E Se...? escrita por Ma Black


Capítulo 35
The Grand Finale


Notas iniciais do capítulo

Sem despedidas até as notas finais.
Gostaria apenas de me desculpar, se fui grossa nas notas iniciais do capítulo passado e agradecer a todos que comentaram. E que vocês comentem aqui, em?
Enjoy it! Tha last chapter.
IMPORTANTE: Eu reescrevi algumas coisas no capítulo passado. Adicionei cenas e tal. Sei que o 34 ficou uma bosta. Eu estava irritada pela a ausência de comentários. Mas, depois de me acalmar, vi que não era justo com quem sempre comenta. Então, caso alguém queira ler, eu melhorei um pouquinho.



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Qual a definição de tempo? Pode ser um minuto, uma hora, um dia ou até mesmo um ano. Pode durar menos de uma década ou até mais. Podemos pedir tempo numa partida de basquete, numa disputa de soletrando, numa amizade e principalmente, numa relação amorosa.

O problema é quando esse tempo se estende por muito mais tempo do que o previsto. Quando o “vamos dar um tempo” não vira um assunto de pauta entre o casal depois e ambos esquecem que “dar um tempo” não é a mesma coisa que “terminar”. Então, a partir daí, um término não oficial é posto sobre o casal.

Eu “terminei” com o Chay faz três meses. Eu nem me lembrava desse “vamos dar um tempo” com ele. Até agora. Quando na televisão saiu um caso de uma garota estuprada pelo policial. Eu comia doce com canela no dia da reportagem. Tudo se conectou. A ceninha, o cheiro de canela... Tudo parecia ser tão a cara da gente. Nossas brincadeiras, nossas piadas internas, nossas juras de amor... Bateu-me uma melancolia.

Porém o mundo evolui, pessoas mudam. Posso dizer que todos nós sofremos duras mudanças. Cada um de nós amadureceu. Menos eu e Chay. Parece que nesse tempo separado, eu fiquei mais fresca que o normal e ele virou galinha, como o irmão antes da Carla. É por esse motivo que não terminamos com o “dar um tempo”.

Eu estava ali, deitada no porão, tocando o violão. O mesmo sofá verde, mesma mesinha de mogno, mesmo tudo. Ali era a única certeza que eu tinha. Então a luz ficou mais forte. Piscou. Apagou. Um minuto depois, acendeu. Apagou. Tudo ficou claro e quando acendeu novamente, tudo parecia estar rosa. No meio do rosa, lá estava minha mãe. Que deveria estar morta.

Sufoquei o grito. Minhas pernas bambearam, mas não me movi. Minha mãe sorriu e andou até mim.

– Alice... – ela disse num sussurro. – Creio que queira sua memória de volta.

– Eu tô maluca – murmurei lentamente.

– Tudo está um caos. Pessoas do mundo dele só podem amar uma pessoa, uma única vez. Você não podia ter pedido um tempo.

– Do que está falando? – perguntei.

– Vá dormir, Alice.

– Meu nome é...

– É Alice – ela interrompeu. – Sophia não é seu nome, querida. Quando acordar vai entender tudo.

Então eu dormi. Sonhei com uma loira de dezessete anos brigando com o namorado. Ela mudava de mundo, se apaixonava. O casal enfrentava um monte de coisas e no final só havia tristeza. Seus nomes eram Alice e Tomás. Pareciam tão reais...

Acordei algumas horas depois e por alguma razão, eu sabia que ia além de um sonho. Aquilo era real. Eu era Alice e o Chay era o Tomás. Eu me lembrava. Lembrava-me de tudo, cada detalhe. Da princesa Castellan, da Maria morrendo, do Daniel.

Eu estava irritada! Muito irritada! Eu estava como... Hm... Atlas? O titã mitológico que carregava o peso do mundo nas costas? Essa era eu? Capaz de decidir o que aconteceria em seguida? O mundo estava desmoronando. Ele estava me esquecendo e isso não podia acontecer. Talvez eu tenha passado tempo demais no mundo dele e talvez também não possa esquecer ele. Estávamos conectados.

Isso é um grande cocô (é uma palavra mais bonitinha e delicada que merda, soa quase feminino). Eu não posso ter decisão dos meus próprios sentimentos? Não posso escolher meu destino? A gente faz o próprio destino, eu ia mostrar isso a eles. Se bem que, se eu fizesse o que estava querendo fazer, o mundo desabaria.

Isso estava me estressando. E estresse traz rugas. Minha cara precisa ser perfeita para sempre. Sem rugas. Por isso, relaxei. Ou pelo menos tentei.

Primeiro, tentei me distrair com um banho. Não deu certo. Tentei me arrumar. Eu vestia saltos pretos, short branco e blusa de seda azul celeste. Meus cabelos loiros (é, eu estava loira novamente, baby) estavam cheios de trancinhas espalhadas pelo cabelo. Coloquei um batom vermelho e rímel preto. Eu estava perfeita, como sempre, dois beijos. Mas me arrumar não deu certo.

