O Baile Dos Dezessete escrita por Katherine Madalene


Capítulo 12
Epílogo - Três meses depois...


Notas iniciais do capítulo

Aqui chegamos.... Ao fim...
Adorei escrever esse capitulo e espero que gostem tambem. COMENTEM MUITO, por favor. Preciso saber se vocês amaram ou detestaram o fim...
Bjinhos pretos com asas...



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                           NÃO VEM ESSE FIM DE SEMANA PARA CÁ!

                           DE JEITO NENHUM!

                           BJ, AMY.

Ian leu a mensagem de texto pela quinquagésima vez nos últimos minutos.

Porque ela não quer que eu vá para Boston nesse fim de semana? Ele se perguntava sem parar.

Tinha sido assim desde que ele e Amy tinham começado a namorar. Todos os fins de semana Ian pegava um avião e ia visitar a menina em Boston. É claro que Natalie ia junto. O avião dos Kabra nunca tinha sido tão usado! Ele passava finais de semana maravilhosos com Amy. Até LER ela o tinha convencido de fazer!

Ian lembrou até daquele fim de semana em que Amy estava doente. Bom, ele tinha passado a semana seguinte na cama depois de pegar a gripe da menina.

Ian riu com a lembrança.

O toque para entrar nas salas de aula soou alto e a sala encheu em questão de segundos. Todos conversavam animadamente.

Ian sentiu seus melhores amigos, David e Patrick, sentarem perto dele, conversando e rindo alto.

David era loiro, magro e muito alto. Ian não se lembrava de ter visto alguma vez o amigo com a gravata do uniforme colocada de forma correta.

Patrick era o oposto de David. Tinha cabelos pretos, compridos o suficiente para que fossem amarrados para trás, era musculoso e tinha uns trinta centímetros a menos que David.

Os amigos de Ian tentaram enturmá-lo na conversa, mas ele simplesmente continuava a reler a mensagem de Amy e se preocupar com aquilo.

- Bom-dia, turma. – Ele ouve o professor dizer, entrando na sala, mas nem levanta a cabeça para olha-lo. De repente um murmúrio começa a correr pela sala.

- Nossa, que gata! – Sussurrou Patrick para David, que apenas concordou.

Algumas populares que sentavam ao fundo conversavam sobre a nova aluna.

Ian não se importava com ninguém. Só estava louco para sair da sala e poder ligar para Amy. Ele se abaixa para pegar um lápis que caiu no mesmo segundo que o professor diz:

- Quero apresenta-los a nossa nova aluna. Amy Cahill.

Ian levanta tão rápido a cabeça que a bate com toda a força na própria mesa. Segurando a cabeça com a mão, ele vê Amy parada na frente da sala, sorrindo, porém mais vermelha que um tomate.

Ela estava vestindo o uniforme do internato, saia vermelha e blusa branca, e usava a bota preta que tinha ganhado de Jonah Wizard no aniversário.

Linda!

- Você me trocou por essa sem estilo? – Elizabeth Mary, a mais popular do colégio grita bem alto, direcionando a pergunta para Ian. – Você já viu as botas que ela está usando? São horríveis!

Antes que o professor possa repreender a sua aluna por fazer um comentário tão maldoso, Amy anda até a menina, pousando o pé na cadeira de Elizabeth, o que faz a sua saia subir um pouco e mostrar sua coxa quase por completo.

A ruiva estava vermelha de vergonha, mas sabia se defender!

- Você ia adorar saber que quem me deu essas botas foi Jonah Wizard. – Amy fala, com a voz mais sensual que consegue. A sala em silêncio apenas a observa, todos de queixo caído. – Talvez você não saiba, mas elas são a ultima moda na Europa.

Ela sai dali e senta em uma cadeira ao lado da de Ian, sorrindo confiante como jamais esteve. Desde que descobriu que tinha ganhado uma bolsa de estudos para estudar em outro país (de novo!) e que soube que iria terminar os estudos no mesmo colégio que Ian, nada nem ninguém iria baixar sua autoestima.

