Passaram-se duas semanas quando Dan foi visitar Emily, mesmo tremendo, ele foi e enfrentou seu medo, o que sentia por dentro era mais forte que isso, ele não podia vencer.
- Eu sei que você está ai Emily, abri por favor, eu só quero conversar.
Ela abriu, mesmo com cada músculo do seu corpo dizendo para não, ela não conseguiu se conter, sentia saudades de ver ele, de ouvir sua voz.
- O que você quer?
- Desculpa de novo pela forma como agi, eu não posso parar de te ver, você não pode sair da minha vida assim, eu..
- Você só me conheceu por um tempo ta bem, se você gosta de mim apenas me esqueça e não conta a ninguém sobre isso.
- Eu não posso, eu... eu, Eu te amo Emily.
Ela ficou perplexa, aquelas três palavras.. ela não ouvira essas três palavras desde o dia que saiu da casa de seus pais, desde o dia em que foi mordida, agora ela temia essas palavras.
- Voce não...
 Ele se aproximou dela, acariciou seu rosto e se aproximando seus lábios se tocaram, ele a beijou. Ela queria evitar, ela devia ter evitado mas ela apenas...correspondeu, se fosse meses antes ela não conseguiria resistir aos seus instintos de afasta-lo mas agora.. estava fraca,sentia algo por ele.. e nada fazia mais sentido, atrás daquilo tudo ela era apenas uma garota de 17 anos.
- Porque você fez isso? – disse ela, implorando para que ele fizesse de novo.
- Olha, eu sei que eu nem sei fazer nada, e apesar do que dizem eu não sou tão impressionante assim, e voce sabe disso, e dizem que pessoas jovens não sabem o que amor, eu não vou discutir mas se só o amor é pra sempre, se só o amor pode destruir uma pessoa então alguém pode por favor me dizer o que é isso que eu sinto, porque esta acabando comigo, se não é amor, eu não quero saber o que é amor então. Eu te disse, eu não vou sair da sua vida, eu aguento, eu já suportei muitas coisas Em.
Foi a primeira vez que ela permitiu ser chamada por Em.
- Não é simples..
- Não é como os outros vampiros eu já entendi, pode confiar em mim.
- É uma longa história..
- Eu to com tempo- disse ele, quase dando um risinho.
- Senta ai..
Ele a olhava como se fosse a perfeição em forma humana, não perdia um detalhe sequer, todo sua atenção estava voltada para ela nesse instante.
- Eu tinha 13 anos quando isso aconteceu, eu estava deitada, sábado a noite, ouvi um barulho fui ver o que era, não consegui ver ninguém, quando eu virei de costas a última coisa que eu senti foi uma mordida e um vulto muito rápido, desmaiei, no outro dia minha mãe me ajudou ela achava que eu era sonâmbula ou sei lá, eu me sentia diferente mas não tinha nenhuma marca, não fazia ideia do que tinha acontecido.
- Então você não é aquelas vampiros de séculos atrás?
- Não, eu realmente tenho 17 anos, ou talvez 13 a cinco anos.
- Mas voce não parece ter 13, voce ainda.. desenvolve o metabolismo?
- Vou desenvolver até os 26.
- Porque?
- Aparentemente era a idade do vampiro que me mordeu, é como se eu pegasse a vida dele.
-Ele morreu?
- Na minha ‘’especie’’ quando voce morde alguém que não é seu escolhido voce morre dando vida a ele.
- Escolhido?
-É.. depois eu falo sobre isso..
- Voce sabe quem te modeu?
-Não..
-Nunca procurou saber? É como se ela tivesse cometido suicídio não?
-É.. talvez, eu não sei onde procurar Dan, eu não sei quase nada sobre mim, eu nunca quase alguém como eu, quando eu fui mordida  me sentia diferente e aquilo tava me enlouquecendo por dentro, eu não sentia vontade de atacar as pessoas, eu só sentira uma pressão, uma ânsia, por sei lá o que. Até que um dia eu cheguei em casa, como qualquer outro, eu olhei pra minha mãe e algo dentro de mim despertou eu não sei como, mas eu sentia o cheiro de seu sangue e seu batimento cardíaco, eu precisava me alimentar dela, eu não queria, eu corri pro meu quarto tentando evitar isso mas quando ela foi atrás de mim eu simplesmente não consegui me conter, eu a mordi, não consegui parar, eu matei ela. Os olhos de Dan se  arregalaram nesse instante, de repente todo o medo que ele disse que não sentia veio a tona, ele mordeu os lábios com força, apreensivo. Ela o olhou:
- Eu sabia que isso ia acontecer, quer saber é melhor você ir embora e ficar longe de mim ok?
- Não, eu não consigo, eu aguento, eu... te amo.
Ela olhou pra baixo e tentou esconder o sorriso, continuou contando.
- Entao... depois de matar minha mãe, eu fugi.. eu sai de casa correndo e quando eu percebi eu tava correndo.. muito e quando eu parei eu tava em outra cidade.
- Como é que é? O quanto voce corre?
- Muito.. .
- Você é incrível..
- Você não viu nada .. a questão é que .. eu tive q dar um jeito de sobreviver.. eu podia fazer o que eu quisesse.. um dia eu voltei pra casa, aquela fome tinha voltado, eu não sabia o que fazer, fui ver meu pai que pensava que eu tinha morrido junto com a minha mãe.. Então você sabe o que aconteceu quando eu olhei ele de novo .
- A fome.. – disse ele tímido.
- É Dan, a fome..
 - Voce fez?
- Eu quase morri antes, eu fui ficando fraca, perdi a velocidade, a força .. eu desmaiei uma vez, foi quando ele me achou, cuidou de mim, mas quando eu despertei eu ..
- Atacou ele ..
- Eu não consegui me controlar.. eu.. sou um monstro.- ela disse olhando para baixo com a voz tremula.
- Não é sua culpa – ele a abraçou.
- Desde então eu vivo por ai, olhando as pessoas  quando eu menos espero, bumm bate a fome.. a sede.. é uma maldição.. e agora eu to ficando fraca..
- Isso quer dizer que você tem que encontrar sua vitima logo não é, o escolhido?
 - Já encontrei na verdade..
- Quem ?
_ ... você.