À procura de Alguém escrita por NellyCake


Capítulo 37
Parece que... não vou conseguir sobreviver


Notas iniciais do capítulo

Yo, Diamantes! Como vão vocês? :3
Capítulo diferente! wow /o/
Eu vou começar a botar o nome das pessoas que fez os pedidos nas notas finais, ok? (Eu já deveria ter feito isso a mais tempo e-e').
Gente, eu queria saber se vocês estão realmente lendo a fanfic. O número de comentários caiu muito mesmo. Eu sei que é chato ficar pedindo para vocês comentarem, mas é só para saber se eu estou escrevendo bem e se vocês ainda gostam da fanfic ;-; Eu não mordo, podem comentar ç.ç Sério, se metade dos meus leitores comentarem, eu já teria ~pega a calculadora~ mais de mil comentários. E a fanfic tem 217 comentários por enquanto.
Desculpe, Diamantes, eu sei que é chato, mas eu fico bolada com isso T-T

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/313112/chapter/37

Senti algo me tirando do chão, como se tivesse me carregando, mas eu não conseguia sentir braços, ou qualquer coisa assim. Tentei me soltar desesperadamente, mas não conseguia de jeito nenhum, parece que uma ''força'' me deixava imóvel.

Continuava tudo escuro, eu só conseguia escutar as vozes da Ender e do Creeper, logo depois consegui escutar outro barulho, como se tivessem andando sobre a água.

De repente me largaram no chão, que parecia ser composto de terra, e, novamente se podia escutar o barulho de água.

— Mass que Herobriness esstá acontecendo? — Gritei.

Escutei uma risada ao longe, depois tudo ficou quieto. Me levantei após me recuperar do que aconteceu. Botei as minhas mãos para frente, com esperança de achar algo.

— Ender? Creeper? — Perguntei.

Encostei em algo fino e gelado que estava tremendo. Fui tateando e percebi que era a Ender.

— O que houve com você? — Perguntei assustada.

— Estamos... E-Estamos... — Ela gaguejou. — Em volta d-de a...

— Em volta de quê? — Perguntei.

— DE ÁGUA! — Ela gritou com um tom extremamente nervoso.

Ah, por isso aquele barulho. Mas como será que ela sabe disso? Será que ela caiu na água? Ela não está molhada.

— Você essstá bem? — Perguntei.

— E-e... ah... — Ela começou a gemer de dor.

Mas que droga! Se pelo menos eu pudesse enxergar algo.

No momento que eu pensei nisso, uma tocha se acendeu metros de distancia da gente, em uma parede. Meu coração começou a bater tão rápido e forte, que até doía.

Ainda continuava escuro, mas dava agora para ver o contorno de algumas coisas.

End... — Antes de eu terminar de falar, a Ender caiu sentada no chão e começou a se contorcer.

Arregalei os olhos, ela está mais pálida que o normal. Botei a minha mão na testa dela, mas logo retirei. Estava estranhamente gelado, mas quando eu toquei, tive a sensação de que minha mão estava queimando.

Ela soltou um grito, que parecia estar misturado com uma voz de monstro que normalmente os Endermans fazem esse som para assustar a vítima. Me assustei e caí para trás.

Percebi uma luminosidade vindo das minhas costas. Me virei e tomei outro susto. Havia acendido outra tocha, mas também havia uma silhueta escura, que estava totalmente parada.

Forcei os olhos, para tentar reconhecer o que era. Reuni um pouco de coragem e falei:

— Cr-Creeper? É você? — Engoli seco. Percebi que a Ender parou de gemer.

Me levantei e fui chegando perto lentamente, não olhei para trás. A cada passo que eu dava, podia se ver com um pouquinho mais de nitidez.

Soltei um suspiro de alívio, era realmente o Creeper. Ele estava de costas.

— Cara, não faça isso comigo. — Disse com um pouco de medo ainda na voz.

Dei a volta nele para ver seu rosto, porém, quando cheguei a sua frente, ele estava de olhos fechados.

— Não acredito, você está dormindo em pé? — Perguntei um pouco nervosa.

Silêncio. Ele nem sequer mexia um dedo.

Cheguei minha orelha perto dele. Parecia que ele não estava respirando, não dava para escutar o barulho da respiração. Me afastei rapidamente.

— N-Não faça brincadeiras comigo. — Segurei seus ombros. Ele parecia uma pedra.

Respirei fundo. Inclinei meu corpo para checar a Ender. Ela estava deitada no chão sem nenhuma reação. Seus olhos estavam escancarados e a mesma não piscava.

Me voltei para o Creeper. E o observei. Parecia uma escultura. Não se dava para ver as imperfeições do rosto por causa da luminosidade, o verde de sua roupa estava desbotado, sua pele e seu cabelo estavam cinzas...

— Você essstá dormindo, ssseu vagabundo? — Minha voz voz começou a sair trêmula. — Você agora não faz nada além de dormir... Acorde!

Nenhum efeito.

Entrei em desespero. Passei a mão no rosto.

— Acorde! — Bati em seu rosto. — Acorde! — Bati novamente.

Comecei a estapiar o rosto dele sem razão. Lágrimas suor gelado escorriam do meu rosto também sem razão.

Parei de bater nele, depois que a minha mão começou a arder. Ele continuava o mesmo: sem demonstrar nada.