Ian se virou na cadeira e a olhou, sorrindo e de queixo caído. Depois estende a mão e eles ficam até o fim da aula com os dedos entrelaçados, sem prestar atenção no assunto de História que conheciam tão bem.

Amy tinha transmitido claramente uma mensagem: ninguém toca em Ian Kabra!

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- Nem acredito que você veio morar em Londres por dois anos! – Fala Ian, andando pelo corredor de mãos dadas com Amy, sem se importar com os olhares assassinos de todas as outras meninas do colégio.

- Eu também não. – A ruiva fala, dando um beijinho na bochecha do moreno.

Eles estão descendo a escadaria de pedra em frente a enorme construção do século XIX, quando um loiro muito alto puxa Amy dos braços de Ian e dá um selinho na menina.

Amy se afasta rapidamente, achando que Ian iria socar aquele menino até a morte, mas este apenas ri.

- Eu te amo, Amy Cahill. – Outro garoto a abraça, a tirando do chão.

Ian ri ao ver a cara de confusa de Amy. Ele se aproxima e fala:

- Este são David, - Ele aponta para o loiro, - e Patrick. São meus melhores amigos.

- Então vocês têm a mania de dividir mulheres? – Pergunta Amy, ainda um pouco impressionada pelo selinho que tinha recebido.

Em resposta, todos caem na gargalhada.

- Sempre quis conhecer a Madrigal que amarrou Ian. – David fala. – Agora que o maior pegador do colégio está fora do caminho as meninas estão tudo soltinhas.

Amy ri, porém para ao lembrar-se de algo que o loiro falou.

- Você é Cahill?

David sorri, mas quem responde é Ian.

- David é um agente Lucian e Patrick é Tomas.

- Quem diria que o mundo é tão pequeno. – Amy comenta.

- Quem diria que nossa família é tão grande. – Corrigi Patrick.

- Ei, Pat! Dada! – Grita uma loira muito gostosa que passava com seu grupinho de meninas gostosas, todas com uniforme de líderes de torcidas. – Vocês vêm ou não?

- Hoje a gente faz a festa com as gatinhas gostosas. – Patrick fala esfregando as mãos, colocando a bolsa nas costas e saindo correndo atrás das líderes de torcidas.

- Até mais, Amy. – David faz questão de seguir o amigo, mas dá meia volta e dá mais um selinho rápido em Amy e depois sai correndo, ciente do olhar de assassino de Ian.

- Eu vou ter que amarrar você em mim. – Ian fala, beijando o pescoço de ruiva. – Eles são meus amigos e tudo mais, mas não perderiam uma chance de me colocar de lado e roubar você de mim.

Amy se vira para encarar Ian:

- Ficou com ciúmes? – Ela fala, o abraçando e falando baixinho na orelha dele.

Em resposta, Ian a beija. Um beijo ardente, devastador. As línguas se misturavam rápidas, impacientes.

- Espera para ver a cara de Natalie quando ela souber que você está aqui!

Amy ri.

-Ela já sabe. Dan foi buscar ela no colégio.

Ian geme.

- O Dan vai ficar aqui também?

Amy dá um soquinho no braço do moreno:

- É claro! – Ela dá um selinho rápido no namorado e acrescenta: - Não se preocupe, ele vai estar muito ocupado com a Natalie. E, além de tudo, ele não vai estudar no nosso colégio.

- Eles avisaram de que horas viam? – Ian pergunta ainda abraçado com Amy.

A ruiva olha o relógio de ouro que usava no pulso, conferindo a hora.

- Eles já deviam ter chegado. Talvez esteja com muito transito nas ruas.

Menos de um minuto depois o casal começa a ouvir um barulho forte de um helicóptero. A enorme máquina surge e Ian a reconhece imediatamente:

- Não pode ser o Tubarão, pode?

A aeronave surge imponente no céu, parando perto de onde o casal estava, flutuando no ar, uns dez metros, apenas, do chão. Os cachos vermelhos de Amy são lançados em seu rosto com o vento da potente aeronave.

