E Se...? escrita por Ma Black


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o capítulo DiRo que todos as LuAres queriam. Não sei se ficou bom, pois a minha paixão é SophiEd e só tenho inspirações pra eles, porém... Acho que o resultado de DiRo é bom! Enjoy it!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/311091/chapter/9

Junho passou, julho também e agosto não estava longe de acabar. Os ventos gelados causados pelo inverno não nos abandonavam e na piscina do colégio quase não víamos ninguém por conta do tempo ruim.

Sim, se passaram três meses desde que entrei nesse mundo estranho e a cada dia que se passava eu, Carla e Tomás ficávamos mais amigos. Nossas férias do meio do ano foram maravilhosas. Todos os fins de semanas eu e Carla íamos para a piscina da casa do Tomás. Carla passou uma semana na minha casa e eu passei uma semana na vila lene. Nós três fomos pra praia, viajamos, nos divertimos.

Com o tempo consegui superar e aceitar que não vou voltar pra vida que eu tinha. Mas quer saber? Estou feliz aqui. A Carla com seus carinhos e Tomás com suas palhaçadas. Sinto falta da Roberta, óbvio. Do Diego também. Do Pedro... Bom, que nem diz nosso dueto “Não superei, mas tive que aceitar”, né? Bom, mas mesmo com a saudade, é raro pensar neles ou chorar por eles.

– Alice! Você tá me escutando? Tomás, ela tá em transe! Socorro... – dizia Carla.

– Alice, princesa, acorda! – Tomás falava carinhosamente.

– Oi? – perguntei.

– Graças a Deus! – Exclamou Carla levando as duas mãos ao céu - Em que mundo você estava?

– No de vocês ainda, não é?

– Escuta o que estou falando criatura, se não você tira nota baixa!

Carla nos forçou a estudar para as provas que aconteceriam em uma semana. Suspirei rendida e me entreguei à matemática, prestando atenção em tudo que a Carlinha falava.

No fundo da biblioteca Roberta brigava com Diego novamente e ela saiu com os olhos vermelhos. Dessa vez não era por causa das lentes, ela estava chorando mesmo. Roberta chorando por causa do Diego? Alertei Carla e Tomás que também ficaram surpresos. Depois de uns cinco minutos decidi ir atrás dela.

– Roberta? – perguntei enquanto sentava na minha cama. – Você está chorando porque?

– Porque ele... – ela começou, mas depois percebeu o que ia fazer – Ah, Alice, me deixa!

E colocou seus fones de ouvido. Voltei pra biblioteca e sentei na mesa novamente. Algo estava estranho. Roberta estava chorando por Diego sim. Eles se amam e precisam um do outro, só que são cabeça dura demais. E eu tenho um plano. Contei tudo pra Tomás e Carla, pedindo a colaboração deles no plano.

Voltei para meu quarto e puxei os fones de Roberta. Abri a porta do quarto e comecei a correr com ela aos meus pés me xingando de todos os nomes possíveis. Ao chegar na área da piscina tirei a roupa, ficando apenas de calcinha e sutiã e deixei os fones a salvo debaixo dela, para que Roberta não os visse e para que achasse que mergulhei com seus fones. Sem esperar me joguei na água gelada. Tempos depois chegou Roberta, ofegante, tirando a roupa e mergulhou atrás de mim. Enquanto ela nadava saí da piscina e me escondi atrás das plantas. Minutos depois Tomás chegou.

– Você demorou! Onde você tava? – perguntei.

– Diego não tava colaborando. Cadê a Carla?

– Esqueceu o plano, Tomás? Ela tá na sala do Jonas distraindo ele, né? – falei em tom óbvio.

Nós dois paramos de conversar e então olhei para piscina vendo se o plano tava dando certo. E estava, eles estavam conversando civilizadamente. O vento soprou e me encolhi com frio. Olhei pra Tomás e seus olhos estavam focando outra coisa. Meu corpo. Meu corpo coberto apenas com uma calcinha e um sutiã rosa.

– Tomás? – perguntei constrangida.

– Que foi? – ele perguntou levantando o olhar.

– Eu tô com frio!

