Destinos Traçados escrita por Maria Clara Vieira, carol m


Capítulo 15
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez peço desculpas pela demora!Fiquei muito ansiosa para postar essa capítulo e aí está, espero que gostem e por-favor comentem. Obrigada pelo comentário Vivi!Boa Leitura! ♥



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POV- William:

Assim que Clara e Taylor voltaram para o quarto, expliquei resumidamente o que aconteceu no passado, sobre a missão e sobre os próximos passos. Por sorte ela não surtou novamente, e assim seguimos para fora do hospital. Selena foi à frente com Frederico e as garotas, enquanto eu e Taylor ficamos para trás. Precisava conversar com ele.

– Fala o que você quer dessa vez! – ele me chamou atenção e eu parei.

– Eu queria agradecer por você ter cuidado da minha irmã, não só por esses dias, mas todos esses anos. Obrigado!

– Eu só estou invertendo os papéis. Você cuidou de Selena todos esses anos. Não há o que agradecer! – respondeu e passou por mim de cabeça baixa.

– Mas é diferente... – chamei sua atenção – Você e Clara se gostam, dá para perecer isso no rosto de vocês, já eu e Selena somos apenas melhores amigos. -Taylor se virou e me encarou por um tempo e deu um sorriso fraco.

– Isso não importa mais! – ele disse vindo até mim. – Nunca mais seremos apenas Taylor e Clara como antes, sem mentiras, sem culpa ou receio... Mal começamos e já terminamos, por isso, não me agradeça. – ele disse entre dentes.

Ficamos nos encarando até ele se virou indo até o pessoal e eu o acompanhei. Andamos em silêncio, cada um perdido em seus pensamentos, e nos juntamos ao outros que já estava nos esperando no estacionamento.

– Para onde iremos? – Frederico perguntou com os braços cruzados e encostado no capô do carro.

– Para minha casa! Nenhum dos dois está em condições de enfrentar um interrogatório. – respondi e entregando as chaves da casa para Selena. – Descanse, está me ouvindo? - ordenei

– Mas você não com a gente? – ela perguntou olhando para as chaves em sua mão.

– Não, eu ainda tenho alguns assuntos para resolver aqui. Mas antes de anoitecer eu apareço. – lhe informei. Em seguida, Frederico entrou no carro com ela e um dos agentes os levou para minha casa.

Agora era a hora de enfrentar Clara e Luanna. Por sinal, só agora que a calmaria finalmente se instalou, consegui ver como elas estavam diferentes. Clara, ainda tinha as mesmas feições de garotinha meiga, apesar da maior idade, porém ainda não havia visto seu sorriso fofo. Estatura mediana de seus 1,70, magra e com as curvas bem delineadas. Seus cabelos continuavam loiros na altura do ombro, e seus olhos azuis que agora pareciam muito mais intensos e expressivos. Já Luanna, estava completamente diferente. Estava mais independente, impulsiva, arredia, coisa que ela nunca foi. Já na aparência, ela continuava sendo a mais baixinha das meninas, com seus 1,65 mais ou menos. Seus cabelos estavam numa tonalidade castanho escuro com algumas mechas de castanho um pouco mais claro, seu corpo estava mais definido e seus olhos castanhos.

– Taylor, você poderia levar Luanna e Bruna para casa? – perguntei e Luanna me olhou surpresa e depois com raiva. Mas antes que se pronunciasse, Taylor a puxou pelo braço e foi para o carro junto com Bruna, que não disse nada apenas o acompanhou. Bruna era a mais tranquila das três, desde criança. Com os cabelos loiros de comprimento mediano, com altura mediana, seus olhos cor de mel e suas afeições a deixavam ainda mais com um jeito meigo de garota comportada. Diferente da minha irmã e de Luanna que aderiram a rebeldia.

(...)

Quando enfim ficamos a só pude olhar para Clara e sorrir aliviado. Antes mesmo que eu dissesse algo, ela veio até mim em silêncio e me abraçou forte. Aquele abraço significou o ápice das minhas emoções ocultas por anos. Retribui a apertando mais contra mim e colocando meu rosto na dobra do seu pescoço. Ficamos ali, no meio do estacionamento, abraçados por longos minutos, até que ela se afastou me olhando séria.