Amy geme ao ver Dan e Natalie lançarem uma escada de cordas lá do alto, sem dar nenhuma importância para todos os olhares direcionados para eles.

- Essa criatura tinha que ser meu irmão? – Ela comenta, segurando a escada de corda. Ela começa a subir e vê que Ian está subindo logo abaixo. – Ian! Eu estou de saia!

Ele olha para cima, aproveitando a vista e comenta:

- Você acha melhor eu ver sua calcinha vermelha de renda ou todas as pessoas do colégio?

Amy fica vermelha que nem o seu cabelo. Aquela era a calcinha que Luanna tinha dado a ela no aniversário. Amy tinha prometido a si mesmo que nunca usaria e justo naquele dia, que ela resolveu dar uma chance a calsinha, ela tem que subir em uma escada de corda até o helicóptero mais rápido do mundo!

Ela se agarra às cordas, tentando não olhar para baixo. Quando enfim chega lá encima, Dan a ajuda a entrar na aeronave.

- Para uma Madrigal, você é muito lerda. – Ele comenta enquanto Amy senta na poltrona do helicóptero e vendo Ian entrar e sentar-se ao seu lado. – E medrosa.

- Cala a boca, Dan. Vocês dois podem me explicar porque vieram nos buscar com o Tubarão?

O helicóptero já voava, alcançando facilmente 400 k/h. Amy se forçava a olhar para o chão ou para o rosto de um dos presentes. Lembrou-se de quando pisou naquela aeronave pela primeira vez. Naquele dia ela e seu irmão tinham invadido o círculo negro dos Lucian e roubado uma das pistas deles.

 - Tive essa ideia quando você avisou que vinha. – Natalie responde, sorrindo. Seu cabelo tinha crescido alguns poucos centímetros e ela usava roupas comuns, o que era esquisito. Dan estava sorridente, sempre olhando para a namorada. A fina corrente de ouro que ele tinha dado a ela aparecendo no decote de Natalie era a evidência de que estavam felizes.

- Quando nós chegarmos em casa, nós vamos assistir a apresentação de balé da Reg. – Dan comenta, sorrindo mais ainda. – Ela conseguiu o papel por ser a melhor da turma! Não é em grupo. Vai ser só ela e um garoto.  Ela disse que ia colocar uma câmera lá para transmitir tudo ao vivo aqui em Londres.

Era só impressão de Ian ou sua irmã bufou baixinho e revirou os olhos? Natalie Kabra estava com ciúmes? Isso é uma novidade!

O Tubarão pousou na cobertura do luxuoso prédio onde Ian e Natalie moravam. Eles tinham se mudado para aquele apartamento há pouco mais de um ano. Os dois moravam sozinhos, vivendo com o dinheiro do pai e os quatro milhões de dólares que tinham recebido de Grace Cahill no fim das buscas pelas pistas.

Ambos se sentiam melhor ali. A antiga mansão guardava muitas recordações de Isabel e Ian viu que aquilo consumia a irmã por dentro. Em uma manhã ele tinha encontrado Natalie dormindo no closet da mãe, abraçada as suas roupas.

Natalie desce do helicóptero primeiro. Um empregado os aguardava pronto para pegar as coisas que eles traziam.

Eles desceram por uma estreita escada, que levava da cobertura para o interior do apartamento.

O lugar era magnífico! Uma enorme sala era decorada com sofás de couro branco. As paredes eram pintadas de um verde claro, enfeitadas com quadros originais de grandes pintores. Amy conseguiu identificar um de Picasso e alguns de outros artistas famosos.

- Onde conseguiu esses quadros? – Amy pergunta para Ian. – Nenhum deles é famoso.

Ian sorri, maliciosamente.

- Presentinho dos Janus. Eles têm um enorme acervo de obras que nunca foram divulgadas. Como assumi o profissão de vendedor de obras de arte, eles me deixaram visitar alguns acervos nas bases Janus do mundo.

