Behind These Hazel Eyes escrita por MahhLeal


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

espero que vcs gostem ..



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As duas desligaram os celulares. Santana havia dormido no quarto de Brittany, na cama de baixo, o restante da festa havia sido tranqüilo pra elas, enturmaram com um pessoal que cursava engenharia e arquitetura, alguns curiosos pelo trabalho de dançarina da loira se aproximaram para apreciar o show que ela dava na pista de dança. Sam passou boa parte da festa desaparecido, voltou bêbado e logo os três foram pra casa.

Ao voltar para o quarto após falar com Quinn, a morena encontrou Brittany sentada na cama se espreguiçando com os olhos apertados. Logo a preocupação da morena já atingia a loira mais alta, que arrumou uma mochila com algumas roupas e objetos do amigo e as duas partiram em direção ao apartamento das duas estudantes.

Tendo passado aproximadamente uma hora, Santana chegou em seu apartamento acompanhada de Brittany. A morena estava muito preocupada com a conversa vaga que havia tido com a amiga pouco antes, e logo Quinn veio correndo a seu encontro na sala.

– Finalmente S, acabei de conseguir colocar o Puck no banho – ela falava agitada enquanto se sentava

– Huum colocou no banho? – a morena riu abertamente – Ok, não precisa emburrar, desculpa. O que aconteceu Q ?

A loira então começou a relatar todo o ocorrido da noite anterior, os flashes que se lembrava de brigar com o moreno enquanto ele a trazia carregada pra casa, em seguida contou a cena dessa manhã, seu ex machucando gravemente Puck. Brittany apenas observava enquanto Quinn relatava e Santana fazia alguns questionamentos. Após contar tudo, incluindo o beijo, com todos os detalhes que a morena exigia, começaram a discutir sobre levar o rapaz até o hospital da universidade. A conversa foi interrompida por um gemido alto de dor que vinha do quarto de Quinn.

Puck havia saído do banho e estava vestindo uma calça de moletom e segurando uma camiseta em uma das mãos, ele estava deitado de lado na cama com as pernas apoiadas no chão, com os olhos apertados urrando de dor.

– O que vc ta fazendo Puck? – Quinn correu preocupada até o lado

– Me vestindo – ele gemia entre os dentes

– Vc estava pensando em tratar disso com compressas, Quinn? – a morena rapidamente sentou-se na cama analisando o ombro do amigo – Ele parece ter deslocado o ombro

– Não estava assim Santana – a loira falava impaciente enquanto alisava o peitoral do garoto tentando acalma-lo

– Eu .. eu fui vestir a camiseta – ele respirava fundo e falava pausadamente – Ouvi um estalo, ai a dor parece que mudou

– Hospital, agora! – vociferou a morena

Brittany assistia a cena da porta, assustado com a movimentação das amigas e com o amigo, considerado um irmão, agonizando de dor.

– NÃO – Puck olhava assustado – Coloca.. isso .. o braço .. no lugar .. SANTANA

– Não posso fazer isso Puckermann – a morena estava alterada com a situação desesperadora

– Quinn por favor – o rapaz encarou a loira que estava com os olhos beirando ao desespero

– Me ajuda S, vamos colocar o braço dele no lugar – Quinn movia-se rapidamente puxando o rapaz pra deitar de corpo inteiro na cama

– Você enlouqueceu Fabray? – a latina observava a amiga sentar-se em cima do abdome do rapaz que respirava descompassado, mais olhava confiante para a loira

– Britt me ajuda a segurar ele – a loira dirigiu a palavra pela primeira vez para a garota que encontrava-se estática olhando a cena

Brittany então seguiu as orientações da amiga e se sentou nas pernas do moreno, o mantendo imobilizado, enquanto Quinn e Santana em um único movimento forte movimentaram o braço de Puck que anunciava com um estalo que estava novamente no lugar. O rapaz gritou de dor mais conseguiu respirar um pouco mais aliviado quando conseguiu movimentar o braço. Ele ainda sentia dores fortes, mais agora eram mais suportáveis.

