“Amor, desejo, paixão, luxuria;

Paixão é derivada do Amor;

Luxúria é sinônimo de Desejo;

Desejo tem somente a luxúria como companhia;

Amor é acompanhado de todos os quatro elementos citados;

Parece simples, não?

Fácil é defini-los.

O difícil é saber qual deles você sente pela pessoa que está pensando no momento em que lê tais palavras.”

By: Vick-chan. (Yes, guys eu vivo criando esse tipo de frase :P)

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Impiedosa, sádica e egoísta.

Essas palavras resumiram a morena perfeitamente.

Mesmo sabendo disso, o loiro desenvolveu uma atração, uma atração misturada com desejo e luxuria uma atração que era igualmente correspondida.

Não sabiam como aquilo havia começado, só sabiam que já havia um tempo em que os dois se encontravam e depois agiam como se nada tivesse ocorrido.

Não que eles reclamassem, era mais uma “amizade colorida”, não que eles fossem amigos, esse era apenas um jeito mais “fraco e gentil” de nomear o que eles tinham.

Eles apenas satisfaziam suas necessidades e desejos. Não havia amor, pelo menos, era isso que o loiro sempre pensara.

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“Quarto 100” havia sussurrado em sua orelha vários minutos atrás. E lá estava ele, indo como um verdadeiro idiota, ou cachorrinho sem dono, melhor dizer, como um animalzinho dela, indo a seu encontro.

O que a jovem senhora queria agora? Essa pergunta não saia da cabeça do loiro, embora já fizesse uma idéia da resposta, porém, ainda assim queria estar errado.

Suspirou.

Não fazia idéia que ela viria para cá também; de uma coisa estava certo, iria conversar com aquele inerte dos infernos, sim, seu “querido” Mestre, por ter permitido que ela viesse, pois agora que parara pra pensar, o idiota tinha dito algo sobre outra guilda... Mas que droga, ele era tapado?! Minerva e a Titânia no mesmo lugar!?

Outro suspiro.

E também tinha aquela pessoa; Klaus era tão burro a ponto de não se lembrar do estrago que a tigresa havia feito a ela nos jogos passados?

Reprimiu a vontade de socar a parede, e bufou parando na frente da porta de mogno com a fina placa dourado com o número 100, que por acaso, era o ultimo do corredor.

O corredor estava vazio, deu uma olhada em volta e bateu na porta.

Os “Toc’s” pareciam gritar, ecoando pelas paredes de forma acusatória como se dissessem que ele iria fazer algo de errado, fazendo-o se amaldiçoar mentalmente, porém convenhamos, Sting Eucliffe não é santo. A porta se abriu sozinha, sem nenhum rangido, Sting com a mão na maçaneta a empurrou lentamente e assim que fechou a porta e se virou para encarar o outro lado do quarto... Quase teve um infarto.

De costas para o mesmo trocando-se estava Minerva. A morena escorregava uma longa camisola branca pelos braços e ajeitava a mesma de forma lenta e provocante pela cintura e pelas pernas.

Soltou uma melodiosa risada e se virou para o loiro ainda estático, seus olhos possuíam um brilho muito bem conhecido por ele. Oh, não, as suspeitas dele estavam corretas. Ele só não sabia se deveria ficar temeroso sobre isso já que, uma parte de seu corpo não podia deixar de ficar satisfeito pelas suas suspeitas estarem certas.

– Qual o problema, Sting? – perguntou se sentando em sua cama, passando a mão ao seu lado indicando para o loiro se sentar.

– “Suspiro” o que quer Jovem Senhora? – indagou tentando parecer o mais frio e indiferente possível.

– Jovem Senhora? – estreitou as sobrancelhas. – Está me chamando de velha, Senhor Eucliffe? – arqueou uma sobrancelha.

– O que deseja comigo Minerva? – resmungou entre dentes.

–Ora, não fique tão bravo... – disse se levantando e indo em direção ao loiro. – Eu já disse não? Klaus e eu somos passados. – terminou com as mãos no pescoço do mesmo.

– Ai que se engana, eu realmente quero dormir. – disse indiferente tentando desvincular o corpo dela de si. Mentira, parte dele ficara surpreso ao descobrir que a rainha tigresa e o mais novo Mestre da Sabertooth haviam tido algo um tempo atrás, e mesmo estando um pouquinho curioso em relação a isso, deixou pra lá, ele e Minerva não tinha nada mesmo, então porque se preocupar?

