À procura de Alguém escrita por NellyCake


Capítulo 44
Histórias antigas


Notas iniciais do capítulo

YoHo ho ho, Feliz Natal, Diamantes! Será milagre eu postar antes de onze horas da noite? /o/
Esse capítulo tem várias surpresas, porque vocês vão descobrir um pouquinho mais sobre a história da Cupa e da Ender!
Desculpem-me qualquer erro de ortografia, não deu tempo para eu revisar.

Boa leitura!



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[POV’s Cupa]

Eu... já chamei ela de ''Andr''?

Assustei-me com a pergunta tão de repente.

— Eu tenho essa pergunta em mente já faz tempo, mas até agora não consegui ter um tempo sossegado só com você... — Ela sorriu com calma.

Cocei a cabeça e tentei relembrar quando que eu a chamei assim. Estiquei minhas pernas dormentes junto com os braços o máximo que pude. Bocejei demoradamente, pois ainda estou com um pouco de sono.

— ... — Olhei para a Ender, na qual estava me fitando e esperando por uma resposta.

Ah... Parece que eu estou zombando da situação e tentando ignorar.

— Você estava tentando achar um apelido para mim... Foi quando nós nos encontramos pela segunda vez... Você pediu para ficar um tempo comigo e com o Creeper.

— Ah! Eu lembro... daquele dia. Lembro ainda mais do motivo pelo qual eu fugi de casa... — Fiquei cabisbaixa — Doiss diass antes de nós nos encontrarmos de novo, um cobrador veio até a minha casa querendo satisfaçõess ssobre meu pai. Minha mãe tinha me obrigado a ir naquele bar asqueroso, que meu pai vai ssempre que posssível, para trazer ele de volta para casa, mass como de costume, eu não consegui. Aquele velho bêbado tentou me agredir não querendo ssair, e me humilhou na frente dos outros como sempre faz. Mass daquela vez foi a primeira que conhecidos meus de minha idade estavam presentes. A humilhação foi muito maior, ainda maiss na parte em que ele me chamava de ''filha''... No fundo existiam ass risadass daqueless imbecis. Imbecis que eu achava que poderiam ser meus amigos. Quando meu pai já estava me batendo, o Z-Zazu apareceu...

Flash Back On

A Cupa, envergonhada do próprio pai, tentava convencê-lo de voltar para casa sem chamar muita atenção, porém não foi possível, pois o Creeper de meia idade já estava fora do controle.

— S-Sssenhor, por favor, tem um cobraddor querendo falar contigo em casa... — Cochichava gaguejando.

— ''Sssenhor''? — O Creeper perdia o ar de tanto gargalhar — Tem vergonha do próprio pai? Ingrata!

Ele se levantou e se dirigiu cambaleando para mais perto da Cupa, esta, cada vez mais acanhada, somente conseguia dar tremidos passos para trás.

A Cupa em um movimento rápido pegou pelo bico uma garrafa de bebida pela metade e quebrou a ponta, utilizando como uma forma de se proteger.

— N-Não chegue perto! — Dizia a Cupa em pânico, engolindo o choro.

— Você não ousaria fazer issso! Você é fraca — Disse ele com uma voz arrastada — Você é fraca, minha filha — Ele riu mais uma vez.

Os espectadores daquela briga somente olhavam, alguns davam umas risadas. O dono do bar ficou com medo da situação, já que conhecia a garota desde pequena e conhecia também o pai e sabia muito bem o que ele era capaz de fazer. Então, sem ser percebido, foi correndo para os fundos chamar o filho, que estava adormecido no porão, no qual ficavam guardados os mantimentos do bar.

O jovem acordou assustado e vendo o pai agitado, correu para aonde estava à gritaria. O zumbi chegou um pouco atrasado: o pai já havia tirado a garrafa das mãos da menina e já estava começando a bater nela na frente de todos. Alguns poucos daqueles mobs presentes queriam a ajudar, mas tinham medo de enfrentar aquele selvagem.

— Pare! — Zazu gritou o mais alto que pôde.

O jovem segurou os braços dele por trás e o afastou da garota. O adulto pisou no pé dele e conseguiu se soltar com a distração, logo depois fechou o punho e acertou um soco no maxilar do zumbi. Este, conseguiu ficar de pé, mas não queria agredi-lo, então somente o derrubou no chão para ganhar tempo. Pegou a garota pela mão e escapou.

— Moleque desgraçado! — O pai soluçou por conta das bebidas.

O Zazu estava com os olhos marejados, pois odiava o pai dela. O zumbi mal o conhecia, mas já o odiava por agredir a filha e fazê-la sofrer. A dor física não era nada comparada a dor que sentia ao ver a menina assim.

Os dois saíram do estabelecimento correndo, porém depois adentrarem na floresta a Cupa parou, tirou a mão do zumbi de seu pulso e virou em direção a ele.

— Você não devia ter feito issso! — Ela bateu seus punhos no peito dele.

— Você está bem? — Ele perguntou preocupado.

— Quem importa sse eu essstou bem? — Ela finalmente desabou no choro e abaixou a cabeça, se apoiando no Zazu com os braços. — Você não viu quem estava lá? Todos os mais populares! A Iggy, o Ken, o Silver, a.. a... — Ela não conseguia mais falar.

— E-Eles não valem nada...

