O Escolhido escrita por Skadoosh


Capítulo 2
Capítulo 2




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Quando bateu o sinal Daniel se aproximou novamente da garota.
- Sabia em quem eu pensei a noite toda? –disse ele, com um ar convencido.
- Sei la, Megan Fox? – ela respondeu com ironia. Ela sabia que ele pensara nela, ela sabia tudo que o acontecia, ele era o escolhido.
-Na verdade... foi em você Em. – Daniel disse timidamente.
- Hm.. essa era minha segunda opção, e não me chame de Em, meu nome é Emily, Emily Streiyth.
- Ta bem.ta bem, desculpa misses Streiyth, mas é verdade, o lance do pensar em voce, sabe ta dando um filme legal no cinema..
Ela o olhou e seguiu andando
- Pera ai- ele gritou, correndo na sua frente e prendo-a na parede. – eu estava pensando..
- Serio ? você pensando? Isso sim pode ser legal de se assistir- disse ela interrompendo-o e saindo da parede.
Mas ele correu e segurou em seu braço.
- O que você acha de a gente ir ver?
-  Não.- disse ela secamente, sem pensar por um segundo.
- Então ta bom eu te pego as oito, disse ele se afastando.
- Você não sabe onde eu moro.
- Haa.. você pode me dar seu endereço?
- Não, você não ouviu o que eu disse antes? Não.
- Mas eu não aceito não, a menos que você me de um bom motivo.
- Porque eu não quero, eu não gosto de você- ela disse, jogando os cabelos para trás e empurrando-o, saindo mais uma vez de sua armadilha, dessa vez com força.
- Escreve isso garota, você vai me querer, e quando isso acontecer..
- Ah, você vai estar em outra e rir de mim, enquanto eu sofro, é claro.. já to começando a sentir.
- Não.. na verdade eu ia dizer que vou ta aqui...
Ela riu e sem olhar pra atrás sentiu os passou do menino apressados.
Nesta noite ela vigiou-lhe, foi a sua casa, ele nem notou sua presença, como ele notaria?  Ela mal o conhecia, e nunca isso tinha acontecido antes, quando ela percebia que alguém era escolhido ela apenas matava, e fazia o que tinha que fazer, mas esse garoto era diferente, era como se ela sentisse algo, mas ela não podia sentir, ela não tinha sentimentos ou coração , ela não tinha isso. Ela se determinou no dia seguinte ia mata-lo e acabar logo com isso, ela precisava de sangue, mas ela não queria mata-lo, apesar de ele se demonstrar apenas mais um adolescente com um sorriso lindo interessado em uma menina bonita. Na manhã seguinte, logo quando o viu, algo nela despertou, e se ela tivesse um coração com certeza seria aquilo. Ele a parou no fim da aula, com um sorriso bobo no rosto, era como se ele estivesse hipnotizado, apaixonado, mesmo sem conhece-la  :
- E então... cinema hoje ne? – disse ele com uma risada encantadora
- Ta legal eu pensei sobre isso... acho que posso aceitar.. -  ela disse fechando a porta do armário na cara dele e rindo.
Ela deu as costas e saiu andando. Ele sorriu imensamente e fez uma comemoração estúpida.
Chegando em casa Emily se perguntou porque aceitou aquele convite idiota, e o mais estranho, porque ela quis aceitar aquele convite?! Se recompôs e fez daquilo um jeito para mata-lo e acabar logo com isso, afinal ele era o escolhido e nada mudaria isso. Era sábado pelo volta das 22:00 da noite, ela tinha se atrasado 3 horas com esperanças de o garoto desistir, ela ainda não estava pronta para mata-lo, mas ele ainda estava ali, de pé, e por incrível que pareça quando a viu, sorriu com uma satisfação e veio ao seu encontro.
- Porque você ta aqui? – disse ela surpresa.
- Você disse que viria.
-Hã.. a 3 horas atrás ..
-Bom.. já vi o filme sozinha né, mas você disse que viria, eu não desisto fácil, fiquei esperando- disse ele, mordendo o canto do lábio e passando a mão nos cabelos.
