A Versão De Karin. escrita por Ayame Karin


Capítulo 15
A raiva e a coragem. O fogo e a neve.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeey gomen pela demora...
Bom, aqui está, apesar de não ser grande nem pequeno, eu acho que esse foi o capítulo da fanfic inteira, que eu mais gostei, eu tive que fazer uns ajustes de ultima hora, por isso demorei pra postar.
Em fim, boa leitura, espero que gostem!



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No capítulo anterior:

Os três saíram dali, nenhum sabia direito o que pensar mentes bagunçadas de cabeça para baixo. Enquanto Roki tentava organizar sua mente com as memórias ao mesmo tempo em que tentava concluir se seu sentimento era verdadeiro, Karin tentava descobrir quais eram os seus, e Toushiro entender os dele.

Nesse capítulo:

Quando alcançaram os outros, Roki foi ajudar Inoue que estava em apuros, por ter sido deixada sozinha com o nono espada. Toushiro foi ajudar Renji e Hisagi que estavam com dificuldades diante do espada número cinco. Rukia e Rangiku lutavam contra o espada número oito, mas pareciam ter uma boa vantagem.

Karin viu Ishida e Sado tentando duramente lutar contra o espada número três, não estavam tendo um bom resultado. Karin se aproximou e fez sinal para que saíssem da frente. A garota estava com um olhar tão assassino que ambos sequer hesitaram.

Saíram dali e foram ajudar quem tivesse sobrado, mas foram impedidos pelas fraccíons. Karin encarou sua oponente, uma mulher de cabelos roxos que caíam em longos cachos até os joelhos, não estava sequer em sua resurectión, tinha olhos azuis escuros, e unhas grandes que era o fator que mais chamava a atenção.

            Karin analisou-a, e pelo olhar concluiu que era o tipo de pessoa que se achava superior, por esse fator e só por ele Karin venceria facilmente.

            _Então trocaram um quincy e um humano por uma shinigami pirralha? Grande diferença... – disse arrogante.

            _Arrogância não aumenta seu poder. – disse unicamente. Viu com o canto do olho o irmão cair sem apoio. – Kia, o morango! – era um código que se uma pessoa que não os conhecesse pensasse por pelo menos um minuto entenderia, mas em menos de dois segundos isso era impossível.

            A baixinha passou rapidamente pela Kurosaki e ajudou o ruivo. A morena suspirou aliviada e aumentou a reiatsu. Karin ainda tinha uma zanpakutö em cada mão, Hinoumi, na direita, tinha o cabo e a bainha ambos negros. E Kaisetsu, na esquerda, tinha cabo branco e bainha bege.

            _Isso irá acabar com um ataque só. – disse friamente unindo ambas as zanpakutös – BAN-KAI!

            A cor de seus olhos mudou, o direito se tornou tão vermelho quanto o mais vivo fogo, e o esquerdo tão branco quanto a mais pura neve. Sua reiatsu aumentou tanto que ela mesma quase não estava aguentando. O punho de sua zanpakutö se tornou negro, e a lâmina branca.

            _Minha mãe... – começou ao sentir a reiatsu aumentar ainda mais. – Meu irmão... – os cabelos se soltaram com a força do vento, influenciado pelo poder espiritual. – Meu melhor amigo... – a roupa se transformou em um quimono vermelho de um lado e branco do outro. – Minha irmã... – as memórias voltavam em sua mente rapidamente. – Meu pai... Rukia... – fechou os olhos após ver Toushiro sangrar. – Toushiro... – abriu os olhos. – NÃO VÃO TOCAR EM MAIS NINGUÉM QUE AMO!

           A essa altura já chorava novamente, estava muito fragilizada, memórias, todas, juntas, as piores, de todos que ama sendo presos, torturados ou machucados por hollows, isso formou sua raiva, o fogo. Também se lembrou dos momentos bons, quando foi salva, quando conheceu cada um daqueles que lhe são importantes, cada momento, cada palavra foi importante, e isso formou sua coragem, a neve.

            _Tōketsu o yaku* - não respirou – Seihantai**.

            O ataque foi simplesmente neve e lava lançados separadamente pela mesma zanpakutö, e quando estavam a milésimos do oponente, eles se uniram formando uma pedra que só pode ser quebrada pela ordem da própria criadora.

            O ataque foi lançado, atingiu a arrankar, Karin viu-a fazer uma cara de horror e medo, e ser engolida pelo ataque, assim que a pedra se formou e se solidificou a morena fez um movimento com a zanpakutö, e a pedra se partiu.

Seu corpo enfraqueceu, sentiu os joelhos tremerem, a imagem se tornar turva. A ultima coisa que viu, foi um par de olhos turquesa a mirá-la, e então tudo escureceu.

            [...]

           

            O poder dos espadas tinha aumentado logo a dificuldade para derrota-los era maior. Hitsugaya entendeu isso melhor que ninguém, quando seu oponente liberou a resurectión, conseguiu vencê-lo por pouco e com a ajuda do Abarai.

