Marca Negra escrita por Pikenna


Capítulo 9
Adrian Mulciber


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, finalmente a inspiração baixou e eu consegui terminar esse capítulo que tinha começado há séculos mas tava travada pra escrever. Espero que gostem. ♥



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Adrian Mulciber

Mulciber. Adrian Nathaniel Mulciber. Nome de grandeza, de alguém que era e continuaria a ser importante, de nobre. Foi assim que seus pais lhe ensinaram a ser, não foi? Grande. Altivo. Importante. Nobre. Desde cedo aprendera a se portar corretamente, de maneira elegante, o olhar sempre superior, a altivez nos olhos por ser quem era. Tinha orgulho de sustentar o sobrenome imperioso e imaculado. Possuía uma pose augusta. O semblante austero. Quase nunca sorria para as pessoas, a não ser que fosse demarcado por um sarcasmo pungente. Sabia tocar piano. Ah o piano! Era seu vício, não era? Amava percorrer aquelas teclas, algumas vezes com uma fineza surpreendente, como se estivesse cuidando do instrumento, outras parecia que iria rachar o piano de cauda negra ao meio, principalmente quando a raiva, a angústia e as incertezas lhe encobriam. O piano traduzia por meio de melodias os seus sentimentos, não é mesmo? Se expressava com maestria quando tocava, libertando-se de todos aqueles sentimentos que o abarcavam no momento em que se entregava ao piano. Não precisava ser Mulciber ao correr as teclas com os dedos suaves como o tecido mais nobre do mundo bruxo, ali bastava ser Adrian, o pianista solitário. Ah esses dedos de pele macia que poderiam passar facilmente por dedos femininos! Não podiam ser ásperos como possuíam grande parte da população masculina, certo? Afinal, pianistas precisam ser suaves, delicados, gentis.

Fora aquele instrumento de sonoridade apreciável apenas aos ouvidos sensíveis que lhe trouxera o maior dos pecados e consequentemente das dores. Por meio do piano que a conhecera: a bailarina comum. Eram tão antagônicos quanto fogo e água podiam ser. Até as cores que os pintavam era paradoxal. Mary transluzia vermelho, dourado e branco, enquanto você refletia o verde, prata e preto. Completamente opostos, mas que se complementavam não era mesmo? Apesar de dizer que odiava aqueles olhos amendoados tão comuns e os cabelos lisos sem graça que nada tinham de diferente, nem mesmo a cor do castanho da madeira mais barata existente, você amava cada detalhe comum daquela garota que dançava estupendamente bem nas pontas dos pés ao som da melodia que você produzia no piano. Perceba, Adrina, o quão contraditório você é! Odiar e amar alguém ao mesmo tempo, como isso é possível? É uma pergunta que não consegui ainda encontrar uma resposta plausível, permanece como uma incógnita para mim. Poderia me responder se estivesse vivo... Oh, me perdoe! De fato, estou sendo precoce ao contar o marco dessa história. Prosseguirei descrevendo o antagonismo que embalsamou você, o pianista nobre, e Mary Macdonald, a bailarina sangue-ruim.

Apaixonados pela música, a única coisa que tinham em comum, vocês se envolveram um com o outro, não foi? Criaram um laço sem realmente o desejarem tê-lo e quando o perceberam era tarde demais, não havia volta e não havia como quebra-lo, nem mesmo o ódio que alimentaram um pelo o outro fora capaz de rompê-lo. Até as atrocidades que você cometera com ela não foram o suficiente para desfazer esse laço criado pelo mais forte dos sentimentos, o amor! Ah o amor! Você também o odiava, não é verdade? Porque ele o tornava vulnerável de uma forma que você simplesmente detestava. Tudo era questão de controle e você não gostava quando as coisas saiam do seu controle. Como controlar o amor? Impossível, Adrian! Foi um tolo em tentar fazer isso. Você julga que foi o amor que o levou a ruína! Discordo de sua colocação! O amor era sua salvação, mas você optou por escolher o caminho que pensava ser da glória, da ambição, da grandeza. Ah Mulciber! Quão enganado você foi! Ludibriado pelas palavras de um homem com ideais perigosos que inflamaram o seu pior lado, você buscou por meio da crueldade a soberba implantada em um garotinho que nascera em berço de ouro. Ensinado desde cedo a odiar os nascidos trouxas que manchavam o mundo bruxo com sua existência, você decidiu por fazer parte do grupo determinado a exterminá-los ou escraviza-los.

