Guarda-chuva escrita por Kep-chan
Chuva.
Pegue o guarda-chuva,
Eu quero sair.
E essa garoa irritante,
Que insiste em cair.
Amor, abra o guarda-chuva,
E não o deixe escapar.
Não faça igual aos meus sonhos
Que você fez desmoronar.
Segure o guarda-chuva
Não o deixe cair
Segure minha mão
Também não quero ir
Minha pele branca
Clama pelo objeto escuro
Prove seu amor
Esconda-me do mundo.
A pequena garoa, que transformara em chuva forte, tempestade. Agora não passava de um belo arco-íris estampado no céu cinzento, que ainda sofria por causa do desmoronar da sua água. Ela estava acuada. Ele estava a amando, disposto a fazê-la sentir o mais divino prazer à flor da pele.
“Mas como conheceria o mais divino prazer, se não conhecesse a dor?” Ele pensava. Mas mal sabia que a dor ela conhecia, a dor ela aceitava. A dor não era um incomodo para ela, que sempre a teve ao seu lado.
A chuva tinha cessado, mas o guarda chuva ainda estava ereto na mão do rapaz. Que agora a protegia do sol. Daria a vida por ela, e a protegeria do que quer que fosse.
Sol.
A garoa caia
Misturando a aquarela
O sol surgia
Mas não via o rosto dela
Às vezes me pergunto
O que eu faço aqui
E ela me responde
Quando sorri
Preciso de você
Assim como você de mim
Quando passo a tarde com você
Quero que ela não tenha fim
E quando o sol se vai
Você fica assim
Não fique triste, eu te protejo,
Venha, fique perto de mim.
O sol já se punha e as estrelas, assim como a lua, começava a aparecer. O brilho prateado encantava a todos, menos a aquele casal enamorado, que ainda ostentavam o guarda-chuva ereto.
O clima gélido trouxe a garota lembranças cruéis, de tempos cruéis. Que deveriam ser enterradas junto ao caixão de todos aqueles que um dia foram importantes para ela.
O garoto, via a beleza da garota refletida na lua. Eram dois jovens insanos, não tinham consciência de seus atos. Apenas enfrentavam as conseqüências, como se fosse um pequeno obstáculo para se chegar no “lugar ao sol”. Cujo já não estava mais no céu.
Estrelas.
Brilho divino
Assim como o seu olhar
Que me trás confiança
Aqui sinto que é meu lugar
Maldito dia
Em que resolvemos fugir
O mundo é feio
Não queria sentir
Lua.
Tempos difíceis
Estamos dispostos a passar
Mas por favor,
Continue a me amar
A luz da lua
Iluminava a vida
Não lamentem
A nossa ida.
Eles se foram, para um lugar melhor, para onde pudessem viver sem os fantasmas do passado. O casal de namorados dentro de um trem. Levando na bagagem a esperança de que o próximo dia seja feliz.
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Obrigado por lerem. Deixem reviews falando o que quiserem. É o um dos meus primeiros poemas e eu preciso saber o que acharam.
Beijos, Kep.