– Esse abraço era a única coisa que eu desejei poder te dar antes de saber da sua morte. – ela me encarou séria. – Mas na verdade você não estava morto! – ela sorriu sem graça olhando para os lados.

– Eu... – tentei dizer alguma coisa, mas naquela hora, depois daquelas palavras, as palavras me fugiram. E o máximo que pude fazer foi continuar olhando-a.

– Não venha dizer que sente muito, por que sinceramente eu não quero me sentir mais mal do que eu já estou e também não pretendo dizer o que estou te dizendo no intuito de te fazer se sentir mal ou culpado pelo nosso passado.

– Eu acho que essa conversa vai demorar um pouco mais do que eu esperava... – suspirei – Vamos para um lugar mais particular. – disse colocando a mão em seu braço e fazendo-a me acompanhar.

Andamos até o jardim próximo a entrada do hospital, Clara se sentou num banco e eu fiquei de pé ao seu lado. Ficamos em silencio, eu pensava no que falar para explicar tudo.

– Clara – comecei. – Eu sei que você deve estar confusa, magoada, mas eu sei que você é forte e conseguirá me entender quando eu digo que eu só fiz isso por você, pela minha família, e pelas pessoas que são importantes na vida. – em nenhum momento enquanto eu falava Clara me olhou, decidi então sentar ao lado dela

– William, eu já ouvi isso de você e do Frederico hoje e sem dúvidas, vocês irão dar sempre esse mesmo discurso. – ela disse fria. – E ainda mais o Frederico, que é o mais errado de todos vocês... – ela riu forçada e me olhou decepcionada. – Você era a minha única maneira de fazer com que eu me lembrasse da minha infância, dos nossos pais, e dos vários momentos que tivemos todos juntos. – ela fungou e abaixou rápido a cabeça. Aproximei-me mais e a abracei, tudo que eu não queria mais era vê-la chorar novamente.

– Hey Claire... – levantei sua cabeça, fazendo-a olhar nos meus olhos. – Eu não quero ser uma válvula de escape para quando algo te der medo, você simplesmente mergulhar no passado e se conformar com o que acontece ao seu redor ou com você sem lutar. –indaguei tentando transmitir confiança.

Poderia ser esse o ponto em que ela queria chegar. De certa forma Frederico sendo o nosso irmão mais velho era ele quem deveria nos dar conselhos e passar confiança, mas ele nunca o fez. Agora que a minha ficha caiu. Para ela, eu era o que fazia esse papel, mesmo não sendo tão mais velho que ela.

– William... – ela disse derrotada.

– Calma maninha, confia em mim! – ela apertou pelo pescoço e senti seu corpo relaxar mais nos meus braços e sua mão afagar os meus cabelos delicadamente. – Vamos terminar essa conversa outro dia. Vamos para casa! – ela agarrou o meu braço, enquanto andávamos lentamente de volta ao estacionamento. Quando chegamos ao carro, abri a porta de carona para ela, que retribuiu com um sorriso gentil, em seguida, entrei no mesmo. Fomos o caminho quase todo tentando colocar a conversa em dias. O que no começo foi um pouco travado, depois de algumas gracinhas da minha parte, a conversa fluiu com facilidade.

Deixei que Clara fosse tagarelando o caminho todo, queria saber em quem era a minha irmã após anos separados. E fiquei surpreso suas revelações, principalmente em relação a ela ter se tornado capitã das lideres de torcida, nunca imaginei minha irmãzinha naqueles uniformes minúsculos ou agindo como tais. –risos.

– Sério?- não conseguia acreditar.

– Qual é William, se você e Frederico podiam ser do time de futebol e eu não poderia... – a interrompi.

– Eu daria tudo para ver a cara do Frederico quando te encontrou totalmente diferente. – gargalhei e ela sorriu fraco.

– Ele surtou e com razão... – suspirou pesadamente. – Naquela época eu não estava sendo a Clara que todos tinham orgulho, e sim uma garota rebelde, egoísta e que só pensava em popularidade. Alguns chegavam até a me chamar de vadia, devido as minhas atitudes. – disse abaixando a cabeça.

