Destinos Traçados escrita por Maria Clara Vieira, carol m


Capítulo 17
Família


Notas iniciais do capítulo

Oiii meu amorecos!!!! Mil desculpas pela demora. Eu estava em época de provas/trabalhos na faculdade, mas estou de volta e com um SUPER capítulo!!!
Este capítulo irei dedicar a Carol Matias e Rodrigo Saraiva, uns fofos que leram a minha fic e comentaram pelo whatapp. kkk
Ah, por favor, enquanto estiverem lendo escutem "Soldier" de Galvin DeGraw.
https://www.youtube.com/watch?v=2TuyT0knklM
Bjs amorecos, espero que gostem!
Maria Clara Vieira.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/312312/chapter/17

POV-Frederico:

Assim que o motorista estacionou na frente de uma casa um pouco afastada do resto da vizinhança, Selena saiu do carro e esperou que eu descesse também. No jardim tinham dois seguranças de terno e com fones no ouvido, Selena passou pelos mesmos e os cumprimentou. Entramos na casa e eu me surpreendi com o tamanho da mesma.

– Vem conhecer a casa! – ela me chamou colocando a bolsa no sofá.

A sala era grande, assim que entravamos na casa, já víamos o jogo de sofás marrons n meio do cômodo; numa das paredes estava a TV de plasma de 42’e um criado mudo com telefone, com alguns porta-retratos; e no canto da sala já próximo a janela tinha uma mesinha com bebidas. Selena me guiou até a cozinha, que também era grande e mobilhada, havia um balcão meio do cômodo com uma pia e gavetas; Uma mesa com bancos vermelhos altos embutidos no mesmo; E por fim, do outro lado, havia a geladeira encostada a parede e outro balcão com o fogão e alguns utensílios.

– Vem conhecer o seu quarto. – subimos as escadas e fomos para o terceiro quarto do corredor, ela abriu a porta e deixou que eu entrasse. O quarto era simples, as paredes brancas, um guarda roupa grande cor marfim envelhecido, uma cama de solteiro da mesma cor, uma mesinha com uma TV pequena de plasma a frente da cama e uma varanda com uma cadeira de encosto.

– É melhor do que os quartos da base. – comentei abrindo o guarda-roupa e percebendo que só havia três peças de roupas e ela sorriu de lado.

– Não reclama! – ela disse prestes a sair, porém eu a segurei pelo braço.

– Eu não estava reclamando. – disse. – Até descobrir que eu só tenho três peças de roupas. – eu indaguei com as sobrancelhas arqueadas, e ela se afastou de mim.

– Não se preocupe! – ela saiu e eu fui atrás dela. – Enquanto você esteve no hospital, eu e William providenciamos para que os seus pertences fossem trazidos para Los Angeles. Pode ser que amanhã já estejam no departamento de bagagens do aeroporto e daí quando sairmos do FBI passaremos por lá. – ela explicou me deixando surpreso com a última parte.

–Como assim FBI? - a perguntei passando para sua frente.

– Para pegar o seu interrogatório. Selena indagou como se fosse óbvio. – Mas não se preocupe, não iremos te torturar como você faz no seu trabalho. – ela sorriu cinicamente e entrou no quarto ao lado do meu trancando a porta.

Eu não estou preocupado. Quem disse que eu estou preocupado? Voltei para o meu quarto, despi-me enquanto ia em direção ao banheiro. Tomei um banho rápido, só para me livrar do cheio de hospital. Fiquei embaixo da água gelada por alguns minutos tentando relaxar, porém, as lembranças do meu passado me dominaram, e por mais que eu quisesse parar de pensar nelas como sempre faço, já era tarde.

– Olha só quem veio me fazer uma visita! – um senhor bem vestido, alto, com cabelos grisalhos e olhos azuis sorriu quando me viu entrando na casa.

– Onde está o meu irmão? – perguntei engatilhando e mirando a arma na direção do velho que riu alto apontando para alguém. E lá estava William desfalecido e sangrando. Tentei chegar onde ele estava, mas fui impedido. Os seguranças me golpearam e eu larguei a arma por impulso.

– O que você quer, hein? – perguntei tentando me soltar dos seguranças, porém não consegui.

– Eu quero que você faça parte da máfia, que me ajude a ampliar o meu poder por toda a Europa. – o velho disse a minha frente.

– Eu nunca vou fazer isso! – disse entre dentes. – Eu não tenho poder para tanto e também não irei trair o meu país. – indaguei vendo o homem rir e balançar lentamente a cabeça em negação.

– Frederico, se nós tivéssemos tempo eu até te deixaria pensar um pouco sobre a minha proposta, mas não temos. – ele indagou formalmente. – E eu acho que seu irmão não aguentaria mais do que algumas horas, não é Ryan! – ele se virou para o rapaz que havia capturado meu irmão e sorriu malignamente.