Quanto não é irrisório acabar se apaixonando por uma sangue-ruim, não é verdade? Aquilo que mais odiava tornou-se seu grande amor. Mary, junto com o piano, lhe ajudava a ser apenas Adrian. Esqueciam-se de sangue, de poder, das diferenças, de quem eram no mundo fora da sala precisa. Naquele lugar que era somente seus, vocês não passavam de pianista e bailarina, envoltos e enlevados pela música que os traziam para perto um do outro. Como Adrian, o pianista, você amou Mary, a bailarina. Você tinha uma necessidade assustadora dela, não é mesmo? Ela era a única que conseguia fazê-lo sorrir naturalmente, sem que houvesse se quer um resquício de deboche, sarcasmo ou arrogância. Ela preenchia aquele vazio que passara a fazer parte de sua vida desde o dia que se percebeu só no mundo. Era tudo tão preto antes da presença dela. Após Mary aparecer, o branco dela passou a mesclar com o seu preto lhe dando tons cinzas, não foi? Já não era monocromático e isso era um grande avanço. Havia mais do que uma única cor em seu mundo.

No entanto, esses momentos de alegria e de beleza que presenciavam não passavam de poucas horas noturnas. Ao raiar do dia você voltava a ser Mulciber, o nobre sangue-puro que odiava os sangues-ruins e Mary retornava a sua posição de nascida trouxa que merecia somente seu desprezo e seu ódio. E você a odiava de dia, nem se quer lhe dirigia um olhar. Ignorava a existência dela e procurava se alimentar de sentimentos negativos em relação a Mary para ajudá-lo a passar por ela sem sentir aquela necessidade dolorosa de toma-la para si, porque ela era sua, sua bailarina. Não conseguia controlar aqueles sentimentos que deveria abominar por tê-los, não era capaz de controlar Mary, assim como não conseguia controlar nada que a envolvesse e isso o enlouquecia em silêncio e morosamente. Tudo o que fugia do seu controle lhe atormentava. Então vinha a noite e em segredo vocês se encontravam. Você tocava e ela dançava. Findada a música vocês se envolviam em gestos de carinho, paixão, amor. Tomava aqueles lábios finos com voracidade porque eram seus, ao menos pensava assim. Naquele instante, em que se encontrava a sós com ela, nada mais importava se não Mary. Ali podia fazer o que sempre desejava pela manhã: abraça-la e beijá-la, acariciar sua pele ininterruptamente até seus dedos ficarem dormentes, inalar aquela fragrância comum de rosas e se embriagar com ela. A noite você a amava e lhe dispendia todos os olhares.

Os dias se seguiram assim, não foi? Nessa desgastante tarefa de ser Mulciber aos olhares alheios e ser Adrian ao olhar de Mary, até que isso se tornou insustentável para ambos. Não estava mais sendo capaz de se controlar, não é verdade? Sempre que passava perto dela já não conseguia segurar o olhar que automaticamente encontrava aqueles olhos amendoados tão ordinariamente comuns. A torturante necessidade de tê-la e de beija-la parecia aumentar com o passar dos dias. Estava ficando difícil de se segurar e de esconder os sentimentos sujos e pecaminosos que nutria pela sangue-ruim de nome comum. Até o nome dela você odiava por ser tão normal! Ah Mulciber! Pensa que me engana? Você invejava Mary por ela ser ridiculamente normal. Você queria ser normal como ela, não é? Não tente me enganar! Você odiava ser um nobre sangue-puro por ter tantas regras, etiquetas, condutas que era obrigado a seguir! Você se via preso em agradar os outros, em se portar corretamente para admirarem-no, em seguir ideais que talvez nem se quer fossem realmente seus para trazer o orgulho e a honra para sua família. Você tinha um legado para manter. Mary não. Ela era livre, como você nunca seria, por ser tão comum assim.

Desculpe-me, mas não sinto em expor essa parte da sua vida que tanto passou a odiar desde o momento que se arrependeu de ter feito o que fez. E o que foi mesmo que você fez? Ah sim! Para provar aos amigos que não havia nada entre você e Mary Macdonald, que você a desprezava e odiava porque ela não passava de uma sangue-ruim nojenta, na primeira oportunidade você a azarou, não foi? Snape percebeu suas trocas de olhares e contou a Bartemius que se aproveitou disso para atormentá-lo, estou certa? Sim, claro que estou! Eu o acompanhei dia a dia, meu caro. Para evitar que esses boatos que você disse em alto e bom tom serem infundados, utilizou-se de artes das trevas para azarar Mary. Ela passou a odiá-lo por isso. A partir daquele momento você ganhou o desprezo dela, a bailarina que antes só tinha amor para lhe dar. Por que não optou por pegar esse amor e lutar contra tudo e todos por ele? Ah porque era mais fácil ir pelo outro caminho não é mesmo? Não estava disposto a perder sua herança gorda no gringotes, nem queria ser o responsável por trazer a desgraça para sua família, tão pouco atirar o sobrenome tão imaculado e poderoso na lama por uma relés sangue-ruim! Perderia posição, perderia prestígio, perderia poder se admitisse o envolvimento com ela e a tomasse como esposa. Isso não poderia vir a acontecer, não é verdade?

