Fogo Contra Fogo escrita por Moon and Stars


Capítulo 18
Visita inesperada


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei... Eu mereço ser punida, castigada. Mereço apanhar muito por causa do meu vai e volta (sem ambiguidades, por favor). Eu sumo por meses e volto de repente, sempre pedindo desculpas e talvez isso nem cole mais. Então, sei lá, né... Se serve de alguma coisa, eu já consegui pensar num fim pra fic e ainda to nas tretas com o livro. Ta ficando legal, pelo menos. Bem diferente da fic. Mas enfim, pra quem ainda mantém a lealdade (não culpo quem meteu o pé), aí está mais um pov do Adam. Não mereço o amor de vocês, mas não o culpem por isso. Adam ainda merece ser amado.



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*Ponto de vista do Adam

Estiquei a mão para tocá-la. Foi um gesto inconsciente, costumeiro, preguiçoso e sonolento. Mantive meus olhos fechados, pois confesso que eu ainda estava parcialmente adormecido. Sorri quando minha mão encontrou o corpo quente e esguio ao meu lado.

"Lori..." ronronei seu nome enquanto me aproximava para beijá-la, segurando o corpo dela para que não se afastasse de mim outra vez.

"Quem é Lori?" perguntou uma voz feminina em tom inquisitivo. Reparei que não era a voz que eu esperava ouvir.

Abri os olhos de repente, despertando de um sono fantasioso. Por um momento fiquei decepcionado ao me deparar com um par de olhos verdes e não castanhos. Melina tinha curiosidade no olhar e me encarava fixamente à espera de uma resposta para sua pergunta. Certifiquei-me de que ela não estava se sentindo ofendida com minha gafe acidental e tentei amenizar qualquer problema.

"Ninguém importante." Respondi sem dar detalhes. Ela me avaliou por um momento, estreitando os olhos.

"Não parece ter pouca importância pra você." Disse ela. Tentei reparar se havia algum ressentimento em sua voz, mas vi que não tinha. Seu orgulho estava intacto. Melina, de fato, estava apenas curiosa.

"Eu não quero falar sobre isso agora." Eu disse, chegando mais perto dela. Ergui a parte superior do meu corpo, usando meu cotovelo como apoio de forma que a encarei de cima. Inclinei um pouco o rosto na direção do dela. "Por que a gente não fala sobre coisas mais interessantes?" meus dedos que estavam em sua cintura começaram a subir, deslizando lentamente, delineando cada curva. Alcancei um de seus seios e o massageei sugestivamente sem quebrar nosso contato visual. "Talvez nem precisemos dizer nada."

Minha voz havia se reduzido a um baixo sussurro. Melina se contorceu um pouco sob o estímulo de meus dedos e sorriu.

"Eu ainda não te perdoei pela sua..." sua voz se perdeu em um gemido quando pressionei seu mamilo entre dois dedos. "...Indelicadeza."

"Eu ainda não pedi perdão." Esclareci e provoquei nela mais um gemido, dessa vez mais alto. "Na verdade, eu estava pensando em te compensar por isso."

"Ah, é?" perguntou ela sorrindo no meio de um arquejo. "E como pretende fazer isso?"

Meus lábios roçaram os seus levemente e depois aprofundei o beijo, mas não o sustentei. Separei nossos lábios subitamente e tirei minhas mãos de seu corpo. Ela pareceu desapontada e não se importou em demonstrar isso. Aproximei-me novamente, mas sem tocá-la.

"Vá preparar um banho pra gente e eu te mostro." Sussurrei.

Vi um sorriso lascivo se formar em sua boca rosada, os olhos verdes brilhando de excitação. Em menos de três segundos Melina havia rolado para fora da cama. Deixei meu corpo cair sobre o aglomerado de lençóis e apoiei a cabeça sobre um dos meus braços enquanto eu observava a curvatura do corpo de Melina. Ela tinha um corpo fascinante, isso era indiscutível. Esbocei um sorriso torto que foi o bastante para que ela deduzisse o que se passava pela minha mente naquele momento. Se meu sorriso não me denunciou, meu corpo com certeza o fez. Melina riu e correu em direção ao banheiro do motel em que estávamos. Soltei um suspiro ruidoso e esfreguei o rosto com as mãos. Eu estava me sentindo tenso.

