PV EDWARD

Dois anos depois...

Eu e Bella estávamos sentados na varanda da mansão de nossos pais, era domingo e como todo domingo era tradição irmos para lá para passarmos o dia com todos da família reunidos e estávamos vendo Angelina fazer um boneco de neve agora.

Ela havia completado dois anos, mas estava com a aparência de quatro a quase cinco anos, ela está crescendo na mesma velocidade que eu cresci. O que por um lado era bom, pois assim sabíamos que daqui a sete anos ela será uma imortal. E está cada vez mais parecida com Bella.

— Angelina pega seu chocolate. - Gabriel fala da cozinha.

— Trás aqui para mim, por favor, Biel.

Gabriel saiu correndo da cozinha indo em a direção a Angelina. Ele está com doze anos agora, mas aparenta ter dezoito, os genes de vampiro já haviam se manifestado todos e fazia um ano que ele não mudava sua aparência o que nos foi um alívio, porque ele havia atingindo a maturidade e era imortal agora. Mas o ano retrasado foi um pouco assustador, pois o vimos passar de uma criança dez anos anos para um adulto de dezoito em um ano. E ele ficou tão parecido comigo que se não fosse a cor diferente do cabelo dele nos passaríamos por gêmeos.

— Pega seu chocolate anjinho. 

Segurei-me para não rir para não estragar os planos que vi na mente de Angelina. E percebi que Bella fez o mesmo. A nossa menina era bem sapeca.

— Mas o que diabos está acontecendo?- Gabriel falou sem entender, quando viu Angelina sumir bem na frente dele.

— O que faz aí Biel se eu estou aqui. - diz Angelina do outro lado.

Eu estou ficando doido?— pensou Gabriel e me segurei para não rir de novo.

E ele foi até ela.

— Te enganei de novo. – diz Angelina sumindo de novo.

— Ah sua monstrinha pare de fazer hologramas seus se não eu...- Gabriel ameaçou tentando descobrir onde ela estava.

Na verdade Angelina estava escondida atrás da árvore. O dom dela é perfeito, pode projetar qualquer imagem de sua mente com perfeição, a ilusão parece ser tão real, que chega a confundir até os sentidos de vampiros de tão perfeita que é, os sentidos de quem via as ilusões ficam tão atordoados que eles levam um tempo para recobrar o controle e descobrir onde ela estava. Angelina só não conseguia enganar a mim e a Bella, eu por que podia ler a mente dela e Bella por que o dom de Angelina sendo mental, o escudo de Bella não deixa que as ilusões a confunda, Bella conseguia ver as ilusões, mas conseguia distinguir as ilusões do que era real.

— Se não o que?- cinco Angelina falam simultaneamente em frente ao Gabriel.

E eu, Bella e nossa família que saiu para ver o que estava acontecendo entre meus filhos e caímos na gargalhada.

— Se não eu vou jogar seu chocolate favorito fora.

— NÃO! - Angelina fala sumindo rapidamente com seus hologramas e ficando apenas ela em frente ao Gabriel, minha filha era uma chocólatra. Se você quiser conseguir algo dela era só dar chocolate em troca.

— Me dá Biel. – Angelina estende a mão em direção a ele e faz uma carinha irresistível.

E claro Gabriel acabou cedendo.

— Pega monstrinha.

— Obrigada Biel.- diz pegando o chocolate e abrindo -Você é o melhor irmão do mundo.

— Você sempre me ganha no final sua monstrinha. – fica todo derretido pelo o que sua irmã falou.

— Porque está me chamando de monstrinha? Se você disse que eu pareço um anjinho. – Angelina falou com a mão na frente da boca por que havia colocado o chocolate todo de uma vez só na boca.

Gulosa.- pensou Gabriel sorrindo.

— E você é um anjinho até começar com suas travessuras aí você passa de anjinho a monstrinha, mas eu te amo mesmo quando você apronta das suas para cima de mim.

— Eu também te amo Biel. - diz Angelina saltando e Gabriel a pegou em seus braços lhe dando um abraço apertado e ela pôs uma mão no rosto dele.

Meu amor por você é do tamanho do universo. - Angelina fala por meio do toque e mostrando uma imagem do universo para ele.

O meu também. — Gabriel manda esse pensamento para a mente dela.

Eles amavam se comunicar assim.

A relação deles é tão bonita não é Ed? - me diz Bella por pensamento.

Eu amei essa descoberta, Eleazar após ajudar a Bella a treinar seu escudo, agora era capaz de projetar por vários metros e mantê-lo expandido por algum tempo, ele descobriu também que ela podia removê-lo de sua mente, mas não por muito tempo, sendo o escudo puramente defensivo quando estava fora da mente dela ele não podia protegê-la, então Bella tem de travar uma luta de “força” com ele, para mantê-lo fora de sua mente, só que não dura muito, já que o escudo é mais forte que ela.

— Também acho pequena. – sussurrei no ouvido dela e beijei uma lágrima que ela deixou escapar.