– Me deixe adivinhar... – olhei de lado. – Frederico foi grosso com você, te disse coisas que não deveria, depois percebeu que errou e correu para te pedir desculpa? – ela me olhou engraçado e eu balancei a cabeça negativamente.

– Ele não muda mesmo! – dissemos juntos e rimos.

– Depois que Fred voltou para Washington, eu decidi mudar. Eu abdiquei do meu posto de capitã das líderes de torcida um ano antes do vestibular. Tempo esse, que eu usei para estudar mais, fazer alguns cursos, me divertir da maneira certa. – ela sorriu. – selena me ajudou muito nesse período também! – ela reconheceu.

Chegamos ao prédio onde ela morava, eu parei o carro e descemos.

– Então tchau... – ela disse um pouco receosa e se afastou. Encostei-me ao capô e fiquei observando-a se distanciar.

– Clara. – chamei e ela se virou. Fui até ela e lhe abracei. – Vamos sair dessa, ok? – a afastei o bastante para poder ver seu rosto e ela colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e em seguida balançou a cabeça positivamente.

– Você vai voltar? – perguntou. Aquela pergunta foi muito boa de si ouvir.

– Assim que resolver o problema das casas, eu volto. Talvez daqui para o fim de semana quem sabe! - nos despedimos e ela entrou no prédio.

POV-Luanna:

Assim que cheguei em casa corri para o meu quarto e me tranquei lá. Sentada no chão chorei toda a dor, culpa, mágoa e amor que sentia por William. Cenas do passado não paravam de vir a mente.

– Por que você está fugindo de mim? – William me perguntou. Estávamos mais uma vez nas férias de verão, na casa de praia que nossas famílias alugavam. Porém quando estávamos tendo essa conversa enquanto voltávamos da praia.

– William, você que está me perseguindo! – ri e apressei o passo para voltar para casa.

– Venha comigo. – ele me puxou pela mão indo para um caminho totalmente diferente. Quando tentei escapar, ele me colocou em seus ombros e entrou na mata que rodeava toda a área.

– William, para... Me solta! – gritei, batendo em suas costas. Segundos depois ele me colocou no chão e sorriu. –Onde a gente está? – perguntei olhando para os lados e só vendo árvores.

– Relaxa! – ele disse se aproximando de mim, eu o olhei assustada. – Eu sei onde estamos e o caminho de volta. – ele sussurrou no meu ouvido, enquanto me empurrava contra uma árvore.

– O que você está fazendo? – perguntei me desviando dele. Eu estava em pânico! Eu gostava dele desde sempre e ele nunca demonstrou interesse por mim. Sempre saía e ficava se pegando com as garotas bem na minha frente. Tudo bem, não era para tanto! Ele era do time de futebol, era malhado e ainda tinha aqueles olhos azuis de tirar o fôlego, porém, nunca foi daqueles garotos que saiam todas as noites rodeados de garotas. Não, ele era na dele e ainda me dava atenção, a nerd que era caidinha por ele.

– Eu estou tentando te beijar, será que não deu para perceber? – ele riu ainda de costas se virou tentando se aproximar novamente.

– Mas... Por quê? – novamente me desviei. William fechou os olhos e sorriu falsamente.

– Por que duas pessoas se beijam, hein Lu?

– Racionalmente, é por que elas se sentem fisicamente atraídos e emocio... – tentei explicá-lo, mas antes mesmo de terminar o meu raciocínio, ele me beijou. Nossos lábios se chocaram, foi como se todo o meu sistema nervoso tivesse em curto circuito, soltando faísca.

– Desculpa o que era mesmo que você estava falando? – ele perguntou me dando um selinho antes de me olhar nos olhos.

– Eu- eu... – gaguejei.

– Foi o que eu imaginei! – ele disse me beijando novamente. Porém dessa vez, eu o puxei para mais perto e afaguei seu cabelo. Quando paramos o beijo, me segurei nele e encostei a cabeça em seu peito.

– Por que está fazendo isso? – perguntei ofegante. E ele sorriu abertamente, me deixando provavelmente vermelha.

– Por que eu gosto de você. – sorri ao ouvi-lo dizer isso. Era como se todos os meus sonhos tivessem sendo realizados.

