse olho vermelho, na verdade fico pensando como as pessoas não nos param para tirar fotos da gente, parece acabamos de sair de um filme de ficção científica, imagine: Dois caras com roupas estranhas sendo que um que parece o seu diretor da escola secundária com uma grande cicatriz e um taco de baseball e o outro, com cara de lerdo tendo um olho vermelho  segurando uma katana, e um cachorro de acompanhante, não é uma coisa que se vê por ai todos os dias.
   Fomos chegando em lugares conhecidos de mais que eu até comecei a estranhar. Parei no meio da rua quando nos deparamos com o prédio do meu apartamento.
- Porque nós estamos aqui?
- Porque ele está. - Ele disse apontando para dentro do prédio na direção da recepção. De lá veio o CSN vagarosamente em nossa direção.
- Como ele sabe que aqui é minha casa?
- Nunca subestime os presentes do juiz. Eu falei para ele nos esperar aqui, não tinha certeza se ele vinha, mas aqui esta ele não está?
- E desde quando você fala com cachorros? Bom garoto - Falei passando a mão na cabeça do CSN.
- Bom, não vai nos convidar para conhecer o que você chama de casa?!
- O que eu chamo de ca... Olha só, se você não está satisfeito vá para sua! E além do mais, não é um pouco arriscado ficar aqui onde as pessoas me conhecem?
- Primeiro, a minha casa está toda destruída, presentinho do meu querido irmão, segundo, você é um antissocial do inferno, não deve dar nem bom dia para os seus vizinhos então não terá problema em passar só uma noite.
- Isso é verdade. E como você sabe que sua casa foi destruída pelo seu irmão?
- O que acha que eu fiz hoje? Além de morar longe daqui, me deparei com uma mensagem me ameaçando, escrita com tinta na parede que ainda tinha ficado inteira.
- O que ela dizia ?
- " Em breve nos veremos, sei que o seu novo companheiro quer me conhecer " ele não assinou mas eu sei que foi ele.
- Sinceramente o meu medo aumenta cada vez que você fala sobre ele.
- Você está certo, querendo ou não eu também sinto medo, mas não dele em si, e sim do que nós somos capazes de fazer um com o outro.
- Bom, vamos entrar, não aguento mais ficar nesse chuvisco, se essa roupa não fosse impermeável, já estaria resfriado há muito tempo.
   O clima tinha ficado tenso de repente, eu precisava mudar de assunto, mas o Kiiro realmente me preocupava. Se ele fosse tão assustador quanto o Caeruleatus eu estarei completamente perdido.
   Subimos as escadas com as risadas do Caeruleatus em saber que eu tenho medo de elevador, quando entramos ele ficou realmente impressionado com o apartamento.
- É realmente organizado aqui.
- Você esperava uma bagunça sem ordem?
- Sim, pra um muleque solteiro da sua idade isso assustadoramente organizado.
- Então vê se não bagunça! E você! Desça dai! - Eu disse depois de ver o CSN subindo na minha cama todo molhado e sujo.
- Onde é o banheiro?
- Bem ali, virando a esquerda. - Disse apontando para a pequena porta no final do corredor.
   Fui me sentar no beiral da grande janela que ficava atras da minha cama, o vidro estava um pouco embaçado pela chuva, mas ainda podia ver como as pessoas se movimentavam calmamente naquela noite chuvosa. Seus rostos não demonstravam preocupações nem angústias, como se o mundo fosse uma maravilha, isso me irritava. Espera ai... O que eu estou pensando?! Antes de entrar nesse jogo idiota eu me irritava justamente pelos rostos preocupados e atarefados e que pintavam a ideia de como a minha vida era sem graça e tediosa, o que esta acontecendo comigo? Será que eu estou pensando como o juiz quer? Isso eu não vou fazer, vou me opor a ele até o fim, ele não merece meus pensamentos do jeito que quer.
   Um pouco de paz para me afundar nos meus pensamentos estava ficando estranho de mais, algo estava errado, muito silencioso. O CSN estava em baixo da cama já que não deixado ele ficar em cima, mas e o Caeruleatus ?
- Ei seu velho, onde você está? Não está roubando as minhas coisas não é?
- ...
- Ei Caeruleatus? 
- Se eu estivesse roubando, já não teria sobrado nada nessa sua casa. - Ele apareceu de toalha, segurando uma menor para enxugar o cabelo.
- É que eu estava...
- Pensando no seu príncipe, que te deixou logo depois que virou uma moça completa, eu sei, mas se acalme porque ele não ira voltar.
- Ha-ha muito engraçado, vê se toma cuidado para isso ai não cair, não quero ver nada desagradável, vista suas roupas de uma vez.
- Porque? Será que eu lembro o vosso príncipe?
- Deixa de graça e procura um colchão pra dormir.
- Eu já procurei, minha cama está arrumada no quarto dos fundos.
- Quando que você... ?
- Enquanto você pensava na sua desilusão de amor gay da puberdade.
- Porque você não vai se fu...
- Porque se eu for te levarei comigo, garanto que não é uma coisa agradável. - Ele disse num sorriso totalmente assustador.
- Ok, vamos dormir então, teremos que sair cedo amanhã também não é mesmo?
- Você aprende rápido, mas antes... - Ele disse indo em direção a minha cama.
- Mas ante oque? Ei o que você esta fazendo? - Ele já estava sentado.
- Você vai me contar tudo que eu não sei a seu respeito.
- E porque raios eu faria isso?
- Porque eu estou mandando. - Falando como se fosse meu pai.
- E desde quando eu sigo as suas ordens?
- Eu preciso dizer?
- Porque não fazemos isso outro dia? Já está muito tarde uma conversa longa e chata dessa só me fara perder o sono, então vamos dormir logo. - Ele continuou sentado me encarando como se eu não tivesse dito nada. - Está bem, mas é tão chato que você vai dormir antes de eu poder acabar.
- Não interessa, anda logo, não temos a noite inteira. - Fui caminhado de volta para o beiral da minha janela.
- Vou te ensinar como se conta uma história.
- Engraçadinho


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