À procura de Alguém escrita por NellyCake


Capítulo 39
Sua resposta é...?


Notas iniciais do capítulo

Yo! Capítulo fresquinho saindo do forno! /o/ Está até que grandinho :3
Desculpem não ter postado semana passada. Eu tive uma festa de 19 anos na sexta, uma de 15 anos no sábado e um churrasco no domingo Ç-Ç''
Eu mudei a data de encontro que a Ayame (a Ghast) falou para a Cupa para ela dar uma resposta. Aumentei um dia, para eu poder escrever certinho o que ia acontecer.
Meus diamantes, eu queria falar uma coisinha para vocês, não tem nada a ver com a fic, mas é meio que um alerta. Nessa terça feira eu estava indo para o curso sozinha à pé, eu estava indo de boas, até que chega um pedófilo perto de mim. Por sorte minha não aconteceu nada, porque eu saí em disparada e um pouco mais para frente estava vindo um amigo do meu irmão que me conhece desde mais nova. Mas imagina se tivesse acontecido algo? Gente, por favor, tenham cuidado ao andar sozinhos. Bem, era isso que eu queria dizer.
Enfim, espero que gostem do capítulo!

Boa leitura!



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— Ssse... Se casar? — Minha voz saiu tremida.

Senti meu corpo gelando e minha garganta dando um nó.

— Quando...? — Perguntei, mas na verdade eu não quero saber.

— Ele estava vendo isso agora com o padre — Ela apontou para o zumbi que eu tinha visto antes. — Parece que vai ser à meia-noite.

— Onde?

— Em uma floresta perto daqui. Foi lá que ele a conheceu — A Ender deu um pequeno sorriso.

''Foi lá que ele a conheceu''?...

Meu coração começou a pulsar mais e mais forte. Minha visão começou a embaçar. Eu não sei o que está acontecendo comigo.

Recompus minha postura, respirei fundo, fechei os olhos e apertei meus lábios um contra o outro.

— Com quem? — Perguntei, mesmo já imaginando qual seria a resposta.

Esperei, no entanto não obtive resposta. Diferente do que eu esperava, A Ender rodeou meu rosto com suas mãos.

— Cupa...

Abri meus olhos encontrando os dela, os quais falavam por si só. Uma onda de conforto penetrou no meu corpo, mas de qualquer jeito as lágrimas começaram a correr nas minhas bochechas. Acho que a Ender é a única que consegue me fazer sentir calma, mas sem tirar o foco do que está acontecendo em volta.

Não pensei duas vezes em dar um abraço nela. Ela afagou a minha cabeça, mas logo me soltou.

— Ele quer que você vá também.

— Mass eu não entendo! Foi tão rápido...

— Na verdade eles já estão planejando isso faz um tempo — Ela torceu a boca.

— Sssério? — Me assustei, não sabia disso. — Ma-mas eless ssão tão novosss...

Apertei minhas duas mãos contra o peito. Eu choro, mas não entendo o porquê.

— Cupa, o melhor a fazer agora é ir dormir um pouco... Vai descansar, hoje o dia foi estressante...

— T-Tudo bem, eu estou bem — Forcei um sorriso e sequei meu rosto. — Pode deixar que eu vou no casamento ssim.

Ender deu um pequeno sorriso, mas continuou com uma cara de preocupação. A mesma pegou a minha mão e me levou para a casa do Zazu, que não estava muito longe dali.

O pessoal estava animado, conversando, planejando as coisas para ''o grande dia''. Eu me isolei em um cômodo da casa, na qual eu nunca tinha entrado antes. Essa casa é bem maior do que eu me lembrava.

Apaguei a tocha que iluminava o quarto e me deitei em uma das camas que estava preparada para os visitantes.

Parece que... o Spider prefere a Ender, isso até que dá para entender, já que ela é uma pessoa incrível, entretanto o cara que eu pensava que era maluco por mim na verdade já era comprometido...

Eu nunca consegui ter um relacionamento sério. Sempre via as pessoas juntas e eu era a única sozinha. Eu ficava só para não me sentir tão... vazia, porém depois de um certo tempo a pessoa se cansava de mim. Os garotos que eu gostava nunca se interessava por mim. Já fiz as coisas mais idiotas para chamar a atenção, mas nunca dava certo... Será que meu destino é virar uma daquelas tiazonas? Nem gato eu vou ter como companhia, porque tenho um medo gigantesco com eles.