Vamos fazer uma guerra de neve?— Gabriel propôs em pensamento e vi o eco dessa frase em todas as mentes de nossa família menos na de Bella, pois o escuda já tinha retornado, mas eu sabia que ela tinha ouvido. Eu tinha uma inveja dos meus filhos por terem acesso a mente de Bella a qualquer momento, já eu só quando ela queria. Eu não conseguia entender isso, a única explicação que conseguia ver era por que eles tinham uma ligação sanguínea com ela, mas não posso afirmar se é isso mesmo e se fosse isso, essa descoberta não me ajudava em nada, sendo que eu ainda ficaria sem ter acesso à mente dela.

E todos concordarem em brincar de guerra de neve.

Formem suas duplas, começamos em três minutos.— diz Gabriel.

Vi Gabriel correr com Angelina para além das árvores, em quesito de velocidade eles são bem rápidos e ganhavam de todos de nossa família, menos de mim que ainda era o mais rápido de todos.

Meus pais e irmãos formaram as duplas e foram em busca de lugares estratégicos.

— Bella?

— Oi. - falou como se estivesse voltando de um lugar bem distante.

— Onde estava seus pensamentos?

— Nos meus pais biológicos.

A olhei sem entender, ela nunca falava nos pais biológicos, eu achava até que nem pensava neles.

— Eu lamento tê-los perdido cedo, mas agradeço minha mãe de ter insistindo que eu ficasse com vocês, ela acabou me dando uma ótima família, me fez encontrar o cara da minha vida que me faz muito feliz e que me deu dois filhos maravilhosos.

— Eu também tenho de agradecer a Renée, já que ela fez com que minha busca pela mulher certa acabasse e a mulher da minha vida ainda me deu algo que jamais imaginei que teria, dois filhos, e que vai me dar muitos outros mais.

— Ed. – fala em tom de advertência.

Bella me fez prometer, que não pensaríamos em filhos por pelos nos próximos dez anos, disse que não precisávamos ter pressa para aumentarmos a família, já que temos a eternidade para isso.

— Ah eu me lembro de ter ouvido você dizer que me daria mais cinco ou seis filhos.

—Eu disse dois ou três.

Ela havia dito dois ou três mesmo, mas como a gravidez dela não tinha risco algum então, poderíamos ter uma família bem grande se quisermos e eu queria muito isso e vinha insistindo em aumentar um pouco a quantidade de filhos estipulado por ela, mas ela não havia cedido, ainda, eu não ia desistir disso.

— Bella a minha audição é perfeita.

— Hum, pois eu acho que a idade está começando a pesar, você já está ouvindo mal, o que será daqui a pouco, vai enxergar menos, começará a ter dificuldade para andar...- Bella brinca comigo por causa da minha idade.

Eu estou com cento e trinta anos e não importa quanto anos eu tenha serei eternamente um cara de dezoito anos e essas coisas jamais iria acontecer comigo. Pensei com alívio.

E chegará o momento que não dará mais conta na cama. — me fala essa parte por pensamento.

Ah mais ela não devia ter dito isso.

— Eu vou te provar.- mordo o lóbulo da orelha dela e ela gemeu baixinho- O que o velinho aqui pode fazer.- chupei seu pescoço, e arranquei outro gemido dela- Só que mais tarde.

— Quero só vê. - diz passando os braços ao redor do meu pescoço e me beijando.

Quando senti duas bolas de neve se aproximando de nós.

Eu e Bella paramos de nos beijar e cada um pegou uma bola de neve antes delas nos atingir.

— Ah qual é? Nem quando vocês estão dando um amasso eu consigo pegá-los de surpresa.

— Desista Emmet.- falo ao mesmo tempo em que Bella.

Ele ainda não havia parado com isso e o pior é que agora tinha quatro alvos contando com Angelina e Gabriel, que também ainda não havia conseguido pegar de surpresa. Ele pensava que por sermos apenas metade vampiro era mais fácil de sermos surpreendido, mas isso era ledo engano dele, nossos instintos são tão afiados quanto de um vampiro.

— Não mesmo.

Eu e Bella sorrimos, Emmet não tinha jeito quando encrencava com algo, só desistia quando conseguia.

Ele saiu irritado indo procurar um lugar estratégico, já que ali estava muito exposto.

— Eu ...- comecei a falar olhando para o lindo sorriso de Bella, mas o que ouvi na mente de Gabriel me impediu de continuar.

— Edward você pintou o cabelo? 

— Não sou o Edward me chamo Gabriel. E quem é você?

Gabriel estava apreensivo com a presença da vampira que para ele era uma desconhecida, mas relaxou um pouco quando viu os olhos dourados de Tanya ele pensou que ela era algum conhecido de nossa família já que são poucos os vampiros vegetarianos existentes.

— Mas como você pode ser tão parecido com ele? – Tanya fala ignorando a pergunta de Gabriel.

— Simples Edward é meu pai, ou melhor, nosso. - Gabriel aponta para a Angelina.