– O que você quer de mim? – gritei indo para cima dele, mas fui golpeado mais uma vez por um dos seguranças. Dois golpes fortes no mesmo lugar que me fizeram perder o equilíbrio ficar de joelhos tentando recuperar o fôlego.

– Eu sei que você não é burro, você sabe exatamente o que eu quero, eu já te disse. – o magnata segurou o meu rosto com força, fazendo-me olhar em seus olhos azuis. – Vamos Frederico, escolha você ou ele? – perguntou me fazendo olhar para William. Era o meu dever proteger o meu irmão, a minha família. Ele só estava ali por minha culpa!

– Ele! – gritei desesperado vendo o tal do Ryan apontando a arma para a cabeça de William.

– Boa escolha meu garoto! – o homem aplaudiu sorrindo. – Agora, já que temos um acordo e eu sei que poderei confiar em você... – ele disse olhando nos meus olhos. – Pode levar o seu irmão! – ele sorriu amigavelmente dando-me passagem para me aproximar mais de onde o Will estava. No minuto depois todos do galpão haviam sumido e eu fiquei ali com meu irmão.

– Não morre... – sussurrei me aproximando ainda em choque pelo o que tinha acontecido. – Eu não posso perder você também! – comecei a chorar enquanto me ajoelhava ao seu lado.

Sai do banheiro com a toalha em volta da minha cintura, fui até o guarda-roupa, peguei uma das roupas que tinham lá, vesti a calça e quando estava prestes a vesti à camisa, olhei para as minhas costas refletidas no espelho da porta do guarda roupa. Lá havia uma grande tatuagem preta no formato de asas aberta de pássaro, e no pouco de espaço limpo que restava nas minhas costas, deveria ter uma outra tatuagem, essa que me identificaria como cumplice da máfia.

– O que é isso? – Sebastian perguntou quando lhe entreguei uma cartela com um desenho de escorpião na mesma.

– O velho quer que tenhamos a marca da máfia.

– Ele deve está muito maluco!- Harry indagou nervoso. – Já corremos risco demais saindo todas as noites para interceptar carregamentos dele. Se fizermos uma tatuagem será a nossa morte. – ele disse pegando a cartela.

– Mas essa é a questão, não faremos uma tatuagem verdadeira, será uma auto colagem, sempre que estivermos na área dele, o Ataganasoff nos verá com ela, mas quando estivermos aqui, ninguém saberá.

***

–Droga! – indaguei irritado entrando no alojamento as pressas. Harry que estava deitado se levantou e me olhou assustado.

– Frederico, o que aconteceu?- ele perguntou quando me viu pegar a esponja com álcool que sempre usava para tirar a auto colagem.

– Um homem que meu irmão ajudou, ele viu a tatuagem e surtou. – disse esfregando a esponja contra a minha pele. – Ele me chamou de demônio e gritou o nome de um cara, Bernardi, eu sei que não é o Ataganasoff, mas eu fiquei perdido. – Harry arregalou os olhos assustado. – Então, eu tenho que tirar isso de mim, logo!

– Mas tinha mais alguém com ele, que pudesse... – Sebastian deixou a frase morrer

– Taylor e William... - indaguei preocupado. – Taylor nem deve ter escutado o homem, ele estava tão concentrado em salvar a vido do cara, mas William... Curioso como só!

Sai do quarto andando devagar pelo corredor, desci as escadas observando novamente a casa e minha atenção se voltou para Selena que estava sentada no sofá assistindo TV. Tinha algo nela que parecia ser familiar, não é apenas pela parte de eu me lembrar de cada minuto do seu resgate há quase nove anos, mas era algo recente, porém que eu não me lembrava.

– Como você está? – ela perguntou me encarando.

– Tirando a parte em que eu estou preso, que o meu irmão está vivo e que a minha irmã me odeia, acho que já vi vive momentos melhores. – sorri sarcástico.

– A Claire não te odeia, ela só está em choque como nós estamos. – ela disse naturalmente e eu ri.

– Nós?

– Eu também fui pega de surpresa pelo Taylor. – ela disse. – Mas mesmo assim ainda existe esperança que... – eu a interrompi rindo. Que conversinha de livros de autoajuda é essa, hein? Essa garota não pode falar sobre esperança como se no dia seguinte fossemos a encontrá-la tão fácil.

– Que o seu passado suma e que você consiga ser uma mulher sem problemas de autoestima, de confiança. - indaguei a olhando e ela ficou calada. – Só na próxima encarnação querida. - ri

– Você não sabe de nada... – ela disse baixo se levantando.

– E você sabe? – perguntei também me levantando. – Por que até agora eu só consegui ver uma garota brincando de ser policial, querendo ser poderosa por fora, mas por dentro não é nada, além de mais uma patricinha sentimental querendo atenção. – disse a encarando.

