Na Onda do Amor

-Capítulo 11-

Por Jef Cookie

Haviam se passado duas semanas.

Sakura, Naruto e Sasuke estavam inseparáveis. Não havia um dia sequer que não estavam juntos. Naruto e Sakura iam quase todo dia à casa do moreno para irem juntos para a praia surfar. E de vez em quando era Sasuke que passava na casa de Naruto para buscá-los.

Não estava mais pensando na rosada como um desafio. A via como amiga e mais nada.

Com a ajuda dela pôde perceber o quanto era frio em relação a sentimentos – não que ainda não fosse – e melhorou um pouco nesse aspecto.

Sakura havia lhe dito que garotas se magoam facilmente e esperam ardentemente pelo príncipe encantado. Quando este ouvira isso, revirara os olhos e praguejado que garotas são estúpidas. Sakura lhe dera um tapa na cabeça e dissera: “É? Pretende fazer sexo com um cachorro?”.

E o pior é que era verdade. Garotas podem ser estúpidas, mas são necessárias. Extrema importância – para uma relação sexual, era o que completava em sua mente.

Naruto agora já havia dado confiança para Sasuke em relação a Sakura, pois via que o mesmo não agia mais de forma impulsiva e maliciosa para com a mesma. Ele era um bom rapaz, isso era fato, mas era fechado demais com tudo e todos, e nunca abria um sorriso para as pessoas dependendo da situação.

Não restava mais dúvidas que formavam um trio e tanto. Até aprontavam algumas, por exemplo, poderia ser infantil, mas mesmo assim tinha graça: tocar campainha e sair correndo.

Era inevitável aprontar e fazer besteiras quando estavam juntos, pareciam ter nascido para isso.

Sasuke nunca sentiu-se daquela forma... Livre.

Com Sakura e Naruto ele estava com a mente totalmente leve e sapeca.

Mas por quanto tempo aquilo duraria?

~”””~

Ela estava vendo uma peça de roupa numa loja, e estava com algumas pousadas em seu antebraço, até que ouve seu nome ser chamado por uma voz muito familiar que era impossívl de esquecer.

– Hinata-chan! – chamou pelo nome da garota, que estava de costas para ele.

A garota virou-se com os olhos levemente arregalados e as bochechas vermelhas como um pimentão.

– N-Naru-ruto-kun – gaguejou. Era sempre assim quando o via.

A garota estava com os belos cabelos negros azulados presos num rabo de cavalo alto, com duas mexas emoldurando seu rosto angelical. Sua pele era clara – surpreendente para quem morava no litoral – e leitosa. Seus olhos eram estranhamente cinza perolado, muito belos. Possuía grandes seios fartos, que atraia muito a atenção masculina. A cintura era bem desenhada e pernas bem torneadas. Trajava uma blusa de alça justa branca e uma saia jeans preta. Era uma roupa simples, mas que a deixavam extremamente bela.

– Poderia me ajudar numa coisa? – perguntou ele já perto da garota.

Hinata respirou fundo e tentou se recompor.

– C-claro – ela disse no tom mais firme que pode, mas mesmo assim não pode deixar de gaguejar.

– Sábado é o aniversário de casamento da minha mãe e do meu pai e eu estou procurando um presente com antecedência para não esquecer – Naruto desparou.

 “Ele está tão perto...”, Hinata engoliu em seco, tentando recompor-se novamente.

– E-eu não entendi – Hinata colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha – Você falou muito rápido.

– Sábado é aniversário de casamento dos meus pais – ele repetiu – E eu estou procurando um presente com antecedência.

– Uma coisa só para os dois? – perguntou Hinata dando graças a Deus por não ter gaguejado.

Naruto assentiu.

– Há uma loja por aqui, do lado da loja de instrumentos, que vende... – Hinata não conseguiu terminar a fala, pois Naruto havia a puxado pela mão e corria.

– Vamos lá!

~”””~

– Entre, Sakura – Itachi disse sorrindo com o pirulito na boca.