Tanya arfou surpresa olhando para minha filha, ela lembrava tanto a Bella quando criança.

— E qual é o nome da mãe de vocês?- perguntou Tanya não querendo ter suas suspeitas confirmadas.

—Isabella. - respondeu Gabriel.

— Aquela maldita fedelha sobreviveu.- Tanya fala com raiva.

E corri em direção a eles.

— Ed?- Bella me chamou, mas continuei correndo não ia deixar essa louca perto dos meus filhos nem mais um segundo.

E Bella me seguia sem entender o porquê de eu sair correndo dessa forma.

— Não fala assim da minha mãe. - Gabriel disse já quase partindo para cima de Tanya.

— Não Gabriel. – o impeço e poucos segundos depois Bella também chegou.

Tanya olhava para a Bella com ódio e Bella pegou Angelina no colo e foi para o lado de Gabriel.

— Mas pai ela ofendeu minha mãe. 

— É pai essa bruxa ofendeu mesmo. - reforçou Angelina.

— Mas o que você pretende fazer filho cabe a mim fazer, eu venho esperando há anos por esse acerto de contas.

  Vi os demais de nossa família e os Denail se aproximarem, todos sabiam do ódio que eu estava sentindo de Tanya e me deixariam resolver isso a minha maneira.

Corri em direção a Tanya tão rápido que mal conseguiu registrar minha aproximação, quando se deu conta eu já estava segurando seus dois pulsos e saltava sobre sua cabeça e assim torcendo seus dois braços para trás e a dor que ela sentiu ao ter seus dois ombros deslocados de uma vez só à fez cair de joelhos gritando de dor, para mim isso ainda era pouco comparado ao que eu e Bella sofremos por causa dela.

Vi os Denali olhar a cena triste, mas não fariam nada para mim impedir, eles sabem o quão monstruosa Tanya foi.

Coloquei minhas mãos no pescoço de Tanya.

— Por favor, Edward não me mata, eu só fiz aquilo porque eu amo você. 

E isso só fez com que eu ficasse com mais ódio dela. Isso que ela sente não é amor, era doença ou loucura mesmo.

Posicionei melhor meus braços ao redor do pescoço dela eu ia arrancar a cabeça dela e depois iria queimá-la.

— Não Ed.

— Mas Bella, porque não?

Bella passou Angelina para Gabriel e andou até parar em frente à Tanya.

— Saiba que eu estou fazendo isso apenas porque sua família iria sofrer com sua morte, mesmo você sendo um monstro eles te amam e se há algum resquício de humanidade em você sugiro que traga isso a tona agora, porque se você mexer comigo de novo ou com qualquer membro de minha família, eu não irei impedir o Ed uma segunda vez. Entendeu Tanya?

Tanya apenas a encarou com raiva, ela estava odiando ter que dever sua vida a Bella.

— Entendeu? - Bella a encara de volta.

— Sim. – diz Tanya baixo.

Bella olhou para mim.

Mas eu não fiz menção de soltar o pescoço de Tanya, eu estava cego de ódio eu queria matar Tanya custe o que custasse.

— Por favor, Ed, por mim, soltei-a. - me pediu Bella usando a única arma que me faria ceder, ela sabe que eu sempre atendo aos seus pedidos.

Eu soltei Tanya a contragosto e Eleazar a pegou no colo e os Denali saíram após pedir desculpas e agradecer a Bella por ter me impedido de matá-la.

E a razão voltou a mim fiquei olhando para a mulher maravilhosa a minha frente e minha família nos deixou a sois, sabendo que tínhamos que conversar sobre isso.

— Ed eu sei o ódio que sente por ela, eu também sinto e me desculpe estragar seus planos, mas quando olhei para os Denali...

— Obrigado Bella. 

— Obrigado?

— Obrigado por estragar meus planos, eu estava tão cego de ódio por ela que nem cheguei a pensar que Carmem, Eleazar, Irina e Kate sofreriam com isso. E se eu a tivesse matado eu também não conseguiria mais nem sequer olhar nos olhos dos Denali, eu os amo como sendo da família e obrigado por me impedir de fazer isso. Obrigado por me impedir de me igualar ao monstro que Tanya é.

— Que bom que entendeu minha atitude Ed.

— Mas espero que Tanya não apronte mais.

— Ela não é nem doida Ed, ela sabe que ninguém mais irá tolerar mais nenhum ato de maldade dela, mas agora vamos encerrar esse capítulo desagradável de nossas vidas de uma vez por todas e voltar para o capítulo que estamos felizes.

— Então onde havíamos parado... Oh bem eu ia dizer que eu amo o seu sorriso. - faço um carinho em seu rosto dela  e ela abriu o sorriso que tanto gosto de ver.

— Eu te amo tanto Ed.- falou de forma tão intensa que me deixou emocionado.

— Eu também te amo muito minha pequena, para sempre. – falo tão intenso quanto ela e tentando transmitir a ela todo o meu amor por meio de um beijo.