Na Onda do Amor

–Capítulo 21-

Por JefCookie

Olhou novamente para a multidão de pessoas que dançavam e sorriam, rindo também. Todas estavam muito bem arrumadas e belas, bebendo e conversando animadamente.

Kushina estava belíssima. Os cabelos vermelhos escarlates estavam soltos como de costume, com duas mechas emoldurando-lhe o belo rosto delicado. Trajava um belo vestido verde de alças justo na bela cintura bem desenhada, caindo em retas macias emoldurando-lhe os quadris. Estava belíssima, e sorridente.

Minato também não ficava para trás. Estava mais belo do que nunca. Os cabelos loiros ligeiramente desalinhados o deixando com um ar até que sensual. Trajava uma camisa despojada branca com a manga dobrada até o cotovelo, de pano leve. Uma bermuda escura e sandálias de verão.

Este enlaçava a cintura da esposa e sorria radiantemente. Admirava aquele casal, até demais. Eles eram sua fonte de inspiração, seu exemplo.

Sorriu levemente, ao ver o tio dar um beijo demorado nos lábios de Kushina, que enlaçou o pescoço do mesmo e retribuiu.

– Cara, é nojento – ouviu uma voz familiar soar atrás de si e justamente sabendo quem era, soltou uma risada breve e melodiosa.

– Seus pais se amam, Naruto – Sakura disse revirando os olhos – Não tem nada de nojento eles se beijarem.

– Para mim é nojento – ele replicou e beijou a bochecha da amiga – O que está achando da festa?

– Está ótima – disse sorrindo para o mesmo e voltando seus olhos às pessoas que riam e dançavam – Me surpreende que você tenha planejado tudo.

– Assim você me ofende – ele empurrou de leve o ombro da amiga.

Ela riu.

– A propósito, você está muito bonita – disse sorrindo largamente.

– Obrigada – ela disse dando um soco de leve no ombro do amigo.

E era verdade, ela estava belíssima. Trajava um vestido azul claro, quase da cor dos olhos de Naruto, com detalhe de pequenas ondas brancas em degrade, formando sinuosas curvas hipnotizantes. Era justo na cintura e levemente solto nos quadris, acentuando-lhe os seios medianos fartos e destacando bem suas pernas torneadas, já que este era apenas quatro dedos acima do joelho. Os cabelos róseos estavam soltos com duas mexas da laterais presas atrás da cabeça com uma bela presilha prateada. A franja estava costumeiramente jogada para o lado, cobrindo um pouco do olho esquerdo. Não passara nada além de uma sombra clara nos olhos e um lápis preto embaixo dos olhos, os destacando bem. Apenas um brilho labial transparente, deixando seus lábios ligeiramente convidativos. Sua beleza era tão natural, que encantava qualquer homem apenas com um pequeno sorriso que ela pudesse abrir.

– Digo o mesmo para você – ela disse e analisou-o de cima a baixo.

Naruto estava de arrasar o coração de qualquer garota. Trajava uma camisa laranja de botões despojada com uns três botões abertos, desnudando a parte superior de seu peitoral definido. Uma bermuda esportiva preta e uma simples sandália praiana. Os cabelos loiros estavam charmosamente bagunçados, dando-lhe um ar maroto e confortável. Os olhos azuis celestiais como sempre brilhavam e o sorriso enorme costumeiro estava repuxado nos belos lábios.

– Ora, assim você me deixa sem graça – Naruto disse e riu ao receber um tapa no ombro da amiga.

– Quando é que você vai deixar de ser tão baka? – ela perguntou entre risos e ele puxou para um abraço inesperado, mas que a mesma correspondeu.

– Sakura-chan, eu te amo tanto, então por favor, me ofende quando você me chama de baka – ele disse fingindo voz chorosa. Sakura riu e deu-lhe um tapa na nuca.

– Me solte, seu baaaka! – ela disse e ele a soltou, os olhares se encontrando.

E logo após eles gargalhavam.

Os olhares sobre os dois eram constantes, e era impossível não sorrir ao ver os dois rindo tão abertamente daquela forma.

