E Se...? escrita por Ma Black


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oiiiie!Bom,esse capitulo foi escrito pela MahDants mais quem ta aqui e a ComoDizerTAmoSo!Espero que vocês gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/311091/chapter/3

Acordei com água gelada no meu rosto na manhã do dia seguinte. Mas que droga... Quem é que acorda a pessoa com água? Mas ai eu lembro... Estou em algum universo em que a Roberta me odeia.

- Roberta... – digo hesitando.

Alice... – diz ela tentando imitar minha voz.

- Porque a gente... – hesito, mas já que comecei, tenho que continuar – A gente não tenta ser... Amigas?

A loira dá uma gargalhada e entra no banheiro. Decido ir escolher minha roupa enquanto o banheiro não desocupa. Depois de vestida, vou até a cantina e sento com o Diego, Tomás, Vitória, Maria e Murilo. De novo.

- Oi amor! – diz Diego me dando um selinho. Logo de cara eu hesito, mas acabo correspondendo.

- Ora, mas quanto amor... – uma voz que conheço bem chega atrás de nós. – Olha isso, Roberta.

- O que você quer, Pedro? – pergunta Diego se alterando.

- Vitória – sussurro pra morena – Eles não tinham brigado?

- Ixi... Até parece que você não estuda aqui! Amiga, tá desligada ultimamente hein? Esses dois vivem brigando, mas são os melhores amigos do mundo.

- Ata. – digo e volto minha atenção a briga.

- Que nojo, velho – diz Roberta.

- Cala a boca, Roberta! – retrucou Diego.

Pam! Pela primeira vez desde que entrei nesse mundo maluco algo fez sentido. O jeito que Roberta e Diego brigam, dá pra ver que há amor, mesmo nesse mundo maluco. Eu não consigo ficar com Diego, sabendo que eles se amam, mesmo que não saibam.

- Diego. – chamei em seu ouvido – Podemos conversar?

Ele pegou minha mão e fomos até o corredor na frente da cantina. Muitos alunos que passavam comentavam a presença de nós dois ali.

- Alice?

- Diego... Não vou fazer rodeios... Eu quero... Terminar.

- O que? Porque?

Por um momento pensei em contar pra ele o que tinha acontecido, mas obviamente ele me acharia louca. Mas... Será que estou ficando louca mesmo? Afinal, isso não é normal, é? Sinto meus olhos se encherem de água e saio correndo dali.

Chego no banheiro, entro na última cabine e começo a chorar sem medo de ouvirem. Alguém entra no banheiro e tento parar de chorar, mas isso só faz com que os soluços viessem. A pessoa bate na porta e chama. A voz é uma voz doce que conheço muito bem. Abro a porta do banheiro e abraço a pessoa deixando-a totalmente surpresa e sem reação.

- Alice! O que...?

- Carla, por favor... Não me peça explicações. Eu... Você pode me ouvir um segundinho?

- Claro...

Eu não queria contar pra ela. Com certeza me acharia maluca, então, conto emitindo algumas partes:

- Olha, eu sei que é estranho e vou resumir pra você. Esse não é meu mundo. Acordei ontem em um universo que realmente não faço parte. Você era minha melhor amiga. Você e Roberta. Eu acordei ontem notando muitas diferenças na minha vida e eu não estou aguentando isso. Pedro era meu namorado. Eu não estou aguentando brigar com a Roberta, ser namorada do Diego, fingir simpatia pela Vitória, fingir que não te conheço, mal falar com o Tomás e principalmente... Ficar longe do Pedro!

- Alice, eu... – tentou a morena.

- Carlinha, por favor... Acredita em mim! Eu preciso de um ombro amigo. De um ombro amigo verdadeiro e não falso como o da Vitória. Eu sei que mesmo você não morrendo de carinhos por mim nesse mundo, você é uma boa pessoa. Eu te conheço, Carla. Por favor...

- Alice, nesse... – ela parou, confusa – mundo­ você e seu grupinho vivem caçoando de mim. Me chamam de nerd e vivem falando da minha doença ou então colocam na minha cabeça que estou... Gorda.

- O que? – disse incrédula – Carla, meu Deus... Eu não fiz isso! É confuso pra mim... Me desculpe! Acredite em mim... Eu não sei mais o que fazer.

- Isso é uma brincadeira, né? Quando sairmos daqui teu grupinho vai estar com câmeras pra cima de nós duas? Pra colocar na internet?

- Carla, olha meu estado! Você acha que eu estou mentindo?

- Alice, desculpa – disse se afastando – Mas é difícil de acreditar...

E assim saiu do banheiro. Me recompus, afinal, sou Alice Albuquerque e não posso sair em um estado deplorável. Lavo o rosto e vou até a sala principal, onde encontro Maria e Vitória humilhando a Marcinha.

- Gente, para com isso! – disse ao chegar na sala.

- O que? – perguntou Vitória surpresa.

- Deixa a Marcin... A Marcia em paz!

- Qual é, Alice? – perguntou Maria.

- Alice, primeiro você termina com o Diego e agora vem defendendo essa... Anão de jardim... O que deu em você, hein? – perguntou Vitória – Quando a verdadeira Alice voltar, procura a gente, ok?

As duas saíram da sala e meu olhar foi para a Marcinha, ela murmurou um “Obrigada” e saiu da sala. Eu sentei no sofá totalmente desolada. Eu quero minha vida de volta! 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?Merecemos neh?