One Of Those Ghosts escrita por Cathy Dare


Capítulo 13
13º Capítulo:




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Katie P.O.V on.

Há 3 anos que eu não tinha uma noite tão bem dormida como essa. Diferente do que eu achei, não estou arrependida do que aconteceu. Eu me sinto bem, mesmo tendo medo do que vem pela frente.

É como se eu ainda estivesse sentindo a caloria do corpo dele colado no meu.

Flashback on.

– Katie eu...guardei isso por muito tempo dentro de mim. – Danny olhou pra mim, engoli seco.

– Eu gosto muito de você, foi por isso que em nenhum momento, pensei em desistir. – ele permaneceu me olhando, com seus olhos extremamente azuis. Por que ele diz essas coisas, por que me olha desse jeito? Assim fica difícil repeli-lo.

– Danny não diz isso. – fechei os olhos, tentando evitar que aquelas palavras, chegassem no meu cérebro.

– Não Katie, eu preciso dizer. – Danny falou sério e eu abri os olhos.

– Eu não sei o que falar pra você. – fui franca, eu estava tão dividida.

– Só me diz a verdade, diz o que você realmente está sentindo. Se você não sente nada, diga. – foi a vez de Danny ser franco.

– Sim Danny, eu gosto de você...mais você merece uma garota menos complexa Danny. – apoiei minha cabeça no ombro dele. Era tão bom tê-lo por perto, o perfume, o corpo quente.

– Mas eu quero você, só você Katie. – Danny parou de dançar, fazendo com que eu parasse junto. Aquilo só significava uma coisa, ou ele ia desistir de vez e ir embora ou então iria me beijar. E sim, ele escolheu a segunda opção.

Danny se aproximou de mim e colou nossas bocas, instintivamente eu abri a boca cedendo para que o beijo acontecesse. Era uma sensação boa, meu coração estava acelerado, eu sentia uma caloria vindo do corpo dele que me fazia tão bem. Nossas bocas pareciam ter sido moldadas, o beijo de Danny era envolvente, quente, muito melhor que qualquer droga.

Danny finalizou o beijo mordendo meu lábio inferior e sussurrou no meu ouvido “And I Will try to fix you”.

Flashback off.

Tomei banho e fui tomar café, sabia que Jessy perguntaria sobre tudo, além disso eu pirracei ela. Depois do jantar, da conversa, do beijo e de tudo, nós ficamos conversando no sofá. Jessy chegou, Danny foi embora e eu fui dormir, Jessy quase me bateu, querendo saber o que havia acontecido, mas eu falei pra ela que só contaria no dia seguinte.

– Bom dia! – apareci na cozinha sorridente.

– Bom dia. É um ótimo dia, pra contar as novidades para sua melhor amiga. – Jessy colocou a mão na cintura e eu ri fraco.

– Uma coisa eu sei, Katie está sorrindo. – ela falou contente.

– Como foi a noite, me conta tudo e não me esconda nada. – Jessy falava descompassada.

– Hey calma. – dei um gole no suco de laranja e Jessy respirou fundo tentando se acalmar.

– Não tem muita coisa pra contar. – pirracei de novo e Jessy fez careta.

– Mentirosa. Você estava distante e o Danny estava sorrindo feito um idiota. – Jessy me deu um tapa no braço.

– Certo eu vou te contar.

Sentei no sofá e liguei a tv, como sempre no canal de venda de boi, o único programa que eu vejo. A música não saia da minha cabeça, mas isso não era uma coisa ruim, eu estava gostando.

O celular de Jessy tocou e ela passou pra mim.

– Adivinha quem é? – Jessy falou sapeca e não me contive e sorri.

– Você precisa salvar meu número no seu celular, pra assim quando eu te ligar você atender. – Danny falou calmo.

– Bom dia pra você também Danny. – suspirei fundo.

– Bom dia Katie, sonhou comigo? – Danny riu.

– Não exagera Danny... – antes que eu terminasse ele continuou.

– Mesmo se tivesse sonhado, você jamais admitiria. – Danny continuou rindo.

– Por que me ligou? – cortei ele.

