- Ah então quer dizer que você conhece a Madson? – perguntei.
- Se eu conheço? Infelizmente. Foi ódio a primeira vista, desde o primário. – sorriu.
- Nossa como eu odeio essa garota idiota! Ela praticamente roubou meu Luke! – bufei.
- Você é o que de Luke? – disse desconfiada.
- Ex-namorada... Quer dizer nem tanto, porque eu sei que ele ainda sente algo por mim, mas essa intrometida está interferindo nosso caminho! – respondi.
- Wow! Hey eu tive uma ideia – disse Melanie sorria maleficamente.
- O quê? – perguntei curiosamente.
- Bem esse é meu passatempo preferido e pode ficar melhor se você me ajudar! Que tal infernizarmos a vida da Madson?
- Hm ta aí gostei! Você pode me ajudar a fazer acabar esse namorinho, ela realmente não merece ficar com Luke!
- Ah sobre o Luke eu não sei, só quero me divertir infernizando a vida dela! Háháhá. Essa parte você vê! – ela deu ombros.
- Mas o que podemos fazer? – perguntei.
- Não sei, mas temos que descobrir algum podre dela, e com certeza ela tem. Porque segredos o que não deve faltar pra aquela retardada, tenho certeza! – disse a ruiva afirmando com um sorriso malvado, não pôde deixar de sorrir também, tudo que eu mais queria era que Madson fosse para o inferno! Ah como eu odeio ela, ela vai pagar muito caro por cada segundo que está com Luke!
- Madson Baker aproveite o quanto pôde, porque sua vida vai mudar e você irá arrepender de ter nascido – eu gargalhei alto e Melanie também.
Agora eu tinha apenas certeza, que Madson iria ter duas inimigas tão próximas que vai se arrepender de ter mexido com nós. Amargamente.
***
POV Madson
Acordei um pouco transtornada, com uma dor estranha no peito. Seria infarto? Logicamente não.
Levantei, senti um enjôo, mas ignorei. Fui ao banheiro e liguei o chuveiro, talvez só estivesse cansada, a semana tinha sido longa e chata. Vi Luke algumas vezes, e ainda tive que aguentar os meus amigos grudentos, já que agora estavam namorando. Mas como se não bastasse isso, também tive que aguentar em casa, porque Caio também estava namorando. Só sobrara Ariel, que ainda estava tranquila dessa fase, para sorte do meu pai. Não queria perder a caçulinha, que agora já é um adolescente, e só ele não percebe.
Mas por um lado foi até boa a semana, meu pai agora me dava mais liberdade, e minha mãe também se sentia mais livre.
Fiquei ali longos minutos debaixo do chuveiro, sentindo várias gotículas mornas invadir meu corpo, me deixando mais leve. Fechei o chuveiro, me enrolei na toalha e voltei ao meu quarto.
Faltavam 50 minutos para ir à escola, deitei novamente na cama, e não demorei muito para pegar no sono...
***
- Madson acorda! Você está atrasada. – gritou minha mãe.
- Droga! Faltavam 50 minutos... – eu ia me explicar, mas minha mãe me interrompeu.
- Agora não. Se arrume e vá pra escola, depressa!
Peguei qualquer coisa à minha frente e fui vestindo, ao chegar lá embaixo para tomar meu café, derrubei todo o leite e o cereal. Nem deu tempo de limpar, sai sem comer e fui correndo pra escola... Depois de uns 20 minutos cheguei à escola. Entrei, e corri pelos corredores para achar minha sala. Primeira aula: sociologia. Quase não entro, a professora era tão songa-monga que era difícil alguém ficar acordado para sua aula.
Pedi licença, e ela me deixou entrar, o que tinha de melhor ainda? Teste surpresa! Que ótimo, cara! Parece que hoje o dia era pra ocorrer tudo errado e da pior maneira, pelo jeito nada ficaria bem!
Sentei na cadeira e fiz a prova, claro eu não sabia nada. Isso não era novidade, provavelmente tiraria não menos que 2.
A segunda e terceira aula foram aulas seguidas de física. Nossa professora tinha faltado, então veio um eventual. Ele era tão insuportável, que só do fato dele estar respirando me perturbava. Ele estava dando aula de literatura.
- Então classe, alguém saberia me responder no que Shakespeare se inspirou ao dizer: “Ser ou não ser? Eis a questão.”
Melanie levantou a mão e ficou lá enchendo linguiça, e o professor ficou lá mostrando a garota perfeita de exemplo a classe, me segurei para não vomitar, com tantos elogios exagerados de ambos.
Por fim, a aula terminou. Graças à Deus! Eu teria saído da sala rapidamente, se alguém não tivesse me puxado.
- Hm então Baker? – disse aquela ruiva nojenta.
- O que você quer bola de fogo? – revirei os olhos.
- Só queria lhe deixar um aviso! – sorriu.
- Olha estou pouco me lixando para o seu aviso, não me faz falta e nem vai fazer diferença em minha vida. Estou com pressa, então me largue, porque não estou no meu melhor dia, ou você está afim de levar um grande soco nessa sua cara de bosta arruivada! – disse perdendo a paciência.