Sakura retribuiu o sorriso e passou pela porta.

– O Sasuke está? – perguntou ela quando Itachi fechou a porta.

– Está lá em cima – Itachi respondeu tirando o pirulito da boca – Mas ele está com...

Não precisou terminar a fala, pois se ouvira um estrondo vindo do andar cima e um gemido feminino alto.

– Ah! – Sakura corou olhando para baixo – E-eu volto mais tarde.

Itachi riu. Uma risada rouca e extremamente sedutora.

– Eu tenho de aturar isso sem reclamar – ele disse e Sakura riu, ainda corada.

– Errr, eu volto outra hora – ela disse e ergueu a cabeça para olhá-lo. – Obrigada.

– Não há de que – ele abriu a porta novamente e ela se despediu, saindo dali com as bochechas vermelhas como u pimentão.

~”””~

– Sasuke! – gemeu o nome do rapaz sentindo o prazer final a alcançar.

O mesmo acontecera a ele.

Grunhiu quando chegou ao gozo final e retirou-se de dentro dela rapidamente antes de despejar seu líquido quente.

Não era culpa dele se havia acordado com os hormônios ativados depois de ter um sonho erótico com uma garota, o que resultou numa ereção. Daí aquela idiota chegou.

A única coisa que pensou na hora era aliviar aquilo, então se deixou levar – novamente.

A garota estava mole, quase afundando na cama, seu peito subia e descia.

– Sasuke... – disse manhosa, passando os braços pelo pescoço do rapaz.

Sasuke respirou fundo e tirou os braços dela de seu pescoço. Levantou-se e caminhou em direção do banheiro.

– Vá embora, Karin – ele disse naquela costumeira voz fria e cortante.

Karin franziu o cenho, sem entender.

– Como é que é? – segurou com força o lençol que segurava para cobrir os seios.

– É isso mesmo que você ouviu – ele disse parando no batente da porta do banheiro.

– Sasuke nós acabamos de... – começou a dizer, mas foi interrompida:

– Sexo, Karin – a voz de Sasuke era cortante e fria – Apenas sexo. Já deveria saber disso.

– Você me usou outra vez – ela o acusou com os olhos marejados.

Achara que tudo havia se resolvido quando ele mal a viu e avançou na mesma, beijando-a desesperadamente. Achou que aquilo era a saudade que ele estava, pois não havia outra explicação lógica para tal ato – pelo menos era o que ela estava pensando.

Esqueceu-se de que havia decidido resistir a ele mesmo que ele tentasse algo, e caíra em contradição com a própria palavra, pois quando os lábios dele tocaram os seus, não houve mais dúvidas para ela. Tudo estava certo, e não havia mais mundo e nem ninguém. Só eles. Apenas eles.

E agora, ele estava dizendo que a havia usado novamente? Logo naquele momento?

– Por que não aprende de uma vez que se eu me interessar por você irá ser apenas por sexo? – ele tinha a voz fria e seca.

Karin segurou as lágrimas.

Mais uma vez.

Não podia ser verdade. Não mesmo...

– Ou você achou que eu estava morrendo de saudades de você para te beijar daquele jeito? – Sasuke soltou uma risada amarga. – Karin, você se magoa porque quer. Se quisesse erguer a cabeça e seguir em frente nem teria cogitado a ideia de vir aqui.

Agora era impossível não chorar.

– Por que você faz isso comigo? – perguntou em meio a soluços.

Ele riu amargamente.

– Eu? Veja o que você mesma faz consigo – ele disse e entrou no banheiro, fechando a porta fortemente.

Não... Estava passando por aquilo novamente. Outra vez. Não poderia ser pior!

As lágrimas grossas rolavam por sua face. Seu coração fora despedaçado outra vez por ele, e por que raios, não deixava de amá-lo de uma vez?!

Mas agora não era apenas a tristeza que predominava em seu coração. Era raiva. Ódio.