O moreno segura a mão da ruiva e a leva até um dos quartos de hospedes, onde todas as malas da menina já estavam colocadas.

- Que bom que você vai morar comigo pelos próximos anos! – Ele comenta enquanto a menina observa a cidade pelas enormes janelas de vidro de seu quarto.

Ela se vira:

- Quem disse que nós vamos morar aqui? Nós não podemos simplesmente nos mudar para a casa de vocês!

Ian ri e se aproxima, beijando a menina no pescoço nu.

- Quem disse que eu vou deixar você morar em outro lugar? – Ele sussurra no pescoço dela, fazendo todo o corpo da menina se arrepiar.

Ela o beija com intensidade. Pouco tempo atrás, a ruiva nunca imaginaria estar tão feliz por estar em Londres. Ela é a primeira a se afastar.

Ian faz uma carinha de cachorro que caiu da mudança e tenta beija-la novamente, mas Amy se solta dele:

- Eu vou tomar um banho. – Ela sorri maliciosamente. – Depois da apresentação da Reagan, quem sabe eu não dou uma passadinha no seu quarto?

Ela entra no banheiro e tranca a porta. Minutos depois ela sai, o cabelo vermelho e cacheado, molhando sua roupa. Ela tinha tirado o uniforme de sua nova escola e o guardado no armário e tinha vestido um short jeans simples e uma camiseta folgada e tão comprida que quase cobria por completo o curto short.

- AMY! JÁ VAI COMEÇAR A APRESENTAÇÃO DA REG! – Ela ouve o irmão gritar do outro lado da porta. A menina sai do quarto e senta no sofá, abraçada a Ian, pronta para o espetáculo.

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 Um Holt não devia ter vergonha! Um Holt não devia ter medo!

Era justamente assim que Reagan Holt se sentia.

Seu estômago roncava de nervosismo. Faltavam apenas dez minutos.

Reagan já estava pronta, vestindo o colã azul muito brilhoso e a maquiagem (que ela mesma tinha feito) escandalosa. Como a roupa devia ser surpresa, um roupão totalmente branco a cobria.

Ela estava no camarim, onde sua “treinadora” lembrava os últimos detalhes para a loira e Peter, o garoto que era seu par naquela apresentação. Eles tinham sido escolhidos como os melhores da turma e, por isso, ensaiaram os últimos dois meses para fazerem uma apresentação em grande escala.

- Vou deixar vocês sozinhos para se concentrarem. – Por fim, a treinadora fala. Ela sai.

Peter se senta diante do espelho e retoca os últimos detalhes de sua maquiagem, tão extravagante quanto a de Reagan.

- Eu estou muito nervosa! – Reagan fala, se aproximando por trás e se olhando no espelho também.

- Pois eu não. – Retruca Peter. – Nós nos matamos com horas e mais horas de ensaio. Somos perfeitos. – Ele gira a cadeira e fica de frente para Reagan. – A gente vai fazer essa plateia ir ao delírio!

Reagan ri.

- Só você para me fazer rir nessas horas!

Alguém bate levemente na porta. Reagan franse o cenho. Toda a sua família estava na plateia, mas ela pediu que ninguém viesse vê-la antes da apresentação. Eles, com certeza, a deixaria nervosa. Mais ainda!

- Quem é? – Peter pergunta.

- A Reg está ai? – A voz do outro lado da porta é de Ted.

Reagan abre imediatamente a porta e se depara com o menino. Ele estava muito chique, de terno e gravata, porém, os óculos de natação totalmente pretos não combinavam.

Porque Ted estava usando aqueles óculos? Bom, menos de duas semanas atrás, ele tinha feito a cirurgia nos olhos e, para que pudesse voltar a ver, teria que passar um bom tempo sem que os olhos tivessem nenhum contato com luz. Duas semanas tinham se passado desde a cirurgia e ele continuava usando aquela coisa ridícula.

Reagan o abraça.