– Cuidado, olhe como fala comigo Sting, esqueceu quem salvou seu precioso exceed? – perguntou olhando intensamente para os olhos azuis-escuros.

Ali estava à arma número da tigresa contra o Dragon Slayer, Lector.

– Eu já lhe agradeci. – respondeu.

– Não o suficiente, honey. – sussurrou sedutora ao pé do ouvido trazendo-o para a cama.

Aquilo não ia acabar bem.

– Ao que parece você não precisa da minha ajuda, nem nada do tipo... Então, eu já...– tentou o loiro se levantando indo em direção a porta, antes que ele fosse fraco o suficiente e caísse naquele jogo.

– Por que a pressa? – indagou irônica.

– Eu já disse que quero ir dormir. – levantou a voz meio arrogante.

Minerva gelou. O ódio estampado nos olhos esverdeados. Cerros os punhos e franziu o cenho enquanto o loiro a deixava ali, sentada na cama... Sozinha.

Um grunhido escapou pelos lábios pintados em carmim. E naquele momento, o loiro soube, ela não deixaria sua aparente falta de importância, ou síndrome de Rogue passar barata.

Num movimento rápido, a morena usou sua magia e segurou o loiro ali. Levantou-se e caminhou vagarosamente até Sting com um sorriso malicioso nos lábios. Ele a olhou com uma sobrancelha arqueada, nem surpreso, nem receoso, talvez um pouco curioso com o que ela faria agora.

A maga “espacial” sorriu, passou as mãos pelo pescoço do loiro e começou a distribuir beijos ao longo do rosto do mesmo até abaixo da base de seu pescoço.

Com as unhas bem feitas, pintadas igualmente de carmim, foi arranhando devagar e levemente o peitoral do Dragon Slayer abrindo totalmente a camisa do mesmo levando-a ao chão.

O loiro suspirou involuntariamente, fazendo com que um sorriso ainda maior brota-se nos lábios de Minerva que havia criado um padrão de beijos e caricias sobre a pele do mago dragão. Aquilo era demais para ele agüentar.

– Minha vez. – sorriu o loiro segurando a cintura da morena e invertendo as posições colocando-a contra a porta (N/A: Sting Eucliffe, seu bipolar como assim sua vez? Ò.Ó)

Minerva soltou um risinho travesso enquanto Sting beijava-lhe o pescoço e o colo descendo pelo decote da camisola fina e subindo, apenas provocando, apenas brincando; a relação deles era basicamente física, então porque não aproveitar um pouco?

Quando novamente chegou ao pescoço, foi surpreendido pelos lábios da morena, sedentos e suplico. Correspondeu o beijo com a mesma intensidade e assim que o ar tornou-se necessário, desceu a boca novamente para o pescoço da maga. Havia se esquecido da sensação que o toque entre os dois acarretava; a relação deles era física, porém, ainda assim era aproveitável por ambos os lados.

As mãos ágeis de Minerva passeavam pelo corpo do Dragon Slayer com mestria, enquanto as dele deslizavam pelas costas e pela cintura da morena.

Num movimento rápido, quase brusco, Sting agarrou a cintura da maga e a virou encostando as próprias costas nuas na porta de madeira sem quebrar a seqüência de caricias pelo corpo de Minerva.

Quando seus lábios novamente partiram para cima dos dela, a morena se afastou, desvinculando-se do corpo musculoso do loiro com um sorriso regozijo. Sting a olhou incrédulo franziu as sobrancelhas e assim que foi falar alguma coisa, a morena ficou de costas para o mesmo dando uma melodiosa risada que ecoou pelo quarto que se encontrava no mais completo silencio.

O loiro bufou, pegou sua camisa no chão e saiu pela porta, amaldiçoando-se internamente por ter caído nos jogos de Minerva... De novo.

Sting POV. On

– Desgraçado, idiota Sting! – resmunguei com as mãos na cabeça desajeitando meus cabelos.

Coloquei minha camisa em meu ombro direito e continuei caminhando pelo corredor pouco iluminado. Passei por varias portas e parei em frente a minha dando uma rápida olhada para a porta do quarto da Blonde.

Suspirei.

Ela estava chorando.