— V-Vai acabar com minha vida ssocial ainda maisss! Você deveria me deixar resolver ssozinha! Eu não precissso de ajuda! — Ela batia em seu peito enquanto se debulhava em lágrimas.

Vendo que a Cupa estava fora de si, a única maneira que o Zazu encontrou em acalmá-la foi abraçando-a. Isso fez ela se espantar, mas conseguiu que ela se aquietasse e se sentisse mais segura A creeper chorou ainda mais forte, ela retribuiu o abraço, apoiando seu rosto nele. O Zazu encostou seu queixo no topo de sua cabeça e a apertou ainda mais. Com um braço, ele envolvia sua cintura, com o outro ele acariciava sua nuca.

De repente a Cupa recupera sua tristeza e raiva e se solta do Zazu, o empurrando de leve.

— Esssquece... Esqueça-se de tudo issso... — Ela disse por fim, logo saiu correndo e deixando-o para trás.

— Eu só queria te proteger... mas eu não consegui... Desculpe-me, Cupa... — Cochichou o Zazu.

Flash Back Off

— E então, eu fugi de casa. No próximo dia eu encontrei meu pai, no qual me humilhou novamente. Mass daquela vez eu não chorei nem nada, ssó o ignorei como um capacho, que é o que ele é — Suspirei. — Ele falou que eu não conseguiria sobreviver sozinha... e que iria rir sse me vissse morrendo de fome... Porém era verdade. Eu não tinha comido nada! Eu não poderia ssobreviver sozinha! O Zazu me encontrou depois e tentou me convencer ficar na casa dele. Mass... eu não queria ver ele. Naquele tempo, eu me ssentia uma criança indefesa perto dele... e era exatamente issso na qual eu não queria ssentir! Então eu me lembrei de vocês... e os procurei o dia todo, porque me pareceram gentis. E como são da minha idade, pensei que não iriam me abusar, ou coisa do tipo... Sei lá, não confio muito em adultoss... — Concluí a história.

Virei-me para Ender. Ela estava com a mão na boca, espantada.

— Que coisa horrível... — Ela sussurrou.

— Mass... O que importa issso agora? Eu esstou com vocêss... E... Ender....

— Sim?

Olhei para baixo. Peguei suas mãos e apertei. Fitei seus olhos brilhantes.

— Obrigada... Você me protegeu, mesmo não me conhecendo direito, mesmo eu sendo besta, irritante, e acabando com todos os cookies que você faz. Você... é minha guadiã. Fez-me abrir os olhos e mudar. Mesmo que agora seja pouca coisa, eu mudei... e para melhor. E vou continuar mudando por sua causa... — Eu a abracei e encostei minha cabeça em seu ombro. — Ender, eu te a... eu te a-adoro... — Ela retribuiu o abraço, mas logo me soltei dela. — Bem, vamos para com essa coisa melosa — Eu ri para quebrar o gelo.

— ...

— Até hoje eu ainda não agradeci o Zazu... O jeito em que ele ssegura com a mão e me abraça é tão quente... seguro... — Eu apertei uma mão contra a outra.

Balancei a cabeça. No que estou pensando?

Ela continuou calada, olhando para o nada. Mas entendo, se fosse eu no lugar dela, também não saberia o que falar.

Ah! A Ender me fez uma pergunta e até agora eu não respondi! Vejamos... Por que foi mesmo que eu a chamei de ''Andr''?

Um vento me atingiu. Jogando meu capuz para trás e fazendo meus cabelos se esvoaçarem.

— Acho que foi porque eu me lembrei de repente da minha mãe naquele dia...

— Como assim? — Ender perguntou confusa.

— Quando eu te chamei de ''Andr''... Minha mãe já falou esse nome antess... — Tentei lembrar o máximo possível.

— Tem certeza?

— Ssim. ‘’Andr’’ não é um nome comum... Já escutei minha mãe falando com uma amiga sobre um casal de Endermans que vivia na vila, mass foi muito tempo atrás.

— Um casal de Endermans? — Ela perguntou, eu balancei a cabeça em afirmação. — Será que você pode me contar tudo o que sabe? É que... É bem importante para mim, já que é tão raro encontrar um da minha espécie...

— Ah, eu conto ssim. Tudo que eu ssei, foi que eu escutei minha mãe falando com alguém, já que ela sempre recusou falar comigo sobre issso. Bem... Na minha vila, um casal de Endermans tinha chegado com dois filhos. Eless ficaram por bem pouco tempo, mass a mãe tinha sse tornada amiga da minha mãe, então eu e a filha dela brincávamoss juntass. Um ou doiss anoss depoiss, eless foram embora, porque foram expulsos da vila. Eu não ssei o motivo. Era a mãe ou era a filha que sse chamava ''Andr'', não tenho certeza. Só issso que eu sei... dessculpe...

— Não, tudo bem... Obrigada — Ela ficou cabiscaixa com uma expressão pensativa. — Cupa... Existiam outros Endermans na sua vila?

— Ssim, exisitiam. Mass por algum motivo eless começaram sumir!... Ah! Lembrei-me de maiss uma coisa! Minha mãe guarda um álbum de fotoss daquela época esscondido em algum lugar da casa. Talvez tenha alguma foto deles lá.


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Notas finais do capítulo

Quem será que são esses Endermans? :3 Por que será que os Endermans começaram a sumir? /o/
Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo! :3



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