Destinos Traçados escrita por Maria Clara Vieira, carol m


Capítulo 13
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Ai como é bom voltar a postar! Estava morrendo de saudades!

AVISO SUPER IMPORTANTE:
No feriadão que teve semana passada, eu li uma quatro vezes todos os capítulos até o de hoje e decidi fazer algumas modificações! Nos primeiros quase nada foi alterado, mais no capítulo "Descobrindo" para cá quase tudo foi modificado!
NERVOSA... ESPERO QUE GOSTEM.

Boa Leitura!



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POV-Luanna:

Estava ficando preocupada com a falta de noticias de Clara e Taylor. Faziam uns quarenta minutos que eu e Bruna estávamos sentadas ou andando de um lado para o outro, e nada.

 – Eu vou procurá-la. - disse me levantando e pegando minha bolsa.

– Mas Lu... – Bruna tentou argumentar, mas a interrompi.

– Você não está percebendo? – perguntei a olhando como se fosse óbvio. – Tem algo muito errado aqui... - disse me afastando dela. Ela se levantou de má vontade e me acompanhou.

– E se for perigoso? – ela me perguntou receosa e eu a olhei feio.

– Não tem nada de perigoso... Pense bem, se fosse mesmo perigoso, Taylor não teria trazido Clara. Por mais que ela chorasse ou destruísse a casa. – eu disse demostrando confiança, mas no fundo também me fazia essa pergunta.

Quando íamos virar em um corredor, escutei a voz de Clara, de Frederico e de um rapaz que me parecia familiar. Antes que nos percebessem, puxei Bruna para o corredor que tínhamos vindo e ficamos ouvindo. Eu ainda conseguia ver algo do que estava acontecendo lá. Clara estava de costas para nós, Frederico de um lado e o outro rapaz eu não conseguia ver.

– Como vocês foram capazes disso, hein? Vocês me traíram, mentiram para mim esse tempo todo... – Clara disse dolorosa, chorosa..

– Você acha que foi fácil me afastar de você? Fazer tudo que eu tenho feito até hoje? – o rapaz disse com o tom de voz chateado. 

“Como assim? Nenhum rapaz que Clara conhece a traiu!” – pensei desconfiada.

– Eu só fiz o que fiz todos esses anos para te manter a salvo... A única coisa pela  qual ainda me faz querer lutar é você. Eu não aguentaria perder mais uma pessoa que amo. – Frederico disse e o vi tentar segurar o rosto de Clara, mas foi repelido.

– Parem de dizer que eu perdi minha família por culpa minha... – Clara disse já com uma voz fin. Então se virou na direção em que dava para ver seu rosto e notei que ela estava tentando controlar a respiração e que suas mãos estavam um pouco trêmulas. Mas logo começou a chorar.  

“Meu Deus o que está acontecendo? Quem é esse rapaz que fez Clara ficar desse jeito? Eu nunca a vi nesse estado de nervosos com mais ninguém além de Frederico.” – pensei em qualquer outro rapaz que pudesse deixá-la daquele jeito.
– Parem de dizer que eu perdi minha família por culpa minha...

“Minha família? Mas eu não me lembro de outro rapaz da família Mikaelson que ela tivesse mais contato além de Frederico e William...” – meu coração se acelerou e minha mente literalmente congelou na lembrança de William. Não poderia ser... Ele estava morto, pelo menos foi isso que Frederico disse.

Olhei rápido para Bruna e vi seus olhos a mesma confusão que eu estava sentindo. Sem pensar em mais nada até eles, mas fui puxada de volta.

– Pode não ser ele... – ela sussurrou. Eu sabia que era ele, não tinha como eu me enganar.

Clara encostou-se à parede e foi escorregando até o chão, Frederico tentou segurá-la, mas novamente foi afastado. Ver minha amiga novamente naquele estado me doía. Somos como irmãs e não poderia vê-la sofrendo novamente por eles.

. Sai correndo fui até Clara. Não me importei no susto em que William tomou ao ver-me e tentaria não demonstrar a minha surpresa também.

– Como isso... – ela tentou dizer, mas o choro não deixou.

– Não chora! Sei que você está confusa, mas para de chorar... – eu disse respirando fundo tentando não chorar. Clara apenas continuou chorando.

– Eu vou ver... – William disse tentando sair, mas eu me levantei rápido o olhando com raiva.

– Você vai ficar ai! - esbravejei. – Não importa o que tenha para fazer... Você ficará aqui com a sua irmã.

 – Luanna! – Bruna disse se aproximando e tentando me acalmar.