Limpei minhas bochechas com a ponta da manga do casaco e andei novamente até a Ender, que continuava no chão. Me ajoelhei ao seu lado. Percebi que seus olhos estavam sem vida, o roxo que antes eram alegres e amedrontadores ao mesmo tempo e, que eu sempre tive medo de olhar para eles, agora estavam tristes, não emitiam nenhuma luz e nem sequer dava algum arrepio de medo.

Seus braços se mexeram. Ela apoiou os mesmo no chão para levantar o tronco e, finalmente, virou a cabeça para mim.

— Cupa... é você? — Sua voz está fraca.

Eu abri a boca, mas por algum motivo que desconheço eu não consegui pronunciar nada.

Ela chegou mais perto de mim e segurou minha cintura fortemente. Ficou fitando meu o zíper de meu casaco, até que bruscamente olha em meus olhos.

Senti uma tontura horrível. Seus olhos voltaram a ser amedrontadores. Parecia que ela estava procurando algo dentro de mim. Seu olhar firme e vazio penetravam meus olhos como se estivesse querendo roubar minha alma, já que... aparentava que ela não tem uma.

Dei passos trêmulos para trás. Ela soltou minha cintura e apoiou as mãos no solo, entretanto continuou a me fitar.

Outra luminosidade apareceu ao meu lado. Outra vez era uma tocha, a metros de distância, preso em uma parede rochosa. Me pergunto quem está acendendo elas.

Me virei para a direção da luz, esta parecia iluminar mais do que as outras, porque pude notar melhor o que está em volta.

Eu, Ender e Creeper estamos em um pequeno pedaço de terra em volta de água. Provavelmente dentro de uma caverna, mas eu não consigo ver uma saída, apenas paredes com nenhum tipo de buraco.

Olhei em volta procurando ver o que estava acendendo as tochas e uma saída. Nada.

Nada além de desespero e angústia.

Por qual motivo alguém iria fazer isso comigo e com eles? Será que é aquela bruxa? Ou talvez aquele cara das poções?... ou será até que é o ''chefe'' da bruxa?

Me sentei no meio da ''ilha'', entre o pequeno e a Ender — que agora estava de cabeça baixa, com o cabelo cobrindo seu rosto. Eu não tenho certeza se ela está em seu total estado de sanidade.

Arrastei meus dedos sobre a terra que mais parecia ser barro...

— Creeper... — Escutei um sussurro da Ender. Ha, boa sorte Ender, ele nem se move.

Olhei para ele. Seus dedos começaram a se movimentar. Logo depois seu pescoço se dobrou para o lado. Ele se virou lentamente e abriu os olhos, que estavam completamente escuros.

O Creeper foi até ela lentamente. A Ender se ajoelhou a sua altura e botou sua cabeça sobre seu peito.

— Creeper... — Ela sussurrou novamente e fechou seus olhos. — Nós não vamos sobreviver aqui, então... eu queria que você soubesse... eu... te amo. — Nas duas ultimas palavras saíram mais graves do que as outras. Um calor percorreu no meu corpo todo. Mesmo que parece que ela está prestes a morrer, as palavras saíram estranhamente medonhas, mas amáveis.

A Ender escondeu o rosto dela no Creeper. Ele, que estava sem reações até agora, a abraçou.

— Agora... eu não queria poder dizer o messmo... mass... eu também... te amo... e... sei que não vamoss maiss viver.

Senti um peso nas minhas costas. Como assim?... vamos morrer?

Espera!

Se eu escutei passos na água, quer dizer que quem nos levou até aqui, andou, então quer dizer que não é fundo!

Levantei determinada, porém, quando estava quase na beira, algo segurou meu tornozelo. Olhei para trás e vi a Ender agachada no chão. A mesma balançou lentamente a cabeça e gesticulou com a boca um ''não''.

— Desculpe... — Sussurrei, puxando a minha perna para mim mesma.

Botei um pé para fora da terra firme. Estava pronta para afundar ele na água, com esperanças de que fosse raso, mas a água começou a se movimentar e uma ''sombra'' de algo branco surgiu e algo que parecia um tentáculo agarrou meu tornozelo e me puxou.

A água... não parece estar molhada. Está sufocante.

Tento nadar para cima, mas o ser que me pegou é bem mais forte do que eu.

Meu corpo começou gelado, como se eu estivesse dentro de um iceberg, mas depois, o calor que começou do lugar que aquele tentáculo está segurando começou a invadir o resto das minhas partes corporais. Minha cabeça parece que vai estourar, tem uma pressão horrível atingindo me atingindo a todo momento que eu sou puxada cada vez mais para o fundo.

Meus braços começaram a ficar cansados. Não consigo mais achar forças para tentar subir.

Agora, que parei de tentar resistir, o ser começou a mergulhar cada vez mais rápido...

Parece que a pressão aumentou ainda mais. Parece que meus olhos pesaram, e eu tive que fechar as pálpebras. Parece que a água estava ainda mais sufocante.

Parece que... não vou conseguir sobreviver.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não, eu não cheirei canetinha para escrever esse capítulo, hu3.
Gafanhoto pediu para a Ender e o Creeper se declararem logo hsauhsuahsu
Pedido de ShadowCat ZSnap! Que pediu para a Ender e o Creeper ficarem presos em algum lugar e ter uma tensão, um clima meio que medonho x3 Eu tive que botar a Cupa no meio, sorry fbahdsfjs
Espero que tenham gostado! Até o próximo capítulo! (Comentem algo, pls Ç.Ç ~apanha~ se quiserem, claro).



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "À procura de Alguém" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.