A dançarina assustada com o procedimento que havia presenciado correu pra cozinha para tomar um copo de água e levar uma garrafa com mais três copos para servir aos amigos. Ao entrar no quarto presenciou uma nova discussão acalorada das duas garotas

– Você só pode ter perdido o juízo Fabray – a latina falava exaltada andando de um lado para o outro contornando a cama enquanto movimentava as mãos

– Ele me pediu tantas vezes pra não ir pro hospital – a loira tentava argumentar

– E você estudante de medicina tinha por obrigação contrariar ele, ele precisa fazer um raio-x, precisamos ver como estão as costelas

– Eu tentei examinar, não encontrei nada irregular – a loira estava sentada na beira da cama acariciando o abdômen do moreno, que mantinha-se de olhos fechados, no local em que havia sido atingido pelos golpes algumas horas mais cedo

– Você ta errada, por Díos Quinn, e se tivesse algum ferimento grave interno

– Eu não pensei – a loira falava pausadamente tentando organizar os pensamentos

– Para Santana – Puck abriu os olhos encarando a amiga – Obrigado por me ajudar, e obrigado Quinnie por fazer a minha vontade de me ajudar aqui. Para de discutir Sant, vcs três podem me levar pro hospital? Eu faço radiografias e o que precisar ..

– Eu estou de carro – Brittany interrompeu o moreno com medo que iniciassem uma nova discussão – sei que o hospital é aqui perto, mas ..

A morena apenas assentiu com a cabeça e respirou fundo encarando Quinn, que respirava aliviada e se levantava para tomar um copo de água oferecido por Brittany. A loira mais alta atendeu prontamente o pedido do amigo e o ajudou a vestir um agasalho de zíper com a sigla da universidade de “YALE”.

Já passava das 17h da tarde quando os amigos voltaram até o apartamento das garotas. Puck havia feito os exames rapidamente, graças as amigas estudantes ele não precisou aguardar na fila e foi prontamente atendido por um residente, que parecia ignorar o que ele falava e apenas prestava atenção em Quinn, o que fez com o que o rapaz cheio de ciúme, se calasse e apenas observasse as ataduras sendo colocadas em seu braço, ombro e ao redor das costelas no abdômen, por sorte não havia nenhum osso quebrado, apenas algumas luxações e o ombro deslocado que já estava no seu devido lugar graças as amigas, ele deveria permanecer aproximadamente um mês imobilizado e tomando medicação. Sam já estava sentado na recepção do hospital junto da irmã que havia relatado toda a historia, mantendo-o atualizado da situação.

O moreno mantinha-se quieto e conversando pouco com os amigos, Sam, Brittany e Santana conversavam animados sobre a festa da noite passada e já pensavam em planos para o feriado que se aproximava, os cinco amigos acabaram de comer lanches preparados pelo loiro e estavam reunidos na sala das garotas.

Quinn apenas dava sorrisos e concordava com alguma idéia animada que os amigos pediam sua opinião. Ela estava mais preocupada em observar o garoto sentado desleixado na ponta do sofá com o braço imobilizado apoiado em seu abdômen, ele parecia estar incomodado e mantinha-se pensativo desde a briga que presenciou da loira com a latina, porem seu silencio manteve-se praticamente absoluto ao saírem do hospital. A loira prestava atenção na expressão fechada e inalterável no rosto de Puck, ela não parava de pensar em todos os acontecimentos desde a noite passada, principalmente no beijo que trocou com ele naquela manhã, mal sabia ela que eram exatamente esses pensamentos que estavam impregnados na mente do rapaz.

Os outros três, Brittany, Santana e Sam decidiram sair a noite para um bar próximo a faculdade, eles teriam preferido ficar no apartamento assistindo filme e jogando conversa fora como já estavam fazendo, mais decidiram em cumplicidade que seria melhor deixar Quinn e Puck sozinhos, pelo menos por algumas horas.

A televisão estava ligada em um filme aleatório, o garoto olhava pra frente fixamente, era evidente que não estava prestando atenção em nada alem de seus pensamentos. Incomodada com a situação, a loira decidiu quebrar o silencio

– Noah, é melhor você deitar

– O que ? – ele a olhou saindo de seu universo fechado de pensamentos – Ah, sim. Se incomoda se eu dormir novamente aqui?