– Quero sair com você. – respirou fundo. Ele e sua conversa de sempre, será que ele não muda nunca?

– Danny, quantas vezes terei de te dizer que eu só saio de casa nas quarta-feira e em casos extremamente importantes e isso se a Jessy persistir muito. – falei calma.

– Posso passar aí então?

– Pode. – fiz careta pra Jessy que estava fazendo coração com a mão.

– Beijo, até daqui a pouco.

Danny mal terminou de falar e desligou o celular.

– Como pode uma garota não ter salvo o número do celular do próprio namorado. – Jessy tentou se manter séria, mas rio.

– Jessy por favor, não enche. – revirei os olhos.

– Nós podemos sair em casais. – Jessy bateu as mãos como uma criança feliz.

– Não é por que eu beijei um cara que eu vou sair de casa. – falei sem emoção e Jessy murchou o sorriso.

– Não é “um cara”, é o Danny. – Jessy falou afetada.

– Danny, Justin Timberlake...eu não saio de casa. - respirei fundo.

– Já que a minha melhor amiga não quer sair comigo, eu vou me arrumar pra ir trabalhar e depois ligar pro Harry. Já que o Danny vai passar aqui eu posso sair com o meu gato. – Jessy sorriu apaixonada e eu franzi a testa.

– Não é nem meio-dia e você quer que o Danny passe o dia inteiro aqui? – mordi o lábio inferior.

– Claro. – Jessy mal terminou de falar e foi pro seu quarto.

A campainha tocou e eu já sabia quem era, só por isso atendi.

– Demorei muito. – Danny sorriu feliz e eu acabei sorrindo junto.

– Sem ser mal-educada já sendo, veio até aqui por que? – fechei a porta com Danny ao meu encalce.

– Ver você ué, não complica as coisas Katie. – Danny se aproximou de mim.

– Depois de ontem você acha que iria se livrar de mim? – ele me puxou pela cintura e me beijou.

A mesma sensação de ontem havia voltado, eu me sentia tão bem com Danny do meu lado.

Danny manteve uma mão na minha cintura e a outra se alojou pelo meu cabelo. Coloquei uma mão na nuca de Danny aprofundando o beijo.

– Er...oi Danny. – Jessy tossiu fazendo nós dois quebrar o beijo.

– Oi Jessy. – Danny falou ainda abraçado comigo.

– Vejo que tudo saiu bem ontem. – Jessy falou contente.

– É saiu. – Danny deu um sorriso cúmplice pra Jessy.

– Eu ainda estou aqui gente. – arquei uma sobrancelha.

– Como não te ver, o Danny não te larga. – Jessy falou divertida. Ela havia acordado toda animadinha, qual é dormiu com o Bozo?

– Por isso não. – Danny riu e me largou.

– Que isso...podem continuar de onde pararam, eu estou de saída. – Jessy pegou a chave em cima da mesinha da sala e saiu.

Empurrei Danny e sentei com ele no sofá, eu ia começar a falar mas Danny voltou a me beijar. Não importa o que eu ia dizer, pode ficar pra depois.

– Danny agora vamos falar sério. – assim que Danny cortou o beijo sem fôlego eu falei.

– Sim, o mais sério possível. – Danny se ajeitou no sofá.

– Você sabe mesmo onde está se metendo? – perguntei pra ele que ficou em silêncio e eu continuei.

– Eu não sou uma garota social, não costumo sair, eu tenho medo de atender o telefone, as vezes eu sou grossa com quem não merece...pode perguntar pra Jessy... – fui falando exatamente como eu sou.

– É eu sei de tudo isso. Eu gosto de você desse jeito Katie, não vou tentar mudar você. – Danny falou sério e eu engoli seco.

– Somos adultos, não vamos fugir do que estamos sentindo. – Danny passou a mão no meu rosto e eu fechei os olhos.

– Katie quer namorar comigo? – ele pegou a minha mão e as famosas borboletas no estômago voltaram. Eu queria dizer sim, mais eu tenho tanto medo, eu não sou uma pessoa com sorte. Além disso é muito cedo, tudo bem que já nos conhecemos a um bom tempo, mas eu acho muito cedo. Talvez se o Danny não tivesse esses olhos perfeitamente azuis, eu conseguiria negar o que eu estou sentindo.