- Você está muito elegante para uma simples apresentação de balé. – Ela comenta.

Ele suspira, triste.

- Eu queria tanto ver você dançar. Vim e apenas ouvir seus passos e a música não serve de muita coisa.

Reagan fica calada, ainda abraçada ao menino.

Eles tinham se aproximado muito nos últimos três meses. A vida de Reagan se resumia a: escola, balé, casa dos Starling. Ela praticamente vivia lá. Nos fins de semana, ela pedia para Hamilton leva-la, e é claro que ele fazia isso com todo prazer. Reagan se trancava no quarto de Ted, trabalhando no protótipo, Hamilton ia para o quarto de Sinead e Ned trabalhava na sala, que era mais um ateliê que uma sala propriamente dita.

Quando, enfim, o protótipo ficou pronto e foi testado, Ted fez sua cirurgia.

Reagan estava feliz e triste ao mesmo tempo. Triste porque queria que Ted a visse dançando e feliz porque sabia que a apresentação ia ser gravada e ele poderia vê-la depois.

A treinadora entra bruscamente na sala.

- Está na hora.

Ted solta Reg e cochicha:

- Não estou vendo, mas sei que você está linda. Vai lá e arrasa! – Ele sai.

Reagan e Peter tiram seus roupões e se encaminham para o palco.

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Ted estava impaciente!

Sentado na primeira fila do enorme teatro que, por acaso, estava lotado, ele podia ouvir perfeitamente os leves passos de Reagan no palco.

Queria tanto ver o que ela fazia!

Mas aquele maldito óculos totalmente negro impedia!

A apresentação duraria cerca de trinta minutos. Pouco mais de dez já tinham passado quando Ted toma uma decisão.

Ele pega, discretamente, a bolsa da irmã, sentada ao seu lado, e tira um óculos escuro normal. Com aquilo ele poderia ver a apresentação sem estar exposto a muita luz.

Ele fecha os olhos e tira os óculos de natação, pondo os outros óculos logo depois.

Devagar, Ted vai abrindo os olhos. Seu coração se enche de alegria ao poder ver tudo que estava diante de seu olhar. Seu novo olhar se foca imediatamente em Reagan, que girava nos braços de seu companheiro, na ponta dos pés.

Reagan é linda! É a primeira coisa que ele constata.

Sim, ele sabia que ela era linda, mas a Reagan real era muito mais bonita que a Reagan de sua imaginação. Ela saltava e girava, dando enormes pulos conforme a música. Seu parceiro a acompanhava e a auxiliava em algumas partes da coreografia.

Ted começou a chorar. Era muita emoção junta. Ele virou o rosto para os lados, podendo enfim rever o lindo sorriso da irmã e a cara de bobo do irmão. Podendo olhar para o palco e ver Reagan Holt. Graças a ela que ele enxergava novamente.

Tudo isso se juntava a linda apresentação e a música clássica que soava no teatro.

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- Minha irmã estava MARAVILHOSA! – Hamilton pega Reagan no colo, girando-a.

Depois é a vez de Madison, que, pela primeira vez naquela noite, solta a mão do namorado para dar um abraço de urso na irmã. Um abraço de urso, literalmente, porque, a força que ela usava para apertar a irmã gêmea, apenas um Tomas possuía.

- Você estava matematicamente perfeita. – Ned fala, abraçando por sua vez a prima.

Um grito provém da porta e uma linda menina entra correndo no camarim e se joga sobre Peter, o companheiro de Reagan, o beijando ferozmente. Aquilo parece chamar atenção dos Holt por alguns segundo.

Pois é, nem todo garoto que dança balé é gay!

Mas, segundo depois, toda a conversa é retomada. Reagan recebe flores do pai, que a levanta no colo, quase fazendo a cabeça da menina bater no teto.

Um telefone toca e Peter para de beijar sua namorada para olhar o telefone.

- Reg, é o seu! – Ele fala simplesmente, logo se distraindo com a namorada e os parentes novamente.

Reagan pega o celular e atende.

- Alô.