Levantei da cama sem cerimônias e fui até o frigobar para abrir uma cerveja. No meio da terceira golada ouvi o barulho da água que enchia a banheira. Encarei a garrafa em minhas mãos por alguns instantes antes de tornar a bebê-la. Eu não podia me distrair daquela forma. Eu sabia que teria um dia cheio pela frente e precisava relaxar. Cerveja e sexo na banheira. Não era tão ruim assim.

Outro barulho sobrepôs o ruído da água da banheira e me afastou dos meus pensamentos. Tinha alguém batendo à porta. Franzi o cenho. Eu não fazia ideia de quem poderia ser. Eu havia sido muito cuidadoso com a escolha do motel. Passei cinco dias ali, dois deles com Melina, sem ser incomodado e eu duvidava que ela tivesse revelado nossa localização para alguém. Ainda assim, desconfiei. Vesti minhas calças rapidamente sem perder tempo com cueca ou camisa. Peguei minha pistola dentro da gaveta parcialmente ocultada na cabeceira da cama e a coloquei na parte de trás do cós da calça.

As batidas na porta se intensificaram de maneira insistente. Olhei através do olho-mágico com uma mão na tranca da porta e a outra na pistola, pronto para sacar a arma a qualquer momento. Inquietei-me com o que vi e abri a porta. Não tirei a mão do alcance da pistola.

"Mark? O que faz aqui?" perguntei rispidamente a meu inusitado visitante. Apoiei o braço na batente da porta, dizendo implicitamente que ele não era bem vindo a entrar.

"Ah, eu só vim dar um recado do Chad a você e Melina." Disse ele com um sorriso um tanto forçado. Ele esticou um pouco o pescoço para espiar o quarto. “Ela está aí com você, não está?"

"Você podia ter ligado." Eu disse, mudando o assunto. Cruzei os braços deixando clara minha desaprovação. "Aliás, como me encontrou?"

"Você não é o único com truques na manga, Hastings." Respondeu ele com um sorriso presunçoso.

"Eu não costumo ser descuidado." Estreitei os olhos para ele e ele fingiu não se importar."

Antes que eu desse uma resposta apropriada, Melina gritou meu nome em algum lugar do quarto. Respondi um rápido 'já vou' e voltei minha atenção para Mark, que agora sorria mais amplamente.

"E eu achando que você estava amarrado." Disse ele soltando um risinho baixo. "O que aconteceu com a outra? Não aguentou o tranco de ficar preso a uma só?"

Senti uma súbita raiva se apoderar de mim. Até então, o que eu sentia era pura irritação por ter que aturar um idiota, mas agora, ao ouvi-lo falar sobre Lori, tive que me controlar absurdamente para não sacar a arma. Meu corpo estava rígido e meu dedo já estava no gatilho.

"Não ouve entrar nesse assunto." Alertei-o com uma boa dose de veneno na voz. "Isso não é da sua conta."

"Seja flexível, Adam. Esse é um assunto para se comentar." Disse ele fazendo gestos largos como se estivesse no meio de uma conversa descontraída e amigável. "O submundo inteiro estava começando a achar que o Adam ia se entregar de vez para uma vadiazinha qualquer..."

Ele havia começado uma risada que foi rapidamente contida quando o puxei pela gola da camisa para dentro do quarto e o prendi contra a parede. Imobilizei-o pressionando meu antebraço em sua garganta e já estava com a arma apontada para sua cabeça.

"Algumas pessoas não sabem mesmo a hora de segurar a língua." Rosnei para ele, forçando-o ainda mais contra a parede pela garganta, provocando espasmos e tosses violentas. "Diga logo o que veio dizer ou não vai dizer mais nada."

Afrouxei o aperto em sua garganta apenas o suficiente para que ele respirasse e conseguisse falar. Ele me encarou com o rosto avermelhado e uma expressão furiosa. Mantive minha ameaça e ele viu que eu não estava blefando.

"Chad quer fazer uma última reunião hoje à noite no Luxure antes do assalto de amanhã." Disse ele com a voz fraca entre uma arfada e outra.

Soltei-o e ele logo se recompôs, levando a mão até a própria garganta. Nós nos encaramos durante um tempo. Eu já não estava mais apontando a arma para ele, mas ainda a estava segurando. Talvez por isso ele não tenha tentado revidar. Farto, sinalizei para a porta aberta.

"Vá embora." Eu disse friamente. Mark me lançou um olhar rancoroso e saiu porta afora sem dizer uma única palavra.


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Notas finais do capítulo

Eai? Eai? Um pov da Lori já está no processo, gente. Estou quase terminando o capítulo 19 com o pov dela, eu juro. Um beijo aos leitores. Até BREVE (prometo).



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