Se tudo fosse mais fácil?

Ela estava sentada – enquanto observava o céu – sentia-se estranhamente só, mas sentia-se assim, uma lagrima caiu de seus olhos, enquanto enxugou, e olhando as marcas deixadas por suas escolhas – não, as escolhas dele, era tudo culpa de seu pai, Mondo nunca fora um pai – mas desta vez, ele fora aquele que nunca...

Ele não amava.

Ela era a segunda...  Sempre fora assim.

O sorriso morreu em seus lábios – enquanto pensava – de todos os pais, os seus eram que a ignorava desde sempre – nunca virá eles se importarem consigo.

Mas ninguém entendia quem ela era de verdade...

Tocou de leve em sua mão – estava ardendo – depois de tudo, a dor voltou como uma lembrança vaga de quem era?

Seu coração doía – enquanto sentiu uma dor insuportável – estava sozinha, enquanto lagrimas caiam por seu rosto, ninguém entendia seu coração...

Só sentiu a morte vim – mas as mãos quentes a pegaram – enquanto fechava os olhos.

~*~

Ela estava pálida – o rapaz corria – enquanto sentiu a respiração baixa e irregular, ela estava morrendo, ela não podia morrer, de jeito nenhum...

Ele sentiu um pouco do vento frio – enquanto corria – a noite estava densa, assim que adentrou na mansão, enquanto todos estavam olhando...

Papà olhou – enquanto a pegou – estava ali, quase morta, não havia o que pensar...

Felicita olhou – enquanto lagrimas vinham em seu rosto – enquanto olhava sua irmã, a única pessoa que ela entendia, mas nada... O rapaz que a carregava, Luca, estava sério, não se movia, estava olhando...

Ela era morte da ‘Segunda Carta’ – Imperatriz estava morrendo...

-Papà, o que...? – as vozes saiam engasgadas.

-Ela está morta... – a voz dele soou baixa enquanto agarrou o corpo.

Enquanto ouviu o dor na voz dele – enquanto pela primeira vez as lagrimas caiam – Mondo olhava a filha que ele ‘amava’, ela era a sua ‘pequena’, bem diferente de Felicita, ela crescera ao seu lado, com sua poder arcana e com seus problemas...

Mas quando chegou a hora, ele não poderá ajuda-la...

“Era o fim do mundo...” – pensou enquanto abraçava o corpo inerte.

-Só na sua cabeça... – soou baixa a voz. – Está me sufocando.

Ele olhou – paralisando – enquanto ao seu lado estava o espirito dela – não! Era ela, enquanto olhava com suspiro baixo.

-Esse e o futuro, Papà... Está será a minha morte – diz séria com sorrisinho vago.

Mondo viu todos sumirem – enquanto olhou – esse era o poder dela...

“Premonição”.

- Esse e um aviso. – diz calmamente – Felicita não aceitara o tal casamento, querido Papà...

Mondo fixou nela – enquanto levantou-se – olhando a firme.

-Por que você irá morrer...? – pergunta olhando a garota.

Ela olhou – enquanto coçou a cabeça – os cabelos estavam escuros e olhos num tom intenso de escuro fixo nos dele, ela era diferente de Felicita, pensou, enquanto andava pelo lugar branco.

Ela parou, olhando para a cena a frente – um suspiro saiu.

-Talvez... Por que eu não deva existir Papà. – ela olhou enquanto ajeitou os cabelos num coque desajeitado – Talvez, por que eu seja intrusa nisso...

Ele tocou no ombro dela – mesmo sendo aquele poder dela – sabia como aquilo estava perturbando a jovem, enquanto a olhava...

Ela sempre foi a mais solitária de todas.

Sozinha como um pássaro selvagem, diferente em todos os aspectos.

Ela era a escuridão da família Arcana...

Ela era a ‘solidão’.