Destinos Traçados escrita por Maria Clara Vieira, carol m


Capítulo 27
Quebrando as regras.


Notas iniciais do capítulo

Olá galera...
Desculpa pela demora em postar
Espero que gostem e comentem...
Boa Leitura!!



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POV-Selena:

Dirigi até a sede do FBI e fui direto a ala de tecnologia e rastreamento. Quando entrei na sala, os nerds me olharam sobre os óculos quadrados e eu sorri para um deles. Renan. Ele era o nerd mais incrível do mundo das tecnologias, sempre que eu precisava de alguma ajuda com os pontos, câmeras e sistema de informática, lá estava ele me ajudando. E é graças a ele, também, que hoje eu sei hackear um computador.

– Fala Selena... - ele me olhou sorrindo e eu me aproximei dele.
– Será que você poderia me dá uma ajudinha? - perguntei gesticulando com as mãos.
– De que tipo de ajudinha você está se referindo? - ele perguntou sorrindo e eu logo tirei a corrente de Frederico da bolsa e a minha aliança mostrando ambos os objetos.
– Tem como você implantar um chip nessa plaquinha e dentro do anel? - perguntei o olhando.
– Selena aprende uma coisa... - ele começou. - Isso é moleza... - ele os pegou e começou a mexer no computador com agilidade. - Que tipo de chip você quer?
– Aqueles que vocês conseguem rastrear a pessoa. – respondi como se fosse óbvio.
– Eu vou colocar um melhor, que além de rastrear ele também escuta as vozes ao redor da pessoa. - o nerd disse todo orgulhoso.
– Como é que funciona, esse? - perguntei.
– Relaxa essa função só você pode ativar. - ele me olhou sorrindo de lado. - Aqui... Coloca uma senha. - ele pediu. Digitei e depois o rapaz se levantou indo para outra sala.
Fiquei mexendo no celular, enquanto esperava Renan voltar. Quando de repente meu celular começou a tocar, no visor o nome do meu irmão piscava. Atendi rápido.
– Oi Taylor. - disse.
– Selena será que podemos nos encontrar? -ele perguntou.
– Claro, eu estou na sede, daqui a pouco saiu... – indaguei. – Por sinal eu marquei com a Clara para almoçamos no restaurante próximo píer de Santa Mônica. V- perguntei.
– Tudo bem, quando você sair, avise-me que iremosao seu encontro. - ele indagou sério.
– Taylor aconteceu alguma coisa?- perguntei preocupada, mas ele riu.
– Não. - disse rápido. - A gente conversa durante o almoço.

Nós nos despedimos e minutos depois o nerd voltou contente. Ele conseguiu.
– Aqui está. - ele me entregou a corrente e o anel. Pareciam perfeitamente normais. Eu agradeci e parti para o restaurante. Passei mensagem para Taylor enquanto estava no sinal e uns 10 minutos depois eu estacionei o carro no píer. Fui andando até o restaurante e quando cheguei ao local me surpreendi por ver meu irmão e minha cunhada já me esperando.
– Caramba... - disse os abraçando. - Eu esqueci como você corre no trânsito. - brinquei e ele riu.
– Estávamos por perto. - ele abriu a porta do restaurante para mim e para Clara, entramos e o garçom nos acomodou em uma mesa e nos entregando em seguida os cardápios.
– Então, o que tinham de tão importante para conversar comigo que? -perguntei encarando meu irmão e minha cunhada. – Diga-me que você não está grávida! – exclamei brincando e vi Clara arregalar os olhos.
– Não! – a loira exclamou ficando vermelha. – Nós... – ela começou, porém, um irmão a interrompeu.

– Nossos pais estão na cidade. - ele disse sério e meu coração se acelerou de repente. Amanda está na cidade?

– É realmente que bom que a Clara não está grávida!- sorri irônico bebendo um pouco de água, tentando manter o controle da situação.

