O Baile Dos Dezessete escrita por Katherine Madalene


Capítulo 8
Capítulo 8 Amores que fazem queimar


Notas iniciais do capítulo

OIIII!
To me achando aqui por causa dos comentários!!!
Continuem assim.
Ah, antes que eu me esqueça, uma grande amiga minha está escrevendo uma fic romântica: I hate that i love you.
Muito boa.
Espero que gostem do capítulo, talvez eu esteja escrevendo muito Amyan, mas é que eu amo muito eles.
E quanto a Dan: continua indesiso!



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Já era noite e Dan não tinha aparecido ainda. Mesmo assim, Amy não estava preocupada, pois conhecia o irmão e todos os seus problemas e sabia que ele nunca soube se envolver com uma garota e sair da relação com o coração inteiro. Agora, ele estava envolvido com duas garotas e isso tornava a guerra dentro do seu coração ainda maior.

Amy se deixa levar pelos pensamentos que nem percebe Ian entrando em seu quarto.

– Oi. – Ele diz, percebendo que a menina não estava totalmente na Terra. Tocando as costas da ruiva, ele sente os músculos tensos, duros como rocha. Ele começa a massagea-los e aos poucos ele sente que ela já está melhor. – Vem comigo! – Ian segura delicadamente a mão dela.

Amy não tem ideia do que Ian quer fazer, então o segue calmamente, sorrindo ao ver que o cabelo dele estava bagunçado.

Eles saem da mansão pela porta dos fundos e caminham pelo enorme jardim, a lua iluminando seus passos. Ian para perto de uma planta que segura entre seus galhos lindas flores vermelhas, arranca uma e prende no cabelo de Amy.

Ela sorri totalmente apaixonada.

Sim. Ela o amava. Ela se perdia em um mundo de problemas, nadava entre a vida normal e a vida Cahill, mas quando estava nos braços do lindo moreno, tudo isso parecia distante, irreal, como se o mundo se resumisse a ela e Ian.

O moreno desce a mão da flor e faz um carinho gentil no rosto da amante.

Amy se sente de repende emocionada demais. Talvez por toda responsabilidade que sempre recaia sobre seus ombros, por tudo que Ian tinha feito no passado, mas ela deixa as lágrimas escorrerem. Silenciosas.

– Amy? – Ian vê as lágrimas e imediatamente pensa que fez algo de errado.

De novo!

Mas, ao olhar nos olhos da menina, ele percebe que a culpa não era dele. Ou melhor, a culpa não era do “novo Ian”, mas parte era do “antigo Ian”.

Ele a puxa contra seu peito e a enrola com os braços, tentando protegê-la de tudo e todos. Abraçada a ele, ela chora.

Chora por tudo. Tudo que teve que segurar desde a morte dos pais.

– Me segue. – Disse Ian, delicadamente, perto da orelha da garota. Amy faz que “sim” com a cabeça, porém seu corpo não responde e ela continua parada. Ian a segura firme em seus braços e a levanta. Ela simplesmente fica abraçada a ele e se deixa levar, sem saber para onde, já que a cabeça dela está escondida no pescoço de Ian.

Ele anda mais alguns metros pelo jardim e então para.

– Amy... – ela levanta devagar a cabeça, as lágrimas não escorriam mais, mas a tristeza ainda estava lá. Quando ela vê onde Ian a tinha levado, a tristeza diminui e deixa espaço para um pequeno sorriso surgir em seus lábios. – Bem melhor agora!

Amy continua no colo do moreno, a boca aberta e os olhos sem acreditar no que vê.

Ian tinha colocado um grande lençol, cobrindo a grama bem verde. O lugar se iluminava com a luz de algumas velas espalhadas em torno do lençol. Presas dentro de potes de barro delicados, elas iluminavam o lugar e o coração de Amy.

– É... É lindo!

Ian pousa Amy sobre o lençol e se senta ao lado dela. Ele abre uma pequena cesta e tira de lá sanduiches e sucos.

