Meninos de Elite escrita por Gabriel Golden Fox


Capítulo 4
Preparar, Apontar,...


Notas iniciais do capítulo

A anatomia dos robôs, os últimos treinamentos, o presente de Marcos e Kellan e a as armas de cada um...
Música para escutar enquanto lê: "Radioactive" - Imagine Dragons



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Quando todos da base aérea ficaram reunidos no coração do prédio, na sala dos computadores onde os prodígios conheceram Vírus, lá estava uma gravação de uma câmera de segurança em algum lugar do Japão. E o vídeo da câmera, mostrava as armas secretas dos japoneses, que iriam atacar eles em três dias. E eram...

– Robôs! Como eu não deduzi antes? É bem típico deles... – disse Vírus.

– O que você sabe? – perguntou o Capitão Glock.

– Eles são robôs com, pelo menos, 2 metros de altura. E foram programados para serem fortes para pegarem a bomba do Japão e destruir, sem nenhuma novidade, a nós. Conclusão, estamos fodidos! – disse vírus, num tom sarcástico de fúria.

– Do que são feito? – perguntou o Capitão Glock.

– Bem, eles são movidos por uma espécie de caixa forte, transmitindo uma bioenergia. Não sei direito. Só posso dizer que essa caixa forte, essa coisa que transmite a energia para cada robô, é o coração do robô, senhor. E eu sei disso por causa dessa foto da anatomia de cada um – disse Vírus.

– Bom trabalho. Assim fica mais fácil de aniquilar cada um... – disse Marcos.

– Obrigado, mas isso não é tudo... E lá estava a foto de um modelo do robô. Os robôs eram humanoides. Pareciam serem feitos de aço, de tanto que eram brilhantes. Não tinham rosto, nem nenhuma cara de vivos. Eram, praticamente, esqueletos humanos feitos de engrenagens, revestidos com uma armadura de fibra de carbono, parecendo um daqueles bonecos de madeira sem nenhum rosto ou detalhes. Era a mesma aparência de marionete, mas de metal. E, na foto da anatomia, dentro do crânio quase vazio, tinha uma pequena peça laranja que chamou a atenção de Kellan.

– O que é aquilo? Aquela coisa laranja? É uma caixa preta? Como a de aviões? – perguntou Kellan.

– É exatamente isso que eu ia falar. Essa caixa preta é diferente. Ela é o cérebro dos robôs. Dentro dele pode estar contida a missão deles. Sendo assim, só iram fazer aquilo que foram destinados a fazer.

– Eles lutam? – perguntou Nick.

– Provavelmente. E eles estão armados com uma pistola Kimber. Então vão se preparando, por que eu já armei um plano.

– E sem me consultar? – perguntou o Capitão Glock.

– Desculpe Capitão. Eu ia te falar... – Vírus falava quase gaguejando, mas Capitão Glock interrompe dizendo:

– Não se preocupe! Você conseguiu achar tanta coisa que eu já imaginava que iria fazer um plano sem mim... E já pode respirar. Mas conte para nós o seu plano... – disse o Capitão, vendo o nervosismo de Vírus. E o plano de Vírus era o seguinte: Os “Meninos de Elite” e seus tutores iriam ficar de vigia na Harpia Secreta enquanto todos os aviões e helicópteros da base forem confrontar e destruí-los antes que cheguem a Harpia Secreta. Como provavelmente alguns iriam conseguir chegar à base, os prodígios iriam tomar conta dos que chegarem, aniquilando eles sem que nenhum deles chegue perto de nenhuma bomba... Era um bom plano. Kellan, seus tutores e os prodígios foram para a arena para treinar, e lá estava um alvo com uma foto bem grande de um dos robôs.

– Nem preciso dizer que vou ensinar a vocês aonde devem atirar, né? – disse Isaac.Os prodígios deram uma breve risada bem baixa, porque sabiam que, naqueles três dias, eles iriam se esforçar muito para lutar a Harpia Secreta e mostrar que o presidente era inocente.

