Hoje é meu aniversário velha agora com dezesseis anos e o único pedido, não ser mais virgem. Eu estudo numa escola pública da grande São Paulo. O colégio "Albuquerque de Sequeira", todas as garotas do colégio não são mais virgens, e existe coisa pior que ser a única virgem entre todas as alunas da minha sala? Conversar com elas era como se não houvesse outro papo a não ser sexo e garotos mesmo que nem tão serio o papo fosse envolvia homens, namoro ou sexo. Mas na verdade eu só quero um garoto, que nem nota, os meus suspiros por ele, que não percebe as faltas que eu tenho em química pra ficar escondidinha atrás do campo de futebol vendo ele jogar e torcendo muito pra ele fazer um gol e dizer: - Samanta esse é pra você! Ah esse é meu sonho, o delírio de todas as noites em claro.

Na volta das férias estou eu aqui relembrando meu passado, ainda não arrumei a cama, lençóis jogados ao chão, e eu aqui na escrivaninha ainda de camisola hoje haverá aula às 7:00hrs, e eu acordei as 5:00hrs nem sei o porque. Reencontrar os amigos, os colegas (denominação pra amigos falsos) e o garoto que eu simplesmente amo, Caio Paduan, loiro com os olhos mais lindos do mundo castanhos claros e sempre brilhavam quando ele de algo como os hobbies dele (surfe e futebol), os cabelos sempre são jogados para o lado esquerdo como uma superstição boba de todo 'surfistinha', mas que eu amava deixava-o mais excitante e ousado, sempre gostei dos cortes de cabelo dele, na primeira serie, estudávamos em salas distantes e series diferentes, ele tinha um cabelo 'Justin Bieber' muito zoado, mas ao cortar os cabelos e tingir de loiro ele ficou bem mais excitante, bem mais forte ou como todas as minha colegas falam 'BAD' (bom até de mais), corpo atlético com um abdómem tanquinho de enlouquecer qualquer garota, mas ele nunca iria falar com uma ninguém que nem eu.

Minha mãe entrou na sala, fechei o caderno, e fiquei tremula com medo que ela percebesse e quisesse me interrogar, mas ela nem se esquentou com nada.
–Mãe, não seria melhor bater na porta antes de entrar?-voz tremula quase tendo um desmaio, forçando as paginas do caderno para baixo, o amassando.
–Não seria melhor se trancar, para ter mais privacidade?
– Seria legal se tivesse alguma fechadura?
–Filha, o que você esta escondendo posso saber?
–Não? A pergunta deveria ser o que eu estava fazendo antes da senhora quase arrebenta-la.
–Só vou aguentar essa grosseria porque hoje é um dia muito importante e, eu e seu pai não vamos estar em casa pelo menos uma semana.
–Nossa mãe que legal, vão tirar umas férias de mim? - No fundo estava bem feliz, a casa estava livre pra mim uma semana, passaram tantas possibilidades de fazer milhares de coisa pela minha cabeça, festa na piscina, festa na sala, ou no meu quarto.
–Nada de festinhas sem o consentimento do seu pai, você sabe que ele não gosta de nada que impeça o seu sono.
–Esta bem mãe, mas vê se trás algo pra mim de...de...
–Salvador, não é magnifico filha, primeiro vamos conhecer o Pelourinho, o campo grande...
–Nossa que legal não é mãe, mas a senhora não tem que trabalhar.-Cortei o desempenho emocional da minha mãe.
–Ah, filha acabei esquecendo, beijos-beijos-beijos.-Me ensopou de tantos beijos melados.-Não se esquece de jogar o lixo fora, e ir pra escola direitinho.
–Não vai deixar o meu babador em cima da mesa não? Mãe a senhora tem que aceitar que eu estou envelhecendo estou virando uma mulher de idade que nem a senhora.-Nos duas rimos.
–Até lá minha filha você ainda tem muita coisa pra aproveitar e com certeza a minha filinha tem um namoradinho nessa escola e quer passar esses anos com ele.
–Que namorado, mãe, com certeza a senhora não sabe do que esta falando.-Eu estava doida pra contar pra ela do Caio, mas segurei até chegar na escola e expulsar todos esses sentimentos da minha cabeça com meu melhor amigo o Leo.
–Hum...Sei minha filha, agora deixa eu ir que já estou atrasada beijos-beijos-beijos (em cada beijo desejou mil vezes feliz aniversário), novamente me ensopou de carinho e compreensão...Afs.