– Selena, por favor... – meu irmão me encarou. - Eles pediram que eu tentasse convencê-la a conversar.
– Conversar? - refleti sorrindo falsamente. - Taylor, você esqueceu o que aconteceu no nosso passado?- perguntei nervosa.
– E você não sabe o que aconteceu com a nossa família depois que partiu. - ele rebateu chateado. - A Amanda mudou, ela está arrependida e quer se reconciliar com você. - meu irmão argumentou.

– Eu não quero conversar com ela e diferente de antes, ela não pode me prender e me obrigar a falar... – disse sentindo meu coração martelar no peito.

– Ela mudou Selena, eu te garanto!- ele exclamou e eu ri soando sarcástica.
– Víbora só troca de pele, não virá um coelhinho fofo. - indaguei irritada. - Eu não vou conversar com ela. - disse cruzando os braços.

– Eu não sei o que aconteceu entre você e seus pais, mas pelo seu olhar amedrontado foi algo bem sério... – Clara se pronunciou. – Mas mesmo assim as pessoas merecem uma segunda chance ou um sentimento de dúvida! – minha cunhada indagou. – Foi você mesma que disse quando eu e Katerine não estávamos nos entendendo! – ela deu de ombros e eu bufei chateada. Droga, não é justo La usar as minhas palavras contra eu mesma!

– Faz isso pelo papai! – meu irmão insistiu. - Por favor...

Meu pai! Ele realmente nunca me fez nada, foi compreensivo e tentou me ajudar tanto antes quanto depois do acidente. Eu sentia tanto a sua falta! Por ele, apenas.

– Ok! – exclamei tentando relaxar, mas mesmo assim eu ainda estava chateada. - Eu falarei com eles, mas não garanto que serei legal com Amanda. - o informei sem olhá-lo.
(...)

Depois disso tentamos conversar sobre outras coisas, e novamente discutimos, quando ele viu a aliança no meu dedo.

– Então, realmente, você irá se casar com ele? - meu irmão perguntou sério.
– Vou. - disse sendo rápida.
– Caramba, como foi? – Clara perguntou animada. – Finalmente vocês irão se casar... – ela indagou batendo palmas.

– Clara vai com calma! – meu irmão indagou sério. – Eu não acho que seja uma boa ideia isso... – ele apontou para a aliança. – Até entendo que você tenha que viver com ele, mas para que um casamento que daqui a pouco vocês se separaram? – ele deu de ombros e Clara só faltou matá-lo com o olhar.

– Taylor! – minha cunhada exclamou. – Eles merecem ser felizes e desde que eles se conheceram na minha festa, rolou uma química... – ela sorriu. – E agora eles ficaram juntos sim!

– Oh... Oh... – chamei a atenção dos dois. – Eu concordo com a Clara, mas isso, não significa que estamos apaixonados, que constituiremos uma família e seremos felizes para sempre! – enfatizei o ‘isso’ mostrando o anel.

– Então, você não gosta do meu irmão? – Clara perguntou parecendo triste.

– Ele está sendo legal comigo, estamos nos conhecendo, mas eu não posso gostar dele, não como você e o Taylor se gostam! – disse dando de ombros. – O que está em jogo aqui é muito mais do que... – tentei dizer, mas Clara se intrometeu.

– Mais do que as mudanças que só você conseguiu fazer? Mais do que você ter sido a pessoa que o trouxe de volta a realidade em menos de um mês? A pessoa que sempre esteve ali ao lado dele, mesmo quando a família não esteve? Ou mais do que você ser a pessoa... – ela respirou fundo me encarando. – A única pessoa até agora que lutou por ele e acreditou nele, mesmo quando meu irmão não merecia?

Eu e Taylor nos entreolhamos e ficamos em silêncio por alguns segundos. Eu já tinha quebrado muitas regras quando se tratava de Frederico, eu deixei que ele conhecesse o lado mais sombrio do meu passado e ele fez o mesmo. Ele deixou que eu me aproximasse e muito...