            No final o único que saíra ferido gravemente fora Ichigo, nem mesmo os que perderam mais rapidamente tinham se ferido tanto. Quando Karin havia lançado o ataque e matado a terceira arrankar, a reiatsu dela esmagou os oponentes mais próximos.

Rukia, a única que já tinha visto um Kurosaki com verdadeira raiva ao lutar, concluiu que a reiatsu da garota só era menor que a do irmão. Apesar de parecer que ela tinha mais habilidade.

Acontece que ela tinha usado muita reiatsu muito de repente, portanto seu corpo foi danificado, o que causou o desmaio. Ela fora resgatada pelo capitão da décima divisão, segundos depois, o restante dos espadas recuou para Las Noches, temendo o pior.

[...]

Karin abriu os olhos lentamente, levantou uma das mãos e coçou os olhos na tentativa de desembaçar um pouco a imagem. Quando abriu totalmente os olhos pode constatar que aquele era o quarto esquadrão, por algum motivo não conseguia se sentar.

Foi quando notou um ferimento na região do estômago. Assustou-se, quando foi que conseguira aquilo?

            Desistiu de tentar descobrir, não se esforçou para sentar ou qualquer outra coisa, apenas ficou olhando o teto, lembrando o que havia acontecido. Não sabia quanto tempo havia se passado, mas fosse qual fosse o tempo, Isane entrou no quarto e ligou a luz, surpreendeu-se ao ver a garota acordada e a ajudou a se sentar.

            Assim que sentada conseguiu observar melhor o ambiente, mas seu olhar parou em dois sofás, cada um com uma pessoa adormecida.

            _Eles não saíram dai. – comentou Isane. – Já faz duas semanas que estava adormecida, Unohana-taichou temia que entrasse em coma...

            _Duas semanas?! – gritou, pondo as mãos sobre a boca como em um sinal de desculpa por gritar em um hospital. – Eles não saíram?

            _Só pra ir ao banheiro, e comiam aqui mesmo... – sorriu simpática.

            _Ah, obrigada Isane-san, e agradeça a Unohana-taichou por mim, sim? – pediu educadamente.

            _Claro. – e saiu da sala.

            Karin virou-se para os dois sofás, e bufou.

            _Bakas. – resmungou.

            Ficou fitando a parede por um tempo até que escuta uns resmungos e murmúrios vindos da direção de um dos sofás.

            _Anh? Karin? – resmungou o loiro levantando. – Você acordou. – correu e deu um abraço longo porém cuidadoso com as feridas da garota. – Idiota você usou muita reiatsu.

            _Eu disse que ia acabar em um golpe só oras. – retrucou.

            O amigo riu e a soltou.

            _Roki, você é muito idiota, nem raciocinar você raciocinou... – se gabou.

            _Teme... – bufou. – Eu estava em choque! Ok? Não tinha como raciocinar sendo que eu mesmo achava que estava do lado dos arrankars!

            _Eu também estava em choque e mesmo assim raciocinei. – retrucou. – E pare de gritar estamos em um hospital... – provocou novamente.

            O loiro trincou os dentes, e cerrou os punhos, realmente a garota sabia como irritar alguém. Mas ele também sabia. Acalmou-se e preparou uma voz sarcástica e irônica.

            _Então né Karin... – começou. – Chan... Você notou que está com o cabelo solto?

            _Eh?! – levou as mãos instintivamente aos cabelos, constatando que era verdade.

            _Não grite, estamos em um hospital. – provocou imitando a voz que ela fizera momentos atrás.

            Agora quem estava irritada era ela, mas também estava um pouco corada. Desde que o cabelo crescera, nunca o deixara solto nas vistas de ninguém. E de repente seu cabelo está solto na frente de seu melhor amigo, e com probabilidades de quem quiser entrar poder ver.

            _O que... Aconteceu? – perguntou ela séria. – Digo depois que eu desmaiei?

            _Hum vejamos... – tentou lembrar-se enquanto sentava-se na cadeira ao lado da maca. – O grisalho abusado e convencido te pegou no colo, te colocou numa pedra, e fez um kidö de cura, só pra... Você sabe... Não morrer e tal.

            A morena riu com a caracterização que o amigo fizera do capitão.

            _Depois, os arrankars cagões deram no pé de volta pra Las Noches, porque o seu irmão ficou fulo da cara porque você se machucou. É acho que foi isso, daí a gente voltou, mas eu só vou poder ficar aqui por mais uma semana, digamos que eu causei muitos problemas a Soul Society, e o vovô não tá muito satisfeito com isso.

            _Sokka, eu tenho que decidir o que fazer também... – pensou preocupada.

            _Vamos deixar isso pra outro dia ok? – sorriu abertamente. – Dorme agora, você precisa.

            _Hai. – respondeu obedecendo lentamente ao pedido do amigo.


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Notas finais do capítulo

*Tōketsu o yaku= Queima congelando
**Seihantai= Opostos

Espero que tenham gostado, se algo não foi esclarecido me perguntem, responderei com prazer.
Acho que de maio a fic não passa, triste não?
Bom, vejo vocês daqui a alguns dias!
Kissus, jya ne o/



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