Chá Das Cinco escrita por Hikari


Capítulo 1
Capítulo Único - Chá das Cinco


Notas iniciais do capítulo

Bom, a história me veio a cabeça do nada, não tinha tudo muito certo, na verdade eu faria um romance de sei lá que casal, mas como apareceu o Amigo Secreto do grupo We Love YOU no facebook, consegui encaixar a história bem melhor com Death Note. A fic está bem monótona, coisa que foi de minha intenção, já que tudo é para ser monótono nessa história, mas sei lá... Não consegui organizar muito bem a história, mas tudo bem... Espero que a minha amiga secreta goste, já que é fã de DN! :D
Sem mais delongas, à fic!



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Observava daquela janela antiga o sereno que caía lá fora. Ah, que sensação gostosa, quanta tranqüilidade... Esperava o relógio tocar, avisando cinco horas. Cada minuto que passava o “tac” que o objeto fazia ecoava pela imensa sala de estar. Estava sozinho no cômodo naquele dia escuro. Sua única empregada estava quieta – até demais! – na cozinha, coisa que não fazia a mínima diferença a ele, que estava adorando aquele silêncio.

Vestia uma camisa branca de mangas compridas, que estavam arregaçadas até a metade do braço, e uma calça jeans quase preta. Seus pés descalços repousavam no braço do sofá, onde estava praticamente deitado. Estava prestes a dormir quando o relógio bradou 17h. Levantou-se, sentou-se à mesa e esperou que Risa não demorasse a chegar com seu chá.

- Ryuuzaki-sama... – a moça deu sinal de que colocaria a comida na mesa.

- Risa, sente-se.

- M-Mas... 

- Sem “mas”... Faça-me companhia. – pediu. 

- T-Tudo bem...

Todos os dias eram assim. Às cinco horas da tarde, Ryuuzaki sempre tomava seu precioso chá. Comia algum doce como acompanhamento; preferia bolos. Todo dia ele pedia que Risa o acompanhasse. O bom moço era sozinho demais, Risa era a única pessoa que podia animá-lo, coisa que era difícil, já que ela era muito quieta.

- Preciso lhe contar uma coisa. – disse após bebericar um pouco do chá.

- Pode dizer senhor...

- A casa é grande demais, então contratei alguém que vai lhe ajudar. Daqui algumas horas ele chegará, deixe um quarto arrumado, já que, assim como você, ele morará aqui. Espero que se deem bem.

- Ah certo! Obrigada. – ela deu um meio sorriso.

- O bolo está ótimo como sempre, Risa. – elogiou, mudando de assunto.

- Fico agradecida pelo elogio, Ryuuzaki-sama!

- Ah, lembrei! Como o rapaz ainda não é de minha confiança, a partir de hoje, me chame apenas de L.

- Entendido, L-sama!          

Após o curto diálogo, eles tomaram o chá em silêncio. Assim que terminaram, Risa voltou a seus afazeres e Ryuuzaki, ou melhor, L, foi ler algum livro qualquer. Pegou o primeiro que encontrou na estante. O que tinha escrito era tão chato e entediante que o rapaz acabou caindo no sono sem perceber. Acordou duas horas depois por um forte trovão. Levantou-se, guardou o livro, tomou um pouco de água e logo ouviu a campainha tocar, pôs sua pantufa e foi abrir a porta. Com certeza era o novo empregado.

- Boa noite. – cumprimentou – Fui contratado para trabalhar aqui... Residência do senhor L, certo?

- Boa noite. Prazer, L. – estendeu-lhe a mão.

- Prazer, Yagami Raito. – respondeu apertando-a de leve.

- Entre, por favor, não fique na chuva. – deu espaço para que o moço entrasse.

- Ah, obrigado. – passou os olhos rapidamente pela sala de estar assim que entrou. – Meu Deus, sua casa é enorme!

- Pois é... Mas não é tão bom morar aqui só com uma pessoa. – pausou. – Risa! – chamou a empregada.

- Sim? – apareceu no fim da escada – Oh! – e assim que percebeu que o novo companheiro de trabalho já estava lá, desceu. – Prazer, sou Risa.

- O prazer é todo meu, Risa. – beijou-lhe as costas da mão da moça. – Sou Yagami Raito.

- Bom, Risa, apresente a casa ao Yagami, eu vou fazer algumas coisas do trabalho. – L deu fim ao diálogo.

- Certo! – e os dois foram juntos andando pela casa.

Foi até sua área de trabalho e sentou-se na cadeira, suspirou... Pegou uma das pequeninas estátuas que tinha em sua mesa e ficou encarando-a. Em sua mente a imagem de seu novo empregado apertando-lhe a mão permanecia congelada, já de cara não gostara daquele rapaz, sua presença o incomodava, ele realmente não seria alguém que poderia confiar.

•••

- Este é seu quarto, Yagami-san. – Risa mostrava cada parte da casa ao novo homem.

- É aqui que vou dormir? – indagou.

- Sim, Yagami-san. – ela sorriu fraco.

- Hum... E onde você dorme Risa-chan?

- Risa... chan? – não era comum usarem o sufixo “chan” no nome dela, somente pessoas muito próximas. – Ah... Eu durmo aqui do lado...

- Entendi... Que tal vir pro quarto ao lado então? – ele perguntou num sussurro, ao pé do ouvido dela.

- O-O que está querendo, Yagami-san?

- Me chame de Raito.

- O que você quer comigo?

- Não quer dar uma chance? Te achei atraente desde o primeiro momento em que pisei aqui.

- N-Não quero nada com você...