Eu admito que exagerei, por que não era qualquer pessoa que conseguia passar pelo pessoal da máfia sem ser vista e ainda mais causar uma bagunça da qual ela causou. Contudo, eu não estava a fim de admitir em voz alta isso.

– Como você pode dizer que eu sou uma patricinha sentimental, se você nem ao menos sabe o que é ter sentimentos. – ela indagou num tom sério, porém percebi seu sorriso sarcástico.

Droga parece que ela sabe tudo sobre mim, e por mais que ela esteja querendo me ajudar, já que me tirou da Bulgária, isso não significa que seria tão fácil às coisas comigo. Eu não sou tão amigável quanto o meu irmão é; As guerras me transformaram em um homem um pouco frio para as coisas que geralmente são normais para os outros. Então, definitivamente eu não seria amiguinho dessa garota. E teria que descobrir rápido quem é Selena Holt, só assim eu teria condições de revidar qualquer provocação dela. Patricinha mimada!

– Eu tenho sentimentos, senão eu não te tiraria daquela casa, no dia em que você foi violentada. – indaguei.

– Eu não estou acreditando que voltaremos a esse mesmo ponto! – ela exclamou irritada. – Qual é a tua, hein? – ela esbravejou cruzando os braços. É, apesar de Selena ter se irritado com o comentário, ela parecia ser mais espertada do que imaginei e, já sacado que esse é a única informação concreta que sei de sua vida, ou passado.

– Nada demais! – dei de ombros voltando a me sentar no sofá.

– Você não merece os irmãos que têm. – ela disse parecendo revoltada.

– Eu não pedi a ajuda de ninguém, se vocês estão fazendo isso é por que querem! – comecei esbravejando. – Eu fiz a minha parte até onde pude, eu passei seis anos longe de todos, para que eles não descobrissem sobre a Clara e as garotas, mas todo o meu esforço foi em vão! – disse me afastando.

– É isso o que a família faz Frederico! – ela exclamou. – Eles se ajudam, se sacrificam um pelo outro. - Selena começou. – Talvez você tenha feito a sua parte em tentar protegê-los, mas também quando decidiu esconder o que estava acontecendo... – ela me olhou nos olhos. – Você decidiu por si só que não valia a pena os sacrifícios que os seus irmãos pudessem fazer, além de lhes tirar o poder de decidir se o que eles sentiam por você seria suficiente para perdoar qualquer erro que um dia tenha cometido. – ela disse

E mais uma vez ela consegue me deixar sem argumentos. Frederico, o que está acontecendo com você? Você sempre esteve no comando e justamente agora, que tudo está desmoronando para você, simplesmente assim, de repente Frederico Mikaelson fica sem argumentos!

– Você não sabe de nada do que aconteceu lá. – disse sentindo os meus olhos arderem. – Todos estão agindo como se eu fosse um monstro que só mata, mas ninguém quer saber o que eu realmente tive que me submeter para sobreviver naquele inferno. – indaguei, baixando a cabeça e me direcionando as escadas.

– Então mostre que você é diferente, caramba! – ela me olhou esperançosa e voltou a falar. – Comece colaborando com as investigações, dando o seu depoimento amanhã, lutando conosco contra isso e depois aos poucos você perceberá que a situação mudará ao seu favor. – ela sorriu e naquele momento eu vi meu irmão aparecendo.

– Eu já estou lutando a muito mais tempo do que você imagina. E sou eu o interessado, mais do quem qualquer um, que essa máfia acabe, por isso não é necessário que você implore por algo que eu já estou disposto a fazer. – disse subindo para o meu quarto.

Nunca disse que não os ajudaria, porém seria bem mais fácil se eu tivesse sozinho nessa luta. Só eu sei no que o Ataganasoff é capaz de fazer e é isso que mais me preocupa. O velho é perigoso e seus planos contra os traidores são diabólicos. E eu não sei se seria capaz d aguentar mais uma morte por minha culpa.

– Para com isso! – exclamei invadindo o porão após escutar os gritos femininos pedindo para que deixassem sua filha em paz.

Geralmente os porões e galpões da máfia eram usados para prenderem os traidores, ou para torturar os mesmos. Porém, dessa vez, o porão havia se transformado em uma câmera de gelo, e dentro dele estava uma menina de seus cinco anos.

– O que faz aqui? – o chefe perguntou.

– Você não já destruiu família dessa mulher, agora vai matar a criança de frio. – disse indo abrir o a câmera.

– Frederico, eu tenho os meus motivos, agora saia daqui. – o chefe gritou, mas não o obedeci, consegui abrir a porta e a garotinha se levantou correndo para os meus braços. A mãe da menina a pegou as pressas e saiu correndo do local. – Da próxima vez que você desobedecer a uma ordem minha, será você quem irá ficar naquela câmera. – o velho disse me encarando diabolicamente e em seguida partiu.

