Imprinting escrita por Ana Flávia Mello


Capítulo 22
Capítulo 11 - Jacob


Notas iniciais do capítulo

E fudeu tudo. | Pois é, eu achei bem interessante este capítulo. Não sei vocês. Boa leitura, não esqueçam de comentar!



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Eu poderia matar alguém, mas eu não ligava. Estava a mais de 170km/h. Não sei bem porque eu tinha ido parar em Olympia. Só precisa tomar um ar diferente. Agora eu voltava para La Push e não sabia o que fazer.

O ódio que senti quando vi aquele assassino cobria qualquer outra sensação que eu tinha sentido em toda minha vida. Por que logo o pai da garota que eu amava, era aquele que tinha matado a minha mãe? Eu sinceramente não sabia que conseguiria ficar perto de Renesmee de novo, ou perto da casa dela. Tudo trazia a lembrança de volta. E eu não aguentava mais chorar.

Como eu nunca soube que ela era uma Cullen? No meu subconsciente eu sabia que não era culpa dela eu não saber, porque eu devia ter prestado mais atenção. Mesmo assim... Eu não me sentia culpado por ter socado o pai dela. Eu devia ter feito mais coisa. Talvez eu tenha tido pena. Não dele, é claro. Mas de Renesmee. A cara que ela fez quando me viu socando o pai dela foi indescritível. Será que ela acreditava em mim? Ou será que aquele canalha filho de uma puta tinha inventado uma mentira para ela?

A melhor coisa que eu tinha feito fora passar com o carro em cima daquele celular. Já devia estar cheio de ligações e mensagens há essa hora. Eu não queria dar explicações a ninguém.

Estava imaginando como seria eu apresentando Renesmee para meu pai: “Pai esta aqui é Renesmee Cullen, minha namorada...” eu provavelmente causaria um infarto nele. Mas eu não devia ligar para o que os outros pensam de mim e ela, só o que importava era ela. Mesmo assim eu não conseguia me imaginar andando ao lado dela sabendo que ela era filha dele.

Diminui a velocidade por causa da neve da estrada. Eu ainda mal tinha chegado a Forks. Ainda tinha mais uma hora de viagem até que chegasse a La Push. Não queria ir para casa direto. Todos estariam esperando por mim, querendo me encher de perguntas às quais eu não conseguiria dizer a verdade. Não podia suportar isso.

Estava totalmente escuro lá fora. Dentro dos meus pensamentos desordeiros eu não conseguia deixar de pensar se Renesmee estava bem. Ou se ela estava triste. Com quem ela estava agora. Mas eu teria que esquecer tudo isso. Ela é filha dele, uma vozinha dizia em minha cabeça, ela é filha do assassino de sua mãe.

Quando cheguei a La Push dirigi direto para a praia. Estava totalmente escura agora. A Lua não tinha espaço entre as nuvens para deixar nem sequer um pequeno reflexo na água. Porém eu conseguia enxergar uma sobra ao longe. Uma pessoa estava sentada na areia. Uma garota. No mesmo momento eu reconheci quem era e me dirigi a ela, sentando ao seu lado. Ela virou a cabeça para mim e bufou. Ao seu lado tinha duas garrafas de Tequila. Uma lacrada e outra pela metade. Ela fungava como se estivesse chorando há muito tempo.

- Oi, Jacob – Leah disse com a voz rouca. – Veio ver minha decadência?

- Na verdade, vim compartilhar a minha com a sua  – puxei a garrafa de Tequila lacrada. – Posso?

- Toda sua.

- Então o que houve? – Perguntei, dando um gole gigante.

- Acho que o fofoqueiro do meu irmão já contou que eu terminei com Sam.

- É, acho que sim.

- Foi isso. – Ela pigarreou e tomou mais um pouco da garrafa.

- O que? Você o traiu do mesmo jeito?

- Jacob, isso não é da sua conta.

- Desculpa – bati a garrafa nela –, não to aqui para brigar hoje.

- Então o que aconteceu com você?

- O pai da minha namorada é o assassino da minha mãe.

- Legal. – Leah tossiu. – Tá namorando Renesmee Cullen?

- Eu tava. Ainda tô. Não sei mais de nada – tomei outro gole. – Você a conhece de onde?

- Só de vista. – Ela deu de ombros.

- Por que você veio para cá?

- Não suporto mais ficar na minha casa. Aqui é um bom lugar onde eu posso morrer bêbada e ser levada pelas ondas.

- Você tá mal hein. Não acredito que tudo isso seja só por causa de um cara.

- E não é.

- E sobre o que é mais?

- Não vou falar.

- Tudo bem.

Ambos ficamos encarando o negror da água do mar que vinha e ia. Ambos com as preocupações em seus próprios problemas. Eu realmente não ficava surpreso com Sam ter pulado fora. Ele não tinha responsabilidade o suficiente para manter um relacionamento longo e estável. Perguntei-me quanto tempo ele tinha ficado com Leah pelas minhas costas. Não sei se queria a resposta. É claro que eu não sentia mais nada por Leah, mas saber disso só ia me dar mais raiva ainda. Eu não estava em condições de ficar bêbado e furioso.

Ficamos conversando até que a praia toda virou um breu. Eu não conseguia mais nem enxergar a garrafa do meu lado. Sugeri que fossemos para minha casa. Leah estava tão bêbada quanto eu. Ela falava algumas coisas sem sentido e de vez em quando balbuciava coisas estranhas.

Chegamos à minha casa e estava tudo escuro e silencioso. Fui para o meu quarto enquanto Leah pegava alguma coisa na cozinha. Eu já conseguia ver tudo rodando em volta de mim. Ela voltou e fechou a porta e depois trancou.

- Néctar dos deuses – levantou a garrafa. Ela apertou um interruptor que ficava ao lado da minha cama e a luz acendeu. – Odeio ficar no escuro.

- Pode crer – puxei o braço dela e ela sentou na cama do meu lado. A janela estava aberta e dava para uma varanda particular pequena que ficava nos fundos da casa. O vento frio invadia o quarto, mas a bebida me mantinha aquecido.

- Por que nada é como nós queremos? – Leah perguntou.

- Porque é a vida.

- Faz sentido. – Concordou. Tomei o último gole da minha garrafa e peguei a dela.

- O que você queria agora? – Ela tombou o corpo em cima de mim e me encarou.

- Esquecer as coisas – olhei nos olhos dela.

- Eu também.

Foi tão rápido que eu nem sei  da onde veio o impulso. Peguei o rosto de Leah e a beijei profundamente. Leah respondeu o beijo com vontade de chutou as garrafas de Tequila para o chão. Deitamos na cama, Leah por cima de mim. Puxei sua blusa e comei a beijar seus ombros e seu seios por cima do sutiã. Leah desabotoou minhas calças e eu as atirei para o lado. Ela girou e eu pude ficar pó cima dela. Tirei seu sutiã e a descer beijos pelo seu corpo.

Quando cheguei a barriga, fui puxando a calcinha dela para baixo.

- Sou sua – gemeu Leah.

Depois ela apagou a luz.


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Notas finais do capítulo

Que coisa feia Jacob.