Ela saiu do quarto e soltou um beijo pra mim. Dei as costas e voltei a escrivaninha, percebi que as horas passaram rápido demais, e já não havia tempo pra escrever, fui rápido tomar o banho como toda manhã de segunda monótona e um começo bem menos animado, a não ser nas ferias. Ao descer pra tomar o café da manhã a campainha tocou (sempre que esta na hora de comer algo, alguém vem ajudar/atrapalhar).
–Já estou indo.-Implorei que parasse com a voz firme e raiva, a campainha parecia não se calar, por que tanta pressa?- Abri a porta e quase tive um desmaio, o Leo quis fazer uma surpresa pra mim com um presente escondendo o seu rosto, e seus braços quase tomando a visão do seu corpo.
–Happy Birthday to you you, Happy Birthday to you you, Happy Birthday to you you.- Me deparei com aquela cena drástica de todo aniversário, meu melhor amigo com um presente enorme e cantando aquela musiquinha chatinha que todo aniversário alguém canta em inglês pra enfatizar.
–Adivinha o que eu tenho em baixo de todo esse embrulho?-Me perguntou satisfatorio com um sorriso maroto no canto do rosto.
–Um homem, bonito, loiro e surfista pra tirar o meu atraso?-Humorista de péssimo gosto pra piadas.
–Nossa você está tão necessitada assim?
–Você sabe que eu estou brincando, não é?-fingi, na verdade eu estava louca para provar isso que as pessoas chamam de virgindade ou Kamasutra.HAHA

O Léo era como um irmão pra mim, um amigo das horas vagas e que preenchia o meu sábados, ele era já de casa e sempre vem aqui quando não tem o que fazer, ou SEMPRE, ele não é lindo só fisicamente, mas tem um coração muito grande, um otimo conselheiro, nunca houve nada entre nós, claro somos só amigos e ele nunca gostou de mim, nem eu dele, corpo magro, um moreno lindo, mas não há malícia nisso, eu sempre digo isso pra ele quando ele quer se matar com a faca da cozinha, motivos; as garotas do colégio não querem ele como namorado, loucas não sabem o que estão perdendo, são super loucas, além de companheiro ele é um otimo amigo, e ele melancólico se humilha de ante de mim, sempre pedindo "bis" dos elogios que eu faço, os olhos dele brilham com tanta coisa que sai da minha humilde boca, até parece que ele começa a pensar mil loucuras entre nós dois.
–Leo não quer entrar e tomar uma xícara de café?- ironizei
–Se não for incomodo?-pareceu entrar na brincadeira, e caímos na gargalhada
–E você Leo? -Sentei a mesa, peguei a garrafa de suco e o chamei para sentar-se comigo e tomar café da manhã ofereci um copo pra ele.
–Eu o que?-Desconfiou da pergunta.
–Você, se você já transou e como foi?-Falei com os biscoitos da minha mãe na mão e com a boca quase transbordando de biscoitos, se esfarelando com os movimentos da minha boca.
–E-Eu já transei você sabe, como foi? Normal, como toda transa, meio que um pouco...Ah, não vamos falar disso, abri o presente que eu te dei.-Tentou fugir do assunto.
–Por que não que tocar no assunto, ah...não você esta ficando vermelho Leo? Desculpa não achei que seria tão vergonhoso falar disso comigo.
–Ah, você sabe não é muito, até porque ela gritava muito e quase chorou porque disse que apaixonou-se pelo tamanho.
–Uh.-Larguei o copo e fiquei boquiaberta, só de gozação.-Então deixa eu ver esse monstro.-Sai correndo atrás dele, ele correu de mim, eu agarrei ele forte e caímos no sofá da sala fazendo cocegas nele.
–Para Samanta, estamos atrasados pra escola.-falou gargalhando.-Larguei ele no sofá e me ageitei no espelho.
Saímos e eu tranquei a porta, fomos de mãos dadas pelas ruas.
–Mas e as novidades?
–Ah, a mesma de sempre "forever alone".-Nos dois rimos.
Esses dias não havia outra coisa a não ser falar do Caio e como o meu amor era grande por ele e blá-blá-blá. Esse era o único assunto que eu tinha com o Leo. Até que chegamos no Colégio Albuquerque e ele livrou-se dos próximos capítulos de tortura que ainda iriam ser desenrolados no fim do papo. O Caio estava na frente do colégio com uma camiseta de Ed.física, super transparente mostrando o físico super modelado, eu estava super excitada, o short era bem pequeno e solto, dava pra ver um volume vindo do short dele, e que super volume até parecia estar excitado com algo, ate parecia que não esta usando cueca hoje (preciso urgentemente de alguém). Todos estavam lendo as listas de salas, vendo em que sala estariam esse semestre. E o meu desejo: "estudar na mesma sala que o Caio".

Continua...