Acabei cochilando, mas foi um sono inquietante, comecei a lembrar-me do plano que eu, Sebastian, Harry e Demitrius, chefe de segurança do Ataganasoff, planejamos durante quase um mês, e que se tivesse prosseguido como decidimos, agora, poderíamos estar vivos e comemorando a nossa liberdade ou mortos e esquecidos.

– Você tem certeza do que está me propondo? - Demitrius perguntou receoso.

– É claro que eu tenho certeza. Eu não vou deixar aquele idiota mandar mais na minha vida. Ele ameaçou a única pessoa que eu tenho e que não tem absolutamente nada a ver com essa situação. – disse decidido. – Você está comigo ou não? –perguntei sério.

– É claro que eu estou com você! – Demitrius indagou confiante. – A máfia está caindo pelas beiradas, e eu como chefe da segurança do magnata, serei um dos primeiros a ser preso.

– Amanhã acabaremos com isso. – Sebastian disse.

– Faremos a sua proteção, será tudo muito rápido... – Harry repassou o plano pela última vez. – Frederico já estará próximo do chefe para com uma única bala matá-lo, mas para isso Demitrius terá que deixar a retaguarda totalmente livre.

Acordei sobressaltado, ofegante e meu coração estava acelerado, levantei-me indo ao banheiro. Joguei água gelada no rosto e por alguns segundos fiquei parado frente ao espelho, foi quando vi a corrente, que antigamente pertencia a William, pendurada no meu pescoço. Aquela corrente foi à última coisa que eu achei antes de receber a noticia de que meu irmão estava “morto”.

– Frederico, como se sente? – a enfermeira perguntou enquanto me ajudava com o travesseiro.

– Estou bem! – disse a olhando. –Você sabe onde está o meu irmão? – perguntei e ela abaixou a cabeça.

– Eu sinto muito, mas o William Mikaelson ele não resistiu. – lembro-me do choque que senti ao saber sobre o meu irmão. Eu deveria ter me dedicado mais a ele, deveria ter o protegido como quando éramos pequenos.

Desci as escadas passando pela sala e indo para a cozinha. Toda aquelas lembranças repentinas estavam me atordoando.

– Pensei que ficaria no quarto até amanhã. – escutei a voz de Selena e olhei para o relógio na parede, em que marcavam 18 horas.

– Eu sinto muito te desapontar. – disse irônico indo até a geladeira abrindo-a e pegando uma garrafa de suco de laranja.

– Você é engraçado! – ela exclamou encostando-se à bancada próximo de onde eu estava. – Pena que eu não dou a mínima para isso! – ela disse me encarando séria.

– Não é o que parece... – comentei tomando um gole do suco. – Por que se você realmente não desse a mínima, não teria dito aquelas coisas mais cedo e não estaria se submetendo a um plano tão estúpido quanto é o desse casamento.

– Eu não estou fazendo isso por você seu idiota. – ela indagou.

– Por quem, então? – perguntei sorrindo.

Tinha que descobri o porquê dela está aqui, o porquê de Selena ter concordado com tudo depois do que eu fiz a ela. E já que eu não fazia ideia de quem ela é de verdade, eu teria que usar o que eu estava vendo agora. Desde o começo, eu vi meu irmão e Selena juntos, um preocupado com o outro. Não sabia se havia rolado alguma química entre eles antes, mas eu poderia usar isso para descobrir o que preciso.

– Pelo meu irmãozinho, não é? – perguntei a encarando e ela deixou a cozinha de cara feia.

POV-William:

Assim que cheguei em casa escutei a voz de Selena e de Frederico na sala, parei e fiquei os escutando por um instante. Pelo o que eu entendi Selena estava dando um sermão para o meu irmão sobre o que ele poderia fazer para mudar a nossa opinião sobre ele. Mas pareceu ela não tinha dito nada, Frederico mais uma vez foi grosso e eu tive que me conter para não começar uma discussão com ele.

Respirei fundo após quando ver meu irmão deixar o cômodo, não falei com Selena, apenas fui para o meu quarto, tomei banho e me deitei na cama tentando relaxar. Contudo, eu não gosto de parar muito, por que sei o que acontece quando eu paro. Começo a lembrar das escolhas que tive que tomar para estar onde estou hoje, novamente ao lado da minha família.

Primeiramente, tive que deixar para trás a garota que eu mais amei Luanna Prescot. Eu poderia ter explicado que aquela “traição” não tinha passado de uma brincadeira de mau gosto dos meus amigos. Contudo, como Luanna era insegura sobre o nosso relacionamento secreto, ela poderia não acreditar em nada.

Eu até tentei ir me despedir dela e talvez me explicar, eu cheguei a bater na sua porta e entrar na sua casa. Lembro-me de Paula subir as escadas para o primeiro andar, onde se encontrava o quarto de Luanna. Para mim os poucos minutos que se passaram até eu ir embora foram uma tortura, minhas mãos suavam, eu tive um repentino tique nas pernas e pior de tudo, eu não tive coragem de me despedir dela nem me explicar nada. Ou seja, como diz o ditado: “Quem cala consente” e minha atitude só deixou claro que eu a havia traído, que não me importava com seus sentimentos e que eu era mais um covarde na lista dos covardes. Mas nada disso era verdade, eu sabia que não.

