As crônicas de Nárnia - Feiticeira verde escrita por Isa Holmes


Capítulo 9
Lugar certo.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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~ POV Lúcia ~

“Lúcia?” Ouvi alguém chamar. Sua voz era calma, doce. Única.

Eu estava deitada entre algumas folhas secas de outono. Sentei-me e investiguei o lugar. Era a floresta. Uma floreta viva. Um lugar com animais felizes, árvores dançando... Dava até para se ouvir um fauno tocar flauta. Òh, que melodia calma...

Lúcia?” Ouvi-a novamente.

Levantei-me e seguia voz. Quanto mais eu me aproximava daquele chamado, mais alto e claro ele ficava.

Lúcia!” desta vez, por pura sorte, a voz estava atrás de mim.

Assim que me virei, senti um conforto no coração.

“Aslam?” abracei seu corpo macio “Aslam!”

“Lúcia querida, Onde estão os outros?” o leão se sentou.

“Eu estava com Pedro...” olhei para os lados “Na-Não sei para onde ele foi. Já Edmundo e Eustáquio foram capturados pela feiticeira.” Continuei enquanto o analisava. Aah, aquele pelo macio, aqueles olhos brilhantes... “Eu estava com saudades” Novamente o abracei.

Aslam sorriu.

De repente a feiticeira apareceu. Aslam me empurrou, afastando-me dela. A mulher o nocauteou com uma maldita magia. Aslam rugia e rugia. Rugia cada vez mais forte...

Aslam! – acordei sobressaltada.

Havia sido apenas um sonho.

Pedro, que estava sentado, se aproximou e agachou ao meu lado.

– Lúcia, que foi? Teve um pesadelo? –perguntou.

– Não. Nada demais­ – menti.

Pedro ergueu uma sobrancelha, duvidoso.

– Você dormiu? – perguntei notando suas olheiras. Não posso negar que também queria mudar o assunto.

– Não. Não consegui – respondeu.

Pedro me ofereceu um cacho de uvas. Neguei.

– Cadê Cristal e Eclipse?

– Eles foram dar um passei. Logo, logo eles voltam.

Pedro levantou e dirigiu-se para o lago, lavando o rosto. Fiquei sentada, pensando como sempre, se Edmundo e Eustáquio estavam bem. Não demorou para que os unicórnios retornassem.

Pedro se afastou do lago e pegou nossas coisas.

­­– Todos prontos? – perguntou ele.

Balancei a cabeça afirmando que sim. Subi em Cristal e meu irmão ficou com Eclipse. Quando estávamos todos prontos, Pedro avançou com Eclipse. Cristal e eu fomos em seguida. Com o céu ainda nublado galopamos por algumas horas. Pedro argumentou que era melhor se aumentássemos o passo. “O quanto mais rápido melhor”, disse ele.

Nós paramos por um minuto ­– literalmente um minutinho! – para checar o mapa. Pedro o pegou da bolsa e disse que não faltava muito.

E, realmente? Não faltava quase nadinha.

– Pedro, olha!

– Por Deus! – sibilou, boquiaberto.

Diminuímos a velocidade e descemos dos unicórnios. Pedro e eu nos aproximamos do que tínhamos visto. Era incrível! Era o lampião! Me sentir reconfortada por poder voltar ao começo. Pedro passou a mão pelos cabelos louros até chegar à nuca. Ele parecia totalmente sem graça. E muito, muitíssimo feliz. ­

Meu irmão ia montar novamente em Eclipse, mas eu o impedi. Segurei sua mão e o puxei.

– Pedro, acho melhor irmos a pé agora. Não estamos muito longe.

Pedro concordou com a cabeça, então fomos adiante. Meu irmão, como sempre, foi na frente, enquanto eu acompanhava Eclipse e Cristal. Acho que demorou menos de meia hora para chegarmos em nosso destino. E, para nossa surpresa, Pedro estava certo sobre meu sonho. Pelo menos eu acho que sim.

Nós nos escondemos atrás de algumas árvores que jaziam ali. Havia dois minotauros de guarda. Quando encarei meu irmão de relance, ele estava com cara de quem teve uma ideia. Pedro pegou o arco de Susana e soltou duas flechas. Seu ato fora tão rápido que mal consegui acompanhá-lo.

Pedimos para que os unicórnios ficassem do lado de fora. Claro que em um lugar seguro. No mesmo momento os dois trotaram para longe.

Pedro e eu nos preparamos para entrar. Ele ficou com sua espada na mão, e eu fiquei com a do Eustáquio.

Foi então que nós nos encaramos, respiramos fundo e entramos.


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