Guarda-chuva escrita por Kep-chan


Capítulo 1
Chuva, Sol




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Chuva.

 

Pegue o guarda-chuva,

Eu quero sair.

E essa garoa irritante,

Que insiste em cair.

 

Amor, abra o guarda-chuva,

E não o deixe escapar.

Não faça igual aos meus sonhos

Que você fez desmoronar.

 

Segure o guarda-chuva

Não o deixe cair

Segure minha mão

Também não quero ir

 

Minha pele branca

Clama pelo objeto escuro

Prove seu amor

Esconda-me do mundo.

 

 

A pequena garoa, que transformara em chuva forte, tempestade. Agora não passava de um belo arco-íris estampado no céu cinzento, que ainda sofria por causa do desmoronar da sua água. Ela estava acuada. Ele estava a amando, disposto a fazê-la sentir o mais divino prazer à flor da pele.

 

“Mas como conheceria o mais divino prazer, se não conhecesse a dor?” Ele pensava. Mas mal sabia que a dor ela conhecia, a dor ela aceitava. A dor não era um incomodo para ela, que sempre a teve ao seu lado.

 

A chuva tinha cessado, mas o guarda chuva ainda estava ereto na mão do rapaz. Que agora a protegia do sol. Daria a vida por ela, e a protegeria do que quer que fosse.

 

Sol.

 

A garoa caia

Misturando a aquarela

O sol surgia

Mas não via o rosto dela

 

Às vezes me pergunto

O que eu faço aqui

E ela me responde

Quando sorri

 

Preciso de você

Assim como você de mim

Quando passo a tarde com você

Quero que ela não tenha fim

 

E quando o sol se vai

Você fica assim

Não fique triste, eu te protejo,

Venha, fique perto de mim.

 

O sol já se punha e as estrelas, assim como a lua, começava a aparecer. O brilho prateado encantava a todos, menos a aquele casal enamorado, que ainda ostentavam o guarda-chuva ereto.

 

O clima gélido trouxe a garota lembranças cruéis, de tempos cruéis. Que deveriam ser enterradas junto ao caixão de todos aqueles que um dia foram importantes para ela.

 

O garoto, via a beleza da garota refletida na lua. Eram dois jovens insanos, não tinham consciência de seus atos. Apenas enfrentavam as conseqüências, como se fosse um pequeno obstáculo para se chegar no “lugar ao sol”. Cujo já não estava mais no céu.

 

Estrelas.

 

Brilho divino

Assim como o seu olhar

Que me trás confiança

Aqui sinto que é meu lugar

 

Maldito dia

Em que resolvemos fugir

O mundo é feio

Não queria sentir

 

Lua.

 

Tempos difíceis

Estamos dispostos a passar

Mas por favor,

Continue a me amar

 

A luz da lua

Iluminava a vida

Não lamentem

A nossa ida.

 

Eles se foram, para um lugar melhor, para onde pudessem viver sem os fantasmas do passado. O casal de namorados dentro de um trem. Levando na bagagem a esperança de que o próximo dia seja feliz.

 


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem. Deixem reviews falando o que quiserem. É o um dos meus primeiros poemas e eu preciso saber o que acharam.

Beijos, Kep.