O mais estranho é que eu não entendo o porquê eu fiquei tão dramática em relação ao Zombie. Certo, ele é meu amigo de infância, mas ele é um chato! Desde pequeno só sabe me irritar! ...

Acho melhor eu dormir mesmo.

(...)

— Tá na hora, tá na hora! — Pulei da cama com uma vozinha de criança berrando.

— Zune! Me deixa dormir! — Resmunguei.

— Já está tarde! Você tem que começar a se arrumar logo!

— Mas o troço não começa sssó de noite? — Perguntei.

— Sim, mas tem que ver que vestido fica melhor em você; — Ela começou a contar com os dedos — fazer um trato no cabelo; ajeitar a cara; ver a maquia...

— Tá bom, já entendi! — Levantei da cama.

Olhei em volta, parecia que só eu ainda estava dormindo. Para falar a verdade, nem percebi que dormi, foi como em um piscar de olhos de tão rápido.

Adentrei na sala cheia de mulheres, algumas que eu conhecia e outras que não. A Shadow parecia estar bem feliz escolhendo arranjo de flores em uma revista. Junto estava a mãe do Zazu — eu realmente pensava que ela queria que EU que fosse casar com o filho dela —, que também parecia estar feliz e bastante animada. Observei a Ender em um canto da sala com uma feição de entediada.

Saí da casa de fininho, sem que me percebessem. Quero tomar um bom banho e respirar um ar puro antes que eu tenha que voltar e ficar nesse fuzuê. Hesitei em chamar a Ender para vir junto, já que ela não curte muito água.

Fui para um rio que conheço o mais rápido possível. Tirei minha roupa e entrei. Admito que fiquei com um pouco de receio por causa das alucinações que eu tive ontem.

Mirei a minha visão para o céu. Parecia estar ainda bem cedo. Só acho que eles deveriam ter avisado antes que iriam se casar. Falar isso de uma hora para outra é horrível para se organizar depois.

Fechei os olhos e boiei na água por uns instantes. Logo eu nem sentia mais a água, só escutava o som do vento e dos passarinhos acordando. A Ender estava certa em descansar. É isso que eu estou precisando. Esfriar a cabeça, botar os pensamentos em ordem.

De repente comecei a afundar. Quase tive um mini enfarto para conseguir botar os pés no chão. Minha respiração havia acelerado. Pensando bem... nesse tempo que está se passando, eu tenho arriscado bastante a minha vida... Por que não arriscar de novo?

Mergulhei. O mais fundo que consegui. E fiquei com uma boa sensação no corpo depois que consegui retornar a superfície sem dificuldades.

Subi para a terra. Vesti a roupa com o corpo molhado mesmo, não dei muita importância para isso.

Comecei a andar de volta para a vila, mas mudei a rota. Não quero ter que voltar para lá tão cedo.

Segui um caminho que me deu na telha. Com direções aleatórias; passando por arbustos e árvores; observando as plantas; escutando os barulhos da natureza; Por mim eu poderia me perder aqui, nesse momento.

Vi um pequeno campo com algumas ovelhas. Fui até lá, claro. Quando cheguei perto, várias já vieram para cima de mim. Como eu adoro ovelhas, eu nem me importei. Fiquei acariciando uma. Ela me lembrou do meu tempo de infância, quando eu fugia de casa para ficar brincando no campo perto de onde eu morava na época.

Beijei a cabeça ela e me levantei. Me deu uma vontade enorme de correr. Subi um morro sem muitos obstáculos como se eu estivesse sendo perseguida, e para descer, eu me deitei no chão e comecei a rolar até lá embaixo. Estou agindo como uma criança? Talvez. O melhor é aproveitar esse tempo sozinha... sem estresses.

Me levantei e comecei a escalar uma árvore. Foi tão fácil que nem acreditei. Acho que é porque minha cabeça está vazia de problemas agora. Está igual a uma... criança!

Olhei em volta no topo da árvore e fiquei meio desapontada. Nesse tempo todo eu fiquei dando voltas. Do lugar que eu estou dá para se ver o caminho para a entrada da caverna. Bem, pelo menos eu não preciso andar tanto para chegar lá.

