Puck não conseguia tirar da cabeça a imagem de Quinn em seu apartamento na semana passada, a loira tinha ido atrás dele na intenção de acertar as coisas, e ele não foi capaz de ouvi-la como deveria, deixou que seu orgulho vencesse, agiu tomado pela magoa, e agora pensava claramente que poderia haver algum jeito de se acertarem. O moreno não passou nenhum dia da semana sem beber, exceto por aquela quinta-feira, ele sabia que Quinn viajaria para o casamento da irmã no dia seguinte, e alguma coisa pareceu chacoalhar dentro de si avisando que ele deveria tentar se aproximar da loira.

Santana estava sendo uma boa amiga para ambos, apoiava Puck o quanto podia, dizia-lhe que as coisas se acertariam e tudo terminaria bem, não forçava nenhum dos dois para tentarem uma aproximação, pois ela imaginava que seria pior assim, apenas se mostrava presente e os ajudava. Assim como ela, Sam não tomou partido, ficou ao lado do amigo com a missão de distrai-lo e na maioria das vezes evitar que bebesse demais e cometesse alguma besteira. Já Brittany insistia em falar de um para outro em todas as oportunidades que podia, a loira tinha certeza que o certo era que ficassem juntos e não podia permitir que ficassem tanto tempo separados por brigas sem sentido.

Ao chegar em casa naquele fim de tarde Puck respirava fundo apreensivo, abriu a geladeira e deu de cara com uma garrafa pela metade de vodka, fechou os olhos por breves segundos e desviou sua mão pegando a jarra de suco ao lado da garrafa, se serviu de um copo e caminhou direto para seu quarto sentando-se na beirada da cama.

Discou lentamente aquele numero que conhecia tão bem e torceu mentalmente para que Quinn atendesse e o escutasse. Após algumas chamadas o celular da loira foi atendido por uma voz nada familiar.

- Alô – a voz masculina atendeu e Puck congelou naquele momento, o medo tomou conta de si, os piores pensamentos relacionados a Quinn sendo assaltada ou sequestrada passaram por sua cabeça. Ele tinha que pensar rápido, afinal sua garota poderia estar correndo algum risco

- Por favor, eu gostaria de falar com a dona do celular – ele respondeu apreensivo

- Quem quer falar? – o homem respondia com grosseria na voz

- O namorado dela – Puck respondeu firme e ouviu uma gargalhada do outro lado da linha

- O ex namorado corno que me bateu no outro dia? – o homem voltou a gargalhar – O que quer com a Quinn?

- Por que você esta com o celular dela? Cade a Quinn? – o moreno perguntava visivelmente nervoso

- Ela está se recompondo – ele ria ironicamente – Ainda consigo ouvir os gemidos roucos dela no meu ouvido e o jeito com que ela gritava meu nome. Tivemos um dia cheio, sabe como é né, Quinn estava insaciável dizendo que eu sou o melhor ..

- Rick, é meu celular? – a voz da loira foi ouvida ao fundo

Puck sentia os olhos queimarem com as lagrimas que desciam incansáveis, assim que desligou o celular o arremessou com toda força em direção a parede, o aparelho caiu no chão em pedaços, pedaços que ilustravam como ele se sentia naquele momento, definitivamente quebrado. Ele havia perdido sua garota.

- Você atendeu meu celular? Quem era? – Quinn se aproximou do medico com uma expressão confusa no rosto

- Atendi porque vi que era Santana ligando – ele deu seu melhor sorriso falso – Ela pediu para avisar que irá demorar um pouco no estagio e eu disse que te levaria pra casa