– Eu não estava pensando em nenhuma outra possibilidade, vem – ela se levantou sorrindo para o moreno – Vamos pro quarto

Puck sorriu agradecido, ouvir aquelas palavras da garota, ouvir seu primeiro nome daqueles lábios, ela era a única que o chamava assim pois ele era conhecido por seu apelido, ele sentia que ser chamado de Puck impunha mais respeito, o transformava em uma figura mais forte e intimidante, era a imagem que ele aprendeu a carregar, era a mascara que ele vestia e a personalidade que o definia. Mais ao ser chamado de Noah por aquela loira encantadora seu mundo parecia voltar a uma posição primitiva de abertura, ele não tinha defesas contra aquele sorriso, aquela voz e, principalmente, contra aqueles olhos verdes brilhantes.

– Quinnie, me ajuda? – ele ergueu levemente o braço mostrando que se referia ao agasalho – Não vou conseguir dormir assim

Ela sorriu e assentiu com um aceno de cabeça e tirou cuidadosamente o braço imobilizado pela manga e tirou completamente a peça de roupa do moreno. Ele observava atentamente a expressão concentrada da loira fazendo movimentos cuidadosos e calculados para evitar que ele sentisse dor.

– Sabe, parou de doer, o que vcs me deram no hospital, morfina?

– Quase isso – ela sorriu simpática – Foi um analgésico forte, seu braço foi colocado no lugar a sangue frio

– Você vai ser uma medica muito boa, acho que melhor que a Santanna, ela é um pouco bruta, se é que vc me entende – ele riu e indicou com os olhos o estrago no ombro

– Santanna é excelente, eu não teria conseguido nem tentar sem a ajuda dela, ela teve mais frieza

– Mais vc é minha medica particular, pra mim vc é a melhor – ele tinha um sorriso galanteador enquanto aproximava seu rosto da garota e encarava seus lábios – E com certeza a mais linda

– Noah ..

Os olhos de Quinn já estavam fechados ao sentir a ponta do nariz do rapaz tocando em seu próprio nariz, os dois conseguiam sentir mutuamente seus sorrisos, e aproximavam lentamente em um movimento ritmado os lábios, unindo-os como o encontro de imãs opostos. O toque dos lábios começou tímido, apesar de sua fama de conquistador, o moreno sentia arrepios cada vez que a pele da garota encostava na sua, esse toque de lábios era como um choque elétrico percorrendo todo o seu corpo. Logo o par de lábios famintos por uma aproximação maior começou a se explorar mutuamente, eram leves mordidas acompanhadas por toques sincronizados de línguas, até que o fôlego foi necessário e foram obrigados a se separar em alguns centímetros.

As mãos dos dois estavam entrelaçadas e se acariciavam calmamente. A loira foi a primeira a abrir os olhos e observar a expressão calma que o moreno mantinha em seu rosto, parecia que naquele momento não havia nenhuma sombra de dor, claro que com uma ajuda dos analgésicos, mais ela percebeu que era capaz de transmitir uma certa paz para o moreno.

Passaram o resto da noite trocando beijos e conversando sobre assuntos variados, era incrível como sempre tinham o que falar, semelhanças e diferenças em seus gostos para muitas coisas, eram descontraídos e riam muito, Puck sabia ser encantadoramente engraçado e Quinn, por sua vez, fazia com que ele sorrisse naturalmente, sempre que contava alguma historia antiga ela soltava uma sonora gargalhada e logo era acompanhada por ele. Quando o assunto chegou em gostos musicais, o moreno já encontrava-se deitado com a cabeça no colo da garota que lhe acariciava os fios de cabelo com as pontas dos dedos. Ela começou a cantar suavemente um trecho de uma de suas canções favoritas e observou o rapaz se render ao sono de tão relaxado que estava, a loira então movimentou-se cuidadosamente deitando ao lado do garoto sem acordá-lo e se juntou a ele em um sono tranqüilo, dormiram assim, com os dedos entrelaçados e os rostos muito próximos, respirando praticamente o mesmo ar.



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Notas finais do capítulo

não sei muito escrever aqui ou nas notas iniciais, mais se alguem quiser perguntar alguma coisa, puxar assunto, fiquem a vontade ..



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