Como eu estava toda suja de grama e folhas, resolvi entrar de novo no lago, mas dessa vez mais rápido, só para eu poder me limpar.

Torci meu cabelo para tirar o excesso de água e retomei o caminho. Estranhamente não tem nenhum mob por aqui. Nem mesmo um humano que se perdeu nessas bandas.

Parei. Olhei novamente para os lados. Até os passarinhos pararam de cantar. Um frio me atingiu. Sinto que estou sendo observada.

— ...

Vi um vulto se mexendo com o canto do olho. Talvez seja só a sombra de alguma árvore... Tomei coragem e olhei para trás.

Lendas...

Lendas podem ser reais.

Me apressei para sair correndo. Eu não estou sentindo medo... estou... com vontade de correr.

As cores de tudo que está a minha frente começou a se distorcer. Se tornaram mais vivas, com uma tonalidade mais forte.

Eu corro, mas parece que eu não saio do lugar, então bruscamente parei. Deve ser mais uma alucinação. A bruxa deve estar por perto.

Virei novamente para trás. Pensei que só iria ver a paisagem. Acabei por ver... branco. Estava tão perto de mim que meu nariz tocou no dele.

Fiquei paralisada, porém quando pisquei estava tudo normal.

Agh, essas alucinações estão me deixando maluca!

Voltei para a vila sem mais nenhuma interrupção. Entrei também sem ser notada, já que toda a atenção estava voltada para a noiva. Me pergunto aonde estão os meninos, lá deve estar mais divertido. Se não, pelo menos eu poderia desenhar um bigode no rosto do Creeper, porque aposto que ele deve estar dormindo.

Peguei uma toalha no banheiro e me sentei perto da Ender no sofá da sala. Estranhei, porque ela não me perguntou sobre o meu ''sumiço'' e também pelo fato de ela estar quieta, porém não comentei nada.

— Cupa, vem escolher um vestido — Zune me puxou para um cômodo que tinha vários vestidos.

— De onde surgiram todoss esssess vesstidos? — Perguntei de boca aberta.

— O pai da Shadow tem seus contatos — Ela estalou o dedo.

— Mas é tudo ''di grátiss''? — Perguntei, vai que não é. Como eu fugi de casa, não sou mais bancada pelos meus pais, então sou pobre.

— É sim. É só escolher e devolver depois — A Zune botou a mão na cabeça.

— Ah, entendi.

Olhei vários vestidos, mas nenhum era de meu agrado. Queria algo que eu batesse o olho e já me visse vestida nele. A Zune também me mostrou vários, mas parecia que ela estava escolhendo mais para ela do que para mim.

Depois de provar alguns, fiquei indecisa entre dois, só que estavam meio apertados. No entanto, quando eu vi um vestido jogado no chão em um canto, eu mudei de ideia. Era um verde escuro com alças finas, simples. E o melhor: era bem solto.

Provei e realmente gostei. Botei meu short por baixo e meu casaco por cima, deixando-o aberto. Eu não quero ficar doente, tenho que cuidar bem das minhas pólvoras.

— Vamos lá para fora, é aonde estão maquiando, porque tem mais espaço.

Quando cheguei lá, tinha uma fileira de cadeiras e funcionárias arrumando as convidadas. Sentei em uma cadeira e logo chegou alguém falando para eu vestir um roupão para começarem a lavar o meu cabelo, mas antes peguei algo para comer.

(...)

Quando acabou, minha bunda já estava doendo de tanto ficar sentada. Eu até que não me incomodo de ser mimada, mas o que me deixou estressada foi que ficavam falando da Ender como se ela fosse um bicho estranho. Parece que o pessoal daqui nunca viu um Enderman antes.

Me levantei e fui ver como eu estava. Me impressionei. Estou bem diferente, já que eu sempre fico com o meu capuz e a franja caindo no rosto. Agora estou com o cabelo preso com alguns enfeites; uma maquiagem diferente que gostei bastante; com as unhas feitas; com o vestido e uma meia calça; e por fim, nós pés, uma sapatilha verde escuro.

— O casamento vai começar daqui a pouco!

Nem acredito que demorou isso tudo. Eu devo ter me perdido em meus pensamentos enquanto me arrumavam. Todo mundo começou a subir para chegar ao local que iria acontecer a cerimônia.

