Half-blood Princess escrita por Clara de Col


Capítulo 10
Juntos na escuridão


Notas iniciais do capítulo

AAAH COMO VOCÊS SÃO LINDOS, AI SOCORRO.
Minha primeira recomendação, ai que linda ♥ OBRIGADA ♥
Quero agradecer a todos vocês por lerem, (mesmo se vocês não deixarem reviews) eu adoro que gostem do que eu estou escrevendo!
Esse cap é um pouco pequeno em relação aos outros, mas o próximo vai ser diferente ok?
Nos vemos lá em baixo...



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Na manhã seguinte, a primeira coisa que Lucy fez no intervalo do 1º período foi correr para a Biblioteca devolver os livros. Depois de escutar a conversa de Snape e Minerva, sua cabeça se enchia de probabilidades estranhas... Talvez a solução fosse falar com Dumbledore. Talvez.

— Olá... É... Preciso devolver uns livros. — ela sorriu para a bibliotecária, que abriu uma grande carranca.

— Devolva-os, oras.

Lucy fechou os olhos. Agora seria a parte complicada.

— Eu preciso devolvê-los na seção reservada. — ela cruzou os dedos sem sucesso.

A bibliotecária arregalou os pequenos olhos e ficou sem reação. Lucy começou a arquitetar coisas em sua cabeça: Se saísse correndo seria bem pior. Mas se fosse pega com aqueles livros seria expulsa. Ah, droga. Seria expulsa de qualquer jeito. Ela se lembrou dos livros que lera ontem a noite e da Primeira Maldição Imperdoável que alguns Comensais justificavam por serem servos do Lorde das Trevas. A Maldição Imperius. Seus dedos foram para a varinha. A Bibliotecária estava pronta para gritar, quando sem pensar Lucy sussurrou:

Imperio. — ela apontou a varinha para a bibliotecária, que depois de um tempo, sorriu.

— Pode entrar querida... Só não demore muito, tudo bem?

— Obrigada. — disse Lucy, sentindo um misto de culpa e alívio.

~

Se sentindo bem mais leve, e ao mesmo tempo totalmente estupida, Lucy deixou a Biblioteca e foi direto em direção a Sala de Dumbledore. Ela tinha usado... Uma Maldição Imperdoável. Tinha mesmo. Dentro de Hogwarts. Debaixo do nariz de Dumbledore. Ela respirou fundo... Agora já foi.

Parada em frente a gárgula que abria a sala de Dumbledore, Lucy tentou se lembrar de alguns dos doces que Dumbledore mais gostava. Sorvete de limão... Não era exatamente assim... Era melhor não arriscar.

Acidinhas. — ela sussurrou. A gárgula começou a girar e revelou a escada. Lucy rapidamente subiu nesta e sentiu a gárgula se mover novamente, subindo para a sala.

Antes de bater na grande porta de carvalho, ela respirou fundo algumas vezes.

— Pode entrar Lucy! — a voz de Dumbledore a chamou. Ela empurrou a porta e logo a fechou novamente. — Sente-se minha cara.

Lucy nem se deu o trabalho de perguntar como Dumbledore sabia que era ela atrás da porta. Se sentou em uma das cadeiras a frente da mesa dele e fitou a mesa de pedra cheia de objetos, pergaminhos e doces.

— Aceita uma tortinha de abobora? — ele ofereceu, enfiando uma inteira na boca. Lucy balançou a cabeça, agradecendo.

— Na verdade, eu estou aqui para... Perguntar algumas coisas... E... Contar outras também. — ela colocou as duas mãos no colo se perguntando como contaria para o Diretor da escola que pegou livros proibidos da prateleira proibida da Seção Reservada (que era proibida).

— Já estava começando a demorar Senhorita. — disse ele, carismático. — Como vão as coisas com Severo?

Lucy estava totalmente despreparada para aquela pergunta. Bom, nem totalmente. A verdade era que nem ela sabia direito.

— Bom... A mesma coisa de sempre, é claro. — disse ela e notou uma breve surpresa tomar o rosto do diretor. — Quer dizer, nós não conversamos de jeito nenhum sem ser como... Aluna e Professor e... Para falar a verdade, acho que ele aumentou de proposito as minhas lições e...

— Pare. — Dumbledore pediu e Lucy ficou alerta. — Me desculpe, mas está dizendo que não se resolveu com Severo?

— Bom... Nós não temos bem o que falar e... — ela revirou os olhos para si mesma — Não.

Dumbledore balançou a cabeça parecendo desapontado. Lucy ficou meio sem jeito, mas não se sentiu culpada. Era Severo quem tinha que ir falar com ela não é? E se fosse... Sobre o que iriam conversar?

— Acho que sei o porquê. — ele ajeitou os óculos de meia lua no nariz. — Seu pai, ou como você preferir chamá-lo senhorita... É muito orgulhoso. Assim como a Senhorita, é claro.

Lucy escondeu uma careta. Dumbledore estava insinuando que ela e Snape eram... Parecidos? Bom, não seria em si uma surpresa mas... Ela tinha dificuldades em aceitar isso. Snape era cruel. Ela só era uma adolescente cheia de hormônios numa crise existencial.

— Hm... Perdão diretor... Mas eu não vim até o senhor para falar sobre Snape. — ela o interrompeu, meio constrangida. — Estou com uma duvida urgente no momento.

