Kiss Me Slowly

"Bem, eu não tenho a certeza do que isso vai ser, mas com meus olhos fechados tudo o que eu vejo é a linha do horizonte, através da janela, a lua acima de você e as ruas abaixo. Não vá. Prendo a respiração enquanto você está se movendo, eu saboreio seus lábios e sinto sua pele. Quando chegar o momento, não tenha pressa amor, apenas me beije lentamente. - Kiss Me Slowly"

2 horas atrás

Pov Nico

Fomos lentamente passando pelos cômodos, esbarrando nos móveis e derrubando objetos da decoração. Prensei-a contra parede e senti suas mãos desabotoarem minha camisa com urgência. Era puro desejo emanando de nós dois, mas tinha um quê de carinho. Nossas bocas se encaixavam na mesma sintonia, sua língua brincava com a minha numa provocação mutua que me deixava louco. Minhas mãos foram para debaixo da sua camisa fazendo-a se arrepiar.

– Vem... – arfou ela me puxando.

Entrei no seu quarto enquanto ela retirava minha camisa. Quando tido tinha ficado tão quente?

Andamos até a cama e a deitei caindo por cima dela logo depois. Passei a beijar seu pescoço fazendo-a revirar os olhos, aquele joguinhos de beijos estava bom, mas eu queria algo mais.

Pelo visto ela também queria, já que tirou minha roupa como pouco mais de pressa o que me fez soltar um risinho irônico. Passei a trabalhar também tirando a despindo por completo.

Encostei minha testa na dela já totalmente despido.

- Você é minha! – sussurrei em seu ouvido encarando-a depois.

–Eu sou sua! – respondeu me encarando também.

Foi o que bastou para mim. Desci o corpo em direção ao seu, selando aquele momento com um beijo em seus lábios.

Não sei por quanto tempo isso duraria, mas naquele momento ela era minha. Só minha.

---------–-----------------------------------------------------------------------------------

Olhei para Thalia nos meus braços e por um momento desejei estar para sempre assim... Provavelmente, amanhã quando acordasse, Thalia iria me enxotar e ignorar pelo resto da vida, mas hoje não. Hoje ela era minha.

Era impressionante o quão errado isso era e o quão certo parecia. Cheguei mesmo a duvidar que isso fosse verdade, mas o barulho da respiração pesada dela, e seu corpo pressionado o meu não deixavam escapatória, ela havia se entregado para mim, e isso era real.

Mesmo com o mundo todo, e nisso se incluía ela, duvidando e até mesmo condenando essa relação, uma parte de mim, totalmente insana e idiota, sabia, ou melhor, sentia que era certo. Era verdadeiramente puro... mas completamente complicado.

Enquanto devaneava, meu telefone deu alerta de mensagem, chamando mais uma vez a realidade. Assim que peguei o aparelho vi que não era só eu que tinha boas novas.

“Nico, preciso falar com você! Assim que sair de quem estiver, por favor me ligue... Cara, eu vou ser pai. - Percy”

Ri pelo nariz em completo choque. Ele realmente devia estar muito nervoso e assustado para ter me mandando uma mensagem dessas. Mas não o culpava, afinal, seria pai.

“Não estou dentro de ninguém agora, mas não posso ligar. Quem é a mãe? - Nico”

Depois de cinco minutos aproximadamente o visor da tela piscou novamente e um musiquinha irritante denunciou uma nova mensagem.

“ Annabeth. Cara, foda-se se ela está dormindo, sai daí, porque eu preciso de você! - Percy”

Uou, Annabeth?

Bufei exasperado e Thalia se mexeu ao meu lado, acordando aos poucos. Você me deve uma Jackson, pensei amargurado me preparando para o surto da Punk.

– Nico... o que? – ela perguntou confusa quando me viu lá, fazendo menção de se levantar. Segurei sua mão, impedindo-a de completar o ato.

–Thalia, por favor, hoje não. – pediu – Volte a me odiar amanhã se quiser, mas hoje não.

Por um momento pensei que ela fosse gritar e me mandar sair dali, mas ela apenas deitou novamente no meu peito e perguntou:

– O que aconteceu? – apontou para o celular.

– Percy! – exclamei disfarçando minha surpresa. – Ele tá desesperado por que a Annie tá grávida! Ele surtou.

Ri baixinho, mas ela não viu a menor graça.

– A Annabeth está lá? – perguntou me olhando.

– Parece que sim! – dei de ombros e ela se levantou num pulo caçando as roupas pelo quarto. – O que...

– Se veste! – me interrompeu jogando minha calça – Vamos fazer uma visitinha para os futuros papais!