– Vou, receber os convidados – ele disse arrumando a camisa, enquanto o riso ia cessando.

– Vá lá – ela o encorajou – Só não os espante.

Naruto lhe mostrou a língua e saiu bufando, enquanto Sakura ria, vendo o amigo sumir no meio de toda aquela gente.

A festa estava simplesmente demais. A música suave soava e algumas pessoas dançavam. As pessoas conversavam entre sim animadas, sorrindo e bebendo. Era um ar agradável e confortável ali, e ela se sentia bem ali.

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Recebia olhares maliciosos por onde passava, lábios repuxados em sorrisos sacanas e contidos de desejos. Mas também não era para menos, era isso que sempre causava nas mulheres por onde passava.

Seus cabelos negros como a noite – talvez mais negros ainda – entravam em perfeito contraste com sua pele ligeiramente bronzeada, mas ainda sim clara, caindo em perfeita harmonia em duas madeixas negras de cada lado de seu rosto anguloso. Os olhos negros estavam impassíveis como sempre, e os belos lábios finos comprimidos numa linha reta relaxada. Trajava uma camisa de botões preta, com botões abertos mais do que o necessário, chegando a desnudar até uma parte de seu abdômen definido, mas não se importava com aquilo, afinal, estava num ambiente praiano, e nada mais do que sentir-se deliberadamente confortável com alguma roupa. Usava uma bermuda branca jeans e uma sandália praiana normal, mas que lhe caíam com perfeição.

Ele parecia ser o pecado em pessoa, e não havia mulher que não suspirasse por ele.

Logo quando entrou naquela área, recebeu olhares maliciosos e cobiçosos de mulheres muito mais velhas que ele, mas mesmo assim, ninguém lhe interessava.

Era um ambiente aberto, dava-se para ver todas as belas estrelas brilhando naquele imenso céu negro, mas não havia lua. O local era bem iluminado, com mesas devidamente separadas com comidas, bebidas e uma com os presentes. Várias pessoas dançavam e conversavam animadamente.

Caminhou em passos sem pressa alguma até os pais de seu melhor amigo, vendo-os sorrir e cumprimentar mais e mai pessoas. Até que os olhos de Kushina pousaram em si e logo um sorriso brotou nos lábios da bela mulher.

– Ah, querido! Venha cá! – Kushina disse e ele obedeceu. Andou até eles e recebeu um abraço caloroso da mulher. – Que bom que veio!

– Feliz aniversário de casamento – murmurou sorrindo de canto e a mulher abriu mais o sorriso que tomava seus lábios.

– Obrigado, Sasuke – Minato agradeceu sorrindo também.

– Naruto preparou tudo isso sozinho ou teve ajuda? – Kushina perguntou piscando para o moreno, que deu de ombros.

– Eu não fazia ideia – Sasuke disse olhando em volta, à procura do amigo.

– Ah, então ele não havia contado nem a você? – Kushina pareceu confusa.

– Não, senhora – ele disse voltando a olhar para a mulher.

– Mas que senhora?! – Kushina bateu no ombro do moreno – Sou muito nova para ser chamada de senhora, Sasuke!

Sasuke permitiu-se soltar uma breve risada, sendo acompanhado por Minato e logo após por Kushina.

Vagou seus olhos negros novamente, procurando uma pessoa específica agora, mas não a encontrando.

– À procura de alguém, querido? – Kushina perguntou. Sasuke voltou seus olhos à mulher e abriu a boca para responder, mas este fora interrompido antes mesmo de pronunciar-se. – Vá procurá-la, querido. Ela está por aí.

Sasuke primeiramente pensou em perguntar “Ela quem?”, mas sabia que não iria enganar a mulher. Ela o conhecia tão bem quanto o filho, e ele sabia disso. Apenas sorriu para a mulher que lhe retribuiu, e fazendo um aceno com a cabeça para Minato, saiu à procura dela.

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Tomou mais um gole de sua bebida e suspirou. Estava a olhar as pessoas dançarem e conversarem animadamente, apenas isso.