– Luanna nada, você não está vendo como ela está? – apontei para Clara que ainda estava chorando no chão. – Não importa se você sumiu com a intensão de protegê-la ou por ser covarde para enfrentar a vida. Uma coisa é certa e serve para os dois; - apontei para ambos. – Vocês nunca realmente pensaram na Clara. Na irmã caçula, que havia perdido o pai e em seguida foi abandonada pela mãe. Vocês nunca pensaram em como suas atitudes iriam afetá-la. Nunca pensaram em como ela viveu dia após dia sabendo que vocês poderiam morrer. E quando isso supostamente aconteceu... –apontei para William. – – Vocês não viram como ela reagiu. – fui interrompida pela porta de um dos quartos sendo aberta. Taylor apareceu, mas não me importei com a demonstração de surpresa dele.

– Eu vi. E na verdade ela me surpreendeu. – Frederico disse indiferente. Só percebi o que fiz quando vi a expressão de Bruna e a cabeça de Frederico virada com marcas de dedos.

– Você acha que meia dúzia de palavras, poderia cobriria o vazio que ela sente de vocês.- eu disse. Ele me olhou com ódio, mas ficou calado.

– Luanna, não faça nada que possa se arrepender depois. Deixe-me explicar tudo. E vai ver que não é o que está pensando. – William tentou se aproximar, mas lhe dei um tapa no rosto.

– Do que eu poderia me arrepender – perguntei com a voz mais fina possível. – Não se aproxime de mim. Você não merece as pessoas que te amam ou que já te amaram! – eu disse pegando minha bolsa no chão e abraçando a Clara pela cintura.

 – Eu não me importo que você me odeie! – ele disse sério. Clara me soltou e eu me virei para ele. – Não era para vocês estarem aqui, mas já que estão, devem saber que eu não posso deixar vocês saírem.

– Como é que é? – Bruna perguntou. – Nós só escutamos vocês discutindo e nada mais aconteceu.

– Vocês correm perigo! – ele disse sério e eu comecei a rir. – Eu estou falando sério. Espiões búlgaros têm vigiado vocês, eles sabem como entrar, sair sem serem notados, sabem se misturar com vocês sem ao menos perceberem quem realmente são. – ele disse firme e aquilo me deixou um pouco assustada.

– Então o que devemos fazer? – Bruna perguntou indo até ele.

“Não acredito que ela fez isso! Medrosa!”

– Bruna!- a chamei indignada.

– Se você gosta de viver na adrenalina, aos extremos, eu não gosto!

– Mas a gente sempre...

 – Não somos mais adolescentes que pulam o muro de casa para sair pela noite, correndo perigo! – ela disse balançando a cabeça negativa. – Eu quero salvar vidas, e não dar a minha de bandeja para um psicopata.

– Tudo bem! – disse me virando para Clara, que estava em um silêncio mortal, e peguei sua mão. – Ficaremos aqui. – vi Taylor soltar o ar parecendo aliviado. – Mas eu exijo saber por que esses idiotas estão na nossa cola. – disse firme olhando para William.

POV-Bruna:

Luanna não poderia estar raciocinando... Eu não acredito que ela sairia daqui depois do que William disse sobre estarem nos vigiando. Eu não quero morrer nas mãos de um psicopata, muito menos agora que eu estou quase conseguindo me formar.

Pois é, eu e Clara estamos quase nos formando, e não seria nada legal ter nossas fotos na primeira página da Times, como as garotas assassinadas por que saíram do hospital mesmo sabendo que estavam em perigo... É burrice!

(...)

Assim que Luanna decidiu permanecer no hospital, nós entramos no quarto em que Taylor estava. William iria nos explicar o que estava acontecendo, mas fomos surpreendidas com Selena machucada deitada na cama. Ela estava acordada, mas não nos olhou.

– O que faremos? – Taylor perguntou indo para perto de Selena.

– Contar a verdade! – William se sentou na poltrona perto da cama e virou o rosto para Taylor e votou a nos olhar.

– Eu... Eu não morri e... – Luanna o interrompeu.

– Claro que não! – ela disse sorrindo sarcástica.

– O que eu estou tentando dizer é algo sério e que não há espaço para brincadeiras infantis. – ele se levantou.

– Eu descobri que Frederico estava envolvido com uma máfia. Daí eu pedi auxilio para o FBI e comecei a juntar informações, mas fazendo isso perto dele, eu corria muito perigo de ser descoberto... – ele voltou a se sentar. – Por isso eu forjei a minha morte para ter como investiga-lo sem levantar suspeitas. – ele disse olhando para Frederico. – E a Selena sempre me ajudou.... Ela se aproximou de vocês propositalmente. Eu queria que se eu “morresse” vocês não ficassem sozinhas – ele disse olhando para Luanna, mas ela desviou o olhar.