– Não tinha muita coisa na geladeira. – Ele comenta. – Acho que Nellie usou tudo em suas receitas malucas!

Amy ri.

Ela tira um pacote de um delicado biscoito da cesta e o abre.

– Olha o aviãozinho! – Ela diz e joga na boca de Ian. Ele abre a boca, esperando, mas o biscoito bate no nariz.

Ian ri.

– Minha vez! – Ele joga um biscoito e Amy pega sem nenhum problema.

E assim continuam por um bom tempo, brincando com a comida, rindo e Ian se sente nas nuvens. Ele tinha conseguido transformar uma Amy triste em uma Amy feliz. Tão feliz que ela parecia brilhar. E talvez ela brilhasse mesmo!

A luz da lua, cheia e majestosa no céu, iluminava os cachos cor de fogo da menina, assim como seu rosto. Seus olhos pareciam brilhar de uma cor jamais vista, uma cor mágica que guiava o olhar de Ian.

Quando a comida acabou e as velas também chegaram ao fim, Ian se deita e Amy pousa a cabeça ao lado da dele, ambos observando o maravilhoso céu noturno. As lindas estrelas que brilhavam sem cessar.

Uma pergunta nada conveniente surge na mente de Amy:

–Ian, - ele olha para ela e sorri. – o que você teria feito se Isabel tivesse mesmo me jogado na água para ser devorada pelos tubarões?

O sorriso maravilhoso some imediatamente. Ian vira o rosto e encara as estrelas, pensando.

– Eu, sinceramente não sei. Não sei se teria coragem de ir contra Isabel naquele dia. Talvez eu ficasse paralisado de terror ou com medo. Eu não sei Amy. Mas eu sei de uma coisa: se isso acontecesse hoje, eu pularia na água coberto de sangue de peixe, assim poderia chamar atenção dos tubarões tempo suficiente para você se salvar.

Amy ri, achando que é uma brincadeira, mas quando olha para o namorado, leva um choque.

Ele não estava rindo, nem mesmo sorrindo. Seu rosto estava sério, voltado para o céu. Com um susto, ela percebe que ele estava falando muito sério.

Ele pularia se isso me desse uma chance de me salvar!

Imediatamente ela se deita totalmente sobre ele. Ian acolhe o peso dela com prazer.

– Isso nunca vai acontecer de novo! – ela diz e o beija de forma intensa, forte.

Depois cola a cabeça no peito do rapaz e suspira, cansada, porém feliz.

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Ian abre os lindos olhos e... Depara-se com um céu estrelado.

Depois de alguns segundos de desorientação, ele percebe que tinha pegado no sono no jardim.

Devagar, para não acordar uma linda Amy, que dormia tranquila com a cabeça apoiada em seu peito, ele levanta a mão e olha a hora.

Quase meia-noite.

Dormi quase três horas deitado em um jardim! Ele pensa. Acostumado a dormir em camas confortáveis com lençóis egípcios de pura seda, ele nunca conseguiria dormir deitado em um jardim se não fosse pela menina que dormia em seus braços.

Ian tira a cabeça de Amy de seu peito e a apoia no lençol, seus músculos param quando ela se meche, mas não abre os lindos olhos.

Ela parecia um anjo.

Na verdade, ela era um anjo.

Meu anjo!

Delicadamente, ele a pega no colo, com todo cuidado, entra na mansão empurrando a porta com o pé.

Está quase no pé da escada quando vê Dan entrando pela porta da frente. Com uma cara fechada, até mesmo assustadora, ele passa direto por Ian e se dirige à cozinha.

Ian sobe de uma vez por todas e pousa Amy em sua cama. Coloca o pesado edredom sobre a menina e a observa.

– Obrigado, Amy.

Ela se meche um pouco e abre os olhos.

– Obrigada pelo quê, Ian? – Ela diz a voz puxada, sonolenta e o menino percebe que ela não tinha acordado totalmente, estava perdida entre os sonhos e a realidade.

