Os Últimos Hérois - Fic Interativa escrita por Jack White, Redbird


Capítulo 14
Meu coração partido


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Voltei a escrever! Me desculpem pela demora, mas minhas provas acabaram essa semana e as de meu irmão começaram dois dias depois do dia que eu disse que iria pedir para ele escrever... Ah, e desculpem por este capítulo estar horrível, é que eu, sem querer, apaguei mais de mil palavras que eu tinha escrito em me celular, então fiz esse capítulo com um pouco de raiva.
A música é uma de minhas favoritas. Espero que gostem, mas caso não abra: http://www.youtube.com/watch?v=1y6smkh6c-0
Aproveitem o capítulo!



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Bruna Treaty

Don't You Worry Child ft. John MartinSwedish House Mafia

Peguei os dois últimos sanduíches em cima do balcão e levei-os para a única mesa que restara da lanchonete, na qual um casal conversava animadamente.

– Aqui estão seus sanduíches! – disse com um sorriso simpático e falso no rosto.

– Obrigado! – O homem falou sorrindo.

– Mais algum pedido? – Eu perguntei só por educação, pois minha vontade era sair de lá antes que vomitasse.

– Eu não quero mais nada! – O homem disse e se virou para a mulher – Você vai querer, amor?

– Não, obrigada! – A mulher disse diretamente para mim.

Sai de lá com passos apressados. Eu não gosto de casais. Não gostava do modo meloso como se tratavam e agiam. E não gostava principalmente da forma que o homem sempre engana a mulher fingindo estar apaixonado por ela, até que ela o vê deitado na cama com outra e entra em depressão por meses.

Entrei na cozinha e encontrei minha mãe adotiva, Melanie. Ela tinha me acolhido e dado abrigo quando eu abandonei meu pai há alguns anos atrás. Além dela, ninguém tinha me ajudado quando encontrava uma garota suja, sem teto e passando fome nas ruas.

– Já vai sair querida? – Melanie perguntou tirando a touca e fazendo seus cabelos brancos caírem sobre seus ombros. Seus olhos azuis brilhavam na luz mal iluminada da cozinha.

– Vou sim! – Hoje era dez de março, aniversário da morte de minha mãe. Sempre nesse dia eu ia visitar o último lugar que eu a tinha visto. Tirei meu uniforme e fiquei com a roupa que estava antes: uma camisa roxa, uma calça jeans escura e um broche prateado de um cervo que eu encontrara há alguns anos. Então sai pela escuridão da noite.

***

Paguei o motorista e sai do taxi. Eu tinha finalmente chegado. Olhei para a imensa floresta verde que se encontrava na minha frente e procurei a marca que eu fiz em uma árvore: um coração partido. Achei-o e comecei a caminhar floresta adentro. Andava sempre em linha reta. Se eu me desviasse pouco que fosse do caminho, me perderia.

Avistei o reflexo do brilho da lua no lago e apressei um pouco mais o passo. Cheguei até lá e me deitei sobre a grama, observando a água calma e as estrelas radiantes no céu. Não havia nuvem nenhuma no céu. As estrelas flutuavam com seu brilho único, só sendo ofuscadas pelo leve brilho da lua.

Fechei os olhos e comecei a lembrar do primeiro dia que estive aqui.

***

Eu estava acampando com meus pais. Era meu aniversário de nove anos e estávamos fazendo um piquenique debaixo do sol de meio dia.

– Vocês querem a sobremesa? – minha mãe tinha perguntado.

– Siiiim! – gritei e meus pais riram.

– Então vamos ver o que é – ela disse e colocou a mão na cesta de piquenique – E a sobremesa é... Gelatina! – ela disse animada.

***

Abri os olhos. Eu não aguentaria ver aquilo de novo. Depois disso eu tinha brigado com minha mãe porque ela sempre se esquecia de que eu era alérgica a gelatina e sempre trazia gelatina para nossos piqueniques. Em minha cabeça eu inventei a desculpa de que ela queria me matar, mas soube o real motivo naquele mesmo dia. Eu sai correndo e minha mãe tentou me seguir, mas tropeçou e bateu a cabeça em uma pedra. Ela morreu antes que meu pai a levasse ao hospital. Eu não estava lá. Eu ainda estava correndo. À noite eu soube que ela tinha uma doença degenerativa no cérebro e que a memória dela já estava sendo afetada e era um milagre ela ainda se lembrar de mim naquele estágio. Quando soube da notícia de sua morte meu coração se despedaçou.

Desde então, sempre visitei aquele local em que meu coração tinha se partido pela primeira vez. Mas não foi a última.

***

Eu tinha tido um pesadelo: Eu estava parada. Minha mãe estava na minha frente, correndo, mas sem sair do lugar. Ela tentava se aproximar de mim. Então, eu me virei e vi meus amigos e meu namorado. E comecei a andar esquecendo minha mãe.

Acordei e fui para o lago. Encontrei o meu namorado deitado na grama e já ia falar com ele, quando percebi outra garota do seu lado. Eles estavam rindo e conversando. A princípio pensei que pudesse ser sua irmã, sua prima ou algo assim, mas depois ele disse que a amava e a beijou. Eu voltei correndo para casa sem me importar com o barulho que fazia.

Para piorar, meu pai começou a se embriagar para aliviar a dor da perda de minha mãe e sempre voltava tarde para casa. Um dia eu briguei com ele por ter chegado tarde demais. Eu despejei tudo o que eu achava dele ficar se embriagando toda santa noite só por causa de nossa mãe e que ela não iria aceitar aquilo. Ele me bateu e brigou comigo. Naquela mesma noite, eu arrumei minhas coisas e fugi. Então Melanie me encontrou.