- Hum... Então você é difícil? – abraçou-a por trás.

- Não. Eu só não quero nada com um homem que conheci hoje! E também... Eu amo alguém... – soltou-se dos braços de Raito.

- Imaginei. Seu patrão, certo? – ele perguntou e ela corou.

- N-Não... – tentou mentir.

- Pode ir ao seu quarto, Risa-chan... Vou ficar aqui sozinho. – ele disse frio.

Assim ela saiu, o Yagami fechou a porta, largou sua mala num canto do quarto qualquer e se jogou na cama, logo começou a rir de um jeito paranóico. Ele não era burro, pelo contrário, muito esperto; quase nada passava despercebido aos seus olhos. Já sabia tudo o que iria fazer naquela mansão...

•••

Após aquele dia, L não tinha mais companhia em seus chás das cinco horas, Raito insistia que empregado e patrão não podem sentar-se à mesma mesa. Diariamente o dono daquela casa se sentia cada vez mais sozinho, de nada adiantara pôr mais um homem lá, a situação só piorara. Mas no fundo estava grato, porque, apesar da solidão, tudo era tranquilo.

Passaram-se semanas naquela calmaria toda. Raito já estava acostumado com tudo, Risa preferia evitar o rapaz desde o ocorrido no primeiro dia do Yagami lá. L já estava mais calmo quanto à personalidade do novo empregado, apesar de seu comportamento continuar estranho.

O dia estava ensolarado, um milagre, já que naquela época as chuvas eram constantes. Grande coisa, de que adiantava o tempo estar maravilhoso e tudo tão bonito lá fora, sendo que o moreno ainda tinha que trabalhar? Fazer o quê... Fazia dias que ele não dormia direito, suas olheiras estavam mais profundas que o normal, tomava café para que não acabasse cochilando ali, em cima dos papeis. Olhou para o relógio, ah, ainda eram 16h... Suspirou.

- Risa! – chamou a moça.

- Sim L-sama?

- Hoje que o dia está bonito... Acho que vou tomar meu chá lá no jardim... Pode já ir ajeitando as coisas lá?

- Como quiser.

- Obrigado. – agradeceu.

Continuou com seu trabalho calmamente. Era 16h30 quando deu fim em toda aquela papelada. Levantou-se da cadeira, espreguiçou-se, tomou um banho rápido e gelado para acordar de vez, colocou uma roupa qualquer, a primeira que viu no guarda-roupa, foi até seu jardim, sentou-se à mesa e esperou até que fosse 17h.

•••

Colocaria seu plano em execução o mais rápido que pudesse. Antes das cinco da tarde tudo devia estar pronto. Colocou luvas, molhou um pano com clorofórmio e, assim que Risa aproximou-se, segurou-a por trás e fez com que ela inalasse o produto. Não podia, de forma alguma, deixá-la acordada, já que a moça dizia amar o patrão. Deixou seu corpo entendido no chão. Do bolso direito da calça tirou um frasquinho de veneno, cujo despejou um tanto dentro do chá que o dono da casa beberia. Sorriu. Deixou a xícara com chá envenenado ao lado direito. Ele pegou a bandeja com a bebida, os pires com fatias de bolos e dirigiu-se ao jardim.

- Boa tarde, L-sama. – cumprimentou-o com um sorriso no rosto.

- Boa tarde, Yagami. – respondeu, suspeitando.

- O relógio acabou de avisar 17h. Hoje eu que vou lhe servir.

- Hum... Obrigado.

Raito estava sendo cuidadoso, ou talvez nem tanto. Deixou a bandeja na mesa, para que pudesse pôr tudo em seu devido lugar. L esticou o braço e pegou a xícara da direita. Assim que o Yagami viu, sorriu. O patrão não tomou sequer um gole, deixou seu chá à sua frente, esperando, educadamente, que seu empregado terminasse de pôr a mesa.

- Sente-se comigo, por favor, Yagami.

- Tem certeza, senhor?

- A bandeja tem duas xícaras com chá, uma está comigo, a outra você pode pegar.

- Fico agradecido. – ele sorriu ao ver que L já estava segurando a asa da xícara.

Bebericou seu chá, já esperando que seu patrão começasse a passar mal. O outro fez o mesmo. Deus, por que ele continuava normal? Foi aí que percebeu seu erro fatal. Deixou a bebida envenenada à SUA direita, e não à direita de L, que, portanto, pegara o chá da esquerda, que não era envenenado. “Céus, como pude ser tão descuidado?“, era o que pensava o Yagami. Seu plano fora por água abaixo... Sentiu seu corpo começar a queimar, parecia que explodiria a qualquer hora.

- Yagami... Você é muito ingênuo para alguém que parece ser tão inteligente... – foi o que ouviu de seu patrão.

- Maldito... – foram suas últimas palavras.

- Tsc... – rolou os olhos.

Pegou sua xícara de chá, seu pires com uma apetitosa fatia de bolo, levantou-se, foi até sua sala de estar, sentou-se à mesa que sempre tomava seus chás. Suspirou. Olhou pela janela, o dia continuava lindo. Não tinha mais nada que o incomodava, estava calmo como sempre. Bebericou um pouco do líquido, que já estava bem morno, e logo comeu o morango que tinha no pires. Ryuuzaki agia naturalmente, afinal aquele continuava sendo seu costumeiro chá das cinco. 


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. >
Espero que tenha ficado bom... Ou pelo menos regular O-o USHAUSHUAHS
Enfim, deixem reviews, POR FAVOOOR! >
Ah e feliz ano novo para todos :)
Beijos
KawaiHikari



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