A minha cabeça doeu por apenas alguns milésimos de segundos, e tudo sumiu, era vazio aquilo. O tempo passava e nada... Sempre estava lá... ou melhor, não estava...não tinha nada.

______________________

Julie correu para Ang.

A garota do carro, aquela maníaca, foi escoltada por alguns policiais que viram a cena. Mais tarde avisaram Julie que ela fora para um sanatório, foi constatado que ela tinha um distúrbio psicológico, e teve aquele ataque por que achava que ser a ‘namorada’ do seu ídolo (Bill Kaulitz), e viu a tal foto de Ang e Bill juntos.

Alguém chamou a ambulância, Julie, chorando, foi com a inconsciente Ângela para o hospital, durante o caminho ligou, com o celular de Ang _ já que esqueceu o seu no carro (que foi para a oficina) ­_ para os amigos.

Quando estavam chegando ao hospital, o celular de Ang tocou.

_Alô  - falou Julie com a voz fraca.

_Alô – era a voz de Bill – Desculpe incomodar, mas cadê a Ang?

_Ela acabou de sofrer um acidente e eu estou com ela aqui no hospital... – respondeu Julie entre alguns soluços.

_Quê!? – Bill praticamente gritou. – Qual o endereço do hospital? – ele estava meio desesperado.

_______________________

_Estou indo já pra aí. – eu não estava acreditando naquilo, eu sou muito azarado, conheço uma garota, legal, bonita e no dia seguinte ela está no hospital.

_Que foi Bill? – era Gustav.

_Uma amiga que eu conheci a muito pouco tempo, e que eu gosto bastante,  acabou de sofrer um acidente. – ainda bem que Gustav estava ali, alguém para me acompanhar.

_Caramba – ele ficou um pouco surpreso.

_Vai comigo ao hospital? – diz que sim vai.

_Claro. – aceitou, se levantando do sofá da sala.

Fomos no meu carro.

Ao chegar lá vi todos os amigos de Ang e mais uma que eu não conhecia, que me apresentaram como prima dela, a Laura.

_O que é que aconteceu?- perguntei à Julie, que chorava.

_Ela foi atropelada por uma doida, que começou a nos perseguir depois que viu uma foto sua com a Ang, a maníaca foi até pra um sanatório – falou Julie soluçando, naquele momento entrou um médico na sala de espera.

_Alguém aqui é parente ou amigo de... Ângela Paiva?  - perguntou ele olhando a prancheta.

­_Nós - falamos em uníssono.

_Certo, eu tenho duas notícias pra vocês – disse o médico com um pouco de apreensão – A paciente teve um corte na cabeça, um pouco grave, mas não tem risco, e, por conta do baque, ela teve uma lesão dentro do cérebro, que a levou ao coma. –Eu e Lipe paralisamos, Laura, Julie e Máh desabaram num choro, Katie quase desmaiou de choque.

Gustav via tudo muito impressionado, já que eu, normalmente não ficava tão preocupado assim com qualquer um, principalmente por que eu a conheci a tão pouco tempo.

_Podemos visitá-la? – perguntou Máh entre soluços.

_Ainda não, ainda é necessário fazer mais uns exames, em breve poderão entrar.

_Okay – concordou Lipe, que voltou daquele estado de paralisia.

Uma hora depois do choque inicial uma enfermeira veio para acompanhar dois de cada vez.

Eu fui com Gustav. Quando cheguei lá e acabei chorando, um choro baixo, ela estava cheia de tubos no corpo, parecia estar dormindo, só que com uma faixa enrolada na cabeça, para tampar o corte, as coisas mais inacreditáveis só aconteciam comigo...

_Ang... – sussurrei.

Ela ficou assim por mais quase duas semanas. Fiquei sabendo que Laura iria ficar até Ang melhorar e que também sua herança tinha sido liberada.

Eu fui àquele hospital quase todos os dias para ver a Ang. Lembrava do pouco tempo que ficamos juntos, e que foi muito bom.

_Bill! Vamos. – Era Gustav junto da Marcela que me chamavam para ir embora, eu tinha ficado a noite inteira ali naquele quarto de hospital.

_Vamos – respondi dando um bocejo.

Em quase duas semanas Gustav acabou de apaixonando pela Máh, com Gustav junto dela, até um pouquinho da tristeza dela ficou pra trás. Uma das únicas coisas engraçadas foi o ciúmes do Tom ao ver a Katie com um primo da Julie.

_Olha aqueles dois ali, se pegando na frente de todo mundo – falou Tom com um baita ciúme.

_Epa Tom! Ta com ciuminho hein! Hahaha! Quem diria, Tom Kaulitz, ao ‘pegador’ que não se apega a ninguém acabou se apegando, está apaixonado...

_Cala a boca Bill! – falou ele muito irado.

_Tuuudo bem, mas que você está apaixonado, isso tá. – falei baixinho.

Aquilo me deixou feliz, meu irmão tomando jeito, ou não.