– Eu não acredito que a Clara te contou... – totalmente sem jeito tentei me afastar, mas ele não deixou e me puxou de volta. Colocou suas mãos em meu rosto e me olhou por longos segundos antes de voltar a si pronunciar.

– Ninguém me contou, eu que percebi e resolvi arriscar. – ri do jeito natural que ele disse. Até parece que desconfiar que uma garota te ama fosse tão simples assim. E se eu não gostasse dele?

– E se eu não gostasse de você? – ele ficou sério.

– Caramba... – ele disse chateado. – Nessa parte eu não pensei! – ele fez uma careta engraçada e eu comecei a rir.

Ficamos sentados numas pedras próximas ao local onde havíamos nos beijado pela primeira vez. Conversando, rindo e namorando um pouco.

– Ok. Leva-me de volta para praia. Nossos pais devem estar preocupados. – disse levantando do seu colo. Ele se levantou também e começamos a voltar para a praia.

– Sua estraga prazeres! – ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo ficar arrepiada antes que entrássemos em casa.

Aos 13 anos, William simplesmente realizou os meus sonhos, se declarou para mim – em uma das várias tardes em que fugíamos da casa de praia e íamos namorar escondido. Foram quase cinco meses de puro amor, carinho, conversas mais intimas, e risadas. Porém, quando voltamos para a escola, o nosso relacionamento ficou um pouco complicado. Estudávamos em prédios diferentes, e o único momento que poderíamos nos ver era no intervalo ou no almoço – momento em que ele estava rodeado de amigos e garotas.

(...)

Estava no horário do almoço, com refeitório lotado, eu, Bruna e Clara estávamos entrando no mesmo, quando escutamos os garotos do time de futebol de as lideres de torcida começar a gritar.

Quando olhei para a direção dos gritos, foi como se eu estivesse levando um tiro no peito. William estava aos beijos com a capitã das líderes de torcida. Clara que sabia de tudo sobre eu e William, logo correu para onde eles estavam. Foi pior! Quando William viu Clara, seus olhos rapidamente procuraram pelos meus.

–Eu- eu. – não conseguia formular nada. Decepção, mágoa, ilusão, um coração aos pedaços. Era tudo que sentia naquele momento. Clara dizia alguma coisa para ele, enquanto o mesmo tentava argumentar. Subitamente comecei a ficar sufocada, e meus olhos começarem a arder. Olhei para ele, e o mesmo começou a diminuir a distancia entre nós.

Luanna... – William me chamou assim que eu virei às costas para sair daquele lugar. – Me deixa explicar, por-favor! – pediu indo para a minha frente e me impedindo de sair

– Não... – respirei fundo tentando conter as lagrimas- Era bom demais para ser verdade. Um jogador de futebol ser apaixonado pela amiga nerd da irmã mais nova- estava decepcionada e não tentava esconder. Tentei ir embora, mas percebi que erámos o centro das atenções.

– O beijo foi uma brincadeira, não teve nenhuma importância para mim. – William me puxou para ele, porém eu o afastei rapidamente.

– Se ficar com a garota mais popular não importou para você, imagina ficar comigo. Se eu significasse algo para você... – disse chateada por suas palavras. – Você teria assumido que passou os últimos cinco meses comigo escondido! – ele me olhou surpreso.

– E- eu... – ele gaguejou.

– Foi o que eu pensei... – desviei dele e finalmente fui para a saída. Assim que deixei o refeitório, corri o mais rápido que pude para o banheiro. Tentei chorar em silêncio, mas não funcionou muito bem. Minutos depois, estava sentada no chão do banheiro sufocada de tanto chorar entre soluços, até que escutei alguém entrando no mesmo.

– Lu sai daí... – Bruna me chamou do lado de fora. Não queria ver ou falar com ninguém. Passei o resto do dia letivo dentro do banheiro, com Bruna e Clara do outro lado tentando conversar comigo.

(...)