- To aqui agora, mas sinto que o cinema fechou- Em disse, irônica.
- A gente pode ir pra minha casa, tenho várias filmes lá.
- Rapinho você hein, querendo levar a garota pra sua casa no primeiro encontro.
- Então agora é um encontro? Ahaha
- Não foi isso que eu quis dizer, cala a boca- ela disse, irritada.
- Desculpa.. vamos jantar ta legal, o que você gosta de comer?
- Hã.. eu não..- ela sempre tinha a mesma reação quando faziam essa pergunta, nunca conseguiu achar uma desculpa decente para dizer.
- Ah você também entrou nesse dieta maluca que as meninas por aqui estão fazendo? Porque vocês não entendem que são bonitas assim? Tipo, .. a maioria..
- É, exatamente isso, entrei nesse dieta, não posso.. vamos pra sua casa ta bom.
A casa de Daniel era relativamente pequena e escura, na frente tinha um jardim destruído e nos fundos uma garagem vazia.
- Seus pais não estão em casa?
- É.. hã, eu sou órfão..
-hm.. legal, também.
-  Legal?
- Ah foi mal... é que, me acostumei. Porque você mora sozinho, você não deveria ter um tutor?
- Eu tenho 18, acontece que com a morte de meus pais, rodei de ano..
- É ,tanto faz.. mas então, se você morresse, não teria ninguém pra sentir sua falta não é? – rindo maldosamente..
- É, acho que não..- disse ele olhando fixo para o nada, engolindo um inicio de lagrima.
Um silencio predominou o ar por um tempo.
- Entao vamos ver.. crepúsculo?
- O que? Não, você acredita nessa besteira de vampiros, eles não existem não é possível. – disse ela nervosa e pensando que havia sido descoberta.
- Não.. eu. Não disse nada, é só um filme legal.. – respondeu confuso.
- Olha a hora, é melhor eu ir, sério, desculpa, tchau ta.
- Não, espera, eu te levo pra casa.
- Eu posso ir sozinha.
- Eu.. quero te levar.
Durante todo o caminho, eles ouviram o radio, Emily estava nervosa, estava começando a se sentir fraca, precisa de sangue, precisava do sangue DELE. Quando chegaram, Dan abriu a porta para a garota, e quando foi deixa-la na porta de casa, pensou em beija-la, queria beija-la, tentou, mas antes que ele pudesse ao menos toca-la, ela virou, agarrou seus braços botando-os contra o carro.
- Como você... – disse ele, completamente assustado.
- Reflexos rápidos, desculpa.. não era a intenção, nunca mais pense em fazer isso, tchau.- disse ela entrando em casa. Naquela noite ela foi visita-lo ficou la a noite toda, sem ele perceber, apenas observando-o, Dan era lindo, cabelos escuros com uma franja que ele fazia questão de sempre tirar do olho com uma balançada que tirava o ar de qualquer garota, e seus olhos, profundos de um azul esverdeado, como o mar. Dentes extremamente brancos e um hálito de menta permanente, ela queria beija-lo, mas ela ... não podia, ela tinha que mata-lo ou ela morreria.
No dia seguinte, Dan foi a aula mais confuso e nervoso que o normal, não tinha entendido o que acontecera noite passada, ele apenas sentia que ela não era real, não era humana, quando Emily se aproximou dele, ele acelerou o passo, mas quando percebeu ela estava bem na sua frente.
- Oi – ele disse sorrindo de canto.
- Olha o que você viu.. esquece ta legal- olhando bem nos olhos do garoto
-  O que? Você não vai me hipnotizar.
- Hipnotizar? Alguém anda vendo desenho demais ..
- Não to brincando Emily.
- Acha que se eu pudesse te hipnotizar já não teria feito pra você me deixar em paz? – ela saiu irritada, sabia tudo o que ele pensava, ele estava começando a sacar, a palavra vampira já tinha chegado em seus pensamentos.
Ele ficou parado olhando-a ir.


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