– Então quer dizer que a Selena que conhecemos é uma farsa?- perguntei

– Não... A selena que vocês conheceram é ela. – ele olhou sorrindo para Selena que retribuiu com um sorriso fraco.

(...)

William tentou nos explicar rapidamente o que estava acontecendo desde o principio, e diferente do que Luanna pensava, eu o achei corajoso... Enquanto isso, Clara permaneceu calada.

–Então já que elas sabem toda a verdade, qual será o plano? - Frederico perguntou olhando para William.

– Agora você quer colabora... – Selena disse mal humorada.

– Selena vai continuar em campo. Enquanto eu e Taylor, nós nos certificamos de que Clara e as garotas continuaram seguras. – ele disse, pegando uma pasta e entregando a Frederico. O mesmo pegou a pasta e olhou rapidamente o assunto das folhas que estavam dentro da pasta. Deu uma olhada rápida em Selena e olhou debochado para William.

– Um casamento... É isso que você diz de plano perfeito? – ele disse nervoso, dando a pasta para Selena. – Você só pode estar enlouquecendo, eu não vou fazer isso. – de repente Clara se levantou e saiu do quarto batendo a porta. Logo depois Taylor a seguiu. Entreolhamos-nos, mas segundos depois voltamos a atenção ao assunto discutido: O plano.

– É o único jeito... Se você realmente quisesse ajudar a Clara, não pensaria em você, e sim nela. Mostre um pouco de humanidade e que você quer mudar. – Luanna disse o olhando.

– Tudo bem! – suspirou derrotado. – O que além desse casamento eu tenho que fazer? –  respirou fundo olhando para William e Selena

– Estou arrumando lugares mais seguros para todos ficarem, serão casas diferentes, mas próximas. – ele disse olhando para Frederico e Selena.  – Ou seja,  não importa o quanto não gostem um do outro, em público, fingiam ser um casal apaixonado, e quando estiverem sozinhos por favor não se matem. – ele os pediu e eu sorri com a cara feia que ambos fizeram.

– Ótimo! – William disse relaxando um pouco na poltrona. .

– Espera ai... Então significa que teremos que nos mudar? – Luanna perguntou o olhando de mau humor e assim que ele balançou a cabeça positivamente, ela bufou irritada.

– Se tem que ser em lugares próximos, significa que o mais aconselhável seria num condomínio. – pensei alto

–Já estamos resolvendo isso...

– No condomínio da mãe de Luanna, por exemplo, é um lugar seguro, e tem casas próximas a venda. Não é mesmo Lu? – Selena chamou a atenção dela.

– Como você... – ela começou, mas logo se calou. – Taylor, só pode ter sido ele. - ela reclamou.

– Luanna, para com isso! Por que essa implicância repentina com ele? – a questionei confusa. Taylor é um cara legal, independente da briga que ele e Clara tiveram, não há motivos para a Lu está chateada com ele.

– Você lerda ou o quê? – ela perguntou já me xingando novamente. Por que o novamente? Ela adora me xingar quando a questiono sobre as  suas mudanças de humor. Ela não  é bipolar, só um pouco confusa, às vezes.

– Não precisa começar com os seus chiliques, eu já entendi antes mesmo de você me xingar! – a provoquei. Ela se levantou e voltou a se sentar em outra poltrona.  – Luanna... – chamei derrotada a olhando, mas a mesma foi dura e nem se deu ao trabalho de mostrar que estava ouvido.

– Garotas... – Selena chamou nossa atenção. – Eu sei que o meu irmãozinho é muito chato, mas eu aposto que a Clara sabe enrolar a peça. – Selena disse calma e sorrindo. Espera ai, ela disse irmão? Estou chocada! Então o tal irmão que estava sumido, era o Taylor?

– Taylor é seu irmão? – eu e Luanna dissemos juntas arregalando os olhos. Selena nos olhou engraçado pelo choque e Frederico resmungou algo que não nos interessa.

POV-Fred:

Quando ouvi o nome daquela garota, Selena. Neguei-me a pensar que poderia ser a mesma que salvei anos atrás. Mas o que teria acontecido a ela?

