One Of Those Ghosts escrita por Cathy Dare


Capítulo 18
18º Capítulo:




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Katie P.O.V on.

– Você nunca vai se livrar de mim.- Jesse riu alto.

– A mesma história de sempre. – tirei coragem não sei da onde.

– Está me desafiando é? – Jesse arqueou uma sobrancelha e eu engoli seco.

– Mais essa marra vai acabar rapidinho. – Jesse saiu correndo atrás de mim. Eu corria o mais rápido que eu podia, mais meu fôlego já estava acabando. Continuei correndo, quando eu senti uma mão agarrando meu cabelo e me jogando no chão com tudo. A dor foi enorme, mais não tão grande quanto a da faca invadindo minha barriga.


(http://www.youtube.com/watch?v=lwS_YDzxH3M aperte o play, quando a letra da música aparecer)



Acordei suada, apavorada e chorando alto. Desde que o Danny foi embora eu venho tendo pesadelos, basicamente todos os dias, e eles pioraram. Antes eu e o Jesse discutíamos e ele me ameaçava, agora ele consegue me matar.

– Você está bem? – Jessy entrou correndo no quarto, eu deveria ter gritado.

– Não, outro pesadelo. – falei chorando.

– Agora está tudo bem. – Jessy me abraçou. Eu sei que no fundo nada está bem, e nem vai ficar, mais eu não posso fazer nada.

– Eu vou tomar um banho. – fui tomar banho pra tentar esquecer aquele pesadelo. Tudo havia voltado a ser como era antes, e me doía saber disso. Os pesadelos haviam voltado e com força total e isso estava me deixando mais apavorada do que antes.

Sai do quarto e vi que Jessy não estava na sala. Fui pra cozinha e vi que ela estava na cozinha, fazendo o almoço.


Yesterday

Ontem
All my troubles seemed so far away

Todos os meus problemas pareciam tão distantes
Now it looks as though they're here to stay

Agora parece que eles vieram pra ficar
Oh, I believe

Oh, eu acredito
In yesterday

No passado


O rádio estava ligado e começou os acordes de Yesterday dos Beatles. Aquela música me afetava tanto, calma, triste, solitária.

– Ah você está aí. – Jessy olhou pra mim e estranhou me ver parada na porta da cozinha.

– É não á muito tempo. – falei confusa.

– Que cabeça minha. – Jessy desligou o rádio.

– Não precisa desligar, Beatles é legal. – sorri fraco.

– Mais essa não é a melhor música. – Jessy me olhou apreensiva.

– Não se preocupa Jessy eu estou bem, meu único problema são os pesadelos. – peguei um copo e bebi água.

– Katie não finge que você está bem, por que eu te conheço. – Jessy me olhou séria e eu fiz careta.

– O que você quer ouvir, que eu sinto falta do Danny? Por que não é bem assim. Eu admito que gostava da companhia dele, mais eu já previa que fosse terminar assim...e adivinha, eu vou sobreviver. – falei irritada e Jessy revirou os olhos.

– Como quiser. Teimosa! – Jessy bufou.

– Se precisar de mim estou na sala. – deixei o copo em cima da mesa, e fui sentar no sofá.

Sozinha de novo, e agora com medo até de dormir. Eu venho tendo tantos pesadelos horríveis que prefiro ficar acordada do que dormir.

Liguei a tv e coloquei no famoso canal de vendas de boi, o único que eu assisto. Mais a noite foi tão mal dormida que acabei pegando no sono.



– Vamos Katie, me implore. – Jesse andava devagar em minha direção.

– Você não é o Jesse que eu amei. – balancei a cabeça indignada.

– Não vem me falar de amor. – Jesse gritou enfezado.

– O que você sabe de amor Katie? Hen, me diga? – Jesse fechou a cara e eu fui andando pra trás sem tirar os olhos dele.

– Você simplesmente me trocou pelo primeiro que apareceu. Acha que vai ficar assim barato? – Jessy avançou pra cima de mim me derrubando no chão.

– Socorro! – foi a única coisa que eu consegui falar.

– Grite o quanto quiser, ninguém vai te ouvir. – Jesse gargalhou e engatilhou o revolver.

– Ninguém vai te ouvir, ninguém vai te ouvir. – Jesse aproximou a arma do meu coração, e o único barulho que eu ouvir foi do disparo da arma.


