Rage and Love escrita por chlorine


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Killjoys entenderão.
Ou não.
[Obs: se sair algo errado na formatação, me desculpem! Não tive muito tempo ultimamente para revisar as fics que estou escrevendo. Sim, pretendo postar mais fics.]



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Um pequeno psicopacta olhava para o chão com lágrimas nos olhos. Não lágrimas de tristeza, nem de alegria. Não, ele nunca expressava esses tolos sentimentos. Eram lágrimas de prazer por mais um trabalho bem feito. Ele só precisou enganá-lo por algumas semanas, e então tudo ficou mais fácil. Ele sabia esperar o momeno certo, sempre havia um. Suas mãos pingavam sangue, assim como o queixo.

Frank ficou de cócoras ao lado do corpo mole no chão. Logo aquele belo rosto ficaria mais pálido, cada vez mais seco, até não sobrar nada. Larvas comeriam sua carne, uma vez quente e reconfortante, até tudo virar pó. Um líquido avermelhado escorreria pelos orifícios de seu corpo, até ele inchar e depois ficar ressecado.

E ninguém saberia de nada.

Oh, aquele belo rosto! Precisava lembrar-se dele para o resto da sua vida, como a vítima mais resistente e difícil da mesma. Aquele único que chegou mais perto de roubar aquele órgão estúpido que batia ritmicamente dentro de si. O pequeno homem de olhar frio pegou a câmera escondida dentro de um armário, posicionou-se perto do cadáver e tirou algumas fotos de vários ângulos. Sorriu friamente para aquele ser parado e sem vida no chão.

Seus olhos verdes arregalados ainda refletiam a dor que sentira ao ver quem mais amava matá-lo sem remorsos e sem hesitar. Sua boca, fina e delicada, estava meio aberta, pendente. Seus dentes pequenos e infantis, amarelados devido ao cigarro, apareciam.

Frank sentou-se em uma cadeira ao lado da cama e acendeu um cigarro, ainda olhando para o corpo no chão. A limpeza daria trabalho, mas ele teria que limpar, caso contrário seria descoberto. Também se fosse preso, não importava. O objetivo de sua vida acabara de se realizar, e ele estava feliz.

Não, não poderia dizer que estava feliz. Ele nunca estava. A única coisa que sentia era sede por sangue e gritos desesperados de socorro. Quantas vezes ele matou um, estuprou e esquartejou outro, isso só fazia ele ficar mais vivo. Mas não, não era felicidade. Ele não conhecia esse sentimento. Riu amargamente ao lembrar de sua infância. Uma criança rejeitada e alvo de gozações de colegas, que sofria com abusos do pai toda semana, que via sua mãe apanhar todo dia. Desde criança, Frank era o estranho. O menino que as mães nunca deixavam as suas crias brincarem. A maioria de seus professores e colegas o evitava e o odiava.

Agora, estavam todos mortos e, Frank imaginava, o esperando no inferno. "Que se fodam todos", ele pensou. "Quando eu os reencontrar, vocês vão querer nunca ter desejado vingança contra mim."

Mordendo um lábio, ele pensou em como tudo aquilo começou. Um lindo e simpático homem havia chamado sua atenção na cafeteria na esquina de onde ele se encontrava, e eles haviam conversado como Frank nunca conversara antes. Um interesse e desejo por ele crescia a cada dia. Então, veio os interesses carnais. Aquele homem de olhos verdes se entregava inteiramente para o pequeno todo dia, e esse amava o modo de como fazia isso. Amava a maneira que aquele cara gemia para ele. "Frankie".

Agora, o que ia fazer com aquele corpo no chão? Quase havia se esquecido. O pequeno jogou o cigarro no chão, pisou em cima e se levantou, suspirando de preguiça. Por ele, deixaria tudo como estava, só para acordar todo dia e se lembrar do que havia feito. Seria ótimo, porém ele tinha que ir. De algum modo, Frank não sabia como, o fato de acordar com a lembrança vívida de ter matado aquele homem o incomodava.

                                                   -xx-

 Após limpar tudo, Frank enterrou as chaves da casa no jardim, embaixo de uma árvore separada das outras, e se dirigiu ao carro, colocando as mãos nos bolsos de sua jaqueta. 

Ao entrar no seu carro, colocar sua mochila nos bancos de trás e fechar as portas, ligou-o. Hesitou, virou-se, abriu a mochila e pegou uma caixinha de madeira de carvalho, bem trabalhada, e a abriu. Um par de olhos verde oliva se encontravam dentro da caixinha. Frank pegou-os, olhou-os por um momento e os apertou contra o estúpido órgão palpitante dentro de si.

 Pensando melhor, talvez ele fosse ir visitar a cafeteria uma última vez, levando uma flor negra em homenagem ao seu primeiro encontro, quando fez a mesma coisa.

Fechando os olhos e sorrindo, Frank sentia pela primeira vez o que era amar. Sim. Frank amava matar quem roubava seu coração. E quem não o fazia, também.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Deixem Review!
Prometo que respondo vocês.
Bjos sabor paçoca ♥ LOL



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