- NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

 Acordo com um grito no meio da noite. Me assusto e reconheço a voz de Emma. Vou correndo para o quarto dos meus pais, chego e vejo Will tentando acalma-la.

- Calme querida, já passou, tome um pouco de água.

 Ele acalça a água, mas ela parece ainda estar em choque olhando fixamente para a parede, quando múrmura algo.

- Minha. Quinn. Bebê. Lucy.

 Aquelas palavras sem sentido me lembravam de algo, só não sabia do que.

- Lucy Quinn, minha irmã!

 Emma vira a cabeça em minha direção e aparentemente está fora do transe. Com certeza a história do diário era verdadeira, a menina era mesmo minha irmã.

- Sebastian...você sabe. Ai! Minha cabeça...doí muito.

- Do que vocês estão falando? - Will estava muito confuso e não era para menos, ele nunca ficou sabendo de nada.

  Antes de poder responder a pergunto, Emma desmaia e Will pede para mim sair do quarto e fica cuidando dela. 

 Volto para meu quarto e tenho um sonho muito maluco.

 Estou no meio de um campo com céu escuro repleto de relâmpagos, começa a ventar e escuto uma voz abafada.

- Socorro! Me ajude Sebastian! Eu preciso existir!

 Sigo a voz e vejo um enorme cubo de gelo. Dentro dele, há uma garota loira de olhos esverdeados. Ela bate as mão freneticamente na parede do cubo e não para de gritar.

- Por favor Sebastian, por favor! Eu preciso existir!

- Quem é você?

- Me ajude!

- Diga seu nome!

- Sebast...

 Seus olhos ganham um tom dourado muito intenso, um brilho que a cada segundo começava a se intensificar, até virar uma luz muito forte que derrete o gelo e afasta as nuvens negras. Tento manter os olhos abertos, mas a luz era tão intensa que não pude segurar por muito tempo.

- QUINNNNNN!