– Se isso não é gostar de uma pessoa, então, o que? – Clara perguntou dando de ombros.

– Eu não posso... – comecei, porém senti meus olhos marejados. Que raiva, por que a Clara está me enchendo de perguntar?

– Não pode o que? – meu irmão perguntou parecendo preocupado.

– É contra as regras e mesmo assim, para que ficar me iludindo se ele não gosta de mim! – exclamei jogando as mãos para o céu.

– Porra, Selena! – Clara indagou passando as mãos no rosto. – Quebre as regras, e o Frederico gosta sim de você, senão não teria arriscado a própria vida para te salvar. Essa é mais do que uma ótima chance para ficarem juntos de verdade, então aproveita! – ela sorriu segurando na minha mão e Taylor nos encarou sério.

– Eu... – ele tentou dizer, mas Clara colocou a mão em sua boca.

– Taylor, você não acha nada e se tentar arruinar o meu discurso de autoajuda... – ela começou. – Eu juro que... – ela o encarou e ele tapou sua boca.

– Eu só espero que você não se arrependa! – ele exclamou e minha cunhada sorriu o beijando. – Mas isso não significa que eu estou cem por cento feliz! – ele indagou dando de ombros.

(...)

Conversamos sobre outras coisas, almoçamos e quando terminamos Clara iniciou um papo, muito estranho sobre o passado de sua família, Frederico e a máfia Búlgara estarem ligados.

– Eu não sei dizer... Não existe nenhuma ligação antiga entre os Miller e essa máfia, que possa justificar o porquê de eles quererem o Frederico com eles, a não ser o poder que seu irmão adquiriu...

– E se existir e não soubermos? – ela perguntou. – Se o chefe dessa máfia queria o Frederico, apenas por poder, por que então ficou ameaçando a minha vida também? – ela questionou. – Por que se o Frederico estivesse fazendo algo de errado lá também, a ‘solução’ mais viável seria matá-lo e criar uma cena que os acobertassem! – ela concluiu.

– Isso é verdade, mas mesmo assim, chamaria muita atenção para o país.

– E se eu falasse com o Isaac? – Clara sugeriu me encarando e Taylor ficou inquieto ao seu lado.

– Eu falo com ele, e você fica longe disso. Está legal? – indaguei, já prevendo que a loira iria protestar, ela sempre fazia isso.

– Mas Selena, eu sei lidar com o Isaac e será mais fácil se eu for do que você... – ela protestou. – Além o mais, fui eu quem descobriu sobre os Miller e fui eu quem te deu essa pista... – ela chantageou. – Sem falar que eu não quero ficar parada vendo você e os meus irmãos em perigo, sendo que eu também posso ajudar.

– É, mas eles são federais e até agora o Frederico é da equipe especial do exercito. Já você é apenas uma estudante de medicina maluca! – Taylor disse fazendo Clara o encarar.

– Eu sou descendente das duas famílias mais perigosas da Alemanha, ninguém vai querer mexer comigo.

– Duas perigosas famílias que tiveram seus integrantes mortos e se as máfias descobrirem que tem um Miller na área vai querer te matar. – Taylor indagou e eu concordei.

– Ah... Tá bom! – Clara exclamou ficando emburrada, mas depois se convenceu de que seria melhor assim.

(...)


No final do nosso almoço, Taylor me avisou que nossos pais estariam no Jogo Beneficente e meu coração se apertou. Eu era voluntária da Unicef, teria que ir de qualquer jeito, ou seja, também os veria de qualquer jeito. Tentei não pensar muito sobre o assunto, apenas abracei meu irmão e saímos em direções diferentes.

Demorei o dobro do tempo que de costume para chegar em casa. Não queria ver Frederico agora, não depois do que Clara falou. Eu admito que esteja sendo perfeito vê-lo tão bem humorado e me tratando bem, mas... Não significava que nos apaixonamos.

