E Se...? escrita por Ma Black
Notas iniciais do capítulo
Oiiiie!Bom,esse capitulo foi escrito pela MahDants mais quem ta aqui e a ComoDizerTAmoSo!Espero que vocês gostem!
Acordei com água gelada no meu rosto na manhã do dia seguinte. Mas que droga... Quem é que acorda a pessoa com água? Mas ai eu lembro... Estou em algum universo em que a Roberta me odeia.
- Roberta... – digo hesitando.
- Alice... – diz ela tentando imitar minha voz.
- Porque a gente... – hesito, mas já que comecei, tenho que continuar – A gente não tenta ser... Amigas?
A loira dá uma gargalhada e entra no banheiro. Decido ir escolher minha roupa enquanto o banheiro não desocupa. Depois de vestida, vou até a cantina e sento com o Diego, Tomás, Vitória, Maria e Murilo. De novo.
- Oi amor! – diz Diego me dando um selinho. Logo de cara eu hesito, mas acabo correspondendo.
- Ora, mas quanto amor... – uma voz que conheço bem chega atrás de nós. – Olha isso, Roberta.
- O que você quer, Pedro? – pergunta Diego se alterando.
- Vitória – sussurro pra morena – Eles não tinham brigado?
- Ixi... Até parece que você não estuda aqui! Amiga, tá desligada ultimamente hein? Esses dois vivem brigando, mas são os melhores amigos do mundo.
- Ata. – digo e volto minha atenção a briga.
- Que nojo, velho – diz Roberta.
- Cala a boca, Roberta! – retrucou Diego.
Pam! Pela primeira vez desde que entrei nesse mundo maluco algo fez sentido. O jeito que Roberta e Diego brigam, dá pra ver que há amor, mesmo nesse mundo maluco. Eu não consigo ficar com Diego, sabendo que eles se amam, mesmo que não saibam.
- Diego. – chamei em seu ouvido – Podemos conversar?
Ele pegou minha mão e fomos até o corredor na frente da cantina. Muitos alunos que passavam comentavam a presença de nós dois ali.
- Alice?
- Diego... Não vou fazer rodeios... Eu quero... Terminar.
- O que? Porque?
Por um momento pensei em contar pra ele o que tinha acontecido, mas obviamente ele me acharia louca. Mas... Será que estou ficando louca mesmo? Afinal, isso não é normal, é? Sinto meus olhos se encherem de água e saio correndo dali.
Chego no banheiro, entro na última cabine e começo a chorar sem medo de ouvirem. Alguém entra no banheiro e tento parar de chorar, mas isso só faz com que os soluços viessem. A pessoa bate na porta e chama. A voz é uma voz doce que conheço muito bem. Abro a porta do banheiro e abraço a pessoa deixando-a totalmente surpresa e sem reação.
- Alice! O que...?
- Carla, por favor... Não me peça explicações. Eu... Você pode me ouvir um segundinho?
- Claro...
Eu não queria contar pra ela. Com certeza me acharia maluca, então, conto emitindo algumas partes:
- Olha, eu sei que é estranho e vou resumir pra você. Esse não é meu mundo. Acordei ontem em um universo que realmente não faço parte. Você era minha melhor amiga. Você e Roberta. Eu acordei ontem notando muitas diferenças na minha vida e eu não estou aguentando isso. Pedro era meu namorado. Eu não estou aguentando brigar com a Roberta, ser namorada do Diego, fingir simpatia pela Vitória, fingir que não te conheço, mal falar com o Tomás e principalmente... Ficar longe do Pedro!
- Alice, eu... – tentou a morena.
- Carlinha, por favor... Acredita em mim! Eu preciso de um ombro amigo. De um ombro amigo verdadeiro e não falso como o da Vitória. Eu sei que mesmo você não morrendo de carinhos por mim nesse mundo, você é uma boa pessoa. Eu te conheço, Carla. Por favor...
- Alice, nesse... – ela parou, confusa – mundo você e seu grupinho vivem caçoando de mim. Me chamam de nerd e vivem falando da minha doença ou então colocam na minha cabeça que estou... Gorda.
- O que? – disse incrédula – Carla, meu Deus... Eu não fiz isso! É confuso pra mim... Me desculpe! Acredite em mim... Eu não sei mais o que fazer.
- Isso é uma brincadeira, né? Quando sairmos daqui teu grupinho vai estar com câmeras pra cima de nós duas? Pra colocar na internet?
- Carla, olha meu estado! Você acha que eu estou mentindo?
- Alice, desculpa – disse se afastando – Mas é difícil de acreditar...
E assim saiu do banheiro. Me recompus, afinal, sou Alice Albuquerque e não posso sair em um estado deplorável. Lavo o rosto e vou até a sala principal, onde encontro Maria e Vitória humilhando a Marcinha.
- Gente, para com isso! – disse ao chegar na sala.
- O que? – perguntou Vitória surpresa.
- Deixa a Marcin... A Marcia em paz!
- Qual é, Alice? – perguntou Maria.
- Alice, primeiro você termina com o Diego e agora vem defendendo essa... Anão de jardim... O que deu em você, hein? – perguntou Vitória – Quando a verdadeira Alice voltar, procura a gente, ok?
As duas saíram da sala e meu olhar foi para a Marcinha, ela murmurou um “Obrigada” e saiu da sala. Eu sentei no sofá totalmente desolada. Eu quero minha vida de volta!
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