***

Eu poderia não ter dado o jogo tão fácil assim, poderia não ter deixado que Frederico me plantasse o desejo de ir para Washington e terminar os meus estudos por lá, com o objetivo principal de espairecer. Especialmente, por que eu abandonei a minha irmã, que naquela época ainda era pequena e precisa de mim ao seu lado.

Porém, se eu não tivesse ido para o exercito, não teria descoberto os abusos físicos e psicológicos que meu irmão vinha sofrendo e que anos depois ele se juntaria, por algum motivo misterioso (e idiota!), a maior máfia internacional que os Estados Unidos está –até hoje- derrubando aos poucos, e não teria feito um acordo com o FBI de que quem pegaria a máfia e salvaria Frederico seria eu.

– William, como você descobriu tudo isso? – Steven, o diretor do FBI perguntou.

– Eu comecei a perceber algumas atitudes suspeitas do meu irmão, eu sabia que alguma coisa estava acontecendo, daí eu o segui e o vi conversando com alguns capangas da Búlgara.

– Essa alegação é muito grave, William. Como você sabe que eram eles? – Steven perguntou desconfiado. E eu peguei alguns documentos que pesquisei e algumas fotos como provas. Coloquei em cima de sua mesa e ele passou alguns minutos analisando o material. – Você sabe que acabou de entregar o seu irmão para a polícia federal, não é mesmo? – ele me encarou surpreso.

– Eu vim aqui para fazer um acordo com você. – comecei tomando a atenção de Steven. – Eu estou disposto a ajudar nas investigações sobre a máfia, mas também gostaria de não tomar uma decisão precipitada em relação ao meu irmão, eu quero investigá-lo, saber todos os seus passos e a partir daí poderemos decidir o que fazer.

– Isso pode ser muito perigoso, mas tem algo me dizendo que eu posso confiar em você. – Steven disse pensativo. – E se realmente está disposto a isso, eu acho melhor você sair do exercito, antes que seu irmão desconfie. - ele me entregou algumas papeladas para assinar e depois sorriu fraco. – Quanto menos tempo você perder melhor!

Naquela mesma época eu também soube que Gregori estava sendo procurado pela policia; e eu havia encontrado Selena. Ela estava numa cafeteria e eu a contei sobre ele e o meu trabalho no FBI, Selena desde o principio almejava por vingança pelo que fizeram a ela e ao seu filho, e dias antes quando soube que estava havendo uma seleção para novos agentes, logo pensei que essa poderia ser a chance dela. Contudo, não imaginei que ela realmente aceitaria a minha proposta de ensiná-la tudo que seria necessário para que ela conseguisse entrar no FBI, até vê-la na minha porta uma semana após a oferta.

– Quando começaremos? – ela perguntou sorrindo. No inicio eu duvidei que nós pudéssemos trabalhar juntos, ela era muito frágil e eu às vezes pegava pesado com ela.

***

– Selena, nós temos pouco tempo, vamos logo, continua socando o saco de Box. – gritei me afastando.

– Você vai machucando-a mais se continuar cobrando coisas que ela não pode fazer. – Demi, melhor amiga de Selena, tentava sempre acompanhar os treinos, apesar de sempre ter deixado claro que era contra tudo.

– Talvez o que ela não precise é de você atrapalhando. – disse e ela avançou para cima de mim tentando me bater, mas eu segurei seus braços e a empurrei contra a parede. – Ela está se esforçando, hematomas ela sempre terá, porém, é melhor tê-los sabendo que está lutando pelo que ela acredita ser o certo, do que tê-los por que foi fraca. – a encarei nos olhos e ela desviou o olhar. Quando Demi voltou a me encarar seus olhos estavam marejados.

– Só não deixa o machuca-la novamente! – ela sorriu fraco saindo.

***

– Acabou! – Selena chorava e ria ao mesmo tempo. – Eu consegui... – ela me abraçou pelo pescoço e eu a apertei nos meus braços.

– Eu tenho um negócio para você... – indaguei tirando um pingente do bolso da jaqueta. Era uma águia de prata.

– O que significa? – Selena levantou o cabelo enquanto eu colocava o pingente numa corrente que ela já possuía no pescoço.

– Poder, grandeza e força. Você provou a si mesma que consegui vencer os seus medos não importando quão grande eles sejam, lutar pela sua família e ainda ser independente. Parabéns pela sua primeira missão!

– Sobre isso... Você acha que eu poderei participar de outras missões? – ela me encarou receosa. – Tipo... A missão 007? – ela deu de ombros e eu comecei a rir.

– Quem deu esse nome à missão?