– Agora é sério. Temos apenas hoje e amanhã para treinar uma última vez. Precisam levar a sério esse treinamento, por que a vida de vocês estará em risco! – disse Phillip.

– Ele tem razão. No dia, vocês precisam dar tudo de si. Entenderam? – perguntou Isaac.

– Sim, senhores! – disseram todos os prodígios.

– Bem, quando as notas das fichas de vocês chegarem, eu vou dizer o que cada um vai fazer ok? – disse Isaac.Nesse mesmo instante, uma moça linda de cabelos com de manteiga, olhos azuis como o céu e pele levemente albina, entra na arena com alguns papeis em mãos. Assim que entrou, Isaac congelou. No rosto dele, dava para ver o quanto ele admirava ela...

– As fixas com as notas, Isaac... – disse a moça bonita. Seu inglês tinha um sotaque francês.

– Ah, obrigado, Marie... Vai querer treinar conosco? – perguntou Isaac, depois de sair do transe e pegar gentilmente as fixas.

– Então, vocês é a nova geração dos “Meninos de Elite”... Como estão? – disse Marie.

– Tristes pelos nossos pais, mas empolgados para nossa primeira missão! – disse Gabriel.

– Bem, eu devo dizer que as notas de vocês estão boas. Sei que vão se sair bem e sobreviver... – ela disse. Quando a palavra “sobreviver” saiu dos lindos lábios rosados de Marie, Kellan sentiu certo arrepio. Será que aquele arrepio era um aviso? O que poderia acontecer com eles?

– O que você faz na base? – perguntou Martin, com um ar de suspeita.

– Ah, eu sou uma piloto. É a área onde eu me saio melhor. Vão entender assim que abrirem suas fichas – disse Marie.Sem demora, cada um pegou sua ficha, que continha seu nome. E o resultado foi o seguinte: Gabriel, Kellan, Marcelo, Martin e Matt eram atiradores e Marcos o único piloto e hacker. Todos ficaram felizes e satisfeitos com os resultados. Então Phillip diz para Marcos:

– Marcos, eu quero te pedir um favor, que vai soar mais como uma proposta. Ou até um presente... – Phillip fala aquilo abrindo aos poucos um sorriso.

– O que? – Marcos não fazia ideia do que poderia ser.

– Gostaria de usar o meu mecha? – Phillip perguntou.Marcos ficou surpreso, porque ele queria muito pilotar aquele robô mecha.

– Mas você não vai usar na missão? – Marcos perguntou.

– Eu não vou ficar na base. Eu vou de helicóptero pra destruir os aviões que transportam os robôs japoneses. E ir com essa belezinha vai ser arriscado... É meu bem mais precioso, e eu sinto que poso confiar em você. Eu posso né? – disse Phillip.

– Claro que sim! Muito obrigado Phillip! – disse Marcos, emocionado com o presente.

– Pode me chamar de Phill, que não tem problema...Marcos, muito empolgado, foi contar para os outros prodígios, que ficaram animados com a notícia. Marcos e Philip saíram da arena e foram direto para o robô mecha. Marcos estudou tudo que precisava saber sobre o robô gigante. O robô mecha tinha uns 4 metros de altura. Feito de aço maciço. Era praticamente, uma cabine do formato de um ovo com braços e pernas. Nos braços do robô mecha tinham uma metralhadora Browning M2. Marcos entrou na cabine pra testar o robô mecha e logo foi surpreendido por uma tela digital na sua frente, cheia de coordenadas. Elas diziam quanto de munição o mecha tinha, se os jatos, que ficavam atrás do robô mecha, estavam bons, se alguma parte do robô mecha estava danificada, as horas, e tinha até uma bússola digital. Era uma arma fatal completa. E Marcos aproveitava cada segundo sentado ali. E Phill já o via como um filho, porque Marcos parecia uma criança ganhando o melhor brinquedo do mundo. Enquanto isso, na arena, Nick ensinava alguns golpes de boxe e muay thai. Sempre no saco de pancadas, nunca uns nos outros. E cada um tinha um talento. Marcelo era o que corria mais rápido. Gabriel aprendeu a usar a katana e se tornou o arqueiro da base. Martin continuava sendo uma excelente atiradora de facas e uma boa lutadora. Kellan era o melhor atirador e era bem habilidoso. Matt, porém, continuava sendo o prodígio exemplar. Era uma combinação de cada tutor. No último dia de treino, no almoço, Kellan senta do lado de Matt e pergunta:

– Matt, como você consegue se sair tão bem nos treinos?

– É que meu pai era um ex-fuzileiro naval. Íamos pra academia e todo sábado, eu ia para um clube de paintball. Era legal. E você também é muito bom atirando! Qual o seu segredo?Kellan ri um pouco e diz:

– Eu já dei um tiro de pistola numa floresta. Eu tinha matado um guaxinim... – ele disse num tom de frieza, saindo naturalmente.

– Sério? – perguntou assustado Matt.

– Claro que não! Acho que foram os filmes de ação e esses games de ação.Ambos riram.

– Sente falta do seu pai? – pergunta Kellan.

– Bastante... Ele era como um anjo da guarda pra mim. E era o meu herói.Matt ficou com um ar de melancolia no rosto.

– O que será da gente agora? – perguntou Kellan.

– Eu não sei... Só sei que a Harpia é tudo que temos agora. E eu o proteger ela com toda minha força...Kellan sentia um simples ar heroico naquelas palavras. Por mais teatral que aquilo foi, eram palavras sérias, verdadeiras.

– E você vai querer ajuda? – disse Kellan, que logo riu um pouco.

– É claro. E eu ainda vou ficar te devendo um favor, lembra? Na escola...Kellan se sentiu tão bem com aquilo.

– Eu só queria fazer justiça. E eu acho que o presidente é inocente. Ele queria evitar uma guerra, não começar uma... E se os países prestarem atenção, quem saiu perdendo foi ele, que perdeu um estado... – dizia Kellan pacifico e confiante.

– Pois é... Acha que vai estar pronto quando for à hora?

Kellan fica uns cinco segundos pensando e finalmente diz:

– Não sei...

De repente, Gabriel chega até eles e diz:

– Vocês dois! Venham até a arena! Vírus disse que tem uma surpresa pra equipe!

– Surpresa?! Ai meu Deus! Que dia é hoje? – perguntou Kellan.

– 19 de agosto... Por quê?

– Eu me esqueci! Hoje é meu aniversário!

– Sério? Caramba! Feliz aniversário, cara! – disse Matt.

– Lado bom, é que a surpresa do Vírus já será seu presente! – disse Gabriel.

Ambos riram. Assim que chegaram à arena, Gabriel logo contou para os prodígios e os tutores. E esses logo foram abraçar Kellan, desejando tudo bom para ele. Depois dos abraços, Vírus diz:

– Bem, eu chamei vocês aqui porque eu quero mostrar o que eu andei preparando para vocês durante esses longos oito meses e três dias. Vírus estava do lado de uma mesa grande, onde tinha um grande pano preto escondendo os objetos que Vírus criou. Quando Vírus tirou o pano, eles viram noves pares de botas de couro preto e reluzente. Eles ficaram maravilhados com os presentes. Eram realmente botas bonitas, mas não viram nada demais nelas...

– O que você mudou nelas? – perguntou Gabriel.

– Que bom que perguntou. Eu fiquei nesses oito meses trabalhando nelas para elas tornarem vocês soltados em superatletas. Elas deixam vocês mais rápidos, mais habilidosos e podem pular de grandes alturas que vocês não iram se machucar. Podem até fazer acrobacias sem nunca terem sido ginastas. Quem quer testar primeiro? – disse Vírus, animado.

– Eu quero! – disse Gabriel sem pensar duas vezes.