No mesmo instante ele tirou a blusa e me estendeu a peça. Enquanto eu vestia, Tomás observava a piscina. Seus olhos estavam atentos. Mal dava pra ver seu rosto, já que estava escuro, mas sei que estava sorrindo. Meus olhos percorreram até seu abdômen nu e de repente me deu uma vontade de deslizar minha mão para lá. Balancei a cabeça tentando afastar esses pensamentos e me concentrei na Roberta e no Diego.

– Aquilo é um beijo? – ele perguntou cerrando os olhos.

– Eu disse que água e DiRo era uma perfeita combinação, não disse? – perguntei sorrindo e me sentando na grama.


POV Roberta

Aquela patricinha fresca me paga! Como se não bastasse a confusão na minha cabeça entre o certo e o errado, o gostar e não gosta, o Miguel ou o Diego. Hoje nossa briga foi diferente. Enquanto eu brigava, percebi o quanto ele fica lindo com a testa franzida demonstrando raiva, ou então o quanto ele fica gostoso com aquela blusa branca da farda colada no corpo, detalhando bem seus braços fortes.

Hoje, eu estava na biblioteca e ele me falou verdades que jamais pensei que ouviria de alguém. Aquelas verdades me machucaram, pois sei que ele está certo. Mesmo eu me fazendo de forte, eu não sou de ferro. Mesmo revidando, cada palavra que ele diz me fere. Principalmente sabendo que ele suas palavras eram verdadeiras. Talvez sofrer assim por alguém seja a atitude de alguém apaixonado, eu não sei.

Eu só sei que por um momento me pego imaginando como seria se a gente não brigasse tanto. Ele seria legal comigo? Depois de pensar assim, eu me repreendo repetindo mentalmente “Eu e amor na mesma frase, só em redação”, mas a cada dia que passa fica mais difícil praticar essa teoria. Cada dia que passa mais confusa eu fico entre amar o Diego ou não.

– O que está fazendo aqui? – ele perguntou enquanto se aproximava.

Eu tinha tirado a roupa, ficando apenas de peças íntimas para poder vim pegar a patricinha da Alice com meus fones na piscina, mas antes que pudesse chegar nela minha visão o focalizou. Então eu congelei, não dei nenhum passo, apenas esperei Diego tirar a blusa e se aproximar.

– Eu pergunto o mesmo – retruquei chegando cada vez mais perto.

Seu olhar está dividido entre o desejo e o ódio, entre beijar e não beijar, desviando o foco entre meus olhos e meus peitos e o meu olhar não deve estar diferente disso. Nunca tinha visto Diego sem blusa e devo dizer que ele parece um Deus grego. Seus cabelos molhados me deixam com mais vontade de bagunça-los enquanto provo o sabor de sua boca. Cada vez mais perto, com o silêncio reinando entre nós. Eu posso jurar que sinto o cheiro do seu hálito de hortelã e que sinto sua respiração quente e ofegante bater em meu rosto.

– Eu... Eu não lembro – ele falou distante, agora olhando pra minha boca.

– Eu também não... – falei desviando o olhar para sua boca.

Seus lábios molhados e vermelhos me deixam com cada vez mais vontade. Porque não prova-los? Não tem ninguém aqui pra nos impedir ou atrapalhar e se ele não quiser, acho que não sairá contando para a escola toda. Então porque não beija-lo, mesmo?

Ele colocou as mãos pesadas em meu pescoço e com o dedão alisou meu rosto. Esta sensação é boa. O carinho, principalmente o dele. Sem perceber ele havia me puxado pra perto e encostado nossos lábios de uma forma hesitante. Talvez esteja preocupado com a minha reação, com medo de receber um tapa na cara em troca, já que nunca me mostrei interessada nele.

Sem pensar nas consequências do meu ato, envolvi minhas pernas em sua cintura e aprofundei nosso beijo deixando-o com um ar feroz. Ele no começo não correspondeu, talvez tentando digerir o que estava acontecendo. Juro que meu cérebro também martelava em busca de uma explicação para esse beijo. Nossas línguas dançavam em perfeita sincronia ambos explorando o desconhecido.

Aos poucos fomos nos separando com rápidos selinhos e quando encarei seus olhos depois do beijo, finalmente meu cérebro formulou a explicação que precisava: Eu estou apaixonada por Diego Maldonado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estou aprovada como ficwriter de DiRo? Reviews? Recomendações?