Estacionei o carro na garagem, peguei a bolsa e entrei em casa. Os irmãos Mikaelson ainda estavam jogando videogame, quando eu passei pela sala em silêncio, fui ao meu quarto troquei roupa, colocando uma roupa leve de ginástica e desci indo para a academia aos fundos da casa.

Coloquei a proteção nas mãos e as luvas vermelhas de Box, ajeitei o saco na minha frente e comecei a socá-lo. Raiva! Raiva! Raiva! Era tudo que eu tinha... Por quê? Por ser burra de ter aceitado reencontrar Amanda, por está gostando nem que seja um pouco de conviver com esse Frederico legal, por ter errado coisas tão obvias na missão e ter ariscado a vida de todos. É, eu não me esqueci de Ryan e Alexia. Que raiva!

Soquei o saco de box mais algumas vezes, mas ele sempre ia e voltava.

– Que droga!- exclamei chutando no saco, mas acabei me desequilibrando

– Oh... Calma ai! – escutei a voz de Frederico bem próxima a mim e depois senti suas mãos na minha cintura me impedindo de cair. – Está tudo bem?- ele perguntou me encarando.

–E-e-eu... – gaguejei. – Acho que torci o pé! – disse baixando a cabeça e olhando para os meus pés.

– Foi um chute e tanto... – Frederico indagou sorrindo e colocando meu braço nos seus ombros e me segurando pela cintura. – Pena que estava cheio de raiva e revolta. – ele me sentou no canto da sala e logo se sentou também.

– Eu só estava treinando! – disse como se fosse óbvio girando os olhos.

– Então quer dizer que torturar o saco de boxer é treinar, agora? – Frederico perguntou sorrindo e eu o encarei seria. – Por que estava batendo daquele jeito? – ele perguntou ficando sério.

– Por nada! – exclamei dando de ombros. – Como eu disse, só estava treinando...

– Selena, você está com raiva está na sua cara, nas suas atitudes evasivas e no seu jeito de bufar a cada pergunta que eu faço. – ele disse me encarando e eu encostei-me à parede respirando fundo.

– Amanda está na cidade e quer falar comigo, mas eu não sei se é uma boa ideia.

– Por que não seria, ela não é a sua mãe? – ele perguntou se encostando também na parede.

– Ela me magoou muito com todo o lance de querer me mandar para longe para não sujar o sobrenome de merda da família e depois mandando meu irmão para Washington, por que sabia que ele estava do meu lado. – indaguei chateada.

– E mesmo assim você ainda usa o “sobrenome de merda da sua família” como seu, não é agente Holt? – ele perguntou sorrindo e eu ri sem animo.

– Cala a boca, que você até um dia desses não podia ouvir no nome da sua mãe e mesmo assim usou Mikaelson como sobrenome no exercito. – lhe deu uma cotovelada e ele riu.

– Estamos em um verdadeiro impasse... – ele me olhou de lado e eu ri.

– Você é muito idiota, sabia? – disse sorrindo.

– Pode ser, mas você gosta, não? – ele perguntou enquanto trocávamos olhares. Que saber, vai para merda as regras, pensei antes de puxá-lo para mais perto e beijá-lo.

Ele me puxou também num movimento rápido ele me colocou em seu colo e abraçou minha cintura sem pararmos de nos beijarmos. Um beijo com urgência, com vontade de ambas as partes, viciante. Coloquei a mão por dentro de sua blusa e ele sorriu quando passei as unhas de leve em seu abdômen. Ele enterrou os dedos entre os fios do um cabelo e depois de um tempo foi descendo a mão pela minha nuca, pelas minhas costas chegando até a minha cintura e indo para a barra da minha blusa. Quando ele já a estava subindo, eu coloquei as minhas mãos nas suas o impedindo de tirar a blusa.

– Espera... – pedi o encarando sem fôlego.

– O- o que foi? – ele perguntou duvidoso.

