E Se...? escrita por Ma Black


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Heey vocês *-*

Me deu a louca e decidi fazer um POV Narrador. Na verdade, esse e o próximo capítulo (que já foi escrito, porém só será postado depois) são com o ponto de vista narrador. O próximo terá mais participação do Pedro, assim como DiRo, blz?

Ah, "lovecarrossel" e Cristine, muuuuuuito obrigada pelas fofas recomendações. Elas foram uma inspiração para mim e por isso estou aqui postando o capítulo. Esse capítulo é dedicado à vcs (:

Enjoy it!



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POV Narrador

Os seis se entreolharam e se levantaram compartilhando o mesmo sentimento: o medo. Medo do que aconteceria ao chegar na sala do diretor Jonas, por mais que nenhum fosse culpado pela morte da Maria. Afinal, que outra razão teria para serem chamados os seis na sala do diretor? Os seis eram os únicos na escola no dia do assassinato.

Com esse pensamento, o medo foi substituído por esperança. Afinal, esperança é a única coisa mais forte que o medo. Eles tinham esperança de que sairiam ilesos da sala do diretor e que nenhuma acusação seria feita. Eles apenas iriam servir como testemunhas, para deporem os fatos ocorridos no domingo.

Roberta se adiantou, mais corajosa entre os seis, e girou a maçaneta, revelando um senhor Jonas inquieto e preocupado, uma delegada, um policial e a irmã mais velha da aluna, que possuía os olhos inchados de tanto chorar. Ela fora a primeira da família a ser avisada da morte de Maria.

– Que bom que chegaram – falou a delegada calmamente. – Me chamo Laura Bernardo, certo? Eu tenho algumas perguntas para fazer. Não se sintam com medo, são apenas perguntas. Quem não deve, nada teme, certo?

– Com o policiamento desse país eu não tenho tanta certeza. É tanta injustiça nesse mundo... – sussurrou Roberta para Pedro.

– O que disse, senhorita...? – a delegada perguntou.

– Roberta Messi, muito prazer. E eu não disse nada – Roberta falou sorrindo falsamente.

– Muito bem... – disse Laura. – Quem aqui era mais próximo da aluna?

Todos se entreolharam e Tomás sentiu um arrepio subir sua espinha. Maria não era muito amiga dos presentes, porém o último garoto que a beijara era ele. Ele levantou a mão e a delegada indicou a porta para que os demais saíssem, ficando apenas ela, Tomás e o policial, juntamente ao diretor e a irmã de Maria na sala.

– Então, rapaz, qual seu grau de afinidade com a aluna? – perguntou Laura.

– Bom... – Tomás hesitou.

– Ande, não tenha medo! – Laura o incentivava a falar.

– Provavelmente eu fui o último menino com quem... A Maria... Ficou – ele tentava falar tudo de uma vez, mas as palavras não saíam da sua boca.

– Entendo. Você gostava dela?

– Não... Eu tenho namorada!

– Então você traiu sua namorada? – perguntou a delegada arqueando uma das sobrancelhas.

– Não, claro que não! O nosso namoro começou no mesmo dia que fiquei com a Maria.

– Interessante... E quando foi isso?

– Na... N-na época de provas.

– Nome da sua namorada?

– Alice Albuquerque.

O diretor Jonas ia dar um sermão no aluno, porém decidiu ficar quieto. Teria muitas oportunidades para puni-los depois. Enquanto o interrogatório fluía, Alice, Carla, Roberta, Diego e Pedro estavam do lado de fora da sala esperando ansiosos.

– Meu Deus... Eles estão demorando muito lá dentro! – falou Alice desesperada, temendo com as perguntas que pudessem estar fazendo ao seu namorado.

– Alice, deixa de drama... – Roberta revirou os olhos.

Em outra ocasião, Alice ficaria feliz pela proximidade com os presentes no corredor. Cinco, dos seis rebeldes estavam ali. Porém, ela não estava com cabeça para isso no momento, afinal, seu namorado estava lá dentro.

A porta se abriu revelando um Tomás pálido. Alice não demorou a pular em seus braços o beijando ternamente. Naquele momento, toda sua preocupação foi embora. Todos os seus medos foram depositados naquele ato. Ambos só se separaram quando a delegada pigarreou atrás dos dois.

– Srta. Albuquerque? Por favor, entre – ela disse e Alice entrou.

– E então? O que te perguntaram? – perguntou Carla assim que a porta se fechou.

– Ah, me perguntaram da minha relação com a Maria. Não fizeram perguntas sobre o que eu fiz durante o dia.

– O que? – perguntou a morena. – Como assim?

– Talvez eles devam estar esperando o momento certo. Talvez queiram ter uma noção de quem é Maria Gomes – se pronunciou Diego.

– Ou quem era, né? – perguntou Roberta sombriamente.

