E de repente Um Amor escrita por FeerTerreri


Capítulo 7
Capítulo 7 - Adeus




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Pedro

Eu acordei na esperança de que tudo tivesse sido um sonho, acordei sem acreditar no que havia acontecido na noite anterior, aquilo não podia ser verdade, ela não podia ter me deixado assim, sem contar que acordei com uma terrível dor de cabeça.
— Mãe, tem remédio pra dor de cabeça ai?
— Bebeu muito é?
— Esse nem foi o problema.
— Então o que foi?
— Eu e a Anne terminamos.
— hum, nesse casso, será necessário dois comprimidos de remédio.
— Obrigado mãe.
— De nada, a gente vai sair pra almoçar, e pelo jeito você não vai querer ir, tem mistura na geladeira, se sentir fome, já sabe.
Dei um beijo em sua testa – até porque sou mais alto que minha mãe- e disse:
— Te amo.
— Também te amo meu filho, se cuida.
— Pode deixar.
Deitei-me na minha cama, passei a olhar para o teto e a lembrar de tudo que aconteceu. De como era nossas tardes na praça, de como eu gostava de sujar o nariz dela com brigadeiro só pra ela ficar irritada, comecei a lembrar de como eu gostava de vê-la dormir, de como valia a pena fazer uma gracinha que às vezes nem tinha graça só pra a ver sorrir por alguns minutos, comecei a lembrar de quando a pedi em namoro e aquela cara de surpresa que ela fez, e aqueles olhos brilhavam. E o pior, lembrei-me de como eu tinha medo de perdê-la e parece que meu pior medo virou realidade.
Eu não podia deixar assim, não podia ficar sem ela, eu tinha que ligar pra ela, e esclarecer a noite de ontem.

Anne

— Anne, vamos, abra a porta.
— Não mãe, sai daqui, me deixe sozinha.
— Anne, por favor, abra a porta!
— Não mãe 
Digo já soluçando de tanto chorar. Era fato, era obvio que eu não queria que isso tivesse acontecido, mas talvez tenha sido melhor assim, ele lá e eu aqui, mesmo ainda lembrando dos beijos dele, dos abraços dele, eu precisava do meu tempo, sem contar que tinha uma viagem a fazer fim do ano que eu tinha certeza que ele não iria me deixar ir, Pedro sempre foi muito ciumento, as vezes tinha um ciúmes muito bobo. Eu o amo, sempre o amei, mas talvez seja melhor dizer adeus.
— Anne…
— Mãe já disse que não vou abrir a porta.
— Não é sua mãe, sou eu o Pedro.
— Pedro?
— Sim, será que você poderia abrir a porta pra mim?
Abri a porta enxugando meu rosto, já todo vermelho de tanto chorar.
— Oi Pedro.
— Oi Anne, a gente pode conversar?
— É melhor não…
— Por favor Anne, é só alguns minutos, prometo que não irei tomar muito seu tempo.
— Tá, tudo bem, mas não aqui, me encontre daqui 20 minutos na praça.
Ele acenou a cabeça e se virou, indo em direção à porta. Coloquei a primeira roupa que vi na minha frente, peguei minha bolsa sentei-me no sofá e comecei a pensar em todas as possibilidades de conversa, me levantei e fui para a praça. No caminho acendi um cigarro e fui fumando até lá, ele estava sentado no banco de sempre, aquele banco tem tanta história, joguei o cigarro no chão, pisei, e fui até ele.
— Pois é, estou aqui, o que quer conversar? – Disse séria.

Pedro

Ela estava como a conheci, brava, cara amarrada e fedendo cigarro. Eu a conheço, Anne não fuma, só quando está totalmente decepcionada ou muito, muito triste.
— Fumando novamente?
— Não vem ao caso. – Sim e ela também estava grossa.
— Me desculpe.
— Era só isso? Ótimo, acho que agora posso ir embora. – Sim, Anne é do tipo bem orgulhosa. 
— Não, espere.
Ela se virou olhando em meus olhos, esperando que eu fale alguma coisa.
— Eu não queria ter feito aquilo na noite passada.
— Pois é, mas fez. – ela colocou o óculos escuro e continuou andando.
— Quer mesmo me deixar?
— Não.
— Então porque está indo?
— Porque é preciso.
— Ok, então vá, vai lá com aquele Jonan.

Anne

Fingi que não escutei as ultimas palavras e continuei andando, sabia que de agora em diante eu tinha que ser mais forte, mais forte que o normal, para ouvir todos os comentários que iria me aparecer.

Pedro

Eu tentei, juro que tentei, e pela primeira vez chorei por uma menina, chorei por um amor. Nada passava pela minha garganta, fiquei sem comer o dia inteiro, só conseguia pensar na Anne, a Anne que não era mais minha. A Anne que eu deixei voltar a ser.

Anne

Acho que agora iria voltar a rotina de sempre a rotina de dormir chorando, na esperança de acordar rindo, ou não acordar.
Peguei o telefone e liguei para a Carol.
— Alô Carol?
— Oi Anne
— Você pode vir aqui agora.
— Claro meu anjo.
Não demorou muito e ela chegou, desabafei com ela, e disse o quanto estava mal, ela me ouviu e no fim fizemos até uma lista de possíveis respostas para comentários do tipo: ” E você e o Pedro ”. Foi até engraçado, comemos chocolate e vimos filme de romance daqueles que te deixam pior do que está, ela me fez ri um pouco e no fim acabei pedindo para ela dormir aqui em casa, ela aceitou, e fomos dormir tarde.

Pedro

Sabia que ela iria lidar com a situação melhor do que eu, fiquei o noite inteira sem dormir só pensando nela, e pensando no impossível, sabe, no fundo no fundo eu só queria mesmo era te-la de volta.


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Notas finais do capítulo

Não me matem por esse cap



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