– Obrigado por me fazer mudar, por me fazer ver o que realmente importa. Obrigado por me fazer amar. – Ian sussurra para ninguém, por que a ruiva já tinha pegado no sono novamente. Ele dá um beijinho na testa dela e sai do quarto.

–------------------------------------------ XXX ---------------------------------

O café da manhã estava animado.

Pelo menos para a maioria dos presentes.

Desde que Hamilton começou a namorar Sinead que apenas um dos quartos de hospede era ocupado e isso resultava em um bom-humor matinal.

Ele, Ned e até mesmo Ian contavam piadas completamente idiotas que faziam todos que estavam sentados na grande mesa rirem até as lágrimas descerem dos olhos.

Nellie, que tinha abastecido a geladeira naquela manhã, fazia suas famosas panquecas e servia, recebendo os elogios e gritando:

– Confessem todos: vocês nunca conheceram uma babá melhor que eu!

Au pair! – Corrige alguém carrancudo no final da mesa. Dan.

– Ei, Dan, porque nosso melhor contador de piadas está tão calado hoje? – Pergunta a babá com cabelo maluco.

As nuvens de trovão pairavam sobre a cabeça do menino. A panqueca permanecia quase intocada em seu prato. Todos também perceberam que a panqueca voadora no prato de Natalie estava como Nellie a tinha colocado: intocada.

Dan baixa a cabeça e quando a levanta novamente, encara Natalie e solta:

– Eu achava que porcos fedorentos não falavam!

– Pois é! Eu também não sabia. – Ela retruca. – Então porque você não continua calado?

– Porque essa é minha casa! – Ele fala mais alto a palavra “minha”. – Depois reclama quando eu te chamo de lesma. Fala mal dos outros, mas não gosta que falem mal de você!

Natalie bate o pesado garfo na mesa.

– Você começou! Nunca teria deixado você entrar no meu quarto se eu soubesse que era para se insultada! – Ela fala alto demais, destacando seu sotaque inglês. Todos podem ver o espanto na cara de Reagan ao descobrir aquilo.

– Eu fui lá para conversar, mas a senhorita Kabra nunca soube ter uma conversa descente ser não tiver uma pistola de dardos na mão! – Dan empurra a cadeira e se levanta. – Quem me chamou de estúpido idiota foi você.

Todos que estavam tão alegres minutos antes não conseguem fazer nada além de vira o rosto de um lado para o outro, de Dan para Natalie, de Natalie para Dan.

– Você me comparou com Isabel! – É a vez de Natalie empurrar a cadeira e se levantar. – Eu podia ter morrido e você fica ai reclamando só porque eu te chamei de idiota!

Dan estava vermelho como um tomate. As palavras saíram e ele sabia que se arrependeria depois. Depois, porque no momento tudo que ele queria era que Natalie se sentisse tão mal quanto ele estava:

– Saiba que, se você tivesse morrido, não faria nenhuma falta!

Com isso, ele pega a mochila jogada ao lado da cadeira, a prende em um ombro só e sai para sua aula de boxe.

Quanto a Natalie, bom... Ela fica paralisada por alguns segundos, observando a cadeira vazia de Dan, antes de subir correndo a escadaria de madeira, molhando o chão com suas lágrimas.

Ian como um irmão protetor, se levanta e está quase indo atrás da irmã mais nova quando Reagan Holt segura seu braço.

– Eu vou falar com ela. – A loira diz.

Ian olha bem nos seus olhos azuis, desconfiado.

– Tem certeza?

– Tenho. – A loira fala, delicadamente. – Nós duas precisamos ter uma conversa de menina para menina.

Ian nunca achou que sentiria pena de uma Holt, porém, ao ver a menina subir as escadas, esse sentimento surgiu em seu coração.


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Notas finais do capítulo

Ei, e se Reg e Nat ficassem amigas no fim das contas?
Bom, o proximo capítulo talvez seja postado amanhã, se meu pai não roubar meu computador a noite inteira (pois é, o dele quebrou!)
Espero que gostem!!!
COMENTEM!!
Amo vcs!
Bjinho