I Knew You Were Trouble escrita por Juliane Bee


Capítulo 7
Oops, it looks like someone else knows my cousin


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa! Eu escrevi muito rápido esse capitulo, e estava louca para postar! Leiam logo! E não esqueçam das notas finais! Comentem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/312977/chapter/7

P.O.V Dan

–Obrigada pela carona Sra. Morrison – Sorri agradecendo.

–Não por isso, Dan. – Sorriu de volta.

–Temos que parar com isso, Dan. Minha mãe está começando a gostar mais de você do que de mim. – Hanna disse.

–Sem ciúmes, Hanna - Sra. Morrison falou.

As duas se despediram, e foram embora. Fui em direção a casa, ela estava destrancada. Resolvi entrar e escutei gritos.

– Fala, pai. Foi um filho da puta bêbado que destruiu tudo, não foi? – Era Charlie, que gritava e chorava ao mesmo tempo.

– Sim, Charlie. Foi um motorista bêbado. –Bob falou calmamente.

Eles estavam falando do acidente?

–Mas que porra, Pai. Você escondeu isso de mim por quê? Eu tenho o direito de saber.

–Charlie, fique calma – Lily tentava controlar a filha.

–É sempre assim, sempre tem um filho da puta que tira tudo de você! –Ela chorava descontroladamente – Cadê ele? Esse babaca morreu? Por que ele devia morrer, idiotas assim não deveriam nem sair de casa. Mas que merda, Pai – E um vaso de vidro foi atirado próximo a mim. Todos se viraram, e pareceram notar minha presença.

– Dan, você está há muito tempo aí? – Bob perguntou preocupado.

– Ahn.. –Fiquei sem resposta

–Foda se ele, pai. – Todos olharam para Charlie – O que? Você acha que eu me importo com isso? Acha que eu me importo com tudo o que ele viu? Ele que se dane! Tenho muitos outros problemas, problemas maiores do que os do principezinho aí – Falou apontando para mim e saindo em seguida.

– Me desculpe pela cena, Dan. – Bob juntou os cacos de vidro no chão.

–Tudo bem, Bob. Vocês estavam falando sobre o acidente? –Perguntei já sabendo a resposta.

–Sim, Dan –Lily falou.

– Bom, eu acho que vou subir – Falei sem jeito. Eles assentiram com a cabeça, e antes de subir os escutei sussurrando.

– Eu achei que ela tinha parado com esses ataques.

Subi com a cabeça martelando. Então Charlie pensava isso de mim? Eu era um filho da puta que deveria estar morto. O estrago que eu fiz realmente foi grande, não tinha pensado nisso ainda. Eu precisava recompensá-la. Ela não merecia sofrer, vendo ela assim eu realmente me senti um filho da puta miserável.

Tomei um banho e resolvi dormir. Estava me sentindo péssimo.

P.O.V Charlie

Só Deus sabe como estou me sentindo agora. Por que meu pai estava escondendo isso de mim? A única coisa que me veio na cabeça era o ódio que eu estava sentindo desse sujeito desprezível. É a segunda vez, que um filho da puta estraga tudo. Tudo isso significava muito pra mim. Eu perdi tudo duas vezes, e agora estava sem chão de novo. Procurei em minha gaveta a única coisa agora me ajuda a superar tudo isso, que me dá forças para tentar de novo. Achei o caderno de couro. Olhei mais uma vez e comecei a ler.

“É, mais uma vez tivemos essa conversa.

Eu já disse milhões de vezes, mas meu pai não me escuta. Eu odeio direito, meu sonho (que está se tornando realidade) é fazer medicina. Ninguém sabe o prazer que eu tenho quando vou ao hospital e encontro aquelas crianças rindo. Desde que eu, e meus colegas começamos esse projeto de levar alegria e brincadeiras a elas, elas estão mais felizes, o tratamento avançou muito mais. A ideia que Chars teve foi genial, criar uma feira para arrecadar fundos é a melhor opção. Aquela cabeça de vento teve uma ótima idéia e não se lembra disso. Ela falou quase sem querer e eu captei a ideia. Não falei que foi ela, porque senão ninguém aguenta essa metida.

Vou sentir falta dela. Da Mamãe e do meu Pai também.

Finalmente vou me graduar, adeus ensino médio, olá faculdade.

Não sei se vou me tornar um grande médico, afinal eu quero o que todos querem:

Mudar o mundo.”

No final não consegui controlar as lágrimas. A caligrafia perfeita, o jeito com as palavras, as lembranças voltando em flashes.

–Luke, você mudou o mundo. Você me fez uma pessoa melhor. – Falei pensando nele.

Então eu tive a ideia? Eu não vou desistir, Luke. Nós vamos ajudar essas crianças.

Limpei as lagrimas, e tomei um banho para relaxar. Foi um dia de fortes emoções. Sai do banho e abri meu guarda roupa em busca do que vestir. Achei um moletom de Luke e resolvi colocá-lo.

– Charlie, seu pai tá te chaman... – Dan se engasgou. Olhei para baixo e percebi que estava só com as minhas roupas intimas.

– Mas que porra, Dan. Você não sabe bater na porta? -Falei gritando.

Ele continuou me encarando com um sorriso malicioso e um rosto ruborizado.