Passeei pelos jardins, li, estudei, joguei sinuca. Nada conseguia tirar minha raiva do mundo, nada. Então fui para o porão. Cheguei lá, e senti um cheiro de canela. Canela com morango. Essa era a definição exata do cheiro dele: canela e morango. Tomás – ou Chay, dá no mesmo -, estava sentado, tocando violão. No mesmo momento que o vi, minha raiva aumentou, mas dei meia volta escada acima para não brigar.

– Eu não tenho lepra – ele comentou e com isso, não dava mais pra segurar.

– Mas tem falta de educação e pode crer que isso é pior.

– Fresca.

– Galinha – retruquei.

– Mimada.

– Incapacitado.

Ignorando completamente sua presença, sentei-me no sofá verde e comecei a tocar. Eu sentia o olhar dele sobre mim, analisando cada detalhe do meu rosto e do meu corpo, como antigamente. Percebi naquele momento que eu sentia falta daquele olhar. Mas ainda estava irritada. Então, rapidamente me virei para encará-lo e soltei:

– Dá pra parar de me observar?

– Olhar não arranca pedaço.

– É, mas minhas unhas estão afiadas e se você não parar, vai ver o pedaço que vai ser arrancado – ameacei.

– Ui, Alice – ele soltou, mas franziu a testa, confuso. – Quer dizer, Sophia.

– Você também... Também teve o sonho e tem a sensação que...

– Que é real? É. Tive. E é real.

– Então...

– Então que você sabe o que tem depois.

– Nós não conversamos sobre o nosso “dar um tempo” – falei.

– Você está fazendo isso porque quer salvar o mundo? Porque sua mãe pediu? – ele perguntou se aproximando.

– Você está? – retruquei, vendo nossas respirações começarem a se misturar.

– Não.

– Então porque está?

– Você sabe a resposta.

– Sei – desviei meus olhos pros lábios dele, assim como ele tinha feito.

– Qual é?

– Você me ama – respondi e olhei pros seus olhos. Eles brilhavam em concordância. – E eu também te amo.

Então ele me beijou. Um beijo de reconciliação, saudade e amor. Também de alívio, afinal, estávamos alinhando os mundos novamente. Eu estava errada e certa ao mesmo tempo. Cada um pode sim fazer seu destino, pode mudar a ordem das estrelas. Mas quando o destino não muda, como no meu caso, acho que a famosa frase de Shakespeare se aplica aqui. “A culpa, meu caro Brutus, não é das estrelas, mas de nós mesmos que consentimos ser inferiores”. Tomás/Chay afastou-se de mim e perguntou:

– Para sempre?

– É o que parece – eu respondi. – Tomás.

– É o que parece – ele repetiu. – Alice.


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Notas finais do capítulo

E esse é o fim de E Se...? Vamos ao meu discurso de fim de fic, hehe.
Então, essa é a minha primeira long-fic que finalizo e eu não tenho nenhum jeito para despedidas assim. Uma mosca acabou de pousar no meu óculos. Enfim, não irei dizer que foi a fic postada mais importante que tive, que mais gosto, com leitores maravilhosos.. Calma, os leitores foram maravilhosos sim. Digo, uma fic de rebelde é muito difícil de se achar com mais de dez recomendações e 200 comentários. Então, vocês foram incríveis, maravilhosos e eu só tenho a agradecer. Estou dizendo que essa não se destaca entre as demais. Porém, a história sim. Essa história é um esboço para um livro que tive escrevendo, por isso é importante pra mim. Um livro, que pretendo publicar no futuro. Claro que não será tão... Hm... Desleixado como essa fic. Aqui, tem errinhos de português, poucos detalhes... Um livro seria mais prolongado que isso. E claro, com meus próprios personagens. Os primeiros capítulos dele já estavam escritos quando percebi que a personagem principal, Anabella, tinha uma personalidade muito parecida com a da nossa amada Alice e fui percebendo, percebendo e percebendo, e quando vi, todos os personagens estavam conectados com algum personagem de Rebelde. Então falei com a ComoDizerTeAmoSo e ela postou a fic comigo. É claro, com coisas diferentes do livro que eu já tinha escrito. E é isso. Essa é a importância da história pra mim.
E eu agradeço de coração, mais uma vez, a todos que estavam me apoiando sempre e até aqueles que não comentaram, mas mesmo assim leram.
Um beijão e até a próxima! ;)
PS: Lembrem-se de marcar a fic como lida.

AH, ESPEREM! Se alguém aí quiser ler alguma coisa minha... Vai lá no meu perfil, me adiciona como "leitores favoritos". Quem sabe eu não posto alguma outra coisa ToLice? Fora que eu vi que tem muitos leitores aqui que curtem PERCY JACKSON ou JOGOS VORAZES ou HARRY POTTER e tenho fics no começo lá. Então é isso.



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