– Katie almoçar. – Jessy me acordou.

– Droga! – falei rápido e Jessy arregalou os olhos sem entender.

– Não é com você. Outro pesadelo. – falei com a respiração descompassada.

– Vai almoçar? – Jessy arqueou a sobrancelha e eu neguei com a cabeça.

– Eu estou com sono mais sempre que eu durmo tenho pesadelos. – falei chorosa e Jessy sentou do meu lado.

– Você sabe o porque. – ela sorrio amarelo.

– Então agora eu sou dependente dele? De jeito nenhum. – olhei séria pra ela.

– Não se trata disso Katie, é tudo do seu subconsciente, ele está te mostrando que você sente falta dele. Mesmo que negue. – Jessy suspirou cansada.

– Agora você é psiquiatra? – falei irônica e Jessy bufou.


Outro dia de consulta, eu não estava nada feliz em ter que sair de casa. Eu já sabia o que iria ouvir.

– Bom dia Katherine. – Denise sorriu pra mim.

– Bom dia. – falei sem emoção.

– Vejo que as coisas não estão nada bem. – Denise balançou a cabeça lamentando.

– É não estão. – ou Denise me conhecia muito bem, ou nas horas vagas tinha aula com a mãe Diná.

– O que aconteceu? – Denise pegou o caderninho e assim que eu comecei falar, começou anotar nele.

– Voltei a ter pesadelos. Agora eles estão constantes e mais terríveis. – respirei fundo.

– E por que você acha que os pesadelos voltaram? – Denise ajeitou o óculos.

– Sei lá...eu e Danny não estamos mais juntos. – falei sem me importar.

– Acho que isso responde muitas perguntas. – Denise sorriu amarelo e eu revirei os olhos.

– Mas não tem nada a ver. – tentei contornar.

– Você sabe que tem Katherine. – Denise anotou algumas coisas e olhou pra mim.

– O assunto Daniel, quer falar sobre? – Denise arqueou uma sobrancelha e eu neguei com a cabeça.

– Não tem nada pra falar. – esbocei um sorriso amarelo.

– Sente falta dele. – Denise insistiu.

– Um pouco. – fui breve.

– Continua pintando? – Denise tirou os óculos e ficou olhando pra mim.

– Não, não tenho mais por que pintar. – suspirei cansada.

– Você regrediu tanto Katherine, e no fundo você sabe o por que. – Denise me olhou acolhedora.

– Quem foi que terminou? – Denise tanto fez que entrou no “assunto Daniel”.

– Eu. – falei sem nada expressar.

– E não vai fazer nada pra mudar isso? – Denise franziu a testa.

– Não, vou continuar minha vida como sempre foi. – falei tentando convencer Denise e eu mesma.


– Sinto falta da Katie de 2 semanas atrás. – Jessy me olho receosa, quando sinal fechou.

– É eu também sinto falta dela, mais ela não vai voltar. –fui sarcástica e Jessy começou a rir. Jessy ria como se eu tivesse contado uma piada super engraçada.

– Qual a graça agora? – falei séria e Jessy continuou rindo.

– Você fica falando essas coisas, não é pra convencer eu ou Denise, é pra convencer a si própria. – Jessy parou de rir e me olhou séria.

– Lição de moral, agora não ok? – fechei os olhos tentando fazer com que Jessy não continuasse e no fim funcionou.

Não demorou muito chegamos, eu não falei nada praticamente o resto do percurso e Jessy respeitou, ela também não falou nada.

Entramos no apartamento eu fui direto pro banho, almocei qualquer coisa e fiquei vendo tv.

– Vou deitar. – avisei Jessy e ela concordou com a cabeça.


Deitei na cama tentando dormir, mais parece que o medo de dormir e ter pesadelo faz com que meu cérebro resista ao sono.

Resolvi ir pro banheiro tomar outro banho. Terminei o banho e quando eu abri o armário do banheiro eu vi algo que fazia tempo que eu não usava. Remédios para dormir.

Peguei 2 comprimidos e ingeri, senti meu corpo relaxar mais ainda sim não era o suficiente. Era óbvio que eu ainda teria pesadelos.

A única forma de me livrar de uma vez dos pesadelos era tomar o pote inteiro, foi o que eu fiz.

P.O.V off.





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