– Os novatos! – ela sorriu. – Você me deixa participar, por favor? – ela me encarou com um olhar fofo, e eu sorri fingindo que havia caído na dela. É obvio que eu não a deixaria chegar perto da missão “007”, ela simplesmente era a missão relacionada a Búlgara e meu irmão e, além do mais Selena não possuía experiência com o nível dessa missão.

– Claro... – ela abriu o sorriso de orelha a orelha. – Claro que não! Enlouqueceu? – perguntei entrando no carro.

– Qual é Will... – ela protestou entrando no carro logo em seguida. – Você num instante me incentiva a vencer os meus medos e agora que eu quero fazer algo, você surta...

– Eu posso te dar qualquer outra missão, menos essa, é muito perigosa e além do mais você não tem tanta experiência para encarar uma missão internacional. – indaguei e ela me encarou surpresa.

***

Eu também me lembro dos quatro meses que Selena passou em Chicago tendo experiências policiais e me estressando sobre a missão. Até que ela voltou para o FBI e eu percebi que Selena realmente tinha mudado e se tornado uma das agentes mais cotadas para as missões. Foi nessa época que Steven e eu conversamos sobre tê-la na equipe responsável pela “missão Búlgara” ou missão “007”, como era mais conhecida pelos agentes.

– E agora, eu poderei participar da missão 007? – ela entrou na minha sala e se sentou a minha frente colocando os pés na mesa.

– Você é insuportável, sabia? – disse enquanto me levantava.

–E você ama isso em mim! – ela se levantou me abraçando. – Agora vamos para o bar comemorar a minha nova missão! – ela sorriu alegre. Chicago tinha feito bem para ela!

– Ei... – ri, enquanto saiamos da agência e andávamos pelas ruas de Washington. – Cadê aquela garota certinha de quatro meses atrás? – entramos no bar e nos sentamos numa mesa próxima ao balcão que servia as bebidas.

– No momento em que o Gregori morreu Selena Marie Elliot Holt morreu com ele. E para ser sincera... – ela começou fazendo uma careta. – Eu odiava ser ela, sempre precisando das pessoas, sempre sendo frágil e chorona demais. – ela sorriu. – Eu ainda sinto um buraco no meu peito por tudo o que aconteceu com a minha família, mas também fico feliz, por que se não fosse o acidente eu teria me tornado quem sou hoje. – sorri concordando.

***

Com o passar dos anos, a Selena se tornou muito mais confiante de si mesma e precisava que eu me preocupasse tanto. Ela era esperta, lutadora, uma líder. E com isso, a deixei realmente entrar na missão, primeiramente, como guardiã da Clara e das garotas, sem que as mesmas desconfiassem. E depois como líder de uma das equipes na Bulgária.

– Se cuida está bem! – a abracei antes de ela partir para a Bulgária pela primeira vez.

– Te vejo daqui a dois meses! – ela me deu um beijo na bochecha e entrou no avião.

***

É evidente que ao longo dos anos brigamos bastante, principalmente, quando ela tentava achar alguma coisa boa nas atitudes imprudentes do meu irmão. E quando ela me escondia às coisas.

– Se você me esconder mais alguma coisa eu te expulsarei. Tá ouvindo? – gritei na sala enquanto a escutava pisar firme.

– Eu estou saindo se for assim! – ela gritou chutando a mesinha de canto.

– Você vai voltar para Chicago hoje anoite e tá fora da missão. - disse dentre dentes.

– Eu voltarei para Bulgária onde é o meu lugar e se você tentar me impedir, eu conto tudo para o Frederico.

– Você não terá coragem! – eu me aproximei dela e ela me socou.

– Tenta me impedir que você irá ver. – naquele dia ela saiu de casa e passou muito mais tempo sem falar comigo do que eu imaginei. Sete meses, de conversar intermediada por outros agentes ou quando era realmente necessária uma conversa apenas entre nós, a formalidade era a resposta. E Selena era a única pessoa que eu odiava ter que ser formal. O pior de tudo foi que esse tempo se tornou cada vez mais vazio, sombrio, eu não tinha mais vontade de voltar casa ou de sair com o pessoal. Por tudo me lembrava das loucuras e momentos bons que eu passei com a minha amiga.

***

Até que um dia participamos juntos de uma missão extra e fomos emboscados na mesma. Era de madrugada e estávamos em um prédio, quando as luzes se apagaram. Entreolhamo-nos, mas continuamos andando, até que as luzes acenderam novamente, e eu vi um cara com uma arma apontada para nós. Eu não pensei duas vezes e tentei proteger minha amiga, mas ela já havia feito isso por mim. Selena caiu nos meus braços com uma bala no abdômen e eu me esqueci de tudo o que estava fazendo e fiquei o tempo todo ao seu lado.

– Não... Não... – disse desesperado a abraçando. – Não fecha os olhos! – sussurrei em seu ouvido. Ela segurou a minha mão sorrindo.