***

Abri meus olhos. Por quanto tempo eu os fechei? Não sei. Não percebi o tempo passando.

Escutei um barulho vindo do lago e me sentei para vê-lo. Havia pequenas ondas sob toda a superfície do lago. Achei isso estranho, pois nada tinha acontecido para que o lago ficasse assim. Bom, eu acho que não...

Outro barulho, mas agora vindo da floresta que estava atrás de mim. Eu iria virar a cabeça para detectar a origem do som, mas antes que eu o fizesse, uma mão cobriu minha boca enquanto outra me puxava para a floresta.

Suas mãos eram grandes e fortes, então deduzi logo que era um homem. Um estrupador! Esse foi meu primeiro pensamento. Já conseguia imaginar o que ia acontecer: ele ia estrupar-me e depois me matar, deixando meu cadáver apodrecendo na floresta e sendo comido por milhares de animais. Ninguém ia sentir minha falta, iam todos seguir com suas vidas normalmente, a não ser... Melanie. Ela iria ficar sozinha cuidando da lanchonete e não teria mais ninguém que a fizesse companhia nas noites chuvosas de domingo, quando assistíamos a um filme juntas.

Eu não poderia deixar isso acontecer! Não deixaria Melanie ficar sozinha! Não ia parecer fraca diante de um homem besta e aproveitador! Não ia perder mais uma de minhas batalhas!

Então, fiz o mesmo golpe que eu tinha aprendido assistindo a filmes: Dei uma forte cotovelada em seu estômago e pisei no seu pé com mais força do que eu achava que tinha. Ele me soltou e eu dei alguns poucos passos para frente, me virei e o encarei já pronta para uma luta.

– Por que você fez isso? – ele estava meio curvado com as duas mãos sob sua barriga.

– Talvez porque você fosse estrupar-me, não? – Eu ironizei.

– O que!? Claro que não! – Ele falou e eu fiquei confusa. Se não era para me estrupar, para que era então? - Eu vim aqui te salvar! E a propósito, é estuprar, não estrupar.

– Eu não preciso ser salva! – Gritei com raiva. Não havia perigo ali e, mesmo se houvesse, eu sabia me cuidar sozinha. Não precisava de um garoto que achava que eu não conseguia me proteger. – E eu falo do jeito que mim preferir! – Gritei de novo, só que agora errando de propósito. Odiava que pessoas me corrigissem.

– Em primeiro lugar: Pare de falar errado! Isso me irrita! – minha raiva aumentava a cada palavra que ele falava – Em segundo lugar: Tem certeza que não precisava ser salva?

– Tenho!

– Então, por favor, quero ver você se salvar sozinha daquilo – ele apontou para o meio do lago e eu olhei. Meu queixo caiu. No centro do lago havia um monstro negro de seis metros de altura. Seus braços eram longos. Pareciam ser maiores do que seu corpo. Seus olhos eram de um vermelho brilhante e algumas partes de seu corpo pareciam se desgrudar dele e se dissipar. Eu ia gritar de medo, mas o menino tapou minha boca de novo.

– Tente não fazer barulhos se você quiser continuar viva – eu assenti levemente.

– O... o que é aquilo? – Perguntei gaguejando depois de um tempo.

– Aquilo? Um monstro! Você não enxerga? – Agh! Aquele menino só fazia minha raiva aumentar cada vez mais. – Ok, resumindo: aquilo é um ser das sombras enviado para matar a mim, a você e a outras pessoas simplesmente porque estamos destinados a salvar o mundo!

– Ok, cadê as câmeras? – eu falei e mexi em umas moitas procurando por câmeras escondidas – Isso só pode ser uma pegadinha. – Me virei para alguns galhos de árvores em cima de mim e gritei – Está bem! Vocês quase me pegaram!

– Shhh! Fale mais baixo! – O menino falou – Isso aqui não é uma brincadeira tá legal? Então você não pode falar alto a menos que você queira morrer!

– Pare de atuar! Eu já descobri tudo! – Falei para ele e caminhei para o monstro no lago. – Aqui coisa horrorosa! – eu falei agitando meus braços e o “ser das sombras” se virou para mim - Nossa, capricharam fazendo você hein? Você é realmente assustador!

Os olhos vermelhos do monstro começaram a brilhar mais intensamente e eu fiquei o encarando. O que seria aquilo? Não tive muito tempo para pensar. Aquele menino que eu tinha pensado que iria me estrupar, quer dizer, estuprar, correu em minha direção e me empurrou, caindo em cima de mim.

Eu bati a cabeça e minha visão começou a escurecer. A última coisa que eu me lembro de antes de apagar era um raio vermelho que foi disparado do monstro diretamente para onde eu estava há poucos instantes e toda a grama que estava lá tinha se transformado em cinzas. Certo, talvez aquilo não fosse uma pegadinha de Tv. E depois desse pensamento feliz, eu apaguei.


Bruna Treaty


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Notas finais do capítulo

Então, eu estou esperando a autora de Bruna me enviar a imagem dela e eu coloco aqui depois. Bom, é isso.
Comentem o que acharam, ameaças de morte, elogios e essas coisas. Já estou trabalhando no próximo capítulo, em que vocês vão saber a identidade do menino misterioso!
Até lá!



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