Quase 4 anos depois:

POV-Luanna:

Poderíamos dizer que depois daquela visita de Frederico e Taylor há quase quatro anos, a Clara mudou completamente... Com o tempo, conseguíamos ver aquela Clara que existia na infância, sem muitas máscaras, e tendo um senso critico mais racional.

Durante todos esses anos, Taylor sempre tentava entrar em contato conosco, na verdade não só ele, Frederico também.

(...)

Bom, sobre eu, Bruna e Clara, nós conseguimos bolsas na universidade da Califórnia, na época não acreditamos, mas com os nossos desempenhos na escola como líderes de torcida e por causas das nossas excelentes notas, nós entramos mais fácil, que os sedentários alunos da escola.

Atualmente, estávamos nos matando para consegui um bom estágio para as profissões que havíamos escolhido.

Eu, Moda; Clara e Bruna, Medicina. Eram escolhas um tanto desafiadoras como qualquer uma, mas estávamos indo bem nesse novo processo também.

(...)

Eu estava no meu quarto, procurando no computador algumas roupas retrós para ter um pouco de inspiração, para desenhar mais um “look” para a prova prática de corte e costura que seria na segunda- feira que vem... E hoje já era quinta-feira, tinha que ser rápida! Quando o telefone começa a toca, igual a louco.

– Alô? – eu perguntei. A linha ficou em silêncio. Droga, o que estava acontecendo com esse telefone ultimamente?

– Olha aqui... Seja quem for isso já está passando dos limites! Você acha que não temos nada para fazer, é meu filho? – eu desliguei batendo o telefone com força no gancho.

O que foi isso? Um idiota que estava querendo brincar com a nossa cara, já deveria ser a décima vez só nessa semana, que esse telefone tocava loucamente e quando uma de nós o atendia, a linha ficava muda.

Eu fui à cozinha beber água, e quando estava voltando o telefone começou a tocar novamente.

– Olha aqui, para de ligar, senão eu ligo para policia! – eu ia desligar.

– Luanna, o que aconteceu? – escutei um retorno do outro lado.

– Taylor? É-é... Desculpa, eu pensei que fosse outra pessoa! –eu disse sem graça.

– Tudo bem... É que eu queria falar com a Clara, um assusto importante! - ele disse sério. Pelo tom de voz.

– Ela está na universidade agora... – eu disse e no instante seguinte a campainha tocou, fui atender, e fiquei sem reação ao vê-lo na porta. Ele desligou o celular, e sorriu.

– Taylor, o que está fazendo aqui? – eu sorri o abraçando.

– Eu tenho uns assuntos para tratar aqui em L.A, e pensei em passar aqui! – eu puxei para dentro, ele olhou rápido para todo o apartamento. E depois sorriu.

– Então, coloca suas coisas no quarto de hóspedes e volta aqui. – eu disse o dando passagem. Ele entrou no quarto de hóspedes, e eu fiquei na cozinha preparando uns sanduiches.

POV- Taylor:

Não sabia como explicar como a minha vida tinha virado de cabeça para baixo depois do acidente com William, não foi fácil perder meu melhor amigo, um irmão. Mas o mais confuso foi me aproximar da irmã dele, a Clara, logo que a conheci, a achei aquelas garotinhas de 16 anos, patricinha, que pensa só em si, mas depois que discutimos, ela abaixou a guarda por completo, e mostrou ser uma garota meiga, atenciosa, preocupada, engraçada, frágil, que só precisava ser ouvida e dada um sacode para a realidade de verdade.

(...)

Ela estava perdida, dava para ver em seu olhar, acho que toda a vida dela, era um pesadelo, e ela tentava se fazer de durona, para que os outros a respeitassem e não tivesse pena dela. Bom, digamos que depois dali, ela se tocou que não estava sendo uma garota boa com si mesma.

Em poucos dias, nos aproximamos de um jeito que nunca pensei que aconteceria. Nas duas semanas que passei em sua casa com Fred, ela colou em mim, mas eu gostei. Não foi chato, eu me senti bem, foi como se estivesse vendo uma realidade que eu poderia ter vivido com a minha irmã, se ela não tivesse desaparecido do mapa. Ou será que poderia estar nascendo algo mais que não queríamos admitir tão cedo?