– Tá bem, não está doendo tanto! – ela começou a chorar e passou a mão na minha bochecha.

– É claro que está doendo sua idiota! Por que você fez isso? – indaguei chorando.

– Liga para Clara e avisa que eu fiz uma viagem de emergência e que talvez eu demore, tá bom? – ela começou a chorar tentando respirar fundo.

– Do que você está falando?

– Ela não merece perder outra pessoa, então volta para Los Angeles, não importa se ela ficará com raiva, por ela te... – ela tentou falar, mas o ar lhe faltou.

– Cala boca Selena! Você vai sobreviver, para de falar besteira. –tentei fazê-la se calar.

– Ela te ama, e ela seria capaz de si jogar em frente de uma bala como eu fiz por você. – ela começou a chorar mais, foi quando eu escutei a sirene da ambulância. – Me desculpa se eu te escondi coisas, eu ainda estava descobrindo sobre o que aconteceu e eu não podia dizer nada, por que poderia ser perigoso. – ela indagou enquanto os paramédicos cortavam a blusa dela e tentava estancar o sangramento.

– Do que você está falando? – perguntei confuso.

–A pasta tem as respostas. – ela sussurrou apertando em sua mão o cordão com o pingente que a havia dado, em seguida puxando-o e me entregando.

– Batimentos caindo rápido! – o paramédico exclamou para o outro que pegou o desfibrilador. – Não... Não! – disse tentando me aproximar, mas não me deixaram.

Logo depois a levaram para o hospital e eu fui para casa. A primeira coisa que fiz quando cheguei foi procurar a tal pasta. Já tinha procurado por todo o quarto dela, quando me lembrei do carpete. Tirei o tapete e vi uma abertura na madeira do chão, quando a puxei lá estava uma pasta embaixo do carpete. Peguei-a e comecei a ler os documentos dentro dela. A cada página que eu terminava de ler, eu descobria o que Selena fez durante todo esse tempo que ela ficou sem falar comigo, ela desenterrou toda a história da minha família, começando pelos meus avôs até hoje. E quando ela disse que era algo perigoso, eu concordo com a minha amiga. Só naquele momento que eu percebi que eu realmente não conhecia a minha família.

A família Miller não é uma família americana, mas alemã. O meu avô lidava com trabalhos ilegais e era para seus filhos: Richard e Bernardi Miller seguirem o mesmo caminho, contudo a minha avó, não concordava e tentou fugir do país com os filhos. Ela não conseguiu, por que uma noite antes da fuga, a casa em que ela morava pegou fogo, Clarice Miller morreu tentando salvar a vida dos filhos. Logo, a mulher que eu sempre chamei de avó, na verdade, é minha tia-avó, que lutou pela guarda do meu pai e de seu irmão. Porém, ela só conseguiu ficar com um deles, o meu pai, e então saiu da Alemanha vindo para os Estados Unidos. Enquanto que meu tio, Bernardi, ficou na Alemanha sendo criado pelo pai, Joseph Miller. Anos depois, Bernardi ainda reencontrou o meu pai aos 19 anos, e pediu-lhe que se juntasse a verdadeira família, mas Richard recusou dizendo que a família dele estava nos Estados Unidos, no caso a minha mãe e Frederico, que era ainda um bebê. Já Bernardi fingiu aceitar a rejeição do irmão, mas naquela mesma época, a casa onde os meus pais moravam pegou fogo; e minha mãe quase morreu, da mesma maneira que a minha avó morreu. Tentando salvar o filho.

Eu fiquei chocado e assustado com tudo que Selena havia descoberto, por que pode ser que tudo o que estejamos passando, tenha sido consequência de algum ato do meu avô, tio ou até mesmo por causa da rejeição do meu pai para eles. Uma vingança.

***

Selena se recuperou e decidi eu sair por algum tempo da missão “007”, como a mesma chamava. Não estava desistindo, eu apenas queria um tempo para me recuperar do choque da missão que quase perdi a minha parceira e tentar encontrar minha mãe pelo mundo a fora, para descobrir mais coisas sobre o meu pai e Bernardi Miller.

– Você não pode sair, essa missão é sua, Will! – escutava os protestos de Selena enquanto dirigia de volta para casa.

– Você sabe o que é quase perder uma amiga e logo em seguida descobri que você não sabe absolutamente nada sobre o passado da sua família? – perguntei a encarando e ela ficou séria.

– Você vai procurá-la? – ela perguntou receosa e eu concordei.

– Não importa o que aconteceu, Katherine ainda é minha mãe, e ela salvou a vida do Frederico uma vez, eu tenho que saber o que aconteceu com ela.

– Então procura nesse endereço. – ela abriu a bolsa tirando um papel da agenda onde continha uma caligrafia que não era dela. Encostei o carro em frente à casa e analisei o papel, antes de perceber que aquela caligrafia era da minha mãe.

