Destinos Traçados escrita por Maria Clara Vieira, carol m


Capítulo 5
O pior de mim! (Part.II)


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que estão lendo fiquei muito feliz pela review e ainda mais por que favoritaram a história! Quero mais reviews! E até talvez amanha! Ou só próxima sexta! :)

Beijos,MC!



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POV- Fred:

Todos esses anos no exercito, só me fizeram vê o pior de mim, eles me treinaram junto com outros “recrutas”, para sermos monstros em combate, para quando entrássemos na luta, vencermos. Ser uma equipe especial do exercito, “Os Dragões Vermelhos”.

No começo, me senti bem, mas com o tempo, via minha vida sair do eixo, e o ápice disso foi deixar meu irmão morrer, naquele galpão, onde eu poderia ter tirá-lo de lá...

 (...)

Depois quando percebi que havia batido na Clara, devido a um surto de fúria desnecessário naquele momento, senti-me igual ao monstro, que venho fugindo desde o acidente. Era como se fosse um aviso dizendo que não tinha como fugir do que havia transformado!

O pior de toda essa situação foi descobrir que ela sabia sobre essa parte passado.

– Eu não queria... Não queria ter batido nela! – eu disse me sentando no sofá e colocando as mãos na cabeça enquanto apoiava os cotovelos nas pernas.

– Do que ela estava falando? – as meninas perguntaram, mas não disse nada. Levantei-me e sai do apartamento.

(...)

“Como deixei que a minha vida se transformasse nesse inferno. Eu só queria  tomar o rumo certo depois que meu pai se foi.” – pensei passando as mãos no cabelo e o bagunçado. Eu estava tão desesperado e precisando de alguém para desabafar ou simplesmente alguém que disse que ficaria tudo bem. E foi naquele momento que desejei ter Katherine para me aconselhar no que fazer para mudar. Mas minutos depois já havia descartado essa possibilidade, ela foi embora, ela nos abandonou no momento que mais precisávamos de uma mãe. E sem falar que foi por causa dela que hoje a nossa família está destruída. Não a odeio, mas também não sinto que devo ter algum sentimento, como Clara e William tinham por ela.

(...)

Parei numa praça, e fiquei observando a movimentação tinham crianças de todas as idades brincando e sorrindo. O que me fez lembrar-me de Clara quando ainda era pequena.

“Vamos Clara, eu vou te pegar aqui embaixo!” – eu gritei para Clara que estava no topo do escorregador.

“Fredinho, eu não consigo, puxa! É muito alto!” – ela gritou se virando do para a escadinha.

“Clara, confie em mim, eu nunca vou fazer algo para te machucar... Se eu estou dizendo para você descer, é por que estarei aqui para te pegar!” – ela passou alguns minutos no topo, pensando se desistia ou descia. Mas no final, ela desceu! E eu a peguei antes mesmo dela gritar pelo meu nome pedindo ajuda.

“Está vendo? Eu te peguei, não precisa ter medo, maninha!” – eu a abracei com força.

“Fredinho, você é meu herói!” – ela disse me dando um beijo estalado na bochecha.

(...)

Depois de ver tantas crianças naquele parquinho. Voltei para casa, decidido de que conversaria com Clara e pediria desculpas. Quando entrei no apartamento, as meninas estavam rindo de alguma coisa, mas assim que me viram, se calaram, e não me olharam.

Fui até o quarto de Clara, a porta estava encostada, e dava para vê-la e vê também Taylor... Ele deveria estar conversando com ela, ia voltar para a sala, quando escutei a voz dela.

– Eu acho melhor não sermos amigos! Eu não quero que o Fred surta novamente! – ela disse olhando para Taylor. – E eu acho melhor também que você sai do meu quarto, por que se ele chegar... – ela disse se levantando rápido da cama. – E nos ver aqui, ele vai... Ele vai... – ela disse vacilando e com um olhar amedrontado.

– Somos amigos! E não importa o que ele faça, sabemos que não estamos fazendo nada de errado. – Taylor disse se levantando. – Sem contar que eu  prometi que iria te ajudar. – ele disse se aproximando de Clara.

– Eu posso me virar sozinha como sempre fiz! – ela disse se encostando na cômoda.