– Aceito Danny. Aceito namorar você. – me aproximei de Danny e o abracei.

– Que tal cozinharmos algo pra nós almoçar? – Danny deu um pulo do sofá.

– O que? – fiz careta e Danny fingiu ficar bravo.

– Eu cozinho bem Katie, sou quase um cheff. – falou divertido e eu ri.

Fomos pra cozinha fazer o almoço.

– O que nós vamos fazer? – Danny me olhou e eu balancei os ombros sem saber.

– Que tal estrogonofe? – Arquei uma sobrancelha e Danny sorriu.

Começamos cozinhar o tal estrogonofe, era tão engraçado ver Danny na cozinha, ele realmente tinha pinta de cheff de cozinha.

– Você nunca me mostrou suas pinturas. – Danny parou de cortar o tomate e olhou pra mim.

– Não existe pinturas. – falei sem emoção.

– Mas Jessy disse que você pinta. – Danny arqueou uma sobrancelha.

– Eu pintava, mas não pinto mais. – fui sincera.

– Você poderia fazer um retrato meu. – ele falou divertido e eu ri.

– Não começa Danny. – falei rindo.

– Você vai voltar a fazer tudo o que fazia antes. – ele respirou fundo e eu fechei a cara nada empolgada.

– Katie você não conhece o meu poder de persuasão. – Danny se aproximou de mim e me abraçou, nem ligando pra minha cara mal-encarada.

– Nada que você faça, vai fazer eu sair desse apartamento, você entendeu? – apontei o dedo pra ele que riu e me beijou.

– Você que pensa. – Danny mordeu meu pescoço e eu empurrei ele.

– Vai queimar. – apontei pra panela que estava borbulhando e Danny abaixou o fogo e começou a mexer com a colher.

O estrogonofe ficou pronto e eu comecei a arrumar a sala de jantar.

Danny realmente cozinhava bem, se a carreira de músico fosse um fracasso, ele poderia assumir o fogão, e virar cheff de cozinha.

– Então Katie, que tal me falar algumas coisas que eu não sei sobre você? – Danny colocou os talheres no prato e ficou olhando pra mim. Danny era tão teimoso, é difícil falar sobre mim.

– Danny por que você insiste com isso? – fiz cara de dor e ele riu.

– Somos namorados, precisamos nos conhecer. – Danny revirou os olhos.

– Tá mais você começa. – dei um gole na água e Danny respirou fundo pra começar falar.

– O que quer saber? – ele apoiou o queixo nas mãos.

– Sei lá, você que está insistindo com isso. – dei risada e Danny fez careta.

– Sou tão desinteressante assim é? – Danny fez bico e eu ri mais ainda.

– Claro que não. – apertei a bochecha dele que não agüentou e sorriu pra mim. Como foi que eu evitei Danny por tanto tempo hen? Isso está me fazendo tão bem.

– Ok, você venceu...como sempre. – dei uma pausa e continuei.

– Qual é o nome dos seus pais? – dei mais uma garfada no estrogonofe.

– Linda e Richard. E os seus? – Danny emendou.

– Madson e Viktor. – falei e Danny sorriu bobo.

– Um dia eu vou conhecer os meus sogros? – Danny pegou na minha mão.

– Você não tem jeito. – falei rindo.

– Katie quantos anos você tem? – Danny pegava os talheres enquanto eu começava a lavar a louça.

– Tenho 23. – falei um pouco alto pra que ele ouvisse da sala de jantar.

– Sabia que eu era mais velho. – Danny apareceu na cozinha com um ar convencido.

– Danny deixa de ser chato. – dei um tapa no ombro dele.

– Fala a verdade, você gosta. – ele inflou o peito.

– E você? – fechei a torneira com a louça já no escorredor.

– Eu o que? – Danny arqueou uma sobrancelha sem entender.

– Quantos anos tem “senhor-eu-sou-o-mais-velho-da-relação”? – ri da cara que ele fez.

– Lindos 25 anos. – Danny falou convencido e eu fiz careta.




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