– Garota, eu vou te matar, viu! – disse sério encarado ela que riu.

– Não precisa agradecer, isso é só um pouco do que si faz pela família. – ela me abraçou. – E você é minha família, então, é isso. – ela sorriu.

– A missão é sua até eu voltar, ok? – lhe dei um beijo na bochecha e ela desceu do carro.

***

Eu realmente encontrei a minha mãe no endereço que Selena havia me dado. Era uma casa simples, na Austrália e próxima a casa da minha avó materna. Eu parei o carro em frente à mesma, e fiquei alguns minutos ali, apenas observando. Estava nervoso, por não ter certeza de como a encontraria, se ela teria outra família ou não, se a reconheceria. Desci do carro e caminhei até a sua porta, tocando a campainha. Alguns minutos depois a porta foi destrancada e uma mulher - de seus 42 anos, magra, alta, de cabelos ruivos longos e ondulados, de olhos claros e rosto redondo - apareceu na porta. Encaramo-nos por alguns segundos, antes dela sorrir e me abraçar. Aquele dia foi o melhor dia da minha vida. Eu a puxei para mais perto e a abracei forte.

– Meu filho... – ela começou a chorar e eu também. Por muito tempo desejei tê-la de volta em minha vida. Não saber o seu paradeiro, ou o porquê dela ter nos abandonado era como sempre possuir uma ferida aberta.

– Mãe... – eu sorri me afastando para poder olhá-la. Ela topou no meu rosto e beijou minha bochecha molhada pelas lágrimas.

Eu passei duas semanas em sua casa, tempo suficiente para descobrir muito mais coisas do que poderia imaginar. Ela me contou sobre o que a motivou a nos abandonar, ela estava muito doente, e essa doença veio bem antes do meu pai morrer, ela a escondeu até onde pode de nós e na mesma época que o meu pai faleceu a doença piorou, contudo, ela já estava curada.

– Eu nem sei o que faria se a Selena não tivesse me ajudado, sabe, me incentivando a ter uma mais vida saudável depois que o meu tratamento acabou, a fazer exercícios, trabalhar, me divertir e reencontrar a minha família. – Katherine disse sorrindo. Então Selena também estava por trás disso? – E eu venho pensando a algum tempo em voltar para Los Angeles reencontrar a sua irmã e tentar conversar com o seu irmão... O que você acha?

– Eu tenho certeza que a Clara irá gostar de reencontra-la.... – sorri fraco. – Já o Frederico, ele ainda está no exercito.

– Eu não acredito que ele realmente aderiria à vida militar. – ela me encarou e eu abaixei a cabeça. – O que aconteceu William?

– A Selena te contou alguma coisa? - a perguntei e ela meneou a cabeça confirmando.

– Ela disse que era melhor amiga da Clara, que sua irmã estava bem, estudando Medicina, morando ainda em Los Angeles e com Luanna e Bruna. Por quê?- minha mãe perguntou desconfiada.

– Por que... – comecei. – Por que a Selena é agente do FBI e guardiã da Clara.

– Do que exatamente você está falando? - ela perguntou me encarando.

– O Fred há mais de cinco anos faz parte de uma máfia que o FBI está investigando.

– Ai meu Deus! – ela colocou a mão sobre a boca. – Eu pensei que isso tivesse sido enterrado com Bernardi. O que o seu irmão está fazendo com essa gente, hein? – ela se levantou desesperada.

– Como assim, tivesse sido enterrada com Bernardi? – eu a puxei para o sofá. Então, ela me contou sobre o meu tio, sobre uma emboscada preparada pela policia que resultou em sua morte. E também sobre os trabalhos ilegais que ele fazia pelo mundo. Foi então que a contei sobre tudo o que aconteceu todos esses anos. Ela não gostou de saber sobre muitas coisas que tínhamos feito, principalmente por parte de Frederico.

O tempo que passei com ela na Austrália me fizeram refletir sobre toda essa história e assim que eu voltei para Washington, Selena me mostrou mais descobertas sobre a máfia Búlgara e Frederico. A última que ele tinha aprontado foi explodir mais de 100 milhões de libras em carregamentos de armas e drogas.

***

O tempo passou até quase duas semanas atrás quando prendemos um dos capangas do Atagasoff e descobrimos que o velho estava planejando matar Clara como castigo para Frederico e em seguida matá-lo também; E para piorar Frederico havia embarcando há poucos dias para a Bulgária sem ter sido chamado, atitude essa que nos deixou ainda mais tensos, porém Selena preparou uma equipe de resgate e eu tive a ideia de chamar Taylor para conversarmos. Sim, eu sabia há muito tempo que minha irmã e ele se gostam. Por isso mesmo eu o chamei, contudo, o plano se tornou um caos e resultou nessa confusa e estresse que estamos agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, por favor!!! :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destinos Traçados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.