– Desculpa, mas... – comecei, mas ele se afastou tirando as mãos das minhas e se encostando à parede.

– Eu esqueci que você não quer... – ele indagou sem jeito.

– Eu só acho que seria melhor se fossemos para o quarto e... – comecei me aproximando de seu ouvido. – Você sabe... Nos divertíssemos um pouco. – sussurrei. Frederico me encarou surpreso e eu lhe beijei sentindo meu corpo ser levantado em um minuto.

Fomos para o quarto aos beijos, sorte que William não estava por perto. Quando entramos no cômodo Frederico trancou a porta e me deitou na cama ficando por cima, descendo os beijos até o meu pescoço.

– Você tem certeza? – o moreno parou de repente me olhando nos olhos.

– Frederico, se eu não tivesse certeza absoluta, você seria o primeiro a saber! – sorri. – Agora, pode continuar... – pedi puxando-o pela camisa.

Ele me beijou por longos minutos minha boca, me foi descendo os beijos por toda a extensão do meu corpo até chegar a barra da minha blusa e puxá-la para cima. Senti meu coração acelerar quando o percebi olhando para o meu corpo. Sorri indo tirar sua camisa.

Voltamos a nos beijar e a cada beijo ele conseguia fazer com que eu quisesse mais. Num momento de distração, troquei de posição ficando por cima e sentando-me em sua cintura. Ele me olhou ofegante e eu perdi o resto de ar que tinha nos pulmões. Que loucura!

Comecei beijando-o na boca, mordendo de leve o lóbulo do ouvido e descendo até o pescoço, porém Frederico me puxou minha cabeça e segurou meu rosto entre as mãos colocando os nossos lábios com urgência.

– Você é muito apressado... – sorri e ele parou de me beijar, rindo. Voltei a beijá-lo no pescoço e me atrevi a mordê-lo. Ele reagiu soltando um gemido abafado e eu continuei descendo para o seu abdômen bem definido, beijando e alisando cada parte do mesmo, quando o senti ficando bem animado.

Ele me puxou pelo braço e acabei caindo em cima dele vendo-o sorrir, então ele trocou de posição sendo rápido e tirando meu short.

– Por que... – tentei protestar por ele não me ter deixado tirar seu short, mas no segundo depois ele tentou tirar minha calcinha, mas eu o puxei.

– Droga Selena! – ele exclamou rindo e eu o encarei sugestivo e ele girou os olhos levantando os braços como se tivesse se rendendo e eu o olhei mordendo os lábios e indo até a barra do seu short, o tirando. – Satisfeita? – ele riu me empurrando para cama.

(...)

Ele me beijou novamente descendo sua boca pelo meu corpo e deixa do um rastro quente por onde seus lábios passavam. Sua boca estava na minha barriga, enquanto eu mexia no seu cabelo.

–Ai! -exclamei quando senti seus dentes próximo ao meu umbigo, não estava esperando. Ele me olhou de relance e sorriu torto colocando as mãos na lateral da minha roupa íntima e a puxando. Nua. Ele ficou me olhando, e eu senti meu rosto formigar. Ele se colocou ao meu das minhas pernas, tirando a boxer preta e me dando visão ao seu 'documento' Uau!

Puxei-o mais para perto de mim e o beijei com urgência, colocando minhas mãos em seu cabelo e o puxando algumas vezes.

– Onde tem camisinha? -ele perguntou ofegante.

–Na gaveta! - apontei e ele se esticou sobre mim e pegou um pacotinho na gaveta.

– Tem certeza, né? -ele perguntou novamente e eu confirmei. Eu estava quebrando todas as regras, mas e daí? A Clara tinha razão sobre isso, e ninguém além de nós dois saberia.

Ele rasgou o pacotinho, colocou rápido e se posicionou novamente entre as minhas pernas. Ele me beijou e eu o senti se aproximando, até que o senti já dentro de mim se movimentando, fechei os olhos respirando fundo e senti o moreno parar.

