Nossos Pais Estragaram Tudo. escrita por Tia Juuh


Capítulo 13
No Hospital


Notas iniciais do capítulo

Faalaew galerê õ/ Faz tempo que eu não posto né.. Eu to ligada, desculpa +.+ É que eu perdi um pouco a vontade de escrever, mas agora estou feliz de novo e quero escrever ;D Espero que gostem desse capitulo e aproveitem



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Eu conhecia aquela voz de algum lugar... Era minha avó, a única pessoa que eu amei de verdade e chorei na morte, não sabia de onde via a voz tentei procurar, mas não tinha tempo pra isso, eu comecei a correr muito mais rápido e finalmente cheguei à criança, eu a abracei e tudo desapareceu logo só via branco, mas logo começou a tomar forma, via uma luz e uma menina ao meu lado, eu estava deitado, e ela dizia:

–Vamo lá Nando! Vamo lá!

Ela chorava muito, olhei pro outro lado e uma enfermeira estava ali, percebi então que estava num hospital, me sentia altamente aliviado, e acabei que adormeci ali mesmo.

Acordei umas horas depois já numa cama em um quarto de hospital, logo que acordei, sentei-me na cama e vi que a Milena estava dormindo em um sofá que ali tinha. Eu estava me sentindo fraco então chamei uma enfermeira, ela chegou até que bem rápido com uns remédios e um copinho de água, eu tomei os remédios e ela foi embora.

–Ah, moça?

–Sim?

–O que aconteceu comigo?

–Você foi atropelado. Entendo que não lembre, bateu a cabeça com muita força no chão, quebrou uma perna e um braço.

–Meu deus.

–Ah, e essa sua amiga veio contigo desde o acidente até aqui. Ela ficou muito preocupada e não parava de perguntar se não podíamos fazer nada pra te acordar e blábláblá, poxa vida, já é difícil trabalhar em hospital, ainda essa gente que fica achando que somos Deus. É muito...

–Foda.

–Exato. Bem, qualquer coisa me chame.

–Obrigada!

A enfermeira se retirou do quarto e eu acabei que deitei novamente, minha cabeça ainda doía um pouco, mas logo o remédio faria efeito. Comecei a sonhar acordado, lembrando-me daquele “devaneio” que tive quando desmaiei, lembrei-me de meu pai gritando comigo, da criança chorando, tentava ver se algo daquilo fazia sentido, se aquilo era um sinal não sei, depois de pensar um bom tempo sobre aquilo, acabei que adormeci novamente.

–Mas ele ao menos acordou?

–Sim, ele conversou comigo!

–O que ele disse!?

–Ele perguntou do acidente.

–O que mais?

–Ah senhora eu não me lembro, isso foi ontem de madrugada!

–MAS VOCÊ TEM QUE LEMBRAR!

–NÃO GRITE COMIGO MOCINHA!

–Ei galera da pra calar a boca eu to tentando dormir!

–NANDO!

A Milena pulou em cima de mim. Obrigado Milena, perna e braço quebrados agradecem.

–AI FILHA DA PUTA!

–AI DESCULPA!

–HAHAHAHAHAHA – Rimos, mas eu queria mesmo chorar, minha perna tava doendo pra caralho. Porra Milena.

–EU VOU LIGAR PRA LORENA, AI VOU CHAMAR A MARINA PRA VIR PRA CÁ, AI VOU COMER ALGUMA COISA, TA COM FOME NANDO? DEVE ESTAR EU TE TRAGO ALGUMA COISA!

–MILENA!

–Que foi?

–Para de surtar mulher!

–Ah, desculpa!

Rimos. Depois de uma meia hora eu meio que dormi. Comecei a ter um sonho perturbado, me encontrava no mesmo hospital do outro sonho, mas dessa vez as portas dos quartos estavam abertas e dentro de cada quarto uma pessoa enforcada. Eu comecei a correr, mas os corredores não acabavam, até que avistei uma pessoa, uma mulher pra ser mais exato. Cabelos compridos e negros cobria seu rosto e ela usava uma daquelas camisolas de hospital, pele pálida e cabeça baixa. Aproximei-me mesmo que com medo e logo ouvi sua voz baixa e serena:

–Suma daqui! Suma daqui! Suma daqui!

–Moça?

Ela levantou sua cabeça, seus olhos negros e penetrantes, lágrimas de sangue sobre seu rosto e cortes em sua boca faziam-na ficar vermelha.

–SUMA DAQUI!

Sai correndo de medo e ela corria atrás de mim com os cabelos esvoaçando e de sua boca saiam uns tentáculos negros que cada vez se viam mais perto de meus pés, prontos pra me puxar e dar-me uma rasteira. Passei por um quarto e vi que ele tinha porta, entrei nesse quarto e me tranquei lá, a porta tinha uma parte de vidro que eu conseguia ver a “menina”. Não sabia o que fazer, ter me trancado ali teria sido a pior ideia de todas, logo ela quebraria o vidro e seus “tentáculos” me matariam. Logo o cenário começou a mudar, eu conhecia aquele lugar, mas não me lembrava muito bem, até sentir o cheirinho de chá, eu estava na casa da minha avó.

–Nandinho meu querido o chá está pronto!

Quando eu tinha cinco pra seis anos eu e minha avó tomávamos chá todo dia a tarde, nós conversávamos e depois eu dormia no sofá enquanto ela tricotava.

Eu fui pra cozinha correndo, como se eu tivesse cinco anos de novo. Quando vi que era uma armadilha, aquela “menina” na verdade estava colocando o chá do bule, não era minha avó.

–Olá Nandinho!

Ela pulou na minha cara e eu acordei com o susto. Logo depois a Milena chegou, tentei amenizar minha cara de susto e fazer meu coração parar de bater tão rápido.

–Oi Nando! A Lorena não pode vir porque não deram alta pra ela hoje, só amanhã!

–Amanhã eu vou embora daqui.

–Ahn?

–Eu odeio hospitais e isso aqui me dá pesadelos, eu vou embora nem que eu tenha que pular desta janela e vazar.

–Nando, não tome atitudes precipitadas!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado



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