Os dias posteriores a esse seu pequeno show que quase lhe rendeu uma expulsão foram de pura angústia e dor, certo? Você tornara a ficar só e aquele vazio voltara a acompanha-lo. Precisava de Mary, dos seus lábios finos colados aos seus, das suas pequenas e frágeis mãos brincando com os fios negros de seu cabelo, do seu sorriso quente, de seu olhar sem julgamentos, de sua pele alva sobre a sua. Você necessitava dela e essa necessidade estava enlouquecendo. Então você foi tocar piano para exprimir aqueles sentimentos que o pintavam no momento. Havia tanta dor e sofrimento que as teclas não foram poupadas de sua força colocada nos dedos. Fechara os olhos e tocara como nunca tocara antes, a angústia, a tristeza e o arrependimento palpáveis em cada nota. Eu teria chorado se fosse humana! Ah, mas Mary chorou! Mary acompanhara aquelas melodias carregadas de dor pelos corredores de Hogwarts até encontra-lo na sala precisa, o lugar que era somente de vocês. Ela o encontrou, as pálpebras fechadas sobre os olhos verdes, os dedos percorrendo com uma velocidade assustadora as teclas do piano, apertando-as com uma violência brutal. Ela chorou com a sua música. E você notou aquelas lágrimas quando abriu os olhos e encontrou os dela a sua frente. Ambos sentiram a dor do outro. Ambos se comoveram um com o outro. Ela o perdoou e você tornou a amá-la. Ela era tão linda e tão gentil, uma menina especial.

Naquela noite, você tocou para ela dançar e ela dançou nas pontas dos pés para você admirá-la. Girou, saltou, encantou. A música se findou e vocês permitiram que a saudade do corpo um do outro os enlaçasse. Se entregaram um para o outro em um amor voraz, intenso, ferino, ao mesmo tempo que foi calmo, dócil e gentil. Naquela noite em especial, Mary engravidou, mas não lhe contara nada sobre a filha que viria a ter. Aquela informação lhe fora ocultada de maneira desrespeitosa. E quando Hogwarts terminou para ambos, os dois se separaram e seguiram suas vidas, porque era assim que deveria ser. Você sabia disso, Mary sabia disso. Ao fim de Hogwarts, a magia do amor que os unia se findaria com a formatura. Pensavam assim. Se enganaram. Mary ganhou a filha longe de seus olhos. Natalie nascera com a mesma beleza da mãe, mas os olhos! Ah os olhos eram seus, Adrian! Ela não era ordinariamente normal como a mãe. Ela era uma mistura perfeita dos dois. Apesar de crescer longe de você ela se mostrou bem parecida contigo, carregando sua audácia e petulância, além dos olhos esmeraldinos, claro, o que foi castigo o suficiente para Mary que se recordava de você dia após dia ao olhar para Natalie, que não ganhara seu sobrenome, mas o da mãe.

Mary lhe retirara o direito de conhecer a filha para protege-la do mundo e você próprio, Adrian. Ela temia você e do que seria capaz para manter o sobrenome limpo, imaculado como gostava de ostentar. Não a culpe por isso, Adrian! Você deveria tentar entende-la! Você decidiu afastá-la de si ao término de Hogwarts, você escolheu não enfrentar o mundo para ficar com ela, você optou pelo conforto e pelo poder que tinha em mãos. A escolha foi sua. Comensal você se tornou, matou, torturou, feriu milhares de família. Tem certeza de que não faria o mesmo com a família que criara sem o matrimônio? Eu duvido se a sua resposta por sim! Que futuro Natalie teria com um pai seguidor de Voldemort e preso em Azkaban por ser responsável pela morte e pelo sofrimento de milhares? Ah, Adrian! Você só encheria a vida dela de preto e ela não precisa dessa cor para preencher seu mundo colorido e vívido com os ensinamentos e o amor incondicional e imensurável de Mary. Pobre pianista misterioso! Tornou-se o típico soldadinho de chumbo dos contos trouxas, separado de sua bailarina que passou a dançar só ao som da música tocada apenas em sua mente. Ah não se preocupe! Mary não encontrou nenhum outro homem para amar, não precisa se envolver de ciúme! Sei o quão ciumento e possessivo era nos tempos de Hogwarts, azarando qualquer pretendente da jovem em segredo, o ciúme doentio lhe preenchendo o olhar gélido e desprovido de qualquer sentimento. Você nunca sentiu remorso por tirá-los do caminho, não é verdade?