– O que foi?- ele perguntou me olhando e eu sorri.

Continua, já passou! - pedi. Frederico sorriu e entrelaçou nossos dedos.

– Se eu te machucar, avisa que eu paro! -ele indagou me beijando e voltando a se mover.

Era como está no paraíso! Caramba, eu já tinha ido para cama com alguns (poucos!), mas nunca tinha me entregado tanto ao momento.

Frederico aumentou os movimentos fazendo-me fechar os olhos e por impulso apertei sua mão, mas aquilo passava longe de ser dor.

Estava sendo perfeito e prazeroso do nosso jeito.

(...)

Depois de longos minutos, Frederico caiu sobre mim respirando ainda ofegante e eu o abracei fechando os olhos por alguns segundos. Isso era real, tínhamos quebrado as regras e nos entregado. Sorri.

Tá tudo bem? -escutei a voz do moreno ao meu ouvido e senti o colchão afundar ao meu lado.

– Eu só quero ficar aqui por mais alguns minutos! -disse o encarando, ele sorriu encostando-se à cabeceira da cama e me surpreendendo ao puxar-me com ele. - E você, no que está pensando? -perguntei.

– Sabe quando tudo está ruim e de repente lá no final do túnel você vê uma fresta de luz... - ele sorriu me olhando. - Eu acho que encontrei a minha luz! - ele entrelaçou nossos dedos e beijou minha mão. - Eu não sei como eu farei para te recompensar depois que tudo estiver resolvido. - ele indagou ainda me olhando.

– Você não precisa me recompensar por nada, só fique vivo e não se meta em problemas que já está ótimo! -exclamei beijando seu rosto. - E eu só estou retribuindo o que você fez no passado por mim, se não fosse você eu não estaria aqui! - sorri dando de ombros.

– Sabe... Esses dias, eu tenho pensado ainda mais em te conhecer, mas talvez eu já te conheça o bastante para que isso dê certo. - Frederico indagou e eu o abracei por impulso. Ele me apertou em seus braços e me beijou. Talvez isso parecesse um sonho, mas estava acontecendo realmente e por mais que não estivéssemos apaixonados um pelo outro, eu queria que pelo menos a amizade desse certo.

(...)

Tomei banho, troquei de roupa vestindo um short jeans e uma blusinha básica florida. Desci as escadas encontrando os irmãos na sala conversando. Porém, no clima não estava bom, isso era óbvio pela expressão repentina de cansaço no rosto de Frederico, fazendo-o parecer um pouco mais velho.

– O que aconteceu? - perguntei preocupada.

– Eu acabei de voltar do FBI, o exército encontrou o corpo de um rapaz boiando em um lago nas redondezas da última localização da máfia... - William começou. - E ele era Sebastian um dos amigos do Frederico que também participava da máfia. - coloquei a mão sobre a boca em choque. Eles realmente querem chegar a Frederico de alguma forma.

– E o que vocês farão? - perguntei.

– O general Sullivan entrou em contato com o Steven e pediu que Frederico voltasse a Washington para uma conversa... - William disse.

– Qual a justificativa que vocês deram ao exército para que eles me liberassem? - Frederico perguntou abatido.

– Nós mostramos a verdade, mas pedimos que eles deixassem que nós cuidássemos primeiro de alguns detalhes. -disse sentando-me próximo a Frederico. - Seu superior não gostou nada do que pedimos, mas depois aceitou.

– Provavelmente eles já quererão me julgar e tirarão minha patente... - o moreno se levantou bagunçando o cabelo nervoso.

– Pelo menos você não precisará voltar para base e poderá ficar com sua família. - tentei ver pelo lado positivo, contudo, conhecendo um pouco das atitudes do general Sullivan, ele era bem carrasco e, quando se tratava de algo referente à sua equipe especial, ele chegava a ser cruel. E Frederico é do jeito que é principalmente por causa do que aprendeu com Sullivan.