Dumbledore suspirou fracamente e gesticulou.

— Pode perguntar o que quiser Lucy.

Lucy sentiu que era a hora certa. Dumbledore estava ali como um adorado avô sentado numa poltrona, pronto para contar histórias e segredos da família. Ela estava com medo do que poderia descobrir, mas era preciso.

— Eu estou tendo sonhos com minha... Mãe. — ela respirou fundo, depois completou hesitante. — Minha mãe biológica... Digo... Jane Walker...

Dumbledore não pareceu muito surpreso.

— Que tipo de sonhos? — ele perguntou, um tanto intrigado.

Só de pensar no ultimo, Lucy sentiu um calafrio.

— Sonhos horríveis, onde eu posso olhar pelos olhos dela e sentir o que ela sente... Como se eu fosse ela. Literalmente. — ela fez uma pausa. — E, ela está correndo e fugindo numa floresta escura com pessoas lançando feitiços e com muita... Muita neblina. E no ultimo sonho, presenciei uma conversa. Uma conversa dela com um ser estranho, que ficava cobrando-a toda hora e ela pedia mais tempo...

Lucy estava aflita. Ela parou para respirar um pouco e olhou para suas mãos. Não sabia como se sentir em relação á tudo aquilo, mas se sentia mal por ela. Tinha que admitir. Não tinha certeza sobre qual a decisão que ela tivera que tomar, mas se sentia mal por ela.

— Eu queria saber, Dumbledore. — ela olhou diretamente para o diretor, que sustentou seu olhar como se dissesse que iria ficar tudo bem. Ele a contaria tudo. E ela sabia. — Queria saber o que aconteceu com minha mãe. E acima de tudo que escolha ela tomou...

— Você é uma garota muito esperta Lucy Snape. — disse ele, escondendo um sorriso. — Então me diga: Está aqui para saber... Ou para confirmar o que já sabe?

Ela reconheceu.

— Realmente... Quero confirmar uma teoria. Mas tenho medo que seja a verdade. — disse ela, levantando a cabeça novamente. — Eu fiz coisas erradas esses dias... Mas tudo por uma boa causa. Digamos que... Eu tive acesso a algumas informações e juntando elas com o meu sonho eu pude concluir que minha Jane Walker e Snape...

Ela parou. Dumbledore assentiu.

— Sim, Lucy. — ele afirmou. — Jane e Snape foram e são Comensais da Morte.

~

Severo Snape ~ Hogwarts, 1978, Corujal – 01:35 AM

Olhando para o horizonte ele tentava esquecer a dor que ainda feria seu braço esquerdo. Ele puxou a manga de sua veste para cima e observou a Marca negra sobre a lua. Ela penetrava fundo na sua pele, e ardia mais que o fogo. Ele tinha seus motivos para ter tomado sua decisão e não estava arrependido. Nem um pouco. Já suportara dores muito maiores para um mero ardor o incomodar. Não... A maior dor de sua vida estava chegando. E estava atrasada por sinal.

Passos ecoaram pela Torre do Corujal. Passos apressados que rangiam sob o gelo. Logo sua voz o acomodaria.

— Severo. — ela o chamou, sua doce voz perfurando qualquer poder que a dor tinha sob seus pensamentos. — Estou atrasada?

Ele sorriu. Sorriu e pensou como conseguia sorrir quando ela estava ali. Ali com ele.

— Está. — ele se levantou da mureta que estava sentado e recebeu Jane em seus braços. Ela cheirava hortelã. Ele a soltou e segurou seu rosto — Precisamos conversar Jane...

Ela o olhou curiosa e o sorriso em seu rosto foi sumindo aos poucos. Eles se sentaram na mureta e Severo hesitou em pegar a sua mão.

— Pode falar o que quiser, você sabe. — ela o olhou, incentivando-o, mas ele estava paralisado. — Você tem andado distante... O que aconteceu?

Severo a olhou e pensou em como queria protege-la da realidade. Mas como protegê-la de si mesmo?

— Lembra daquilo que eu te disse sobre algumas decisões minhas... Sobre eu não ter mais escolha?

Jane assentiu, um pouco assustada. Mas ele sabia que ela enfrentaria qualquer coisa que viesse pela frente. Ela era forte. Então ele tinha que ser também.

Ele puxou mais uma vez a manga de sua veste para cima e deixou a Marca Negra á mostra, sob a luz da lua. Jane levou as duas mãos até a boca, levemente abatida e depois o silêncio se instalou entre os dois. Severo olhou nos olhos dela, e eles não estavam com medo... Não...

— Eu quero que saiba de algo também. — ela tirou as mãos da boca e pousou uma delas sob a Marca Negra. — Que eu vou estar do seu lado.

Ele começou a negar e balançar a cabeça, mas ela assentiu.

— Eu vou para onde você for, e vou ser o que você será. — disse ela, calmamente. Severo mal acreditava em suas palavras. Ela não sabia o que estava falando. — Nós não estamos mais sozinhos agora.

Ela pousou a mão na barriga. Ele congelou.

— E se você quis isso — ela tocou novamente na Marca Negra. — É o que eu vou querer também.


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Notas finais do capítulo

Alguns não devem estar muito surpresos, por que já era meio obvio e tal. Mas essa ideia surgiu meio de repente e eu particularmente gostei. O que acharam?
Não demoro para postar o próximo, ok?
xoxo



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