– Muito bem. Coloque o que tiver seu codinome, pois é esse que tem seu número... – disse Vírus.

Gabriel e os prodígios já sabiam os seus codinomes. Então, Gabriel colocou a bota com o nome “Puma” na sola da bota. Assim que ele colocou as duas botas e as amarrou, Gabriel começou a sentir um forte formigamento em seus pés que sobia até a cintura. Ele ficou a tremer, como se sentisse com frio, e por 10 segundos, Gabriel ficou quase imóvel. Logo que voltou ao normal, Gabriel foi até um tapete comprido onde alguns agentes treinavam esgrima e fez, com perfeição, uma “Estrela Saltada”! Assim que aterrissou, Gabriel e os outros ficaram surpresos com a acrobacia. Todos aplaudiram e Vírus quase chorou de tanta emoção ao ver sua criação ter sido um sucesso.

– Já são 18hs30min. Eu vou pro meu helicóptero! Marcos é pra cuidar bem do Punch, hein! – disse Phillip, enquanto saia da arena.

– Pode deixar Phill! – disse Marcos.

– Quem é Punch? – perguntou Marcelo.

– É o robô mecha dele... – disse Nick.

– Ok. Vamos colocar as botas e escolher as armas! – disse Isaac.

Kellan pegou a bota escrita “Raposa”, Isaac o “Tigre”, Nick o “Leão”, Marcelo o “Lince”, Marcos o “Falcão”, Matt o “Urso”, Martin a “Onça” e Phillip já tinha sua “Coruja”. Quando Kellan foi escolher uma arma, Isaac vai até ele e diz:

– Kellan, já que é seu aniversário, eu queria te der um presente. É bem humilde, mas é pra dar sorte.

Isaac tinha um lenço vermelho. Era simples, mas Kellan já estava completamente apaixonado pelo lenço.

– Poxa, Isaac. Obrigado... – agradeceu Kellan.

– E eu soube que você era raposa na ficha. E por acaso, eu achei esse broche de raposa. E Kellan, mais uma vez se apaixonou pelo presente de Isaac. Era um broche lindo de prata de uma cabeça de uma raposa. Então, muito feliz, Kellan dá um abraço em Isaac, como se fosse uma despedida de um pai e um filho. A partir daquele abraço, começou uma forte amizade como um amor de um pai para um filho. E ficou assim: Kellan tinha uma metralhadora MP5K, Nick e Isaac pegaram uma Gatling M134 e um par de socos ingleses, Gabriel tinha uma katana, um arco com flechas, duas pistolas Colt 1911 e uma HK-MP7. Marcelo pegou uma UMP, Matt tinha uma Daewoo K3, Marcos tinha um revolver Magnum e Martin tinha duas escopetas Maverick, um machado e cinco facas safira. Todos estavam usando calça jeans azul e camisetas pretas. Menos Kellan, que usava uma camiseta roxa e já estava com o lenço vermelho no pescoço. Quando saíram, o grupo viu vários agentes entrando em todos os aviões e helicópteros. Os agentes restantes foram se esconder na sala de Vírus. E ás 19hs30min, os “Meninos de Elite” estavam completamente sozinhos com seus tutores. Os prodígios ficaram na frente no gigantesco armazém, onde estavam escondidas as bombas. Os dois tutores ficaram um pouco mais em frente a eles, já que suas armas eram bem mais potentes. E ficaram ali, esperando seja o que viesse encarar eles. Marcos, que já estava dentro do robô mecha, estava ficando um pouco impaciente. De repente, dez helicópteros japoneses voaram brevemente sobre a Harpia Secreta. E, antes de saírem, pularam de cada helicóptero, trinta daqueles robôs japoneses que os prodígios viram. Assim que pisaram, eles racharam o chão e logo correram em decisão dos meninos e de seus dois tutores, apontando suas pistolas! Quando os robôs se aproximaram, Nick grita:

– Fogo!


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