Então veio a ascensão de Voldemort, que retornara à vida, no mundo bruxo e trouxa! Você fugiu de Azkaban junto com Bellatrix e Rodolphus. Mas ao contrário de se preocupar em rever o seu mestre, em sua mente você desejava apenas reencontrar Mary, cuja necessidade de tê-la nunca lhe deixara de fato. Em Azkaban você sentiu a dor, foi pintado de sofrimento, seu mundo tornou a ser monocromático novamente, a escuridão lhe englobou. Os dementadores sugaram cada gota de felicidade que havia dentro de você, mas não conseguiram retirar a memória dela, o sorriso de Mary cheio de vida e calor. Não foram capaz de matar aquele amor proibido que tinha pela garota comum. Você precisava dela. Tinha que tê-la. Era urgente. A loucura quase o saudara se não fosse por Mary. Segurava-se na esperança maldita de revê-la. Foi para o cemitério a fim de se redimir um pouco das atrocidades que cometera. Lá você encontrou Natalia não foi? A sua filha, dona dos mesmos olhos verdes. Ali você descobriu que era pai. Ali você odiou ainda mais Mary pela informação escondida. Ali você amou mais ainda Mary pela filha lhe dada, pela concretização de seu sonho mais puro guardado no fundo do peito e revelado somente pelo espelho de Ojesed: a de formar uma família. Ah aqueles olhos verdes! Tão iguais aos seus.

Queria conhecer mais a Natalie, não é? Passar um tempo com ela, descobrir seus medos, seus gostos, seus sonhos. Você almejava recuperar o tempo que lhe fora impiedosamente retirado de conhecer e ver sua filha crescer, certo? Você desejava ser pai! Mas a guerra é cruel. E vocês estavam em guerra. Você lutando pelo lado dos comensais mesmo a contra gosto, porque agora você tinha uma família e você queria ficar com ela, não desejava mais seguir Voldemort, porém, não havia retorno naquela escolha, uma vez comensal para sempre comensal. Enquanto Mary auxiliava a Ordem da Fênix como podia, apesar de não ser exatamente um membro oficial dela para proteger Natalie de retaliações. Continuavam a serem pintados com cores antagônicas pela vida. Você desejava a queda de Voldemort, ao mesmo tempo que se preocupava em proteger sua recém família, não é verdade? Ah Mulciber! Se tivesse feito isso desde antes de ganhar a marca negra toda essa dor e sofrimento pelas quais passou teriam sido poupadas! Aquele poder que tinha em mãos não fazia mais sentido diante dos belíssimos laços que criara.

Você tentou ao máximo passar o tempo que podia com Natalie, apesar do repúdio de Mary. No entanto, a guerra lhe tomara novamente o direito de estar com a família que formara. Naquele dia em que o castelo ardeu com a invasão dos comensais, você auxiliou Mary e Natalie a fugir pelo obsoleto guarda-roupa pelo qual viera com os outros colegas comensais para salvá-las daquele inferno e assim poupar a vida delas. Esperava encontra-las brevemente, não era? Entretanto, você precisava ser castigado por toda dor e sofrimento que causara no passado. Um tempo em Azkaban não fora o suficiente para que você fosse redimido de seus atos atrozes. Uma rajada verde de Bellatrix que descobrira suas intenções e seus segredos fora o suficiente para tomar-lhe violentamente o último sopro de vida. E eu estava lá, bem perto de você para levar a sua alma para o descanso eterno.  A morte fora o preço cobrado pela vida que levara. Infelizmente foi tarde demais para arrependimentos. Tanto Mary quanto Natalie choraram sua partida, e as duas passaram a levar-lhe flores todo mês no mesmo dia de sua morte naquele cemitério que encontrara pela primeira vez sua filha.

Você queria ser grande, não é verdade? Mas você foi pequeno demais para saber que fora grande para as duas pessoas que mais importavam no mundo. Você queria ser importante, não é? Mas você foi cego demais para enxergar que era e foi importante para as duas mulheres que mais amou durante sua vida. Você queria trazer orgulho e honrar sua família, não é mesmo? Mas você foi errado demais por ter achado que a família certa que precisava orgulhar e honrar eram seus antepassados e seus pais. Mary e Natalie era sua real família e ambas ficaram muito orgulhosas pelas suas últimas atitudes em vida. Ah Adrian! Se você tivesse sido mais Adrian e menos Mulciber, mais pianista e menos soldadinho de chumbo, você não teria se permitido enganar por palavras vis e nem ludibriado pela soberba. Você teria sido completo e feliz. Mas você sobrepujou seu real sonho para seguir um falacioso que os outros criaram para você e pagou com isso. O pianista misterioso que tanto queria ser grande não mais tocaria para a bailarina tão comum dançar. Aquele que se intitulava grande foi pequeno diante da efêmera vida.

No entanto, o pequeno que julgara ser pelo belo sonho em ter uma família foi grande diante de tamanho laço criado.


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