– Você não precisa estar sozinha, não precisa dizer que estar suportando tudo isso, se você não está. – ele disse a olhando e ela abaixou a cabeça. – E é por isso que vamos ser amigos e eu vou te ajudar. – ele disse topando no rosto de Clara de maneira carinhosa. Ela sorriu fraco e eles se abraçaram. No mesmo instante ela começou a chorar.

– Clara eu não falei tudo isso para te fazer chorar de novo!-  eles se afastaram e ela sorriu secando as lágrimas.

 E aquilo me mostrou mais uma vez que estava fazendo tudo errado. Em relação a mim, a ela, e foi ai que conseguir vê-la, como a minha irmãzinha caçula, aquela que me atrapalhava mais do que ajudava na oficina, aquela que dizia que me amava quando estava com raiva dela, e me fazia rir, por causa disso, a minha irmã, aquela que deveria proteger de qualquer jeito, a qualquer custo, com a minha vida!

Ele estava disposto a ajudá-la, e eu entendi tudo errado... Era apenas amizade! Uma amizade que foi construída tão rápida e que já parecia ser forte. E agora eu havia percebido que não importava quem tentasse os distanciar, eles sempre seriam amigos.

(...)

Eu nem estava mais prestando atenção no que eles conversavam, estava mais perdido nos meus devaneios, mas mesmo assim escutei quando Clara me chamou.

– Frederico!

– Conversa com ele! – Taylor disse saindo do quarto e eu entrei um pouco receoso.

– Clara, me desculpa! – disse baixo. – Eu não sei o que me deu... – eu disse quase a implorando me sentando na cama dela.

– Por que você nunca me contou o que acontecia lá dentro? E por que deixou que William fosse com você, se sabia que ele poderia se transformar num monstro igual a você? – ela perguntou com raiva sem medir as palavras. E parecia que ela nem tinha escutado eu pedir desculpas.

– Eu sei que errei o fazendo ir comigo!- admiti. – Mas ele não morreu em vão, ele foi um herói...- eu disse a olhando. – Coisa que eu nunca consegui ser nem no exercito ou nos Dragões. – disse respirando fundo.

– Na verdade tinha uma pessoa que achava que eu era um herói mesmo não sendo... – disse me auto interrompendo e a olhando.

 (...)

Há minuto estava decidido de que deveria protegê-la e que deveria contar toda a verdade sobre mim e sobre o que faço. Mas agora, acho que se o fizesse mesmo com a intensão de protegê-la, só pioraria  a nossa reconciliação e até mesmo poderia colocá-la em perigo.

(...)

Conversei mais um pouco com ela, e nos acertamos parcialmente, mas mesmo assim ela não garantiu que havia me perdoado.

POV- Bruna:

Depois do surto de Frederico, tudo pareceu voltar aos trilhos, bom, quase isso... Fred e Clara no mesmo dia ficaram horas conversando e pareceu que eles haviam se acertado. Já Taylor e ela ficaram mais próximos, e de um jeito que se eles não tomarem cuidado, vai virar amor rapidinho..

Mas como diz o ditado, “Tudo que é bom dura pouco!”. Depois de quase duas semanas com os dois em Los Angeles, ontem tivemos que levá-los ao aeroporto, para que embarcassem de volta a Washington, para mais missões e perigos

– Eu ligo assim que poder, ok? – Taylor disse para Clara e ela concordou o abraçando. Depois dela se despedir de Taylor, foi à vez de Frederico.

– Toma cuidado!– ela disse parecendo preocupada abraçando forte Frederico e o mesmo retribuindo.

– Eu sempre estarei com você, não importa o que aconteça!– ele disse tirando uma corrente que tinha no pescoço. E colocando em no pescoço dela. Eram aquelas correntes de identificação do exercito.

– Você é meu herói! – ela disse o abraçando mais uma vez. Ambos sorriram e segundos depois chamaram o voo deles. Despedimos-nos rápido deles  e os deixamos ir.

Quando os vimos desaparecer no portão de embarque, voltamos para casa triste, e ficamos em silêncio, até recuperarmos o fôlego de tudo o que havia acontecido esses dias.

 “Muita coisa aconteceu!” – pensei.


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Notas finais do capítulo

Fiz algumas pequenas modificações no capítulo para que fique mais explicado.