- VOCÊ ESTAVA LINDA DEMAIS, PRIMINHA. – Dan grita do outro lado da linha.

- Obrigada, Dan.

Um barulho de bagunça e resmungos invade a linha por alguns segundo antes da voz de Amy falar:

- Oi, Reg. Ficou incrível! Nunca imaginei que você era tão boa no balé desse jeito.

- Não é o habitual para um Tomas. – A loira responde.

Amy ri.

- Não é mesmo e... Ian, dá para me soltar um segundo? – Amy resmunga com Ian do outro lado do mundo. – Enfim... Onde eu estava? Ah, eu chorei com a sua dança, parecia que meu coração ia explodir de alegria...

O telefone é bruscamente tomado da mão de Amy e voz do outro lado é trocada:

- Chorei junto com a Amy. – Natalie fala. – Ao contrário de alguns ninjas falsos, – Reagan ri, sabendo que a Kabra está falando de Dan. – que ficam torcendo e gritando como se fosse um jogo de futebol, eu me emocionei muito. Espera um pouco, Ian! Vou passar para o meu irmão impaciente.

Mais barulho no telefone.

- Parabéns Holt! Aprecio muito danças clássicas como essa e acho realmente que você errou de clã. – Ian brinca. – Acho que vou deixar você curtir sua fama ai nos Estados Unidos mesmo.

- Um beijão. – A voz de Amy inunda o aparelho, segundos antes de ser desligado.

Reagan sorri e guarda o celular, depois volta a se concentrar em sua família. De repente ela compreende porque estava com a impressão que faltava alguém.

- Onde está Ted?

- Ele não quis vim. – Reaponde Ned, - Disse que encontraria com você na escada para o estacionamento.

Quase que imediatamente, Reagan coloca um casaco para se proteger do frio que fazia do lado de fora e, sem se importar de estar ainda com o colã da apresentação, mesmo que os cabelos estivessem soltos.

- Deixe-a ir sozinha. – Ela ouve o irmão dizer, provavelmente impedindo que alguém vá atrás dela. Descendo a escada particular que levava do camarim direto para o estacionamento, Reagan sorri. Queria muito saber o que Ted tinha achado de tudo aquilo e o porquê de não ter ido vê-la como os demais.

A loira para de repente.

No fim da escada, Ted Starling olhava para o céu estrelado, as mãos enfiadas nos bolsos do casaco de lã.

Reagan congela, não devido ao frio, mas sim ao que ela está vendo.

Ted estava sem óculos!

O ruivo ouve a ruidosa respiração da menina e se vira para observa-la. Seu novo olhar se foca nos olhos azuis de Reagan e ele abre um imenso sorriso.

Reagan se aproxima, chocada e assustada com o que via. E se a cirurgia não tiver dado certo. E se, ao tirar os óculos negros, Ted interferiu em seu tratamento?

- Ted... Eu... Ah... Você está...?

- Sua apresentação estava maravilhosa. – Ted responde, sorrindo com os lábios e com os olhos, - E dessa vez, não precisei me basear somente em sons para saber disso.

Reagan entendeu imediatamente.

Ele a puxa para um abraço apertado e a gira no ar, enquanto ela o segue em uma gargalhada, mesmo que lágrimas de emoção escorressem pelas suas bochechas.

 De repente, tomada por uma força sobrenatural, Reagan segura a cabeça de Ted entre as mãos e o beija.

O ritmo de seu coração aumenta drasticamente.

Quanto ao menino, surpreso demais para ter qualquer reação, apenas fica parado, sem saber o certo o que fazer. Tinha desejado muito aquele beijo e agora que o tinha, estava dominado por um nervosismo que o impedia de se mexer.

Reagan se afasta, vermelha como um tomate.

- Ted, desculpa, eu não devia ter feito isso, me perdo...

