Tão Errado, Tão Certo escrita por HeadBroken


Capítulo 1
give me love


Notas iniciais do capítulo

Apenas uma loucura de madrugada.
Espero que vocês gostem!
one-shot.



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Aquilo era errado, tão errado e certamente iria doer depois. Mas ela foi encontrá-lo mais uma vez.

“Mesmo horário, mesmo lugar”, a mensagem de texto dizia.

Ela não teve nenhuma dúvida. Sabia exatamente quem era.

Em vinte minutos ela estava pronta, e foi se encontrar com ele.

                                                   ~x~

Ela chegou primeiro.

Dali ela tinha uma bela vista. As luzes da cidade iluminavam a noite de Seattle. O vento bateu e ela sentiu o cheiro, um cheiro agridoce, que doía e era bom ao mesmo tempo, o cheiro do arrependimento que ela iria sentir algumas horas mais tarde. Mas era dele, o cheiro dele, o perfume da sua pele que era tão doce que a deixava tonta.

Ela sabia que ele tinha chegado, mas ela não se virou, continuou a observar o céu.

Ela sentiu ele se aproximando. Sentiu ele envolver sua cintura com suas mãos, abraçando-a por trás, sentiu ele por o cabelo dela de lado e encaixar sua cabeça em seu pescoço, a boca dele sedenta pelo sabor da pele dela.

Nenhuma palavra foi dita, como sempre. Mas ela não precisava de palavras para entender o que estava acontecendo. Era errado, tão errado e ela sabia que ia doer depois. Ela podia fugir agora, dizer pra ele que aquilo não iria acontecer mais e ir embora.

Ela podia, mas ela não quis.

O toque dos lábios dele no pescoço dela fez a pele dela se arrepiar, provocando nela um milhão de sensações.

Ela virou seu corpo e ficou de frente para ele. Ela queria olhar para ele, queria que tivesse culpa em seus olhos, queria que ele sofresse pelo menos um pouquinho com aquela situação. Ele era tão certinho, tão puritano. Mas não ali, não com ela; não havia culpa no olhar dele, só desejo, puro desejo.

O olhar dele a consumiu, percorreu todo o corpo dela com os olhos, antes de pressionar sua boca fortemente na dela, enquanto as mãos dele tirou a jaqueta dela ansiosamente.

Era sempre assim, sem rodeios. Os dois sabiam o motivo de eles estarem ali e ele tinha pressa, ele sempre tinha.  

Ela sentiu o vento bater na pele nua dos seus braços, mas não sentiu frio; os braços dele estavam ali, em volta dela, abraçando-a, protegendo-a.

Os lábios dele raramente deixavam os dela. Ele tomava raros segundos para recuperar o fôlego e voltava para ela, brincando com sua língua, explorando suas fraquezas.

As mãos deles eram ágeis em percorrer cada parte do corpo dela, tocava sua pele macia, tocava por cima e por baixo de sua roupa, tocava o seu ponto mais sensível, onde ele sabia que ela perdia o controle.

Mas ela já havia perdido completamente o controle quando se tratava de Freddie Benson. Ele invadiu a vida dela, invadiu seus pensamentos, reservou lugar permanente no coração dela. E não havia nada que ela podia fazer, então ela apenas sentia o seu toque enquanto o nome dele saia da boca dela em sussurros.

Mas ela não estava totalmente perdida, não ainda.

Ela não deixava por menos, e ela segurava o cabelo dele com força enquanto ele a beijava. Ela queria machuca-lo, queria fazer ele sentir dor. Mas ele parecia gostar daquilo, e quanto mais forte ela puxava, mais ele intensificava o beijo.

E ela abriu os botões da camisa dele, sem tirá-la por completo, e ela percorreu a mão sobre o peito dele, as unhas dela deixando sua marca, marcando território.

E ele abriu o fecho da própria calça, para logo depois abrir o fecho da calça dela.

E ela queria entender porque ela o amava tanto, e porque ela odiava amar ele daquele jeito, e porque os dois sentimentos, amor e ódio, eram tão fortes.

Mas de repente ele estava dentro dela, e tudo ficava claro, e aquilo não era mais errado. Era tão certo, porque era ele, ele e ela juntos, nem que fosse só por noites como aquelas, onde nada era dito, apenas sentido. E não importava se aquilo era um segredo, não importava se eles se encontravam escondidos no meio da noite no mesmo lugar em que eles deram o seu primeiro beijo, e não importava se eles não eram mais namorados; era daquele jeito que dava certo, quando os seus corpos falavam por eles.

Os braços dele a seguraram mais forte quando os dois chegaram ao ápice ao mesmo tempo, e ele sussurrou o nome dela, tão baixo quanto uma promessa.

E ele olhou nos olhos dela, olhou como se pudesse ver por dentro dela, ler seus pensamentos, saber os seus sonhos.

E ela não viu culpa em seu olhar, mas também não viu desejo; era algo diferente, algo mais forte, e ela não soube explicar o que era, mas aquele olhar a aqueceu por dentro, como se de repente tudo estivesse encaixado em seu lugar.

“Eu te amo.” Ele disse, de repente, pela primeira vez em muito tempo, pela primeira vez naquele lugar, pela primeira vez em noites como aquela.

E ela sentiu. Não era errado, não mais, ela não iria mais sentir culpa, e não teria mais arrependimento, e não iria mais doer.

E ela o odiava, mas ela o amava, tanto, tão forte.

E não fazia sentido nenhum, mas era certo.

Era certo para eles.


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Notas finais do capítulo

comentem ;]



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