Procurei a Ender no meio daquela multidão. Quando a encontrei, fiquei ainda mais impressionada. O vestido preto lhe caía muito bem. Estava com uma maquiagem simples, mas que realçava seus olhos e mostrava sua beleza natural. O cabelo estava com a metade de cima presa com uma trança. Estava também usando uma sapatilha. Ela era com certeza a mais bonita de todas que estavam aqui.

Balancei a cabeça. Acho que ainda estou sob efeito da poção.

Fomos andando para o local do casamento. Estava todo enfeitado de flores e luzes. Engoli seco.

— Cupa, está tudo bem? — Ender perguntou, sabendo da possibilidade de eu começar a chorar.

— Esstá ssim — Sorri de uma maneira forçada.

Sentamos na primeira fileira. Tinha lugar marcado para a gente, que ótimo.

Com o tempo, todos foram chegando. Spider sentou bem ao meu lado. Ele estava de terno. Se fosse outra ocasião, eu poderia estar babando para ele, mas meus olhos estão focados no Zazu. Ele olhou para mim, porém desviou logo em seguida.

— Ender, já volto — Cochichei.

— Que foi? — Ela perguntou preocupada.

— Nada, ssó não esstou me sentindo muito bem.

— Quer que eu vá com você?

— Não precisa! — Respondi rápido e me levantei.

Fui para o fundo e entrei na floresta. Sei que já está tarde para ficar perambulando por aí sozinha, por isso não vou ir tão longe.

Escutei a música começando a tocar. Me apoiei em uma árvore. Estou um pouco zonza.

(...)

O casamento tinha começado e estava naquela troca de votos. Voltei para lá, mas fiquei em pé, bem lá no fundo. O padre falava:

— Zabazubazate, você promete, diante de Notch e destas testemunhas, receber Shadow, como sua legítima esposa para viver com ela, conforme o que foi ordenado por Nocth, na santa instituição do casamento? Promete amá-la, honrá-la, consolá-la e protegê-la na enfermidade ou na saúde, na prosperidade ou na adversidade, e manter-se fiel a ela enquanto os dois viverem?

Na parte do ''enquanto os dois viverem'' pode se escutar algumas risadas ao fundo. Até a noiva riu, mas acho que ela deve estar nervosa.

Um silêncio reinou por um momento, até que começou um falatório bem baixo. O Zazu não respondeu. Ficou calado, olhando o chão.

— Sua resposta é...? — Perguntou a Shadow, assustada.

— E-Eu... não posso.

Todos ficaram pasmos. Zazu desceu do altar e foi atravessando a platéia, até que parou em mim.

— Eu não posso, porque amo outra pessoa.

Ele botou a mão no meu rosto e se aproximou. Fechei os olhos.

...

— Eu prometo.

Abri os olhos.

— Shadow, você promete, diante de Notch e destas testemunhas...

Eu... imaginei tudo isso?

— ...receber Zabazubazate como seu legítimo esposo, para viver com ele, conforme o que foi ordenado por Nocth, na santa instituição do casamento?

O que está acontecendo comigo?

— Promete amá-lo, honrá-lo, respeitá-lo, ajudá-lo e cuidar dele na enfermidade ou na saúde, na prosperidade ou na adversidade, e manter-se fiel a ele enquanto os dois viverem?

— Sim. — Aceitou a Shadow.

Meus olhos umedeceram de novo. Eu não consigo me entender. Comecei a correr o mais rápido possível.

— Então eu vos declaro...

Mas dessa vez minha vontade não é correr. Minha vontade é me esconder em algum lugar e nunca mais sair.

— ... marido e mulher.

Fui tirando os enfeites do meu cabelo e soltando ele. Passei a mão no rosto para secar as lágrimas e tirar a maquiagem.

— Pode beijar a noiva.

Minha visão começou a ficar embaçada com o tanto de água que estava escorrendo. Tropecei e caí no chão. Dessa vez não tem ninguém que possa me resgatar. Levantei-me rápido e continuei correndo.

Cheguei perto da cachoeira de lava. Escutei alguém pousando os pés no chão.

— Então... sua resposta é ''sim''? — Perguntou a Ayame.


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Notas finais do capítulo

Pedido da leitora Shadow: ela se casar com o Zazu, hue.
O que acharam? Ficou um pouco confuso?
Espero que tenham gostado! Até o próximo capítulo!



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