Ela não tem tempo de terminar sua frase antes que o ruivo caia na real e a puxe para um beijo. Desta vez, ambos se beijam com fervor. Talvez aquele beijo tenha até esperado demais para acontecer, mas estava acontecendo. Reg contorna o pescoço de Ted com seus braços, puxando a cabeça dele, o fazendo ficar cada vez mais próximo. Em resposta, Ted a empurra contra a parede, desfrutando, lançando para fora de seu coração todo aquele amor que sentia por aquela menina. Um amor que o tinha curado.

Eles se afastam devagar e sorriem um para o outro.

- Não precisa se desculpar, - Ted fala, o coração batendo tão forte que o som se propagava por seu corpo e chegava aos seus ouvidos. – Você só fez o que eu não tive coragem de fazer. Tive vergonha.

Reagan franse o cenho:

- Vergonha de quê?

- Achei que você não iria querer um namorado cego.

A loira ri.

- Para você vê como, às vezes, grandes gênios podem ser idiotas.

- Então você aceitaria ser minha namorada mesmo eu sendo cego?

- Aceitaria. – Ela responde.

- Aceitaria... Ou ainda aceita?

Reagan sorri, feliz ao ouvir aquela proposta.

- Ainda aceito. – Ela diz, se aproximando devagar dos lábios de garoto.

Eles estão quase se beijando novamente quando ouvem passos e vozes na escada. Os Holt e os Starling estavam descendo.

- Quer fugir para um lugar melhor? – Ele propõe.

- Como? – A loira pergunta, olhando para o topo da escada.

Ted tira do bolso do casaco um molho de chaves.

- Eu peguei as chaves da moto do meu irmão. – Ted sorri, maliciosamente, enquanto enfia a cabeça no pescoço da namorada, sentindo seu perfume delicioso e adorando sentir com os lábios a pele arrepiada dela.

- Vamos.

Eles partem correndo pelo estacionamento, rindo como crianças aprontando.

Ted para diante de uma enorme moto preta e coloca um dos capacetes, cobrindo seu rosto e seus cabelos compridos e depois estende o segundo capacete para Reagan que ri enquanto o enfia na cabeça.

Ambos sobem na moto e Ted liga o potente motor.

Nessa hora, a família de ambos chega ao estacionamento. Vendo o “roubo” de sua moto, Ned grita:

- Seu safado! Volta aqui.

Ele corre pelo estacionamento, tentando interceptar o irmão, mas, com um ronco forte do motor, a moto sai em disparada pela rua.

A última coisa que Reagan ouve antes de desaparecer na noite, abraçada ao seu namorado, é a gargalhada alta do irmão mais velho.

Sorrindo atrás do capacete, ela aperta mais os braços em torno de Ted e se deixa levar para o desconhecido, gritando em plenos pulmões enquanto o vento joga seus longos cabelos para trás.

                             FIM OU APENAS UM NOVO COMEÇO?


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Notas finais do capítulo

Pois é minha lindas, a minha fic chegou ao fim. Espero que tenham gostado dela como eu gostei de escrever ela. Acho que, para a minha primeira fic, eu não me sai muito mal, não é?
Então, o que vocês acharam? Está boa o suficiente para receber uma segunda recomendação? Riririri....
Bom, queria agradecer as minha leitoras maravilhosas todo o meu sucesso.
Essas lindas são:
Gab PCEJS
Angel of the sea
Vic Marcia Cahill
M Lannister
Myrra
Birdy
Juuh Cahill Di angelo Malfoy
Lilika Cahill
Pam
Giovanna Cahill
Camilla Cahill EKAT
Letícia Chan
Light Wizard
Bianca di angelo Jackson
Aninha Cahill Horan
Ms Oliver
Mi
Marina
Giuu
Potterjacksonvorazes
Duda Cardoso
Julia Cardoso Mellark
E, por fim, minha linda Potteread Jackson Horan que recomendou minha fic. (Já falei que te amo hoje?)
Me perdoem se eu escrevi o nome de alguma da vocês errado! Kkk
Obrigada por tudo...
Nós nos vemos na minha próxima fic, não é?
Bjinhos minhas lindas.....