- Ah sim – Quinn estranhou e logo sentiu as mãos do medico segurando sua cintura

- Temos coisa melhor a fazer do que pensar no hospital nesse momento

Rick deu um sorriso safado e uniu seus lábios aos de Quinn em um beijo faminto onde explorava toda a boca da loira com sua língua enquanto suas mãos passeavam pelo corpo da loira. Quinn se espantou com tamanha rapidez, o medico a havia convidado para conhecer seu apartamento após o estagio naquele dia e ela sabia exatamente quais eram as intenções dele, só não pensou que ele iria direto ao assunto, mesmo assim se deixou levar. Os beijos agitados do medico se tornavam cada vez mais intensos, as mãos de Quinn que percorriam as costas dele habilmente começaram a desabotoar a camisa que o homem vestia e ela passou a arranhar seu peitoral, o que pareceu acender um fogo maior dentro dele que desceu seus lábios buscando mais contato no pescoço da loira, distribuindo mordidas e chupões. Quinn fechou os olhos se deixando tomar pela excitação do momento, sentiu falta dos lábios dele em sua pele por alguns segundos justificados pelas mãos grandes que lhe tiravam a blusa, e novamente tinha seu pescoço atacado por beijos ferozes que rapidamente desciam até seus seios. O medico então segurou uma das mãos da garota que passeavam por seu abdômen e desceu até seu membro exposto fazendo com que Quinn o massageasse conforme sua vontade. Os lábios do homem realizavam um bom trabalho sugando e beijando os seios da loira, porem era inevitável comparar os toques que estava sentindo com os que estava acostumada a sentir com seu namorado. Puck mesmo nos momentos mais carnais dos dois conseguia ser o mais carinhoso possível, mantendo um ritmo confortável para Quinn onde ambos assumiam o controle, porem a loira sempre dominava.

A rapidez com que o corpo de Rick buscava o de Quinn a estava deixando nervosa e um pouco insegura, estava deitada no sofá da sala do medico com as luzes acesas, ela agia por simples instinto, fechou os olhos ao sentir uma das mãos estimular sua intimidade e estava se deixando levar pelas respostas de seu corpo que parecia ainda não estar totalmente confortável com aquele toque estranho, quando o celular do medico começou a tocar incansavelmente na mesinha ao lado do braço do sofá.

- É melhor atender – Quinn falou com a voz falha ofegante sentindo os lábios dele em sua barriga

- Não deve ser nada – ele rapidamente voltou para o caminho de beijos que fazia na pele pálida

- Não para de tocar, atende e fala que retorna depois 

Quinn incomodada com o barulho pegou o aparelho na intenção de entrega-lo para Rick e seus olhos se fixaram na imagem que aparecia no visor. Era o medico beijando uma garota e em cima da imagem aparecia a palavra “Noiva Ligando”. Ela o empurrou e se sentou no sofá o encarando confusa e mostrando o celular para o homem.

- Ah é só a Amber – ele deu de ombros colocando o celular de volta na mesa e partindo para cima de Quinn novamente

- Você tem uma noiva? – ela o empurrou novamente

- Uhun – ele sorriu safado e deu um chupão no pescoço de Quin – Bem longe daqui, em Princeton

- Eu não acredito – Quinn se levantou chocada o encarando

- Qual é Quinn, estamos nos divertindo – ele segurou a mão da loira – Volta aqui

- Não podemos fazer isso – ela cobria os seios com o braço – Não Rick, você poderia ter me falado, isso não, está errado

- Para de bobagem Quinn – ele se levantou fechando a calça – O que você esperava de mim?

- Eu .. – ela encarou o chão confusa se forçando a não deixar que as lagrimas escapassem – Não pensei que seria assim

- Eu pensei que você fosse uma mulher de verdade e que nós podíamos nos divertir – ele falou com desprezo – Não vai nem terminar o que começou?

Quinn balançou a cabeça negativamente e se apressou em vestir o sutiã e a blusa. Rick tambem já estava vestido e a pedido da loira a levou até seu apartamento. Ela acenou com a cabeça e quando foi descer do carro ouviu novamente a voz irônica dele se virando para ouvir bem o que ele dizia.

- Não pensei que você fosse assim – ele deu de ombros – Por isso seu namoradinho ficou tão irritado quando o chamei de corno a hora que ele ligou

- Como é? Quando você falou com ele? – ela perguntou chorosa

- Ele que ligou, não a Santana. Eu disse que estávamos nos divertindo um pouco – ele deu um largo sorriso e arrancou com o carro deixando Quinn desolada parada em frente ao prédio de seu dormitório, o pesadelo parecia ficar ainda maior, ela conseguiu errar mais uma vez com quem realmente amava.