Tudo aqui é mesma coisa de sempre sou a ESQUISITA, a RESERVADA, a SEM AMIGOS, eu já me acostumei minha rotina aqui é muito simples : acordar, ler , ler , comer , ler , ler e dormir.

Você gosta disso? Vocês devem estar se perguntando.. Não posso dizer que gosto pois não é legal ser a esquisita não é mesmo? Mas comparado aos grupos que tem nesse orfanato eu gosto de não pertence-los.

Como eu estou no orfanato? Simples estou aqui, motivos? Nem eu sei, só sei que aqui estou. Isso já faz anos na verdade, já tive vários amigos aqui todos foram embora.

Porque eu fiquei? Eu também não sei, eu sou uma menina comum e só queria que entendessem isso.

Meu único amigo? Meu diário, meus livros, aqueles que desabafo sempre que eu preciso, com o qual crio diálogos e que deixam ao menos a oportunidade de mostrar quem eu realmente sou antes de me julgar, isso me faz sentir bem, não ao total, mas o necessário. Uns amigos meus que permaneceram mesmo sempre comigo, são três meninos, que foram transferidos temporariamente, mas logo voltaram para cá , eles me defendem de tudo.

Hoje vamos receber novas crianças, não estou me importando realmente mais.

Quando eram exatamente as 15hrs a dona do orfanato pediu que todas as crianças, jovens fossem para sala principal receber as mais novas crianças, acompanhei todos calada segurando meus livros.

Boa tarde a todos – disse dona mais conhecida como Medálaine- Hoje vamos receber novas crianças, gostariam que as recebessem bem, entenderam?

Todos concordaram, assim como eu. Ficamos sentados aguardando suas chegadas, eu para variar estava lendo e não me importando com o que acontecia a fora, nesse tempo pude perceber como eu sentia falta de um amor na minha vida, poxa eu tenho 14 anos, estou na idade de amar. Meus pensamentos foram interrompidos pelas “crianças chegando” que na verdade não eram crianças aparentavam ter minha idade, um deles me chamou muito atenção realmente ele era muito bonito : cabelos negros e lindos olhos azuis, ao seu lado havia uma menina aparentava ter minha idade igual a ele cabelos negros e olhos azuis.

Depois de todas apresentações descobri seus nomes, ele se chamava Breno e ela Vitória, essa seria uma oportunidade de fazer amizades pois eles pareciam muito legais, mas não quero arriscar decidi ir direto a parte de fora do orfanato, era meio que um parque abandonado, comecei a escrever no meu diário e sinto um dedo tocando em mim, me virei rapidamente.

Olá, sou Beatriz – disse sorrindo – cheguei hoje, acho que você me viu lá nas apresentações.

Ah vi sim – disse comentando e me lembrando de ter visto uma ruivinha. – sou Caroline.

Porque está sozinha aqui? – perguntou curiosa – Você deveria ir comer, a comida daqui é gostosa.

Dei risada com seu comentário e respondi

Estou realmente sem fome – disse – Não gosto muito do povo daqui, ou eles não gostam de mim, então sempre prefiro comer depois ou dentro de meu quarto.

Que isso! Que bobeira, venha sentar comigo, estou sentando com as pessoas novas, são todos simpáticos isso eu te garanto – disse piscando e me estendendo a mão.

Segurei em suas mãos e levantei, logo já estava sendo puxada e avistei o refeitório e um grupo de pessoas risonhas e lá estava ele.

Gente essa aqui é a Caroline – disse Beatriz

Prazer gente – sorri timidamente

Oi Carol ! – disseram todos sorrindo – Senta com a gente aí

Eu realmente não queria ficar olhando para ele, mas não me aguentava as vezes dava umas olhadas, até que pego ele me olhando e sorrindo para mim, corei e retribui o sorriso timidamente. Terminamos nossos lanches e a supervisora pediu que fossemos para nossos quartos.

Adivinhem? As chatas das meninas que ficavam no meu quarto pediram outro quarto fazendo assim com que Bia e as meninas novas fossem para meu quarto, um recomeço.

Entramos no nosso quarto cada uma tomou seu banho e se vestiu. Quando acabamos de nos arrumar começamos a conversar.

E ae Carol, quanto tempo tá nesse orfanato? – perguntou Vitória

Estou aqui a muito tempo, não sei te dizer o quanto – respondi

Gi, porque não senta com ninguém? – começaram a perguntar

Respirei fundo e comecei

Porque não gostam de mim aqui, só porque sou quieta, e é como eu digo não é legal ser a esquisita, mas se for pra ser do grupinhos de cada menina ridícula que tem aqui, prefiro ficar só. Eu tenho três grandes amigos aqui, mas foram transferidos para outro orfanato, mas eles já vão  voltar.

Sinto muito Gi ! Mas nós chegamos, nunca ficará sozinha – disse uma loirinha

Obrigado, desculpe qual é o seu nome? – perguntei

Loraine, prazer – respondeu rindo

Porque tiveram que estar aqui em um orfanato? – perguntei

Perdi meus pais, só sobrou eu e meu irmão Breno – respondeu Vitória

Ah então vocês são irmãos? Está explicado do porque tão parecidos – disse sorrindo

Todos percebem, ele é lindo né meninas? – ela disse sorrindo

Todas disseram sim na hora, menos eu fiquei quieta.

Você não acha Carol? – perguntou Vitória

Não sabia se contava a verdade, estou com medo de confiar em alguém novamente, vamos lá Caroline ! Pare com isso, elas estão sendo legal com você aproveite a oportunidade de ter amigos e não estrague, me acalmei para responder sem ficar corada e disse :

Acho lindo até demais – respondi

Todas começaram a rir.

Amiga a gente deixa para você – todas disseram juntas o que causou risos na gente.

TOC TOC ( Bateram na porta )

Meninas, está na hora de deitar o riso de vocês já acordou vários alunos.

Demos risadas e concordamos, demos boa noite umas as outras e deitamos.

No dia seguinte

Sempre sou a primeira a acordar e isso é muito chato, mas tudo bem, entrei no banho e me vesti :

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=67175833&.locale=pt-br

Com certeza todos devem estar dormindo, sai e fui até o refeitório pegar um suco. Quando cheguei lá havia um menino sentado de costas, passei tentando ver seu rosto e vi que era Breno, quando passei atrás dele ele olhou para ver quem era.

Oi Carol, bom dia – disse sorrindo

Oi Breno – respondi pegando meu suco

Sente-se – respondeu ele – Acho que vamos ser os únicos que acordam cedo nesse orfanato.

Sempre assim – respondi – Sempre fui a primeira.

Mais tempo para gente se conhecer – disse ele num tom fofo sem nenhuma malicia

Corei demais, que droga.

Ficou envergonhada – disse rindo – desculpe, você é muito linda

Obrigada – respondi – também te achei bonito.

Ele sorriu e me abraçou, retribui

Desculpe – disse ele – Estou passando por um momento difícil e preciso de alguém.

Tudo bem – respondi – Pode contar comigo – disse dando um beijo em sua bochecha o que fez ele sorrir mais ainda