Sweet Lie escrita por Nina Oliveira


Capítulo 3
Grenade II


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Eu quase chorei fazendo ele.
Meninas uma dica: Se uma dia aparecer um Percy na sua vida, não siga o exemplo da Aline.



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Link da música:Grenade

Pov Percy:

15 de setembro de 2005:

Hoje era um dia especial. É o meu aniversário de namoro com a Aline.

Eu e a Aline começamos a namorar dois meses depois que nos conhecemos exatamente nesse dia. Hoje é nosso aniversário de 4 anos de namoro e eu resolvi dar um passo importante. Vou pedi-la em casamento.

Eu comprei um anel lindo e reservei uma mesa num dos restaurantes mais chiques da cidade, com a ajuda da Rachel e do Nico. Eu tenho certeza que ela vai amar...

Eu estava pronto, pus uma calça jeans preta, uma camisa azul de botões e um tênis.

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Peguei as chaves do carro e mandei uma mensagem pra ela.

Percy: Já tô chegando!!

Fui até a garagem e tirei o carro. Já estava perto da casa dela quando resolvi ligar o rádio. Na estação passava um especial Bruno Mars. A primeira música era It Will Rain. Confesso que nunca gostei muito das músicas de hoje em dia, mas essa era com certeza uma exceção.

Cheguei à portaria do prédio e buzinei. Cinco minutos depois, ela apareceu linda. Usava um vestido preto de um obro só, com sapatos pretos e uma bolsa também preta. Seu cabelo estava liso e sua maquiagem, nem tão discreta, nem tão chamativa.

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Ela entrou no carro e me cumprimentou com um beijo.

– Nossa – ela disse – isso tudo é pra mim? – seu sorriso era tão lindo que me hipnotizava às vezes.

– Claro! – ela me olhava de uma forma maliciosa – E isso tudo? É pra mim? – perguntei brincalhão e ela assentiu.

– Gostou?

– Adorei! – trocamos mais um beijo e eu dei partida. A viagem toda foi bastante silenciosa. Era meio estranho, mas ainda sim bom. Chegamos ao restaurante e o Maître logo nos atendeu. Nos sentamos e pedimos a comida. A conversa fluiu normalmente e estávamos nos divertindo.

Após o jantar eu resolvi acabar logo com essa história e a pedir em casamento. Peguei as suas mãos e comecei.

– Hoje faz quatro anos que começamos a namorar, e parece que foi ontem. Você é uma das pessoas mais especiais da minha vida. – ela me olhava com curiosidade – Eu te amo. E eu quero que você fique pra sempre comigo. – Agora não tem mais jeito. Ela se mexeu desconfortável na cadeira.

– Percy, o que você quer... – ela começou mais eu a interrompi.

Eu quero saber se: - me levantei e me ajoelhei a sua frente, olhei no fundo dos seus olhos e apertei suas mãos junto as minhas. – Aline Brenda Grinffin, você aceita se casar comigo? – pedi. A essa altura todos olhavam pra nós e a falta de resposta ela estava me envergonhando.

Então ela simplesmente fez uma coisa surpreendente. Ela se levantou e saiu correndo, me deixando lá ajoelhado. Eu podia sentir olhares de pena e deboche sobre mim. Sabia que muitos ali tinham vontade de rir da minha cara, mas não era isso que me preocupava. Eu simplesmente não entendia.

Me levantei, deixei o dinheiro da conta na mesa e fui atrás dela. Após correr um pouco, eu a encontrei. Chamei seu nome duas vezes e nada a fazia parar.

Só que eu estava de tênis e ela de salto, então corri o mais rápido que pude, a alcancei e segurei seus braços a forçando frear e se voltar pra mim.

Ao contrário do que eu imaginei, ela não estava triste, ou brava, parecia mais entediada.

– Achei que eu ter saído correndo de lá, já era resposta suficiente! – falou fria e eu me assustei.

– Olha me desculpa! Se você acha que ainda não está pronta, eu respeito. Eu sei que é um passo muito grande. Eu espero ok. ? –disse carinhoso e ela riu. Riu de uma forma debochada e sarcástica, como se eu fosse algo muito patético.

– Me esperar?! E quem disse que eu quero que você me espere?! – eu estava boquiaberto. Essa não era minha namorada – Sabe, me diverti muito ao seu lado, mas eu sou a favor da política de que tudo um dia na vida acaba. E o nosso lance acabou. - gotas de chuvas começaram a cair.

– Como assim? – perguntei infantilmente.

– Gato, não rola mais. Você é muito fofinho. Mas é fofo de mais pro meu gosto. Garotas como eu não gostam de caras assim. Eu tava até me divertindo, sabe, gente rica sabe realmente como viver, só que chega. Acabou! Me esquece! – falou ela como se nossa conversa fosse sobe o tempo!

Numa tentativa desesperada eu gritei:

– Te amo!

E a resposta dela foi como uma facada no meu coração.

– Mas eu não!

Ela se virou e começou a andar. Eu não podia a deixar ir, então corri atrás dela novamente.

–Por favor, não vá! Fique! – disse me ajoelhando novamente.

– Não implora não! Já tá ridículo o suficiente. Acorda garoto, você só foi mais um. Foi divertido, mas acabou. – falou ela me levantando.

Então finalmente eu compreendi. A chuva tinha se intensificado e se misturava as lágrimas do meu rosto.

– Você me usou! – falei despedaçado.

– Achei que nunca ia entender! Agora vê se some! Já chega né?!

Ela se virou e foi embora, me deixando lá parado na chuva, mas dessa vez eu não fui atrás.

Voltei para o meu carro dei partida e fui em direção à casa do Nico. Liguei o rádio e ainda passava o especial. Dessa vez era: Grenade.

Impressionante! Música perfeita para o momento! Pensei amargurado.

Cheguei à frente da casa do Nico e estacionei de qualquer forma. Sai do carro e toquei a campainha.

O Nico atendeu só de bermuda (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=67957132&.locale=pt-br). Parecia ter acabado de acordar. Ia dizer algo, quando viu meu estado. Me puxou pra dentro e eu desabei.

Chorei e Chorei! Não parei de chorar! Chorei tudo que podia!

Mas daquele dia em diante me prometi: nunca mais iria chorar assim por ninguém. Muito menos por uma garota.

Outra coisa que mudou, foi a chuva. A partir daquele dia ela não me trouxe mais paz. Agora apenas me trazia uma enxurrada de lembranças ruins e de sofrimento que nem o tempo podia apagar.

Mais uma coisa era certa: o Percy Jackson fofo e romântico tinha morrido ali, no mesmo lugar em que morreu o nosso amor, ou melhor, a doce mentira, na qual um dia eu acreditei.



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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?
Será que ele vai continuar bonzinho?



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