– Você não conhece o Sullivan, ele não quer conversar, não civilizadamente. - Frederico indagou desesperado. - Ele vai fazer como sempre faz com qualquer um que quebra as regras, irá me colocar numa sela por dias sem comida ou água. Mas dessa vez, o tempo vai se tornar anos! - ele disse andando de um lado para o outro.

– Ele não fará isso! -exclamei ainda mais em choque. - Eu posso ir com você e... - William me interrompeu.

– Eu vou e você fica! -ele disse sério. - Nós teremos muitas coisas para resolver e a viagem pode demorar mais tempo do que dois dias, e você tem o Jogo Beneficente no próximo sábado.

– Mas quando vocês irão? - perguntei chateada por ele não querer que eu vá junto.

– O helicóptero só estará disponível na quarta-feira, então iremos logo pela manhã, ok? - meu amigo perguntou olhando para o irmão que concordou apreensivo.

(...)

Não preciso dizer que os dias se arrastaram até a maldita quarta-feira. Frederico estava nervoso, chato e grosso, e sempre que percebia que conversar só levaria à brigas, eu o deixava sozinho.

Minha cabeça estava a mil pesando nas consequências dessa volta à Washington e principalmente por ele está voltando ao lugar que o transformou em um homem frio. Droga!

Na terça-feira à noite, nós discutimos.

– Frederico, eu só não quero que você faça a escolha errada. - disse o encarando.

– Selena, você fala como se eu tivesse alguma chance de escolher... - ele indagou olhando para a TV. - Eu sou o errado na história e eles provavelmente me prenderam ou me exilaram em algum lugar, para que ninguém se lembre quem foi o traidor. - ele indagou amargo.

– Eles não farão isso, você é testemunha ocular do FBI, o exército não pode se meter sem ser chamado em uma ação federal. - disse.

– Até parece que vocês não estão fazendo a mesma coisa. Prendendo-me e me exilando nessa droga de casa... - ele indagou. - A diferença é que colocaram uma agente bonita que transa comigo. - ele disse e segundos depois me encarou assustado.

Então é assim que ele me vê realmente?

Levantei-me, porém, senti sua mão no meu braço antes que pudesse sair do mesmo ambiente que Frederico.

– Espera Selena! -ele exclamou. - Não foi isso que eu quis dizer. -ele se aproximou topando as mãos no meu rosto, mas eu me afastei.

– Pode ser que não seja isso que quis dizer, mas é exatamente dessa forma que você me vê. - o olhei com os a vista um pouco turva das lágrimas. - Boa sorte amanhã! - tentei sorri e me afastei mais. -Ah... E eu acho melhor você ficar com isso... -indaguei tirando a aliança e colocando na sua mão.

– Selena para com isso! -ele tentou protestar.

Não Frederico... Eu achei que por um minuto você realmente tivesse falando sério sobre tudo que vem acontecendo entre nós... – sorri. – Mas agora, eu percebi... Você não precisa de uma mulher como eu, que quer ajudar...Você precisa de uma qualquer... – respirei o olhando nos olhos. – E eu não sou esse tipo de garota e merece mais respeito! -saí indo para o meu quarto.

Até minutos atrás eu não tinha me arrependido de absolutamente nada que aconteceu conosco. Porém, agora era só isso que povoava a minha cabeça.

Droga, por que eu fiz isso? Por que eu quebrei as regras por ele? Por que não percebi que era isso que ele queria? Por que eu estou chorando se 'nós' não somos de verdade?

Depois de horas chorando, senti meus olhos ficarem pesados e só senti a luz forte nos meus olhos. Já é de manhã! Meu Deus, já é de manhã... Aquele idiota já deve está no helicóptero indo em direção a sua verdadeira vida.


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Notas finais do capítulo

Feliz Ano Novo!!!!
XO, Maria Clara Vieira



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