Sete anos haviam se passado desde a primeira vez que tinha a visto. Lembrava-me perfeitamente daquela noite, em que fomos recrutados para o sul do Texas devido ao sequestro de uma adolescente de 16 anos, e que, a policia local não conseguirá regatá-la. Não gostei muito por que achava que o exercito não deveria interferir em assuntos que tinha certeza que não era dever da policia local ou estadual cuidar. Porém, assim que fiquei por dentro do que realmente estava acontecendo, mudei minha opinião sobre a repentina interferência.

 “Qual é o nome dela?” – eu perguntei para o um dos que estavam ajudando no resgate da garota.

“Selena Holt! Ela tem 16 anos, foi sequestrada há um tempo e não sabemos qual o seu estado lá dentro.” – responderam.

“Frederico, ela é irmã do Taylor!” – William disse após me puxar para longe das viaturas e ambulâncias que havia no local. Estava uma bagunça na redondeza, sem falar nas pessoas curiosas que transitavam entre os policias, umas parecendo realmente preocupados e outros apenas para ver a desgraça alheia.

“O que está querendo dizer?” – eu perguntei irritado por ele ter feito aquilo. Eu não queria está ali. Desde que havia sido chamado para a equipe dos Dragões Vermelhos, eu não fazia mais missões com o resto dos soldados, e não sei por que me colocaram nessa missãozinha. Era só mais uma garota violentada, por que a policia não cuidava disso?

“Por favor, salva ela!” – Will pediu. Eu o olhei sério eu me virei para olhar a movimentação perto da casa. “Eu vou tentar... Mas não garanto nada!” – disse derrotado depois que vi William me encarar por longos minutos. Eu nunca pensei que o veria me encarar por tanto tempo, e mesmo eu fazendo cara feia ele continuou. Voltamos para o tumulto.

Passaram-se alguns minutos, antes que o comandante chamasse todos que participariam da operação para nos mostrar a planta da casa e onde supostamente a garota poderia estar. Pois é, a casa não era qualquer casinha que pudéssemos arrombar e salvá-la. Era protegida por muros altos, e pelo que via na planta, ela era grande, com três quartos dois banheiros, uma sala grande, parecia mais residência familiar.

“Preparem-se por que essa garota sai hoje dessa casa!” – gritei depois que o comandante mandou que buscássemos as armas e proteção necessária.

Dois soldados pularam o muro e conseguiram abrir o portão antes de serem notados, assim que o fizeram dois homens quase o dobro do tamanho deles apareceu já atirando. Fomos rápido e invadimos a área, atirávamos neles e nos outros, que assim que perceberam que o local estava sendo invadido apareceram em monte.

Depois que já havíamos, inevitavelmente, matado eles conseguimos entrar na casa. Os três soldados que me acompanharam para me dar cobertura, entraram na frente e em seguida eu entrei indo direto para os quartos. Quando estava prestes a entrar no primeiro quarto do corredor, vi dois homens do mesmo estilo dos quais havia enfrentado na entrada, virem na minha direção e um deles estava com as calças aberta. Logo eu deduzi que ele só poderia ter saído as pressas do quarto onde a garota estava e que mal deu tempo de se recompor.

Eles me encararam e em seguida, literalmente, caíram em cima de mim. A sorte foi que um dos soldados estava logo atrás de mim e atirou em um deles. Já o outro assim que viu o ocorrido se virou e tentou fugir. Sai correndo atrás dele, mesmo sabendo que não era necessário, por que iria pegá-lo assim que tentasse sair do perímetro. Joguei-me em cima dele e na mesma hora comecei a lhe dar socos repetitivos.

“Onde está a garota?” – perguntei o puxando pelo colarinho da camisa, ele me olhou amedrontado e eu repeti a pergunta. “ Onde está a garota?”

“Eu... Eu...” – ele gaguejou, mas assim que lhe dei dois trancos ele respondeu. “No terceiro quarto!” – ele disse alto e eu lhe dei um último soco descontando toda a raiva que estava só de pensar como a tal Selena estava depois desses ogros terem lhe violentado. Mas o que realmente me deu raiva foi pensar que poderia ser Clara no lugar dela.

“Deus me livre!”- pensei entrando no quarto com cuidado depois de fazer o verme ficar inconsciente. Procurei a garota e me assustei quando a encontrei jogada no canto do quarto, enrolada a um lençol ensanguentado imóvel. Aproximei-me achando que havíamos chegado tarde e que a mesma já estava morta, mas assim que me abaixei para verificar isso, ela abriu os olhos lentamente e ficou me olhando sem reação. Quando ameacei topar nela, já para tirá-la dali, ela choramingou e vi o pânico dominar seus olhos.