Eu consegui-a entendê-la. Minerva conseguia ser assustadora. Impiedosamente sádica, e assustadora. Porém, por mais que me custasse acreditar, o que por acaso impressionaria pessoas... Minerva não era tão má. Ela só teve uma vida difícil, dolorosa e difícil. Mas ainda assim... Aquilo não era uma desculpa para fazer o que ela fez. Se bem que... Eu ri do sofrimento dela... Feliz por Minerva ter feito o que fez... Era tão culpado como a tigresa, por ter zombado da loira mesmo quando ela lutava com todas as suas forças e vontade...

Suspirei de novo.

Que droga! Se bem que dizem que o passado reflete no futuro... Merda de vida! Desse jeito a Blonde vai me odiar! Opa, opa, opa... STING EUCLIFFE, POR QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ PREOCUPADO COM O QUE A FADA PENSA DE VOCÊ?! VOCÊ NÃO ESTÁ APAIXONADO POR ELA! Isso mesmo eu não estou apaixonado por Lucy Heartfillia. Eu só estava preocupado como qualquer conhecido estaria, hun, hun.

Fechei meus olhos com força e imediatamente me lembrei de mais cedo.

Flashback On.

Minerva continuou me acariciando, no entanto meus olhos moveram-se sozinhos em busca de outra coisa. De um par de orbes chocolates.

Foi instantâneo. No momento que a voz da tigresa fez-se presente, meus olhos pousaram na Maga Celestial da Fairy Tail.

No inicio sua expressão era de puro espanto. Logo depois seus olhos se arregalaram levemente e a mesma se virou, olhando para mim por breves segundos e depois sendo acompanhada por Natsu-san e os outros para o elevador.

Mesmo com aquela distancia, eu vi a intensidade de seu olhar. Tristeza, surpresa, confusão e mais inúmeras emoções. Fiquei surpreso com a quantidade de sentimentos que aqueles olhos e aquele simples olhar transmitiram. Era único, intensamente único e apesar de nem todas as emoções que aquele olhar transmitiam serem positivos, eu havia me encantado com aqueles olhos, pelo menos um pouco.

– Sting? – chamou-me Minerva tirando-me de meus pensamentos.

– Hun? Onde estão os outros? – perguntei olhando em volta. Rogue Frosch, Lector, Rufus e Orga já não estavam mais ali. Cara, quanto tempo eu fiquei que nem idiota pensando na Blonde?

– “Risos”, eles já foram bobinho. – respondeu a morena. – Nee, Sting...

–Sim? – perguntei hesitante.

– Quarto 100. – sussurrou no meu ouvido segurando meu queixo com uma mão, enquanto outra se encontrava repousada em meu peito.

Um arrepio correu pela minha nuca, seguindo pela minha coluna quando seu hálito quente fez-se presente em minha pele. A tigresa se afastou com um sorrisinho que eu conhecia muito bem, dirigindo-se para a recepção, enquanto eu subia as escadas da forma mais lenta o possível.

Flashback Off

Suspirei. Vou matar o Rogue por ter escapado sozinho e me deixar sozinho com a Jovem Senhora.

Levantei meus olhos mais uma vez para a porta do quarto das fadas, ok, estava exagerando, ela devia estar bem, sem mencionar que eu não tinha nada com ela, nem mesmo uma amizade ou algo do tipo, não, apenas tivemos curtos contados nos quais muitas situações constrangedoras foram acarretadas.

Entretanto, seus olhos... Eles transmitiram tanta coisa que, posso jurar ter visto: Decepção. Por mais que pensava nisso, menos sentido fazia. Não era como se a Blonde estivesse apaixonada por mim a ponto de ter ficado chateada ou até mesmo decepcionada comigo por causa de Minerva não é mesmo? Tinha que parar de pensar tanto nela, estava começando a pensar coisas impossíveis e idiotas, todavia, eu sou Sting Eucliffe, todas morrem de amores por mim. (N/A: Humilde --“)

Decidi afastar aqueles tipo de pensamentos e tomar um bom banho, matar o Rogue e dormir tranqüilo sem nenhuma sombra de culpa ou algo parecido na minha consciência. Então ouvi...

“NATSU!” gritou uma voz, com certeza era a Titânia. “SAIA DAQUI AGORA!”

Pêra ai... (N/A: Cérebro do Sting: Loanding; Loanding;Biiiiiiii…. Erro 404 Not Found, entendedores, entenderam Kkk’XP)

Que?! Como assim o Natsu-san está no quarto da Blonde?

“Não são nem 3 horas da manhã e vocês já estão com esse pique todo?” ....Que droga é essa?! ELES DOIS TEM ALGUMA COISA?!

Imaginação do Sting On.