Dentro da sala, Alice estava com as mãos suadas e com um nó na garganta. Sua vontade era correr pro porão, abraçar os joelhos e chorar até dormir, mas ela não poderia fazer isso. Aquele interrogatório era muito mais do que simples perguntas sobre porque ela havia fugido da escola para fazer um show dos Rebeldes. Era um interrogatório sobre um assassinato de uma aluna que ela odiava. Fora isso, ela não estava em seu mundo, o que complicava as coisas. Ela não sabia muitas coisas sobre o mundo, mesmo depois das “aulas” que Carla e Tomás a deram. Com isso, tinha medo de dar alguma informação errada e apontar as suspeitas para ela.

– Ela estava beijando o garoto que eu amo e que se tornou meu namorado.

– Isso quer dizer que a senhorita odiava a aluna? – perguntou Laura à Alice, enquanto se ajeitava no sofá.

– Odiar é uma palavra forte, não? – ela desafiou, mas ao encarar os olhos verdes da delegada se arrependeu, enquanto se encolhia no outro sofá. – Bom, nós não éramos muito próximas, se é isso que quer saber.

– Não é isso que quero saber, Srta. Albuquerque – falou severamente. – Eu quero saber se a senhorita a odiava.

– Bom... – Alice mordeu os lábios nervosamente. Ela não poderia mentir. – Sim, mas eu jamais desejaria a morte dela. No máximo gostaria que ela mudasse de colégio, mas não que partisse para sempre.

– Que bom que está sendo honesta – ela falou sorrindo amigavelmente, mas algo em Alice dizia para não acreditar naquele sorriso.

– Muito bem. Pode ir, senhorita Albuquerque. Pode chamar Carla Ferrer? Preciso dar uma palavrinha com o diretor Jonas e esse é o tempo que você a chama, sim?

– Tudo bem... – murmurou Alice saindo da sala.

Ao sair ela soltou um longo suspiro e deixou as lágrimas caírem enquanto corria para os braços do namorado. Tomás, sem reação, acariciou seus cabelos loiros, imaginando o que deixou a namorada naquele estado.

– Carla... – sua voz falhou. – Estão lhe chamando...

– O que ela lhe fez, Alice? – perguntou Roberta aparentemente preocupada enquanto Carla beijava a cabeça da loira e se dirigia calma até a sala, entrando depois de bater na porta. Em resposta, Alice apenas balançou a cabeça negativamente. – Ela lhe acusou?

– Não é isso... É só que estou assustada! Não acho que tenha sido vocês, mas... Pode acontecer com qualquer um, certo? E como se não bastasse meu interrogatório não foi muito bom. Eu gaguejei, suei e confirmei que odiava a Maria.

– Calma, Alice... Tudo vai ficar bem!

–-X---

– Então, Srta. Ferrer... Soube que estava ajudando a aluna com as matérias... – falou a delegada sugestivamente.

– Sim, estava. E me chame de Carla, por favor.

– Tudo bem, Srta. Ferrer, e como a Maria lhe tratava nessas aulas?

– Normal. Ela apenas prestava atenção no que eu falava... – Carla deu de ombros.

– Acho que já deu – Laura falou se levantando. – Jonas, chame o Sr. Campos Sales e a Srta. Albuquerque, sim?

Jonas se levantou e chamou os dois. Antes de atravessar a porta, Alice murmurou para Tomás um “fique perto de mim” e ele em resposta apenas segurou sua mão, adentrando a sala enquanto sussurrava um “sempre” (N/A: Potterheads lembrarão de algo com essas falas, só acho...). Laura avaliou os dois e as mãos dadas não passaram despercebidas. O moreno tentava passar confiança para a namorada, enquanto a loira estava com os olhos inchados.

Na visão da delegada, o que aconteceu foi realmente muito estranho. Uma aluna é encontrada nos jardins, com uma faca encravada na barriga e mais nenhuma prova do crime? O objeto foi analisado e nenhuma impressão digital foi encontrada. Algo realmente incomum.

– Porque nos chamou aqui? – perguntou Tomás tirando a delegada de seus devaneios.

– Ah, sim, claro... – falou voltando a realidade. – Então, vamos ao dia de vocês. Quero que escrevam nesses papeis – ela apontou para um caderno. – O que fizeram no final de semana. Tentem se lembrar de tudo. Srta. Ferrer, fique aqui do meu lado, Srta. Albuquerque na mesa do Jonas e Sr. Campos Sales naquele outro sofá, sim?

Os três se entreolharam e obedeceram. Arrancaram duas folhas do caderno, pegaram uma caneta e começaram a escrever enquanto a delegada fazia suas próprias anotações, registrando os interrogatórios, por mais que tivesse gravado tudo aquilo em seu gravador. Ela não estava apenas registrando os interrogatórios, estava pensando em tudo que falaram. Usando a lógica, tentando desvendar o crime.

Aquilo ainda não havia terminado.


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Notas finais do capítulo

Olhem... Vou dizer que estou muito feliz que mais gente está comentando, porém... Nem metade dos meus leitores comentam, vlh! O número aumentou, mas mesmo assim... FANTASMINHAS, APAREÇAM!