Duas semanas haviam se passado, a minha rotina havia mudado drasticamente. Ia para a escola, entrava no refeitório pegava o meu almoço e saia do mesmo, indo almoçar nas escadas e lá estavam as minhas amigas ao meu lado. Quando saia da escola, ia para casa, fazia a lição de casa e me trancava no quarto. Durante esse tempo, William não apareceu na escola e nem Clara comentou sobre o sumiço do mesmo. Até que um dia minha mãe entrou no meu quarto, dizendo que havia uma pessoa na sala que queria falar comigo.

– Eu não quero falar com ninguém! – disse automático cobrindo o meu rosto com o edredom.

– É importante! – minha mãe puxou o edredom para ver o meu rosto. – Lu, o que William te fez? – ela perguntou se sentando e me olhando com a feição serena. Olhei- a assustada e me sentei por impulso na cama.

–Como assim? – perguntei nervosa. – Ele não fez nada.

Luanna, você esqueceu que eu sou sua mãe? E mesmo você não conversando comigo, eu sei o que se passa com você só de olhar nos seus olhos. – ela sorriu gentilmente e em seguida estava a abraçando aos prantos.

–Dói mãe! – foi a única coisa que consegui dizer entre soluços.

– Minha querida, você ainda é muito jovem para já estar sofrendo por amor. - ela me apertou em seus braços. Naquele dia, contei sobre o meu relacionamento com William e como tínhamos terminado. – Eu nunca imaginei vocês juntos! – ela admitiu.

– Nem eu mesma estava acreditando! – funguei.

– Olhe, eu sei que sofrer por amor dói, eu mesma já sofri várias vezes quando tinha um pouco mais que a sua idade. – ela disse secando as minhas lágrimas. – Mas eu também sei que isso, vai passar. William foi o seu primeiro namorado, mas não o único. – ela disse se levantando. – Você irá superar, e já para começar... Ele está lá na sala! – ela se virou para a porta, saindo e fechando a mesma.

Quando eu desci, lá estava ele sentado no sofá com os cotovelos apoiados nas pernas olhando para o nada. Quando cogitei ir até ele, o mesmo se levantou, pegou a jaqueta que estava ao seu lado e foi para a saída. Só quando ele se levantou percebi o que poderia estar acontecendo. Suas roupas era um fardamento militar e seu cabelo estava cortado reto. Desabei ali mesmo, ele estava indo embora, e apesar de ter vindo a minha casa, não teve a coragem de falar comigo.

Não fazia ideia do tempo que estava chorando, mas já era hora de parar. Levantei-me do chão, sequei o rosto, peguei um pijama no closet, tirei minha roupa e entrei no banheiro. Tomei um banho quente tentando esquecer o que havia acontecido hoje e todo o meu passado com ele. Porém foi em vão, ele sempre voltava. Deitei-me na cama, mas o sono não vinha, então troquei de roupa, vestindo um short curto, uma blusinha azul de malha e calçando uma rasteirinha. Peguei meu celular e fones, antes de sair do quarto os coloquei no bolso de traz do short e finalmente sai.

Não sabia para onde ir, apenas queria ficar longe de tudo por alguns minutos, coloquei os fones de ouvido e comecei a andar pelas ruas próximas ao meu prédio. Tudo que aconteceu hoje foi muito chocante para mim. Descobrir que William estava vivo me deixou muito feliz, porém, logo em seguida me veio toda a raiva e magoa que senti por ele desde sua covarde fuga.

Eu sabia que desde aquele maldito dia, em que o vi partir, eu teria que aprender a lidar com aquele amor, Com o tempo aquele sentimento foi me sufocando a ponto de eu perceber que não valia mais a pena eu espera-lo. Então, eu decidi seguir em frente e por muitas vezes durante todos esses anos eu tentei esquecê-lo. Não foi o suficiente. Contudo, agora ele estava de volta a vida e a Los Angeles, bem próximo a mim. Não, eu não poderia me jogar em seus braços, por mais que uma parte de mim quisesse, quem seria eu se fizesse isso. Ele não me merecia mais, na verdade, acho que nunca mereceu. Mesmo assim, eu irei mostrá-lo tudo que ele perdeu.

Eu só não sei como, mas farei.


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Notas finais do capítulo

Beijos, para quem está de férias. Boas Férias!Obrigada querida Luanna Karoline (melhor amiga que me ajudou a escrever esse capítulo antes de viajar)Beijos, Maria Clara!



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