“ N-Natsuuu...”

“L-Lucy... E-eu... vou...”

–------------Interrompemos esses pensamentos por conterem conteúdo inapropriado para ---------------------------------------menores de 18 anos------------

Imaginação do Sting Off.

QUEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE?!

Espera ai... Isso é possível? O N-Natsu-san... Como?! Kami-sama me diga que eu estou SURDO e que isso é coisa da minha imaginação! Mas será que eles... Já... Quer dizer... AHHHHH!

Abri a porta de uma vez me recusando a ouvir mais alguma coisa, me controlando para não entrar no quarto delas e expulsar o Natsu-san de lá eu mesmo, que pouca vergonha fazendo isso...

“O que você estava fazendo minutos atrás mesmo, Sting?”

Cala a boca consciência dos infernos.

– Que droga Sting! – xingou Rogue do chão perto de meus pés...Como assim?

Olhei pra ele e pra porta, pra porta e pra ele, então a ficha caiu.

– Cara, você estava com o ouvido na porta tentando escutar as fadas? – perguntei num sussurro divertido, me controlando para não rir.

– Cale a boca e entre logo idiota. – rosnou se dirigindo para o quarto.

O segui controlando-me para não rir deixando a porta aberta. Lector dormia na minha cama e Fro na de Rogue, o moreno seguiu para sua cama afegando a cabeça do exceed carinhosamente, segui até minha cama e ajeitei Lector em seu travesseiro e peguei minha toalha em uma das malas jogadas perto da parede.

– O que a Jovem Senhora queria? – perguntou Rogue.

– “Suspiro” Você sabe o que, não me obrigue a falar. – respondi.

– Deveria parar com isso Sting. – disse Rogue sério. – A não ser que goste dela.

– Não é exatamente evitável. – suspirei sentando em uma das cadeiras. – E você sabe muito bem que eu não gosto dela, nem ela de mim, é só coisa de momento.

– Não acho que ela pense que coisa de momento. – falou Cheney sentando-se em minha frente.

– Mesmo que não pense, eu não estou interessado. –respondi entediado.

– Então diga logo, idiota.

– Cuide primeiro da baixinha e depois venha me dar lição de moral. – falei irritado.

Ao contrario do que pensei, ele corou.

– Calado. – sibilou.

– “Risos” O que vocês estavam conversando mais cedo?– perguntei entre risadas. Não era todo dia que Rogue Cheney se encantava por uma garota, eu obviamente, adoraria saber mais da peça rara que fez com que o senhor “Não estou interessado” se interessasse por algo que não fosse Gajeel-san, sim, se eu não conhece-se Rogue direito diria que ele tinha uma paixão yaoi pelo Dragon Slayer de Metal, não que ele soubesse que eu já tinha tido tais pensamentos dele, oh não, eu amo muito minha vida.

– Conversando apenas. Ao contrario de você eu tento me aproximar dela nem que seja o mínimo. – respondeu me lançando um olhar beeem sugestivo, sério, eu pensei que ele estava tentando me matar... Pêra ê, falando em matar...

–Quase me esqueci... Rogue seu maldito, quem mandou você me deixar sozinho com a Minerva? – perguntei o mais baixo possível apontando o dedo acusatoriamente para ele como uma criança.

– Eu que não vou contra a ira dela depois. – respondeu entre dentes.

Suspirei. Certo a ira de Minerva era demais, até pra eu suportar.

– Ainda assim...

“CALEM A BOCA!”

Virei minha cabeça imediatamente para a porta do quarto, cara, a Blonde grita alto mesmo.

Olhei para Rogue, e o mesmo me observava seu olhar claramente me perguntava o que eu queria. Sim eu queria muito escutar a conversa delas, ainda assim, aquilo não seria invasão de privacidade? Dane-se, um dia eu iria morrer mesmo.

Caminhei pra fora do quarto observando o corredor atentamente, ninguém. Vagarosamente me dirigi para a porta do quarto das fadas e cuidadosamente colei o ouvido na porta. Ouvi um ruído quase que silencioso e Rogue apareceu do meu lado me imitando logo em seguida.

“Own, que fofo Levy-chan, então era por isso que o Rogue estava sorrindo” deve ter sido a Blonde. Olhei para meu “irmão” ele parecia feliz e muito envergonhado. Fiz uma careta bem sugestiva e o mesmo me fuzilou com os olhos. Nem sei quanto tempo ficamos ali, que nem duas crianças fazendo caretas e xingando um ou outro mudamente, quando dei por mim o que ouvi foi: “Pensa que não reparei no Rufus ontem mais cedo, Scarlet?” a Blonde gosta de interferir na vida amorosa dos outros não é mesmo?