–Sai daqui, garoto! – O expulsei e fechei a porta. Babaca.

Terminei de me arrumar e desci. Meu mau humor só aumentando.

P.O.V Dan

Depois de dormir por algum tempo, resolvi comer alguma coisa. Fui até a cozinha onde Lily e Bob estavam.

–Ah, entre você e Charlie, não sei quem passa mais tempo no quarto. – Lily brincou

–Dan, sobre hoje à tarde – Bob começou a falar.

– Tudo bem, eu sei que era sobre mim. Eu dou razão a Charlie, sou um babaca mesmo.

–Não fale isso, Dan. Deus te deu uma segunda chance. Não desperdice isso – Lily disse.

–Mas agora, vá chamá-la. –Bob apontou para cima.

Here we go.

Subi calmamente, pelo silêncio ela deve estar dormindo.

Abri a porta com força e gritei:

– Charlie, seu pai tá te chaman... – Ai Meu Deus, ela está só de calcinha e sutiã. Que gostosa.

– Mas que porra, Dan. Você não sabe bater na porta? - Falou gitando.

Eu continuei encarando-a. Um sorriso brotou em meus lábios. Como ela era linda. Espera, aquilo ali embaixo do seio é uma tatuagem? É um nome, está escrito “Luke”.

–Sai daqui, garoto! – Ela me expulsou do quarto.

Desci as escadas pensativo. Luke? Quem era esse cara? Algum ex, provavelmente. Sentei-me na mesa e pouco tempo depois Charlie desceu. Ela estava usando um moletom grande. Era masculino. Será que era desse tal de Luke?

O jantar foi silencioso. Ninguém falou mais do que o necessário. Ajudei Lily com a mesa e voltei para o quarto.

Espera aí, tudo o que Hanna me disse hoje, a tatuagem e o moletom estão se ligando. Charlie e Aly não se dão bem por causa de um cara, será o nome dele Luke? E onde ele está? Essas duvidas vou tirar amanhã sem falta com Aly.

****

Acordei no horário dessa vez, me arrumei e sai de casa antes de todo mundo. Eu me lembrava bem do caminho até a escola. Cheguei cedo, me sentei no mesmo lugar do dia anterior e esperei até os outros chegarem. Aly foi à primeira. Bingo.

–Aly, posso te perguntar uma coisa?

–Claro, gato – já me olhou maliciosa- não, eu não tenho namorado. –Ri mentalmente. Eu não to interessado em você.

–Não é sobre isso, é sobre você e a Charlie, porque vocês não se gostam? – Ela me olhou curiosa.

–Esse ódio mutuo vem de longos anos. Eu odeio ela, ela me odeia. Fim.

–É, mas tem nenhum garoto no meio? – Perguntei. Ela me olhou nervosa. Há! Então eu estava certo.

–Alguém te falou alguma coisa, Dan?

–Não, eu só chutei. – Mentira.

–Olha, teve um cara sim. A Charlie não aceita até hoje o fato de ele ter me escolhido ao invés dela. Dan, a aula já vai começar. – Ela se mexeu rápido na carteira

Virei-me e vi que o professor já tinha chegado. Era o Sr. Andrews “o professor gato” apelido dado entre as garotas do colégio. Então eu estava certo, tem sim um garoto no meio. Eu esperava mais de Charlie, achei que ela não fosse esse tipo de garota que tatua o nome do namorado. Decidi acompanhar a aula, decepcionado.

P.O.V Charlie

Levantei atrasada hoje, e vi que todos já tinham saído.

–Que ótimo, pra começar o dia bem. – Falei sozinha.

Me arrumei e corri para escola. O portão estava quase fechando, mas o inspetor me deixou entrar.

–Valeu, Ademar.

–Ultima vez, Charlotte.

Corri até a minha sala, graças a Deus é no primeiro andar. Puta Merda, o professor já chegou. Hum, era aula com o professor gato.

– Com licença – falei batendo na porta – Me desculpe o atraso Sr. Andrews, não vai mais se repetir.

– Tudo bem, Srta? –Falou sorrindo, uau, que sorriso. Chupem garotas, ele sorriu pra mim.

– Charlotte Rose Sonencler. – Não gosto do meu segundo nome. Blécs.

–Sente–se, Srta. Charlie Rose – Comecei a gostar...

Sentei-me e vi que todas as garotas me encaravam com inveja. Agora o Sr.Gostoso sabe o MEU nome. Logo depois, Ademar bateu na porta.

– Com licença, Sr. Andrews.

–Pode entrar, Ademar.

–Essa aqui é nossa nova aluna, ela veio transferida, acho que lá da sua terra. - Uma garota loira envergonhada entrou na sala. Ué, eu conheço ela de algum lugar. Ela ergueu a cabeça e encarou a turma.

–Eu sou Valerie, Valerie Ross. Eu vim transferida da Itá.. – Ela parou quando seus olhos encontraram os olhos azuis do Sr. Andrews. Eles pareciam estar em choque.

– Valerie? – Eu e Sr. Andrews falamos juntos.

Opa, parece que mais alguém conhece a minha PRIMA.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Galera, vocês acham que tem algum tipo de treta entre a Val e a Chars? Deem palpites! Não se esqueçam de comentar :) Amanhã tenho uma surpresa para vocês.