“Por favor, não me machuque mais! Mata-me de vez, me tira desse inferno!“ – ela sussurrou antes de desmaiar.

Entrei em choque por alguns segundos, a olhava, sabia o que deveria fazer, mas tinha medo de tocá-la e machuca-la de alguma forma. Seu rosto e corpo estavam com vários cortes e hematomas, e  ela parecia tremer. Olhei para a porta entreaberta e assim que a fiz, vi William do outro lado já entrando no local.

“Não entre aqui!” – disse alto e o mesmo parou na mesma hora olhando para a garota no chão.

“Não me diga que ela está morta...” – eu a peguei nos braços, e andei devagar até a saída com William logo atrás. Assim que deixei a casa com Selena nos meus braços tentei protege-la da rajada de vento frio que nos golpeou, mas foi em vão.

Quando os paramédicos nos virão sair vieram correndo e me fizeram coloca-la com o máximo de cuidado e logo se afastaram para cuidar dela longe do tumulto. Um casal razoavelmente jovem correu para perto da ambulância enquanto a mulher chorava muito. Supostamente seriam os pais de Taylor e Selena. Fiquei observando de longe aquela cena, e tudo que havia visto naquela noite passaram pelos meus olhos rapidamente e se tornou lentas ao passar pelo rosto de Selena e de seus pais.

Senti minhas pernas se moverem de volta a casa, e mesmo William como o próprio comandante tentando me impedir, eu consegui entrar. Fui direto para onde o verme que havia apagado estava. Arrastei-o pela camisa até perto do banheiro, enchi um balde de agua e despejei no mesmo que rapidamente deu sinal de vida. Ele me olhou assustado assim que lhe dei um soco no queixo, sem ao menos deixa-lo se situar.

“O que...”

“Cala a boca!” – gritei lhe dando um pontapé e vendo seu rosto sangrar. Acertei-lhe vários socos, e depois o arrastei até o banheiro, onde enchi rapidamente uma banheira e o joguei dentro.

“Frederico!”- ouvi a voz de William atrás de mim, mas não consegui lhe responder por que estava cuidando de matar aquele verme infeliz. Ele se debatia dentro da banheira e eu o empurrava mais para o fundo, mesmo sabendo que ele já estava no mesmo.

“Frederico, saia daí agora!”- ouvi o comandante gritar no meu ouvido e eu obedeci depois de alguns minutos pensando. Larguei o homem ainda na banheira, e assim que o fiz o comandante me puxou para fora da casa deixando William cuidando do infeliz.

 “Você sabe o que acabou de fazer?” – ele me perguntou nervoso.

“Nada! Você não me deixou terminar...” – disse ranzinza.

“SE VOCÊ APRONTAR MAIS UMA DESSAS, PODE CAIR FORA! ENTENDEU MIKAELSON?” – ele gritou e eu assenti.

“Senhor, o sequestrador está inconciente. O que devo fazer?” – William perguntou no rádio.

“Os paramédicos estão indo ai!”- o comandante o informou enquanto me olhava raivoso.

Sai de lá o mais rápido possível, já sabendo o que aconteceria por ter desobedecido a uma ordem do comandante e foi exatamente o que aconteceu. Quando cheguei à base, o comandante me chamou para conversarmos, porém quando cheguei entrei na sala fui pego de surpresa. Ele me bateu até a exaustão, e depois me deixou preso por três dias numa sela, só com água e bolachas.

“Não queria fazer isso, mas você me desobedeceu na frente de todos. Que essa seja a primeira e última vez que tenhamos de passar por isso.” – ele disse me olhando feio eem seguida me dando as costas.

Aquele dia foi o primeiro de muitos que deixei meus sentimentos falarem mais alto. Foi a primeira vez que eu chorei desde que entrei no Exercito, foi a primeira vez que deixei a lembrança do sorriso de Clara, dos vários “Eu te amo” que ela dizia quando era pequena me dominarem. E assim adormeci e  consegui sobreviver aos outros dias.

Daquele dia em diante, apesar de ainda ter sentimentos, tentei ao máximo não demonstrá-los. Se o meu erro foi mostrar ser humano, esse “erro” não seria mais cometido, nunca mais. Depois que fui liberado daquele terrível castigo, soube que o sequestrador tinha fugido enquanto estava sendo levado para o hospital. Agora mais uma vez ele estava a solta e provavelmente fazendo novas vitimas igual a Selena Holt.


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Notas finais do capítulo

Por-favor comentem, só assim saberei se a história está boa ou não!
Beijos, Maria Clara K3



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