Olhei pra Rogue cúmplice e o mesmo de imediato me entendeu. Ora, ora, Rufus e Titânia não é? Hun... Creio que a vida de Rufus ficara um pouquinho mais complicado agora.

Estava tão envolvido com meus pensamentos, pensando em inúmeras maneiras de importunar o mago de memória que só percebi que elas não falavam mais nada quando Rogue já estava em nossa porta.

Levantei-me e rumei ao quarto, pegando a toalha, dirigindo-me ao banheiro, é pelo visto, eu realmente não precisei me preocupar com a Lucy, já que o Natsu-san estava lá, não é mesmo?

Natsu e Lucy? Hunn... De algum modo isso não soa bem pra mim... Sei lá, a Blonde era muito pro Natsu-san... Pelo menos é o que eu acho... Com tanta gente no mundo e os dois... Ah, cara quem quero enganar...O que eu quero mesmo saber é: ela gosta dele?

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Lucy POV On

Acordei. O sol mais uma vez refletiu seu brilho em meu rosto, fazendo-me resmungar algo incompreensível até para meus ouvidos, o que eu queria mesmo era dormir.

– Luu-chan, Ohayou. – sorriu Levy observando que eu já havia acordado.

Suspirei, levantando aos poucos da cama me apoiando na cabeceira. Levei minhas mãos aos meus olhos e os esfreguei de leve, tentando fazer os mesmos “acordarem”. Olhei em volta, Levy arrumava sua cama, ouvi o barulho do chuveiro, Erza deveria estar no banho. Pousei meus pés no chão frio e me espreguicei.

– Que horas são? – perguntei sonolentamente.

– 8h30, temos mais meia hora até que seja a hora do café. – respondeu-me Levy.

– Quando Erza sair do banho eu vou. – respondi.

– Então, já pode ir. – disse a ruiva surgindo do nada secando os cabelos com uma toalha.

–Hai. – falei levantando-me da minha cama e pegando minha toalha da mala.

Despi-me assim que fechei a porta do pequeno, porém confortável banheiro. A água que caia do chuveiro estava morna, deixei minha cabeça pender pra trás sentindo a calmaria que aquele ato proporcionava. A água escorria pelas minhas costas de maneira lenta, relaxando meus músculos antes tensos, era uma sensação tão agradável! Queria poder ficar mais um tempo ali... Espreguicei-me, tinha dormido tão bem! O perfume do Natsu era tão bom, conseguiu fazer com que eu tivesse uma noite em preto, correto, depois daquele pesadelo com Minerva e Sting não tinha tido nenhum outro sonho ou nada do tipo.

Fiquei alguns minutos naquele paradoxo que a água morna misturada com meu sono me levava e sai relutante, mas sai, hoje era um novo dia, tinha chegado a uma conclusão, não me preocuparia com Minerva, ah não, na verdade, internamente eu já havia lhe perdoado, não tinha sentido naquela guarda de rancor, que o sábio tenha dito: Águas passadas não movem moinhos. Era verdade pura e cristalina.

Levy lia um livro e Erza arrumava minha cama. Agradeci a ruiva com um sorriso renovado e sincero, era evidente, por mais que as duas, a ruiva e a azulada, tentassem evitar em demonstrar que ambas estavam preocupadas comigo.

Vesti um short jeans e a mesma blusinha da noite anterior, branca de amarrar na nuca, por baixo coloquei um biquíni rosa, que por incrível que pareça não ficava visível abaixo do pano claro que era feito minha blusa.

Erza vestia o mesmo conjunto, porém sua blusa era preta, assim como seu ilustre biquíni; Levy usava um vestidinho azul claro que deixava seus ombros a mostra já que as curtas mangas que caiam até seus antebraços começavam pouco abaixo do ombro, deixando as alças do biquíni laranja visível.

Fomos direto para os elevadores, não encontramos ninguém, graças a Deus. Seguimos para o restaurante conversando, como era de se esperar todo o pessoal da guilda estava lá, quer dizer não vi Laary em lugar nenhum, e muito menos o pessoal da Saber. Cumprimentamos todos e me sentei ao lado de Lisanna que estava ao lado de Natsu; Erza sentou-se ao lado de Wendy que estava do lado de Juvia que por acaso tentava dar uma torrada para Gray na boca; enquanto Levy sentou-se ao meu lado.