Naruto ainda cumprimentava os convidados então não havia mais com quem conversar. Ficou parada ali então, sozinha, apenas observando aquele ambiente.

– Mas o que é que temos aqui? – uma voz rouca soou perigosamente perto de seu ouvido, fazendo com que um arrepio percorresse seu corpo inteiro.

Iria virar-se abruptamente para encarar a pessoa, mas foi impedida quando braços fortes a seguraram pela cintura e a apertaram contra o peitoral másculo e bem definido.

– Sasori – pronunciou o nome dele num sussurro rouco, sentindo seu coração bater mais rápido.

– Senti saudades, minha flor – disse enquanto dava-lhe um beijo no pescoço alvo.

Sakura segurou um suspiro ao sentir os lábios dele ali. Seu corpo estava oscilando outra vez, e não permitiria isso. Soltou-se rapidamente dos braços dele, deixando-o sem entender muito bem do porquê daquela atitude.

– O que está fazendo aqui? – perguntou ela, controlando o tom de sua voz. Não iria dar o gostinho para ele saborear ao saber que seu corpo ainda caía nos encantos daqueles lábios.

Sasori arqueou uma sobrancelha.

Sakura segurou-se para não o olhar dos pés à cabeça, mas foi impossível.

Este trajava uma camisa de botões vermelha totalmente aberta, deixando seu peitoral todo à mostra. Uma bermuda branca e uma sandália praiana. Os cabelos ruivos estavam perigosamente desalinhados, dando-lhe um ar sensual que lhe fazia delirar. Os olhos cor de mel brilhavam confusos e os belos lábios finos estavam crispados, de certa forma demonstrando certa frustração.

Que Deus lhe ajudasse, pois sabia que não iria conseguir resistir a ele por muito tempo.

– Vim lhe ver e é assim que me trata? – pergunta ele a puxando pela cintura novamente. Sakura sentiu uma onda de perfume – daquele perfume – lhe invadir as narinas e mordeu o lábio inferior, contendo a vontade de agarrar-se a ele.

– Me solte – ela murmurou num tom baixo. Ele franziu o cenho, sem entender nada do que estava acontecendo.

– O que foi? – ele perguntou apertando-a mais contra seu corpo.

Sakura suspirou e mordeu o lábio inferior com força.

– Só me solte – ela murmurou e ele fitou-lhe profundamente nos olhos.

– Se eu te soltar vai me explicar o que é que está acontecendo? – perguntou ele e Sakura pareceu pensar.

– Não há nada acontecendo – ela disse firmemente enquanto fitava os olhos cor de amêndoas dele.

Sasori suspirou.

– O que foi, Sakura? – perguntou numa voz rouca, fazendo com que os pelos de sua nuca se eriçassem ao ouvir pronunciar seu nome. – Não estávamos bem novamente?

Sakura dessa vez abriu a boca, o fitando incrédula.

– Como é que é? – ela soltou-se com brusquidão dos braços fortes de Sasori – Acha que depois que tudo aconteceu aquilo foi o suficiente? Sasori, o que passou, passou. Não vou e nem quero viver no passado, então, o aconteceu naquela noite não significou nada.

Sasori parecia digerir aquelas palavras.

– Você não vai me deixar – ele disse simplesmente.

– Não irei te deixar porque eu não estou com você, será que dá para você entender isso de uma vez? – Sakura parecia atordoada agora.

Os olhos de Sasori pareceram estar enegrecendo e tomando um brilho perigoso. Parecia que agora ele estava sombrio.

– Você não pode me deixar.

Aquelas palavras soaram como uma ordem, soaram de um jeito diferente que Sakura sinceramente não entendeu. Nunca havia visto aquele lado sombrio de Sasori, nunca havia visto ele daquele jeito. Mas ele tinha que entender de uma vez que eles não tinham absolutamente nada e que era a hora de ambos seguirem em frente com suas vidas. Vidas separadas.

E então, sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo ao sentir ele puxando-a novamente pela cintura e a apertando contra o corpo másculo.

– Você não vai me deixar.