- Ui que medo eu tenho!
- Não me provoque, porque não tem ninguém pra me segurar e impedir que eu soque você.
- Olha garota, por favor menos. Eu não me rebaixo ao seu nível! – disse com certo orgulho.
- Se você tivesse um né? Porque é muito pior que o meu.
Ela me olhou mortalmente, claro como se eu tivesse muito medo daquela retardada.
- Escute Baker, você vai se dar muito mal. Por tudo que fez, vai se arrepender amargamente por tudo! – disse ela me praguejando.
- Não tenho medo garota! Enfrento com qualquer coisa. E não ligo para as consequências, vem com o que puder... Porque eu, não sou covarde como você! Sei enfrentar sozinha, sem ao menos meter uma pessoa no meio. Mas enfim, pode vir com tudo tá querida? Sou muito mais forte do que você pensa! – ri ironicamente.
- Vamos ver queridinha! Vai se arrepender e caro – disse ela e saiu da sala.
Dei de ombros e fui correndo. Perdi 15 minutos de intervalo, com essa deby mental.
- Caramba Madson, onde estava? – perguntou Ethan.
- Tive alguns probleminhas, fui praguejada, e tá tudo resolvido, mas enfim... Como vai o namorico de vocês? – sorri.
- Namorico? Voltou ao século passado menina? – perguntou Audrey.
Olhei para ela, e comecei a rir. Ao menos meu dia estava começando a melhorar, nada melhor do que ter seus amigos do seu lado para te fazer rir.
- Alguém viu o Luke? – perguntei.
- Hum, então isso é realmente sério, Madson Baker sentindo falta... Vixi! – riu Ethan e logo atrás Audrey.
- Cala a boca, seus bestas – mostrei a língua – É que eu cheguei atrasada, então não o vi.
- Acho que ele está na biblioteca, procura lá – disse Audrey.
- Okay, valeu – pisquei.
Fui à biblioteca, era estranho entrar ali. Entrei poucas vezes, só para fazer trabalhos, sei lá, essa biblioteca é meio sinistra.
Logo avistei meu namorado, estava sentado lendo algum livro de capa marrom de couro velho.
- Hey! – disse chegando mais perto.
- Ah, oi Mad – disse ele nem se importando.
- Nossa quanta animação por me ver hein Luke? – ironizei.
- Por favor Mad, hoje não. Estou ocupado fazendo trabalho de história.
- Nossa tá bom né!
- Aff Madson.
- O quê Luke? Você tá todo estranho comigo. A gente quase nem se viu, e quando tem um tempo, você me ignora. Bem achei que gostasse de passar seu tempo comigo!
- Vai começar? Você não procura me entender ou buscar saber o que estou fazendo. Você acha que o mundo gira em torno de você! Mas eu faço outras coisas Madson. – disse ele.
Não pôde negar que fiquei assustada com a atitude de Luke, ele nem parecia o mesmo.
- É agora eu sou egoísta? Okay Luke! Como dizem, nada dura pra sempre! Achei que você fosse diferente, mas não passa de um idiota como os outros. Desculpe interromper a droga do seu importante trabalho, ah e desculpe se eu priorizo você. Mas tudo bem, fique aí lendo. Não irei te atrapalhar mais! – disse.
Sai da biblioteca, irritada, mas chateada com Luke. Eu não o entendia? O que ele quis dizer? Agora eu sou incompreensível? Ele que estava sendo. Ah que droga! É com certeza meu dia não poderia ficar pior.
Entrei na sala, tinha poucos alunos. A maioria estava do lado de fora, coloquei meus fones no último volume, e fingi que mais nada existia. E assim passou a outra aula.
Quando bateu o sinal para a última aula, Luke entrou em minha sala. Ignorei-o totalmente, ele havia feito o mesmo, deveria sentir na pele o que é ser desprezado.
Ele me encarou, mas nem me importei. Claro, fingi. Eu me importava, mas não ia esquecer, e só de lembrar como ele me tratou me dava raiva. Não ia ser um cachorrinho que quando ele estalar os dedos, eu vou correndo com o rabo entre as pernas.
A professora entrou na sala, sorridente. Provavelmente iria passar prova, ou algum trabalho do tipo missão impossível.
Ela começou a fazer a chamada, e ao meu nome ela me encarou por alguns segundos e depois voltou ao seu diário.
Aquilo foi realmente estranho, alguma coisa tinha aí.
Ignorei, não queria pensar em mais problemas, porque realmente hoje meu dia estava péssimo. Uma merda. E claro conseguiu ficar pior, quando a professora disse que sentaríamos em duplas para fazer o seu trabalho, e ela me pois logo com um garoto idiota do time de futebol do outro lado da sala.
- A classe, temos uma aluna nova! – sorriu.
Era só o que faltava! Nossa sala já estava lotada e mais uma.
A garota estava de costas, era loira. Eu estava reconhecendo ela... Espera aí! Não, não pode ser!!
- Seu nome é... – ela interrompeu.
- Deixe-me apresentar, professora – sorriu e piscou para mim e Luke – Angeline.
Realmente isso era um pesadelo! Agora sim meu dia estava acabado.