Lancei um rápido olhar para o rosado, nossos olhares se encontraram e ele estreitou as sobrancelhas levemente numa pergunta silenciosa se eu estava bem. Sorri e assenti levemente com a cabeça, em troca ele sorriu em resposta, um daqueles sorrisos que só ele sabia dar, e que eu me derretia toda.

A mesa estava lindamente cheia de comida; peguei algumas torradas e me servi de uma xícara de café. Observei o salão, tirando nossa mesa, haviam mais umas três ocupadas, porém ainda nada dos tigres. Apoiei meu cotovelo na mesa e comecei a mordiscar uma torrada distraidamente observando meus companheiros. Wendy provava croissants assim como Charles e Romeo; Gajeel tinha uma pequena pilha de panquecas em sua frente e olhava pensativo para o nada; Gray bebericava algo em sua xícara e Juvia ao seu lado agora tentava dar-lhe um pedaço de pão com geléia; Lisanna ria de Natsu que comia panquecas, waffles e mais não sei o que de uma vez, senti uma pontada no meu coração, ciúmes? Não, não, não... Pois, eu não posso estar apaixonada por Natsu Dragneel; Erza comia uma torta de morango e Levy um cheese cake; Happy comia um peixe e Lily um kiwi.

O barulho das portas se abrindo pareceu ecoar, um barulho estranho para meus ouvidos que pareciam estar longe.

– Ohayou Minna-sama. – a voz de Laary preencheu a mesa. – Desculpa pelo atraso, estava dormindo. – terminou sentando ao lado de Levy.

– Está relaxando demais, Laa-chan. – disse Lisanna.

– Baka, Lis-nee-sama, eu não consegui dormir direito ontem. – suspirou. Sou a única que não gosta desses apelidos que elas se deram?

– Porque, Laary? – perguntou Erza.

– Aff... Sabe...

“Plam”

Virei imediatamente minha cabeça para a porta, que dessa vez ecoou de outro jeito, amedrontador... Talvez. Arregalei meus olhos levemente, Sabertooth.

Sting vinha no meio, seu ego de superioridade parecia flutuar sobre si, vestia uma bermuda azul turquesa e a mesma camisa azul da noite anterior que por ironia hoje também estava aberta, ao seu escasso vinha Lector, os braços cruzados presunçosamente; Rogue tinha Fro em sua cabeça e usava uma camisa branca e uma bermuda preta com riscos laterais brancos; Rufus estava com uma camisa branca de mangas compridas abertas nos primeiros botões, sua bermuda era de uma discreta cor vinho; e por fim vinha Orga, usando uma bermuda verde clara e uma camisa florida, porém discreta. Minerva não estava em lugar nenhum, sorri internamente e me deixei aproveitar o café da manha.

– O que estava dizendo, Laary? – incentivou Erza.

– Ah, bem, ontem eu estava sem fazer nada e completamente sem sono, pensei em ir no quarto de vocês, mas como já era de madrugada me sentei na minha cama e comecei a ler um livro. Foi então que, vocês não vão acreditar no que eu ouvi e vi. – sussurrou a ultima parte fazendo nós garotas nos aproximarmos mais.

– Nani, nani? – apressou-lhe Lisanna.

– Sabe aquele loiro gato, o tal de Sting? – perguntou com os olhos brilhando. Opa,opa,opa, loiro gato? Levantei uma sobrancelha, ainda assim um pouco curiosa pra saber o que o “Loiro Gato” fez que Laary tanto se interessou.

Lisanna concordou com a cabeça, quase me jogando para fora da cadeira pra saber mais da fofoca.

– Ele foi ao quarto daquela mulher da guilda dele de madrugada e o melhor não é isso ele saiu de lá sem camisa. – riu a ultima sentença com um ligeiro brilho de malicia.

Não ouvi o que as outras lhe responderam, uma zonzeira repentina tomou minha mente. Eles tinham algo mesmo, não é? Respirei fundo e tomei um pouco mais de meu café. Arisquei dar uma olhada na mesa deles e gelei, Sting estava me olhando. Nossos olhares se cruzaram e viramos o rosto para o outro lado ao mesmo tempo.

Suspirei de novo e me servi de uma torrada. Que droga, o que será que havia na cabeça daquele garoto? Melhor... O que EU tinha na cabeça?