(...)

Os dias voltaram a ser os mesmo depois que eu e Fred voltamos para a base, sempre algum serviço, nos hospitais, e agora sim, eu estava trabalhando sossegado, sem tanta destruição ao redor. Fred tentava controlar, o “monstro” que ele dizia existir dentro dele, enquanto isso sempre quando podíamos estávamos ligando para Clara e para as meninas.

Quatro anos se passaram, e eu acabei descobrindo um deslize de Frederico. Ele dizia que estar bem, mas houve uma época prolongada em que ele sempre viajava com a equipe dos Dragões Vermelho, mas intrigante mesmo era que se ele queria "domar" o tal ”monstro” que ele havia se tornado... Por que então ainda estava trabalhando com os Dragões?

(...)

Há algumas semanas, em uma noite ainda na base, eu o escutei conversando com alguém ao telefone. Ele gritava com a pessoa no outro lado, e foi ai que escutei:

"O que você quer?” - eu falei baixo.

"Eu não posso! Já não fiz muito por você, não? Eu não posso ficar saindo com os Dragões toda hora!” – ele disse passando a mão no cabelo nervoso.

"Você não teria coragem, não toca em um fio de cabelo dela... Tá ouvindo, senão eu acabo com a sua vida!” – ele gritou, jogando um monte de papéis no chão.

"Eu não vou me acalmar, seu negócio é comigo, deixa a minha irmã, longe disso, seu infeliz!” – ele esbravejou.

"Não sei do que você está falando!” – ele disse indo até o armário, pegando roupas e uma arma na gaveta.

"Eu vou dizer o que?”- ele perguntou vindo em direção a porta, eu rápido de perto do quarto, me escondendo. Ele passou ainda falando ao telefone e desapareceu pelos corredores.

Eu entrei no quarto dele, e peguei os papéis jogados, não era possível o que eu estava vendo. Recibos, mapas, e coordenadas das ruas mais importantes da Bulgária.

"O que Frederico estava aprontando? Uma coisa era certa, ele estava agindo com a equipe dos Dragões Vermelhos, o que significava que ele estava usando a força, a violência para fazer o que fosse que ele estivesse metido." - eu pensei. Deixei tudo onde estava, e saí do quarto antes que ele voltasse.

Naquela noite, minha vida novamente mudou

(...)

Alguns dias depois, Frederico havia sumido, não havia dito para onde iria muito menos dado noticias. Foi ai que entraram em contado comigo, não sei quem ou como sabiam que eu conhecia o Frederico, só me pediram para que fosse o mais rápido para Washington. E eu fui, sabia que seria lá que poderia descobri o que estava havendo. Quando desci no aeroporto, uns homens me guiaram a um carro que minutos depois me colocou dentro da FBI.

– Taylor Holt? – uma mulher me chamou e eu assenti, ela me guiou por vários corredores, até chegarmos há o subterrâneo.

– Por que me chamaram aqui? – eu perguntei assim que vi a estrutura do local, era como uma academia gigante tinha pessoas treinando; E tinham pessoas como a mulher que me guiou até ali, todas bem vestidas.

– Eles iram explicar! – ela me mandou seguir até o final de um corredor, e eu fui.

Antes mesmo de chegar à porta em que ela me mandou bater, eu comecei a escutar uma discussão.

"Por que não você avisou?” – gritavam, era voz de mulher, eu parei sem saber se batia ou não.

"Já chega de ficar se escondendo, ou você acha que quando as equipes se encontrarem na Búlgaria, ele vai ser pacifico?” – o homem gritou.

"Por que você o chamou aqui... Não já tem a mim, ou todos esses anos que treinei que calculei cada passo dele não serviram para te mostrar que eu estou preparada para entrar com no fogo cruzado e eliminar todos!” – ela gritou.

"Não é questão de ser boa, de ser competente no que faz! Você é competente, já mostrou ser quando salvou a minha vida, a de Frederico e a de Taylor!” – ele disse abaixando o tom de você.

O que era aqui? Como ele sabia do acidente, eu não lembro de mais ninguém naquele acidente que teve que ser encaminhado para o hospital, além de mim, Fred e WILLIAM!