Limpou as lágrimas bruscamente, e levantou-se pegando suas roupas no chão.

Não iria deixar barato. Ele iria lhe pagar caro. Ele mesmo provocara tudo aquilo. Se ele pelo menos lhe desse um fora decente dizendo que não sentia o mesmo por ela e apenas isso... Não dizer que tudo o que queria dela era sexo...

Não! Era exatamente isso!

Sexo!

Talvez... Talvez pudesse...

Não iria deixar barato, e se era sexo que ele queria, era sexo que iria ter. Mas aí as coisas começariam a mudar para seu lado. E ele pagaria caro por cada palavra que lhe feriu.

Sasuke desceu as escadas bufando, rumando a cozinha.

Chegando à mesma, caminhou em direção da grande geladeira prateada moderna.

Seus pensamentos estavam no que faria dali em diante para mudar um pouco suas atitudes. Mas Karin o tirava do sério. Ele tinha vontade de livrar-se dela de uma vez por todas.

Quando lhe dissera que o que queria dela era apenas sexo, dissera a verdade, e tinha certeza absoluta de que havia deixado bem claro. E não entendeu o motivo que ela tinha para se entregar a ele e depois lhe acusar de partir seu coração.

Era uma escolha dela, ou seja, ela estava se magoando porque queria.  Poderia muito bem tê-lo apartado de si. O empurrado ou mesmo apenas protestado, mas em vez disso, seguiu aquela onda, também.

Abriu a porta da geladeira e tirou de lá uma garrafa de refrigerante.

Colocou a garrafa de refrigerante em cima do balcão e virou-se para pegar um copo no armário preso à parede. Pegou o copo e o depositou no balcão. Encheu o copo quase até a borda de refrigerante e guardou-o novamente.

– É impressão minha ou aquela garota que saiu por aquela porta estava chorando? – ouviu a voz de Itachi.

Olhou para onde o mesmo se encontrava e ele estava encostado no batente da porta.

Sasuke deu de ombros.

– O que é que você fez?

– Não é da sua conta – ele respondeu virando o copo de refrigerante em grandes goles.

Itachi suspirou.

– Uma hora você vai encontrar alguém tão cabeça dura quanto você e irá te fazer sofrer também – Itachi disse cruzando os braços.

Sasuke soltou uma risada de deboche.

– Essa hora nunca vai chegar – e saiu da cozinha, deixando Itachi suspirando.

Itachi virou-se e seguiu o irmão, que subiu as escadas e sumiu após entrar no corredor.

– Ah! A Sakura veio aqui – Itachi disse alto e sentou-se no sofá.

E Sasuke apareceu novamente em sua visão.

– Quem?

– A Sakura – Itachi disse pegando o controle da televisão e ligando a mesma.

Sasuke desceu as escadas rapidamente.

– E onde ela foi? – estranhou ela ter ido lá e não ter falado com ele.

– Embora – Itachi disse mudando de canal.

– Como assim embora?

Itachi arqueou uma sobrancelha e olhou para o irmão.

– Sabe, ela tem pernas, duas belas pernas deliciosas, aliás, e deu um passo de cada vez até passar por aquela porta – Itachi disse e voltou a prestar atenção na televisão.

– Por que ela foi embora sem falar comigo? – perguntou ao irmão.

Itachi suspirou pesadamente.

– Você estava transando com a garota, lembra? – Itachi parou num canal – Deu para ouvir tudo daqui. Daí ela disse que viria outra hora.

Sasuke saiu em passos largos, rumando até a porta.

– Onde você vai? – Itachi perguntou.

– Não te interessa – Sasuke disse e saiu dali.

Itachi suspirou.

– Com quem será... Com quem será... Com quem será que o Sasuke vai casar... Vai depender, vai depender se uma certa Sakura vai querer ... – Itachi cantarolou.

– Eu ouvi isso! – ouviu-se a voz brava de Sasuke soar pelo local e um sorrido divertido repuxado nos lábios do Uchiha mais velho.